998 resultados para Imprensa altenativa
Resumo:
A atuação maçônica na imprensa paraense do século XIX (1872-1892) é entendida nesta dissertação a partir do contraponto entre o revelar e o esconder. Destacam-se, sobretudo, dois momentos distintos dessa mesma operação. No primeiro, a maçonaria abandona em parte sua postura reservada e decide criar um jornal oficial (O Pelicano) para fazer frente aos ditames ultramontanos (A Boa Nova). E, no segundo, ela retorna a sua condição inicial suspendendo a circulação da publicação, mas sem necessariamente retirar-se do meio jornalístico. De maneira que segredo e publicidade se intercalavam nas “vozes” dos representantes da instituição. A pesquisa permitiu a identificação nominal de um conjunto amplo de maçons e deu conta de demonstrar algumas das tensões e conflitos que ora os aproximava como “irmãos” e ora os colocava definitivamente em lados opostos na imprensa, nas lojas, na vida. Levando em consideração as mudanças de ordem social (Abolição) e política (República) que aconteceram ao longo da temporalidade abordada, este trabalho discute ainda o modo pelo qual os discursos, práticas e representações dos maçons paraenses se articulavam com as transformações que a um só tempo atingiram a província do Pará e a sociedade imperial.
Resumo:
A análise comparativa do comportamento editorial dos dois mais relevantes jornais impressos do estado do Pará – O Liberal e Diário do Pará – na cobertura das eleições ao governo do estado e ao senado federal em 2010 foi o principal foco desse estudo, em função da grande rivalidade e divergência que marcam a relação desses órgãos relativamente ao apoio político a candidatos e partidos nas competições eleitorais locais. Essa observação nos instigou a verificar se os veículos utilizaram recursos e/ou estratégias para favorecer ou prejudicar, por meio da informação divulgada, os grupos aos quais se alinham ou rejeitam, procurando criar uma percepção positiva e/ou negativa dos candidatos por parte do eleitorado. Além disso, nos fez analisar se o advento da Lei da “Ficha Limpa” – a Lei Complementar nº. 135/2010 – produziu diferentes posicionamentos dos jornais, buscando atingir o eleitor, visto que, no Pará, dois candidatos ao senado poderiam ter seus registros cassados, se alcançados pela Lei – Jader Barbalho, do PMDB, e Paulo Rocha, do PT. A relação entre mídia e política, no Pará, também se estabelece, a exemplo do constatado por diversos estudos científicos de outros contextos estaduais, demonstrando, assim, os interesses econômicos e políticos dos veículos analisados, verdadeiros atores nesse processo que busca influenciar o voto do eleitorado paraense, por meio do jornalismo.
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Esta Dissertação de Mestrado problematiza como os jornais paraenses, O Liberal e Diário do Pará, dois dos mais importantes periódicos da Amazônia na atualidade, produzem discursos sobre casos de violência sexual contra crianças e adolescentes. Tomamos, como suporte de pesquisa, notícias publicadas nas páginas policiais e em diversas editorias, ao longo da trajetória dos dois jornais, além de enunciados jornalísticos produzidos durante a vigência da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa do Estado do Pará (ALEPA), entre 2008 e 2010. Para tornar possível a análise discursiva sobre essa complexa temática, adotamos como metodologia a Análise do Discurso (AD) de vertente francesa, especialmente os postulados de Michel Foucault sobre discurso, história e poder, a fim de efetuarmos as leituras do corpus selecionado. Para aprofundarmos a nossa análise, fizemos um trabalho arqueológico da história da imprensa paraense para observarmos a atualização de redes de memória e as relações de poder que atravessam os discursos dos jornais sobre a temática, pois na microfísica de poder midiático amazônico ambos travam uma “guerra discursiva” registrada de forma peculiar em suas páginas. Assim, fizemos uma aproximação dos estudos da análise do discurso com os do jornalismo, por meio de teóricos do campo da Comunicação, como Nelson Traquina. Além disso, nossa pesquisa considerou nas análises as peculiaridades da Amazônia, região ao norte do país que sofre diversos apagamentos discursivos midiáticos nacionais ao longo da história e onde também observamos, em meio a sua diversidade, a prática cultural das “crias”, realidade que nossos estudos mostraram como secular e que até hoje retira crianças de cidades do interior para morar e estudar na capital. Essa e outras dinâmicas que envolvem o abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes nos levaram à percepção de uma série de (ab)usos discursivos sobre o tema na imprensa paraense.
