789 resultados para Ideologia e cinema


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O objecto de estudo deste trabalho é a construção da identidade masculina afro-americana, e representação desta no cinema liberal de Hollywood. Isolam-se três momentos de particular relevo: o período do cinema mudo antes da Primeira Guerra Mundial, os anos 1960-70 e por fim, a década de 1990. Traçar-se-á um percurso analítico que examina obras-chave da história do cinema comercial de Hollywood bem como manifestações do cinema independente afro-americano entabulando um diálogo permanente com o contexto histórico e social, nomeadamente a luta pelos direitos civis, a afirmação do Black Power, traduzida cinematograficamente na Blaxploitation, para finalmente se concentrar em Boyz n the Hood escolhido como sintomático de um impulso regenerativo das representações masculinas afro-americanas, sob forte ataque dos media populares nas últimas décadas do século XX.

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Através da observação desenvolvida durante o estágio curricular no FESTin - Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa – procuro compreender de que forma a conjuntura política nos países seleccionados para competição na 6.ª Edição deste Festival (Angola, Brasil, Cabo Verde, Moçambique e Portugal) influencia a cinematografia apresentada e discutida durante o mesmo. Sublinhando a relevância de acompanhar a construção de uma identidade cultural para a união dos povos de língua portuguesa, aprofundo neste documento as preocupações presentes em cada um e introduzidas nas respectivas produções cinematográficas: desde as migrações, as guerras, o meio ambiente, a saúde, o sistema político vigente, a relação entre tradição e modernidade, entre outras. Ao aliar o conhecimento político adquirido na licenciatura em Ciência Política e Relações Internacionais (FCSH-UNL) e a sensibilidade analítica para as questões cinematográficas conquistada durante a componente lectiva deste mestrado, tenho em consideração a relação entre o cinema nacional e os grandes acontecimentos político-sociais, incindido sobre a dimensão subjectiva e auto-reflexiva do cinema como esforço para construção de uma identitária nacional.

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O que significa hoje um pensamento do figural? Qual a sua importância no quadro hegemónico do Arquivo Audiovisual e Multimédia Contemporâneo? Qual a relação que o cinema, enquanto assimilável ao pensamento do figural, tem com o Arquivo, tendo em conta a recente apropriação, interpretação, reconfiguração e interrogação das estruturas arquivísticas e materiais de arquivo, por parte de cineastas que usam o cinema, ele próprio, uma forma de arquivagem e material de arquivo, como ferramenta privilegiada de interpelação do Arquivo? Qual a potencial relevância do cinema, encarado nesta perspectiva, face à necessidade política de conceber um exterior do Arquivo? Estas são algumas das perguntas que estão na origem desta tese e a que ela procura responder, através da proposta de (re)corte de um arquivo de filmes e enunciados teóricos e da sua interpelação mútua. Com efeito, a imagem ou ideia de figural supõe uma reconfiguração das relações entre visível e dizível que não só nos serve de topos inspirador da metodologia da tese, num esforço de procurar inscrever a espacialização exigida pelo pensamento do figural na sua própria estrutura, como, sobretudo, nos fornece o quadro teórico de partida para pensar hoje, na senda de autores como Jean- François Lyotard, Michel Foucault e Gilles Deleuze, a relevância simultaneamente epistemológica e política da assimilação de certos gestos cinematográficos contemporâneos a uma imagem do pensamento com estes contornos. Assim, o cinema, sobretudo na sua forma ensaística, é identificado com a possibilidade de pôr em prática, um pensamento do interstício figural, que contraria a identidade dominante do ver e do falar, que rege o paradigma contemporâneo da comunicação, assente na respectiva conversão mútua - as imagens reduzem-se à sua significação ou conteúdo e as palavras convertem-se em imagens legíveis. Através das possibilidades oferecidas pela montagem cinematográfica, trata-se, então, de reenviar as imagens a uma leitura que só elas podem dar, e as palavras a um novo tipo de escuta e entendimento, o que se traduz, em termos da relação do cinema ao Arquivo contemporâneo, na sugestão de que o cinema é uma ferramenta de requalificação do saber que aquele supõe. A nossa hipótese é, pois, a de que o cinema em geral, e certos filmes em particular, ao permitirem a perscrutação arqueológica do Arquivo, introduzem delay na nossa relação aos “documentos”, sendo que é aí, nesse intervalo entre o registo e a sua retoma, que se joga a possibilidade de resistência face ao poder difuso do Arquivo, tal como se manifesta na internet, na televisão, nas redes que hoje geram a regulação, tratamento e transmissão da informação; porque possui uma dimensão audiovisual que lhe permite articular e desarticular arquivos e corpos, e dado que as relações entre dizível e visível não estão estabilizadas, o cinema torna possível a reescrita das figuras, ou seja, um pensamento que não dispõe de uma forma já feita de verdade para o encontro das frases e das experiências, mas que extrai relações essenciais e verdadeiras dos acontecimentos do nosso presente e da nossa história, precisamente a partir da exploração do intervalo instável entre discurso e figura, e da experimentação ao nível da recolagem entre enunciados e visibilidades.

