762 resultados para Liebowitz social anxiety scale
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Background The prevalence, sociodemographic aspects, and clinical features of body dysmorphic disorder (BDD) in patients with obsessivecompulsive disorder (OCD) have been previously addressed in primarily relatively small samples. Methods We performed a cross-sectional demographic and clinical assessment of 901 OCD patients participating in the Brazilian Research Consortium on Obsessive-Compulsive Spectrum Disorders. We used the Structured Clinical Interview for DSM-IV Axis I Disorders; Yale-Brown Obsessive-Compulsive Scale; Dimensional Yale-Brown Obsessive-Compulsive Scale (DY-BOCS); Brown Assessment of Beliefs Scale; Clinical Global Impression Scale; and Beck Depression and Anxiety Inventories. Results The lifetime prevalence of BDD was 12.1%. The individuals with comorbid BDD (OCD-BDD; n = 109) were younger than were those without it. In addition, the proportions of single and unemployed patients were greater in the OCD-BDD group. This group of patients also showed higher rates of suicidal behaviors; mood, anxiety, and eating disorders; hypochondriasis; skin picking; Tourette syndrome; and symptoms of the sexual/religious, aggressive, and miscellaneous dimensions. Furthermore, OCD-BDD patients had an earlier onset of OC symptoms; greater severity of OCD, depression, and anxiety symptoms; and poorer insight. After logistic regression, the following features were associated with OCD-BDD: current age; age at OCD onset; severity of the miscellaneous DY-BOCS dimension; severity of depressive symptoms; and comorbid social phobia, dysthymia, anorexia nervosa, bulimia nervosa, and skin picking. Conclusions Because OCD patients might not inform clinicians about concerns regarding their appearance, it is essential to investigate symptoms of BDD, especially in young patients with early onset and comorbid social anxiety, chronic depression, skin picking, or eating disorders. Depression and Anxiety 29: 966-975, 2012. (C) 2012 Wiley Periodicals, Inc.
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Background: Patients with obsessive-compulsive disorder (OCD) frequently show poor social adjustment, which has been associated with OCD severity. Little is known about the effects that age at symptom onset, specific OCD symptoms, and psychiatric comorbidities have on social adjustment. The objective of this study was to investigate the clinical correlates of social functioning in OCD patients. Methods: Cross-sectional study involving 815 adults with a primary DSM-IV diagnosis of OCD participating in the Brazilian Research Consortium on Obsessive-Compulsive Spectrum Disorders. Patients were assessed with the Social Adjustment Scale, the Medical Outcomes Study 36-item Short-Form Health Survey, the Yale-Brown Obsessive-Compulsive Scale, the Dimensional Yale-Brown Obsessive-Compulsive Scale, and the Structured Clinical Interview for DSM-IV Axis I Disorders. Clinical correlates of social adjustment were assessed with generalized linear models with gamma distribution. Results: Poor overall social functioning was associated with greater OCD severity (p = 0.02); hoarding symptoms (p = 0.004); sexual/religious obsessions (p = 0.005); current major depressive disorder (p = 0.004); current post-traumatic stress disorder (p = 0.002); and current eating disorders (p = 0.02). Poor social adjustment was also associated with impaired quality of life. Conclusions: Patients with OCD have poor social functioning in domains related to personal relationships and professional performance. Hoarding symptoms and sexual/religious obsessions seem to have the strongest negative effects on social functioning. Early age at OCD symptom onset seems to be associated with professional and academic underachievement and impairment within the family unit, whereas current psychiatric comorbidity worsen overall social functioning. In comparison with quality of life, social adjustment measures seem to provide a more comprehensive overview of the OCD-related burden. (C) 2012 Elsevier Ltd. All rights reserved.