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O escritor, político, jornalista e diplomata paraense João Marques de Carvalho nasceu em Belém, capital do estado do Pará, no dia 6 de novembro de 1866, e faleceu em Nice, no sul da França, no dia 11 de abril de 1910, aos 43 anos. Além de parte de sua prosa de ficção publicada em livro, alguns de seus textos, entre contos, romances, lendas e ensaios críticos, encontram-se dispersos em páginas de determinadas folhas periódicas que circularam por Belém nas duas últimas décadas do século XIX (1880-1900), como o Diário de Belém, A Província do Pará, A República e A Arena. Considerando, portanto, esse universo de escritos divulgados em jornais locais, objetiva-se, com este trabalho, avaliar não apenas como Marques de Carvalho compreendeu a doutrina naturalista, a função da crítica e a produção literária no estado do Pará, como também analisar a representação do espaço ficcional lusitano e amazônico em seus contos e romances publicados na imprensa periódica belenense oitocentista.
Resumo:
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
Resumo:
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
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Este trabalho tem por objetivo o estudo dos termos estrangeiros empregados em um corpus politicoda imprensa brasileira contemporânea. Por meio do noticiário politico nacional e internacional de alguns jornaise revistas publicados no Brasil, procuramos analisar os estrangeirismos e os neologismos por empréstimoem fase de integração à língua portuguesa.
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Este artigo refere-se a utilização da imprensa alternativa da contracultura como importante fonte para a construção histórica, seus alcances e desafios.
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O objetivo desse artigo é fazer uma reflexão preliminar sobre a repercussão da Revolução Mexicana no Brasil. O eixo central de análise são os jornais O Estado de S. Paulo e Voz do Trabalhador. A hipótese principal é que a América Latina e em especial o México não eram desconhecidos para o público brasileiro em geral nem de seus intelectuais.
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Este trabalho pretende analisar o modo como as convenções da produção literária vinculada à imprensa periódica são trabalhadas no conto “Astúcias de marido”, de Machado de Assis (Jornal das Famílias out. e nov. 1866). Nesse conto, o narrador machadiano procura demonstrar, ironicamente, o quanto a sua história atende aos modelos literários, aos critérios de leveza e de moralidade, e à necessidade do corte sistemático – convenções estabelecidas pela direção do periódico. Assim, expondo a artificialidade da construção narrativa e combinando movimentos alternativos entre aderência (aparente) e oposição, pela via da ironia, aos padrões da produção jornalística e às preferências do público, o narrador machadiano dá início à experimentação de uma técnica narrativa inusitada na literatura brasileira: a volubilidade narrativa.
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Neste artigo, apresentaremos os principais pontos de minha dissertação de mestrado em andamento, intitulada “Operários e Camponeses. A repercussão da Revolução Mexicana na Imprensa Operária Brasileira (1910-1920)”. Por meio de uma leitura crítica das matérias jornalísticas sobre a Revolução do México que foram publicadas em periódicos da imprensa operária brasileira, no decênio de 1910 até 1920, pretendemos investigar e compreender o impacto desse acontecimento na embrionária classe operária brasileira no início do século XX.
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Posto à venda em Portugal, em fevereiro de 1878, o romance O Primo Basílio, de Eça de Queirós, não demorou muito para chegar às livrarias do Rio de Janeiro. O sucesso quase instantâneo da obra despertou a reação dos meios intelectuais brasileiros, em particular dos críticos literários, divididos entre a acusação e a defesa da obra quanto à moralidade. A recepção do livro de Eça também repercutiu na imprensa brasileira de caricaturas da época, embora aqui, em lugar das charges, tenha prevalecido a sátira verbal, na forma das piadas, poemas e pequenas histórias picantes, sob o influxo da crítica literária, questão discutida no presente artigo.