951 resultados para Formação em Enfermagem


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To acting in emergencies it is important that health professionals develop specific and differentiated skills, which shows us the importance of training in emergency planning. So undergraduate courses in medicine and nursing should encourage the development of these skills and evaluate them through various instruments targeted to the different fields. The aim of this study was to implement an optional and interprofessional curricular component, focusing on interprofessional education in pre-hospital emergency for medical and nursing courses Federal University of Rio Grande do Norte (UFRN). This is an exploratory descriptive study, with 24 medical and nursing graduates of last year undergraduate of supervised training, who underwent theoretical and practical training in the care of pre-hospital emergency services. There were theoretical and practical lessons per week for one school semester, taught by doctors and nurses of the Emergency Medical Service (EMS), where the topics discussed were: basic and advanced life support, safe transport in clinical emergencies, trauma, gynecological, obstetric, pediatric and psychiatric diseases, and have been carried out practical activities in ambulances. The students were evaluated by pre-test, post-test and practical stations made through the Objective Structured Clinical Evaluation (OSCE), in the skills laboratory of the Health Sciences Center. During the activities the students were encouraged to critical and reflective thinking, highlighting the importance of integration between the various health care professionals. It was observed that 88% of the students had a score increase over the pre-test. In the evaluation process carried out by medical students and nursing UFRN have similar expectations regarding the essential skills acquired during the training activity. The results of this study will form the basis for the organization of interprofessional education activity in pre-hospital emergency medical students and nursing, as well as helped to organize practices stations, identifying basic clinical skills, and implementing student assessment tools UFRN.

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O papel do enfermeiro como prescritor vem se ampliando em muitos países nos últimos anos, em diferentes situações e amplitudes de ação, se configurando como prática avançada na enfermagem. No Brasil, a prescrição de medicamentos por enfermeiros está prevista na Lei do Exercício Profissional desde 1986, e permite a esse profissional, a prescrição de medicamentos estabelecidos em programas de saúde pública. Esse estudo tem como objetivo geral analisar as determinações e perspectivas da prescrição de medicamentos por enfermeiros nos protocolos da Estratégia Saúde da Família. Os objetivos específicos são: apreender a atual situação internacional da prescrição de medicamentos por enfermeiros em comparação a essa prática no Brasil identificando semelhanças e diferenças; identificar os contornos legais e normativos da prescrição de medicamentos por enfermeiros no Brasil apontando sua história, tendências e desafios; caracterizar o modelo de prescrição de medicamentos por enfermeiros nos protocolos de Atenção Primária à Saúde no Brasil; investigar possíveis lacunas entre formação, capacitação, autoavaliação e prática da prescrição de medicamentos na Atenção Primária à Saúde na perspectiva do enfermeiro. Trata-se de Estudo de Caso Exemplar com abordagem qualitativa através de Revisão Bibliográfica, Análise Documental e Grupo Focal com enfermeiros. A análise dos dados deu-se por meio da Análise de Conteúdo e Análise Qualitativa de Conteúdo. Os resultados revelam que a categoria da enfermagem contribuiu para a legalização da prescrição, porém não para a sua legitimação; na Atenção Primária à Saúde, essa atribuição está consolidada por meio de protocolos e legislação, embora sem estratégia clara de acompanhamento pelo Ministério da Saúde; observa-se resistência em algumas normatizações dentro do setor saúde. Quanto aos protocolos, observou-se não há exigência de pré-requisitos na maioria deles; há possibilidade de diagnóstico pelo enfermeiro na gravidez, nutrição infantil e doenças sexualmente transmissíveis; observou-se variados graus de autonomia; amplo grupo de medicamentos prescritos por enfermeiros. Dos 37 participantes do Grupo Focal, 97,3% eram do sexo feminino; 54% formados há menos de 10 anos, 27% entre 10 e 20 anos, 16,2% há mais de 20 anos; 83,8% com especialização em Saúde Pública. Todos os enfermeiros relataram insuficiência da disciplina de farmacologia para instrumentalizar a prática prescritiva. Destacou-se a necessidade de pós-graduação; a importância da experiência clínica; falta de discussões e capacitação. Apenas alguns se autoavaliaram como competentes para prescrever, outros revelam medo de reação adversa a medicamentos. Conclui-se que há tendência da prescrição de medicamento por enfermeiros permanecer apenas na legalidade e o principal desafio é alcançar a legitimidade. Confirma-se uma prática prescritiva sem requisitos, diversidade de orientações induzindo a multiplicidade de ações que pode afetar a qualidade da prescrição. Há lacunas entre formação, capacitações e exigências cotidianas da prescrição de medicamentos por enfermeiros na Atenção Primária à Saúde. No Brasil se faz premente pesquisa para avaliar o impacto, a qualidade e a segurança da prescrição de medicamentos por enfermeiros. A experiência internacional sugere também que essa prescrição deve ser apoiada pelo coletivo de enfermeiros, com robusto plano de capacitação nacional, além de governança e apoio local.