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CONTEXTO: O falar em público é o medo mais prevalente na população geral e no Transtorno de Ansiedade Social (TAS). Assim sendo, estudos que dimensionem essa situação específica são necessários. OBJETIVOS: Validar a Self Statements during Public Speaking (SSPS) em amostra da população geral de estudantes universitários (PG - n = 2.314), casos (C - n = 88) e não casos de TAS (NC - n = 90) do Brasil. MÉTODOS: Conduziu-se o estudo em duas fases: a) preenchimento dos questionários autoaplicados em sala de aula; b) participação em entrevista telefônica e ao vivo. RESULTADOS: Evidenciaram-se correlações baixas/moderadas entre SSPS e Inventário de Fobia Social (PG = 0,22-0,65; C = 0,28-0,32; NC = 0,21-0,30), Inventário de Ansiedade de Beck (PG = 0,18-0,53; C = 0,25-0,33; NC = 0,22-0,25) e Escala Breve de Fobia Social (C = não significativa, NC = 0,23-0,31) nas diferentes amostras, especialmente para a PG. A análise fatorial apontou a presença de dois fatores, associados à autoavaliação positiva e negativa. O estudo da validade discriminativa evidenciou a capacidade da SSPS de discriminar os casos dos não casos de TAS. CONCLUSÃO: A SSPS é adequada para uso no contexto brasileiro, sendo que a subescala autoavaliação positiva parece ser mais efetiva para a avaliação de amostras identificadas ou suspeitas de TAS e a subescala autoavaliação negativa ter uma característica mais rastreadora quando aplicada em amostras da população geral.
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Este estudo objetivou verificar as associações entre as manifestações clínicas e comportamentais do Transtorno de Ansiedade Social (TAS) e aferir a validade discriminativa do Inventário de Habilidades Sociais (IHS-Del-Prette) no diagnóstico deste transtorno. Participaram 1006 estudantes universitários, na faixa etária entre 17 e 35 anos, de ambos os gêneros. Posteriormente, 86 participantes foram randomicamente selecionados desta amostra inicial e agrupados como casos e não-casos de TAS por meio de avaliação clínica sistemática. Os resultados obtidos indicaram que quanto mais elaborado for o repertório de habilidades sociais de um indivíduo, menor será a sua probabilidade de satisfazer os critérios de rastreamento de indicadores diagnósticos para o TAS. Além disso, o IHS-Del-Prette demonstrou distinguir significativamente indivíduos com e sem TAS, evidenciando-se a sua validade discriminativa.
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Trabalhos anteriores têm revelado vieses no reconhecimento de emoções e padrões diferenciais de ativação cerebral no transtorno de ansiedade social. No presente estudo, foi investigada a atribuição de emoções a faces neutras em 22 indivíduos com ansiedade social e 20 voluntários controles. Através do método da escolha forçada, participantes atribuíram emoções de alegria, medo, raiva ou tristeza a faces neutras. Verificou-se que homens e mulheres com ansiedade social atribuíram mais frequentemente emoções de raiva e tristeza às faces neutras, respectivamente. A atribuição de raiva por homens pode estar associada à tendência masculina em detectar sinais de hostilidade no ambiente social, enquanto que o aumento na atribuição de tristeza pelas mulheres pode estar associado à facilitação na identificação de emoções negativas. Os resultados sugerem que a ansiedade social afeta diferentemente os sexos e têm implicações importantes sobre o uso da face neutra como condição de base ou controle nas neurociências comportamentais.