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A dissertação tem como propósito o estudo da imagem em movimento como mobilizadora do pensamento e a averiguação da possibilidade de um lugar de liberdade e transformação para uma comunidade de espectadores do cinema. Mediante o esclarecimento dos processos da actividade do pensar no mundo das aparências, do juízo estético e crítico, e da investigação sobre o envolvimento político da imagem, analisa-se o caso concreto de duas obras do cineasta Robert Bresson: Un Condamné à mort s’est échappe e Pickpocket.

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Procuro mostrar nesta dissertação a evolução do cinema e audiovisual em Portugal, no contexto da União Europeia onde estamos inseridos, e no período decorrido entre 2007 e 2013. Os apoios financeiros atribuídos pelos programas nacionais e internacionais a estas áreas da cultura. Procuro mostrar também a evolução e os novos caminhos do cinema e audiovisual quer na União Europeia, quer em Portugal.

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A presente tese enfrenta o tema do documentário e da ficção no cinema de etnoficção português pondo ao centro deste binómio o vestuário como fenómeno, ora votado a explicitar a verosimilhança das sequencias, ora ferramenta para criar uma simulação da realidade. Tratamos o termo etnoficção como se fosse um género cinematográfico e escolhemos, como exemplo de analise, 3 trilogias do cinema português. Tratamos o vestuário de acordo com os novos conceitos do corpo revestido que veem da Fashion Theory e nossas bases teóricas serão Simmel e Bogatyrev, Barthes e Calefato, entre outros. Analisar o vestuário de filmes por género ajuda por um lado na criação de uma primeira definição de todo este tipo de vestuário e por outro a compreender a sua importância dentro de uma obra fílmica. As partes teóricas sobre Fashion Theory e sobre o conceito de etno-ficção serão depois aplicadas aos filmes escolhidos, tentando ampliar os conhecimentos através da introdução de outros autores que se debruçaram sobre os dois assuntos, ao fim de unificar os dois conceitos, do corpo revestido e da etno-ficção, num só, de vestuário cinematográfico. Filmes analisados. Trilogia do Mar, de Leitão de Barros: Nazaré, praia de pescadores (1927), Maria do Mar (1929), Ala arriba! (1942); Trilogia de Trás-os-Montes, de António Reis e Margarina Cordeiro: Trás-os-Montes (1976), Ana (1984), Rosa de areia (1989); Trilogia das Fontainhas, de Pedro Costa: Ossos (1997), O quarto da Vanda (2000), Juventude em marcha (2006).