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Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)

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ENDERS, Bertha Cruz ; BRITO RS ; MONTEIRO, Akemi Ywata. Analise conceitual e pensamento critico: uma relacao complementar na enfermagem. Rev Gaucha Enferm, Porto Alegre (RS) 2004 dez;25(3):295-305.

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O propósito deste trabalho é mostrar a relação entre o processo de análise conceitual e as habilidades de pensamento crítico na enfermagem. Utilizando uma abordagem de ensaio discursivo, argumenta-se que a técnica de análise conceitual promove a criticidade em alunos de enfermagem. Os passos da atividade de análise são examinados quanto às operações cognitivas neles inseridas e que representam habilidades de raciocínio crítico. Reflete-se sobre a análise conceitual como atividade didática na promoção do pensamento crítico em uma experiência com alunos de graduação. Conclui-se que os dois processos se complementam no repensar e no enfrentamento de desafios na enfermagem

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Introdução: A Monarquia Constitucional, de 1821 a 1910, funcionou com seis Câmaras de Representantes. A pergunta é: o que discutiam as elites, nestes palcos, relacionado com a enfermagem? Através de descritores relacionados com enfermagem, identificámos nos diários das sessões, em todo o período, 1317 páginas com referência a enfermagem. O ano 1896 mostrou a frequência mais elevada, 89 entradas. Nesse ano, funcionava a Câmara dos Pares do Reino (CPR) e a Câmara dos Senhores Deputados da Nação Portuguesa (CSDNP). Objectivos: Identificar os assuntos tratados nas Câmaras de Representantes durante a Monarquia Constitucional, relacionados com a enfermagem, enfermeiros e enfermarias, no ano 1896, ano de frequênciamais elevada das citações nos diários das sessões, verificado em estudo prévio.Descrever, analisar e enquadrar os assuntos encontrados.Verificar se existem diferenças nos assuntos e na sua abordagem nas duas câmaras em funcionamento, dos Pares do Reino e dos Senhores Deputados da Nação. Metodologia: Levantamento e análise de fontes diretas, segundo uma metodologia de análise histórica. Através dos descritores, enfermeiro(s), enfermeira(s),enfermagem, enfermaria(s), pesquisa nos diários das sessões das câmaras de representantes em funcionamento no ano 1896, localizados no site da Assembleia da República. Levantamento das páginas sensíveis aos descritores. Leitura e análise das problemáticas e seu enquadramento diacrónico e sincrónico. Identificação dos temas e análise em pormenor das suas ligações e do seu contributo para a história de enfermagem. Num processo de exame do passado, construção mental desse exame e comunicação desse resultado. Resultados: Em 1896 encontrámos 89 entradas, 58 páginas dos diários da CSDNP e 31 dos diários da CPR. Na distribuição numérica das entradas pelos descritores verificámos a preponderância institucional sobre os descritores pessoais, para a CPR 21 em 31 e na CSDNP 38 em 58. Na CPR os assuntos de enfermagem ocuparam cinco dias de sessões. Quatro relacionados com a problemática dos delinquentes alienados e da construção de uma enfermaria anexa à Penitenciária de Lisboa. Outra sessão ocupou-se com a reorganização geral dos serviços de saúde do ultramar. Na CSDNP registamos a presença em oito dias, três com o assunto delinquentes alienados e construção de enfermaria, um com a reorganização dos serviço de saúde do ultramar, onde se estipula formação, funções, organização e vencimentos, noutro dia, uma representação dos empregados dos HUC mostrando seu descontentamento, noutro a cedência de instalações para Hospital da Misericórdia de Elvas, e por fim a organização de enfermarias nos barcos da linha Lisboa - Ilhas. Conclusões: A existência de enfermarias anexas aos estabelecimentos prisionais responde ao imperativo de direito dos alienados/inimputabilidade. A reorganização dos serviços de saúde do ultramar contabiliza enfermeiros, problematiza as irmãs hospitaleiras, dá conta de maqueiros. Temas comuns às duas câmaras. Em 1896, elites, nas Câmaras, realçam e discutem, relacionado com enfermagem e enfermarias, os seguintes aspectos: política de saúde (direitos dos alienados; ocupação do espaço ultramarino; higienismo); institucionais (enfermarias para inimputáveis; organização de serviços no ultramar; melhoria de instalações hospitalares; enfermarias em barcos); disciplinaridade (formação especifica para o ultramar); profissionalidade (embrião decarreira; funções e vencimentos; polémica com irmãs; manifestação de descontentamento).