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La prematurità rappresenta un fattore di rischio per la qualità delle interazioni precoci e la sintomatologia materna, soprattutto in caso di nascita VLBW (peso ≤ 1500 grammi) ed ELBW (≤1000 grammi). Scopo dello studio è valutare a 3 e 9 mesi di età corretta le modalità interattive delle diadi madre-bambino e lo stato affettivo materno in due campioni di prematuri, ELBW e VLBW, confrontandoli con un gruppo di bambini nati a termine (GC). Un campione di 119 diadi madre-bambino, di cui 71 nati prematuri (30 VLBW e 21 ELBW) e 68 a termine, sono stati valutati all'età di 3 e 9 mesi. Durante gli assessment, è avvenuta la videoregistrazione dell’interazione madre-bambino, codificata mediante le Global Rating Scales (a 3 mesi) ed il CARE Index Infant (a 9 mesi), e la valutazione della sintomatologia materna, attraverso Edinburgh Postnatal Depression Scale, Penn State Worry Questionnaire, Social Interaction and Anxiety Scale, Social Phobia Scale, Parenting Stress Index-Short Form, Questionari italiani del Temperamento. A 3 mesi, le madri di ELBW appaiono più demanding e meno sensibili rispetto a quelle di VLBW; più intrusive rispetto a quelle di GC. Tali madri, inoltre, sono significativamente meno sensibili di quelle del GC anche a 9 mesi. In entrambi gli assessment, tali madri presentano livelli significativamente maggiori di depressione, ansia generalizzata e stress, rispetto a quelle di entrambi gli altri gruppi. Non emergono differenze rispetto all'ansia sociale nè alla percezione del temperamento. Le analisi della correlazione hanno evidenziato specifiche relazioni tra la sintomatologia materna e i pattern interattivi nei tre gruppi. La nascita pretermine rappresenta un fattore di rischio solo per le madri di ELBW, che presentano difficoltà interattive ed elevata sintomatologia; quelle dei VLBW, infatti, tendono a presentare pattern interattivi affini a quelle del GC, mostrando adeguata sensibilità e bassi livelli di depressione, ansia e stress.
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Evidence suggests that the social cognition deficits prevalent in autism spectrum disorders (ASDs) are widely distributed in first degree and extended relatives. This ¿broader autism phenotype¿ (BAP) can be extended into non-clinical populations and show wide distributions of social behaviors such as empathy and social responsiveness ¿ with ASDs exhibiting these behaviors on the lower ends of the distributions. Little evidence has previously shown relationships between self-report measures of social cognition and more objective tasks such as face perception in functional magnetic resonance imaging (fMRI) and event-related potentials (ERPs). In this study, three specific hypotheses were addressed: a) increased social ability, as measured by an increased Empathy Quotient, decreased Social Responsiveness Scale (SRS-A) score, and increased Social Attribution Task score, will predict increased activation of the fusiform gyrus in response to faces as compared to houses; b) these same measures will predict N170 amplitude and latency showing decreased latency and increased amplitude for faces as compared to houses with increased social ability; c) increased amygdala volume will predict increased fusiform gyrus activation when viewing faces as compared to houses. Findings supported all of the hypotheses. Empathy scores significantly predicted both right FFG activation [F(1,20) = 4.811, p = .041, ß = .450, R2 = 0.20] and left FFG activation [F(1,20) = 7.70, p = .012, ß = .537, R2 = 0.29]. Based on ERP results increased right lateralization face-related N170 was significantly predicted by the EQ [F(1,54) = 6.94, p = .011, ß = .338, R2 = 0.11]. Finally, total amygdala volume significantly predicted right [F(1,20) = 7.217, p = .014, ß = .515, R2 = 0.27] and left [F(1,20) = 36.77, p < .001, ß = .805, R2 = 0.65] FFG activation. Consistent with the a priori hypotheses, traits attributed to the BAP can significantly predict neural responses to faces in a non-clinical population. This is consistent with the face processing deficits seen in ASDs. The findings presented here contribute to the extension of the BAP from unaffected relatives of individuals with ASDs to the general population. These findings also give continued evidence in support of a continuous distribution of traits found in psychiatric illnesses in place of a traditional, dichotomous ¿all-or-nothing¿ diagnostic framework of neurodevelopmental and neuropsychiatric disorders.