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This thesis is intended to contribute to critical discussion of the American male hero in mainstream American war and action films post September 11, 2001 . The thesis investigates how these heroes' behaviour echoes a patriotic, conservative construction of the modern American as created through speeches given by George W. Bush in the wake of the events of September 11, 2001 . The thesis examines the hero in six primary sources: the war films We Were Soldiers, Behind Enemy Lines and The Great Raid and the action films Collateral Damage, Man on Fire and The Punisher. By analyzing the ideological subtext, political content, visual strategies and generic implications of the films, as well as the binary constructions of a selection of Bush speeches, and by reviewing historical representations of American male heroes on film produced in the wake of political events, the thesis concludes that the six films mobilize the USA's conservative viewpoint towards war and military action, and in concert with the speeches, contribute to an ongoing militarization of visual culture. Both systems echo a dangerous ideological fantasy of American history, life and patriotism.

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This thesis examines the impact of the Soviet Union's collapse on the Russian Symbolic as represented through popular cinema of the post-Soviet period. The disintegration of the USSR in 1991 became one of the most traumatic experiences for many Russian people. The trauma of the collapse of the Soviet Union penetrated the everyday reality of the Russian Symbolic, leaving the traces-symptoms in different cultural fonns like literature, arts, television and cinema. Because popular culture usually reacts very quickly to any social, political and economical shifts in society, it is an excellent barometer for deeper changes in society. Focusing on postSoviet popular cinema, this thesis analyzes the symptoms of cultural and individual trauma occasioned by the momentous changes of the 1990's. This study is grounded in post-analytic theory of Jacques Lacan and its interpretation by Slavoj Zizek, which emphases the traumatic encounter with the Real as a "hard core" of our reality. According to this paradigm, a new chain of signifiers is structured around the traumatic breach in the Symbolic, initiating a process of fantasy construction to deal with consequences of trauma and, thus, to support our Symbolic order. This thesis examines three major fantasy constructions - drinking, traveling to a "happy land" and family reunion and money - in popular films by Alexander Rogozhkin, Yurij Mamin, Georgij Shengelia, Dmitrij Astrakhan, Valerij Todorovskij, Alexej Balabanov, Sergej Bodrov Jr. and Petr Buslov. According to Zizek, enjoyment underlies any fantasy constructions, and that is why after the intrusion of the Real every individual and culture should go through the process of fantasizing about some substitutes which can help to minimize the traumatic effect and which can lead to a partial enjoyment. By analyzing the fantasies about drinking, "happy land", reconstruction of the family bonds and money in Russian popular cinema since 1991, this thesis demonstrates how the traumatic engagement with the Real affected the everyday lives of Russian people, and how individuals tried to fill the gap, the lack, in the post-Soviet Symbolic and "return" the lost feeling of unity and plenitude.

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This thesis, entitled, "Where's Albania? Staking Out the Politics of the Real and Reality in Documentary Cinema," charts the documentary tradition's path from its first incarnations, as filmed travelogue or ethnographic study, for example, right through to its development as a form acting as an objective observer, reflexive commentator, and finally, as a postmodern hybrid. This thesis begins by locating the documentary tradition's origins in realism. Foregrounding documentary cinema as a realist style is important in that it is a contention that spans this entire study. After working through the numerous modes of documentary as outlined by Bill Nichols, I suggest the documentary is often best understood as a hybrid form drawing on numerous modes and conventions. This argument permits my study to make a shift into postmodern theory, wherein I examine postmodernism's relationship to the documentary both as being influenced by it, but also as subsequently forcing documentary cinema to look back at itself and reevaluate the claims it has made in the past, and how postmodernism has drawn these claims to the surface of debate. My thesis concludes with a study of the mockumentary. This analysis confirms the link between postmodernism and documentary, but perhaps more importantly, this analysis investigates postmodemism's critique of the image and representation in general, two elements historically linked to documentary cinema's success as "truth teller."