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No âmbito de um Curso de Pós-Licenciatura de Especialização em Enfermagem e no início da Unidade Curricular (UC) de "Formação para a Prática Especializada", entendeu-se que a participação dos formandos na construção da UC era crucial, que os conhecimentos, a experiência prática e as experiências formativas prévias eram nucleares para o início do percurso formativo. A (trans)formação dos profissionais de enfermagem através de formas plurais de pensar, de sentir e de agir permite iniciar um percurso onde o enfermeiro tem que romper com o conformismo, tem que "... desassossegar a pacatez pessoal, interpessoal e institucional" (Ferreira, 2007, p.21). Objetivos: identificar situações significativas de aprendizagem em contextos de trabalho; identificar conceitos estruturantes; (re)definir as estratégias de formação. Estudo descritivo de natureza qualitativa. Análise de narrativas em texto livre a partir de um mote inicial "Descreva uma situação do seu contexto de trabalho que tenha considerado como formativa e significativa para si". Participaram 25 enfermeiros que iniciaram o seu percurso formativo de especialização em Enfermagem. Foram identificadas situações de aprendizagem através de: atividades expostas e atividades mentais. Agruparam-se em três categorias: aprendizagens através de processos colaborativos; através da execução do trabalho e através de fontes de conhecimento (Walden & Bryan, 2011). Os conceitos que emergiram com maior expressão foram: reflexão; experiência; conhecimento; avaliação; comunicação; mudança e relação interpessoal. Assim, foram (re)definidas as estratégias de formação no início de um percurso formativo a partir das situações significativas de aprendizagem vividas nos contextos de trabalho e os enfermeiros reconheceram-se como parte integrante do mesmo.

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As atividades de aprendizagem nos contextos clínicos são essenciais para o desenvolvimento profissional dos enfermeiros. Num Curso de Mestrado em Enfermagem entendeu-se que os conhecimentos, a prática e as experiências formativas prévias eram nucleares para o início do percurso formativo. No âmbito da Unidade Curricular de "Formação para a Prática Especializada", pretendeu-se: Identificar atividades de aprendizagem em contextos clínicos; identificar conceitos estruturantes; (re)definir as estratégias de formação. Estudo descritivo de natureza qualitativa. Análise de narrativas reflexivas em texto livre a partir de um mote inicial "Descreva uma situação do seu contexto de trabalho que tenha considerado como formativa e significativa para si". Participaram 30 enfermeiros que iniciaram o seu percurso formativo de especialização em Enfermagem Médico- Cirúrgica. Nas narrativas reflexivas produzidas pelos enfermeiros foram identificadas atividades de aprendizagem através de: atividades expostas e atividades mentais, tanto de natureza intrapessoal como interpessoal. Agruparam-se em três categorias: aprendizagens através de processos colaborativos; através da execução do trabalho e através de fontes de conhecimento (Walden & Bryan, 2011). Os conceitos que emergiram com maior expressão foram: reflexão; experiência; conhecimento; avaliação; comunicação; mudança e relação interpessoal. A partir desta estratégia pedagógica, foram (re)definidas as estratégias de formação no início de um percurso formativo com base nas situações significativas de aprendizagem vividas nos contextos clínicos e os enfermeiros reconheceram-se como parte integrante do mesmo.