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BACKGROUND: Social cognition is an important aspect of social behavior in humans. Social cognitive deficits are associated with neurodevelopmental and neuropsychiatric disorders. In this study we examine the neural substrates of social cognition and face processing in a group of healthy young adults to examine the neural substrates of social cognition. METHODS: Fifty-seven undergraduates completed a battery of social cognition tasks and were assessed with electroencephalography (EEG) during a face-perception task. A subset (N=22) were administered a face-perception task during functional magnetic resonance imaging. RESULTS: Variance in the N170 EEG was predicted by social attribution performance and by a quantitative measure of empathy. Neurally, face processing was more bilateral in females than in males. Variance in fMRI voxel count in the face-sensitive fusiform gyrus was predicted by quantitative measures of social behavior, including the Social Responsiveness Scale (SRS) and the Empathizing Quotient. CONCLUSIONS: When measured as a quantitative trait, social behaviors in typical and pathological populations share common neural pathways. The results highlight the importance of viewing neurodevelopmental and neuropsychiatric disorders as spectrum phenomena that may be informed by studies of the normal distribution of relevant traits in the general population. Copyright 2014 Elsevier B.V. All rights reserved.
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BACKGROUND: Social isolation is associated with poorer health, and is seen by the World Health Organisation (WHO) as one of the major issues facing the industrialised world. AIM: To explore the significance of social isolation in the older population for GPs and for service commissioners. DESIGN OF STUDY: Secondary analysis of baseline data from a randomised controlled trial of health risk appraisal. SETTING: A total of 2641 community-dwelling, non-disabled people aged 65 years and over in suburban London. METHOD: Demographic details, social network and risk for social isolation based on the 6-item Lubben Social Network Scale, measures of depressed mood, memory problems, numbers of chronic conditions, medication use, functional ability, self-reported use of medical services. RESULTS: More than 15% of the older age group were at risk of social isolation, and this risk increased with advancing age. In bivariate analyses risk of social isolation was associated with older age, education up to 16 years only, depressed mood and impaired memory, perceived fair or poor health, perceived difficulty with both basic and instrumental activities of daily living, diminishing functional ability, and fear of falling. Despite poorer health status, those at risk of social isolation did not appear to make greater use of medical services, nor were they at greater risk of hospital admission. Half of those who scored as at risk of social isolation lived with others. Multivariate analysis showed significant independent associations between risk of social isolation and depressed mood and living alone, and weak associations with male sex, impaired memory and perceived poor health. CONCLUSION: The risk of social isolation is elevated in older men, older persons who live alone, persons with mood or cognitive problems, but is not associated with greater use of services. These findings would not support population screening for individuals at risk of social isolation with a view to averting service use by timely intervention. Awareness of social isolation should trigger further assessment, and consideration of interventions to alleviate social isolation, treat depression or ameliorate cognitive impairment.
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Internet-delivered self-help with minimal therapist guidance has shown promising results for a number of diagnoses. Most of the evidence comes from studies evaluating standardized disorder-specific treatments. A recent development in the field includes transdiagnostic and tailored Internet-based treatments that address comorbid symptoms and a broader range of patients. This study evaluated an Internet-based tailored guided self-help treatment, which targeted symptoms of social anxiety disorder, panic disorder with or without agoraphobia, and generalized anxiety disorder. The tailored treatment was compared both with standardized