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This thesis explores the representation of Swinging London in three examples of 1960s British cinema: Blowup (Michelangelo Antonioni, 1966), Smashing Time (Desmond Davis, 1967) and Performance (Donald Cammell and Nicolas Roeg, 1970). It suggests that the films chronologically signify the evolution, commodification and dissolution of the Swinging London era. The thesis explores how the concept of Swinging London is both critiqued and perpetuated in each film through the use of visual tropes: the reconstruction of London as a cinematic space; the Pop photographer; the dolly; representations of music performance and fashion; the appropriation of signs and symbols associated with the visual culture of Swinging London. Using fashion, music performance, consumerism and cultural symbolism as visual narratives, each film also explores the construction of youth identity through the representation of manufactured and mediated images. Ultimately, these films reinforce Swinging London as a visual economy that circulates media images as commodities within a system of exchange. With this in view, the signs and symbols that comprise the visual culture of Swinging London are as central and significant to the cultural era as their material reality. While they attempt to destabilize prevailing representations of the era through the reproduction and exchange of such symbols, Blowup, Smashing Time, and Performance nevertheless contribute to the nostalgia for Swinging London in larger cultural memory.

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Book Review of 'Pirate Cinema' written by Cory Doctorow.

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Ayant réalisé neuf longs-métrages entre 1988 et 2007, aussi que plusieurs campagnes publicitaires, vidéo-clips, courts-métrages et projets collectifs, Wong Kar-wai est un des réalisateurs contemporains les plus importants actuellement. Issu de l'industrie cinématographique fortement commerciale de Hong Kong, Wong est parvenu à attirer l'attention du circuit international des festivals de cinéma avec son style visuel unique et son récit fragmenté. Considéré par plusieurs critiques comme le poète de la recherche d’identité de Hong Kong après 1997, Wong Kar-wai défie toutes les tentatives de catégorisation. L’étude qui se poursuivit ici a donc pour objet essentiel de fournir une analyse attentive et complète de son oeuvre, tout en se concentrant sur les traits stylistiques qui donnent à ses films une unité. Ces caractéristiques correspondent à une certaine façon de raconter des histoires, de composer des personnages et des récits, de manipuler le temps et d'utiliser des ressources techniques de sorte que ses films offrent une identité cohérente. L'objectif est d'analyser les différents composants de ses images pour découvrir comment ses films communiquent les uns avec les autres afin de créer une identité unique. Pour atteindre cet objectif, je pose comme hypothèse de travail que le cinéma de Wong est marqué par une structure dualiste qui permet à ses films de présenter des qualités contradictoires simultanément. La plupart de mes arguments se concentrent sur le travail du philosophe français Gilles Deleuze, qui a proposé une théorie du cinéma divisé entre l’image-mouvement et l’image-temps. Je considère que sa théorie fournit un cadre valide sur lequel les films de Wong peuvent être projetés. Tandis que ma recherche se concentre sur l’interprétation textuelle des films, je profiterais également d’une analyse comparative.

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Ma thèse examine les déplacements multiples – déportation, exil, voyage – et l‟expérience diasporique de différentes communautés ethniques dans le cinéma indépendant de trois réalisatrices et artistes contemporaines : Julie Dash, Rea Tajiri et Trinh T. Minh-ha. J‟analyse la déconstruction et reconstruction de l‟identité à travers le voyage et autres déplacements physiques ainsi que les moyens d‟expression et stratégies cinématographiques utilisées par ces artistes pour articuler des configurations identitaires mouvantes. Je propose de nouvelles lectures de la position des femmes dans des milieux culturels différents en considérant la danse comme une métaphore de la reconfiguration de l‟identité féminine qui se différencie et s‟émancipe des traditions culturelles classiques. Les expériences de l‟histoire et de la mémoire, qui sont vécues dans les corps des femmes, sont aussi exprimées par le biais des relations intermédiales entre la photographie, la vidéo et le film qui proposent des images de femmes variées et complexes.

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Ponent: Nirmal Puwar / Presenta: Alessandra Caporale

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Materials didàctics del grup d'investigació Observatori sobre la Didàctica de les Arts (ODAS).