disorder-specific Internet-based treatment and with a wait-list control group. Both active treatment conditions were based on cognitive-behavioral therapy and lasted for 8 weeks. A total of 132 individuals meeting diagnostic criteria for at least one of the anxiety disorders were randomly assigned to 1 of the 3 conditions. Both treatment groups showed significant symptom reductions as compared with the wait-list control group on primary disorder-unspecific measures of anxiety, depression, and general symptomatology and on secondary anxiety disorder-specific measures. Based on the intention-to-treat sample, mean between-group effect sizes were d = 0.80 for the tailored treatment and d = 0.82 for the standardized treatment, versus wait-list controls. Treatment gains were maintained at 6-month follow-up. No differences were found between the 2 active treatment conditions on any of the measures, including a telephone-administered diagnostic interview conducted at posttreatment. The findings suggest that both Internet-based tailored guided self-help treatments and Internet-based standardized treatments are promising treatment options for several anxiety disorders
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Internet-based cognitive behavioral self-help treatment (ICBT) for anxiety disorders has shown promising results in several trials, but there is yet a lack of studies of ICBT in „real world” primary care settings. In this randomized controlled trial we recruited participants through general practitioners. The aim of the study was to examine whether treatment-as-usual (TAU) in primary care settings plus ICBT is superior to TAU alone in reducing anxiety symptoms and other outcome measures among individuals meeting diagnostic criteria of a least one of three anxiety disorders (social anxiety disorder, panic disorder with or without agoraphobia, generalized anxiety disorder). 150 adults fulfilling diagnostic criteria for a least one of the anxiety disorders according to a diagnostic interview are randomly assigned to one of the two conditions: TAU plus ICBT versus TAU. Randomization is stratified by primary disorder, medication (yes/no) and concurrent psychotherapy. ICBT consists of a transdiagnostic and tailored Internet-based self-help program for several anxiety disorders which also includes cognitive bias modification for interpretation (CBM-I). Primary outcomes are symptoms of disorder-specific anxiety measures and diagnostic status after the intervention (9 weeks). Secondary outcomes include primary outcomes at 3-month follow-up and secondary measures such as general symptomatology, depression, quality of life, adherence to ICBT and satisfaction with ICBT. The study is currently being completed. Primary results along with results for specific subgroups (e.g. primary diagnosis, concurrent medication and/or psychotherapy) will be presented and discussed.
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O desemprego tem sido objeto de preocupação no contexto político, econômico e social, uma vez que a população de trabalhadores desempregados enfrenta dificuldades diárias para a obtenção de trabalho/ou emprego, situação que gera intenso sofrimento psíquico e pode repercutir de modo negativo na saúde do trabalhador. Este estudo teve por objetivo investigar a percepção de suporte social e o consumo de álcool em desempregados. Por meio de estudo epidemiológico, quantitativo e transversal constituímos uma amostra de 300 indivíduos, recrutados em uma agência pública em São Bernardo do Campo SP, que capta vagas no mercado e encaminha trabalhadores para recolocação profissional. A amostra resultou em 54,3% pessoas do gênero masculino, com idade média de 29,30, com mínimo de 18 anos e máximo de 56 anos; 67% tinham ensino médio, sendo 50% solteiros, 52% encontravam-se desempregados de um a seis meses, 37% residiam em imóvel próprio, e 37% possuíam renda familiar de um a dois salários mínimos. Foram utilizados três instrumentos auto-aplicáveis para coleta dos dados: a) Questionário de características sócio-demográficas; b) Escala de Percepção de Suporte Social (EPSS); c) Teste para Identificação de Problemas Relacionados ao Uso de Álcool (AUDIT). Os dados coletados foram submetidos ao programa estatístico SPSS, versão 15.0 para Windows que permitiu fazer as correlações entre as variáveis. Os resultados indicaram correlações significativas entre as variáveis: suporte prático e renda; suporte prático e suporte emocional, com idade. Estas correlações sugeriram que os sujeitos apresentavam melhor percepção de suporte prático na medida em que aumentava a renda familiar, e que quanto maior a idade, menor é a percepção do suporte prático e emocional recebido pela rede social. O AUDIT não apontou correlações significativas entre as variáveis estudadas, e 76% da amostra se situou na zona 1 consumo de baixo risco ou abstinência. Não verificamos correlação entre consumo de álcool e desemprego.(AU)
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O desemprego tem sido objeto de preocupação no contexto político, econômico e social, uma vez que a população de trabalhadores desempregados enfrenta dificuldades diárias para a obtenção de trabalho/ou emprego, situação que gera intenso sofrimento psíquico e pode repercutir de modo negativo na saúde do trabalhador. Este estudo teve por objetivo investigar a percepção de suporte social e o consumo de álcool em desempregados. Por meio de estudo epidemiológico, quantitativo e transversal constituímos uma amostra de 300 indivíduos, recrutados em uma agência pública em São Bernardo do Campo SP, que capta vagas no mercado e encaminha trabalhadores para recolocação profissional. A amostra resultou em 54,3% pessoas do gênero masculino, com idade média de 29,30, com mínimo de 18 anos e máximo de 56 anos; 67% tinham ensino médio, sendo 50% solteiros, 52% encontravam-se desempregados de um a seis meses, 37% residiam em imóvel próprio, e 37% possuíam renda familiar de um a dois salários mínimos. Foram utilizados três instrumentos auto-aplicáveis para coleta dos dados: a) Questionário de características sócio-demográficas; b) Escala de Percepção de Suporte Social (EPSS); c) Teste para Identificação de Problemas Relacionados ao Uso de Álcool (AUDIT). Os dados coletados foram submetidos ao programa estatístico SPSS, versão 15.0 para Windows que permitiu fazer as correlações entre as variáveis. Os resultados indicaram correlações significativas entre as variáveis: suporte prático e renda; suporte prático e suporte emocional, com idade. Estas correlações sugeriram que os sujeitos apresentavam melhor percepção de suporte prático na medida em que aumentava a renda familiar, e que quanto maior a idade, menor é a percepção do suporte prático e emocional recebido pela rede social. O AUDIT não apontou correlações significativas entre as variáveis estudadas, e 76% da amostra se situou na zona 1 consumo de baixo risco ou abstinência. Não verificamos correlação entre consumo de álcool e desemprego.(AU)
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Introdução: O objetivo do estudo foi investigar se há associação entre déficits na capacidade de reconhecimento de emoções faciais e déficits na flexibilidade mental e na adequação social em pacientes com Transtorno Bipolar do tipo I eutímicos quando comparados a sujeitos controles sem transtorno mental. Métodos: 65 pacientes com Transtorno Bipolar do tipo I eutímicos e 95 controles sem transtorno mental, foram avaliados no reconhecimento de emoções faciais, na flexibilidade mental e na adequação social através de avaliações clínicas e neuropsicológicas. Os sintomas afetivos foram avaliados através da Escala de Depressão de Hamilton e da Escala de Mania de Young, o reconhecimento de emoções faciais através da Facial Expressions of Emotion: Stimuli and Tests, a flexibilidade mental avaliada através do Wisconsin Card Sorting Test e a adequação social através da Escala de Auto- Avaliação de Adequação Social. Resultados: Pacientes com Transtorno Bipolar do tipo I eutímicos apresentam uma associação de maior intensidade comparativamente aos controles entre o reconhecimento de emoções faciais e a flexibilidade mental, indicando que quanto mais preservada a flexibilidade mental, melhor será a habilidade para reconhecer emoções faciais Neste grupo às correlações de todas as emoções são positivas com o total de acertos e as categorias e são negativas com as respostas perseverativas, total de erros, erros perseverativos e erros não perseverativos. Não houve uma correlação entre o reconhecimento de emoções faciais e a adequação social, apesar dos pacientes com Transtorno Bipolar do tipo I eutímicos apresentar uma pior adequação social, sinalizando que a pior adequação social não parece ser devida a uma dificuldade em reconhecer e interpretar adequadamente as expressões faciais. Os pacientes com Transtorno Bipolar do tipo I eutímicos não apresentam diferenças significativas no reconhecimento de emoções faciais em relação aos controles, entretanto no subteste surpresa (p=0,080) as diferenças estão no limite da significância estatística, indicando que portadores de transtorno bipolar do tipo I eutímicos tendem a apresentar um pior desempenho no reconhecimento da emoção surpresa em relação aos controles. Conclusão: Nossos resultados reforçam a hipótese de que existe uma associação entre o reconhecimento de emoções faciais e a preservação do funcionamento executivo, mais precisamente a flexibilidade mental, indicando que quanto maior a flexibilidade mental, melhor será a habilidade para reconhecer emoções faciais e melhorar o desempenho funcional do paciente. Pacientes bipolares do tipo I eutímicos apresentam uma pior adequação social quando comparados aos controles, o que pode ser uma consequência do Transtorno Bipolar que ratifica a necessidade de uma intervenção terapêutica rápida e eficaz nestes pacientes
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A prática musical tem efeitos positivos no desenvolvimento humano, envolvendo aspectos cognitivos, emocionais, motivacionais e sociais, que implicam em alterações no processamento cerebral. O número de Programas de Educação Musical (PEMs) com enfoque em populações jovens em vulnerabilidade social tem crescido no Brasil e no mundo. Dessa maneira, torna-se importante a realização de estudos que verifiquem os efeitos de PEMs no desenvolvimento destas populações. O objetivo do presente estudo é investigar os impactos de uma experiência de um PEM sobre os aspectos psicológicos de seus estudantes, mais especificamente a autoestima, as habilidades sociais e o funcionamento executivo. A coleta de dados foi realizada em um PEM da cidade de Ribeirão Preto SP e em duas escolas regulares de ensino, uma particular e outra da rede pública. Participaram do estudo 69 crianças e adolescentes com idades entre 10 e 17 anos, divididos em três grupos, a saber: Grupo Iniciante (GI), composto por alunos com até 12 meses de matrícula no PEM; Grupo Experiente (GE), composto por alunos com mais de 24 meses de matrícula no PEM; e Grupo Controle (GC), constituído por participantes sem qualquer envolvimento com aprendizado musical. Cada grupo foi composto por 23 estudantes. Os três grupos de participantes responderam aos seguintes testes psicológicos: Escala de Autoestima de Rosenberg (EAR), Matson Evaluation of Social Skills with Youngsters (MESSY) e Teste de Stroop. Também foram realizadas entrevistas semi-estruturadas com todos os estudantes dos grupos GI e GE, dez estudantes do PEM que não compuseram nenhum grupo por não possuírem o pré-requisito de tempo de matrícula exigido, seis responsáveis legais dos estudantes e doze profissionais do PEM. As entrevistas tiveram a função de fornecerem relatos verbais a respeito dos impactos percebidos nos estudantes pelo envolvimento com o PEM. Os dados dos testes psicológicos foram analisados através dos testes estatísticos ANOVA, Mann-Whitney e t de Student e as entrevistas foram analisadas através da investigação qualitativa em educação. As análises dos testes psicológicos mostraram que os GI e GE não possuem diferenças entre si para nenhuma das variáveis de estudo. O GC apresentou escores inferiores aos GI e GE para a Autoestima e escores superiores para Solidão e Ansiedade Social, indicando que o envolvimento com o PEM pode acarretar em ganhos nessas habilidades. A partir da análise das entrevistas foram construídas três categorias de codificação relacionadas a impactos comportamentais do envolvimento com o PEM, a saber: relacionamento interpessoal, desenvolvimento de habilidades intrapessoais e envolvimento com música e desenvolvimento humano na perspectiva de profissionais e responsáveis legais. A análise das entrevistas indicou que a participação no PEM está relacionada a impactos positivos na autoestima, habilidades sociais e funcionamento executivo dos participantes. Os resultados foram discutidos buscando interrelaciona-los de maneira a integrar os dados colhidos por meio dos testes psicológicos e através das entrevistas. Conclui-se que a participação em PEMs com enfoque no resgate social de populações vulneráveis possui influência no desenvolvimento de crianças e adolescentes, indicando que o uso da educação musical caracteriza uma importante estratégia de intervenção social.