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Em Enfermagem considera-se o Ensino Clínico um momento privilegiado na formação dos estudantes. Permite que os estudantes de Enfermagem aprendam no seio de uma equipa e em contacto directo com um indivíduo em bom estado de saúde ou doente e/ou uma colectividade a planear, executar e avaliar os Cuidados de Enfermagem globais requeridos com base nos conhecimentos e competências adquiridas. É nos contextos reais que os estudantes têm possibilidade de mobilizar os referenciais teóricos para as diferentes situações de saúde/doença que a pessoa/grupo vive, podem desenvolver o pensamento crítico e contribuir para a reflexão das práticas clínicas através do debate com os elementos da equipa de saúde (Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, 2016). Na Área de Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica pode ler-se no Guia Orientador do Ensino Clínico (Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, 2016) que se preconiza que os estudantes desenvolvam capacidades de forma a prestarem cuidados globais à criança e sua família, privilegiando os cuidados atraumáticos, a parceria de cuidados, os cuidados centrados na família e a utilização de uma linguagem classificada (CIPE) e que constituem objectivos de aprendizagem: Promover o crescimento e o desenvolvimento da criança, quer em situação de saúde, quer em situação de doença e hospitalização, em cada etapa do seu desenvolvimento, tendo em conta o ciclo vital da família; Comunicar adequadamente com a criança e família; Promover o bem-estar e adaptação da criança e família em situações de hospitalização, reduzindo os efeitos negativos e potencializando a resiliência e Promover a recuperação da saúde da criança de acordo com as suas respostas à situação de doença, tendo como referência o processo de cuidados de enfermagem. Nesta área os estudantes realizam o Ensino Clínico em Instituições hospitalares e em Creches/Jardins-de-infância.Neste contexto, realizando os estudantes de Enfermagem o Ensino Clínico em creches/jardinsde- infância e verificando-se a carência de pesquisas desenvolvidas no nosso País sobre esta temática, propomo-nos desenvolver um estudo descritivo e exploratório, que seguirá a metodologia qualitativa, que nos responda às questões: O que valorizam os professores de enfermagem no papel do enfermeiro na creche? Será que consideram que as creches são locais de ensino clínico que proporcionam aos estudantes momentos de aprendizagem e de apropriação e desenvolvimento de conhecimentos? Com este estudo pretendemos: - Conhecer o que valorizam os professores no papel do enfermeiro na creche; - Identificar as oportunidades de aprendizagem que os professores consideram que o ensino clínico desenvolvido em creches proporciona aos estudantes; - Analisar as experiências, dos professores, de orientação de estudantes em creches.

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ENDERS, Bertha Cruz ; BRITO RS ; MONTEIRO, Akemi Ywata. Analise conceitual e pensamento critico: uma relacao complementar na enfermagem. Rev Gaucha Enferm, Porto Alegre (RS) 2004 dez;25(3):295-305.

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Enquadramento: O intercâmbio académico internacional possibilita novos conhecimentos científicos e culturais, incluindo tecnologias em saúde, partilha de saberes e experiências e ampliação das oportunidades profissionais. Objetivos: Identificar os benefícios do intercâmbio para a formação do enfermeiro, na perspetiva dos estudantes. Metodologia: Pesquisa exploratório-descritiva de cariz qualitativo. Participaram no estudo 17 estudantes que realizaram programas de mobilidade internacional no Centro Universitário Franciscano - Santa Maria/RS/Brasil e na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra/Portugal. Os dados foram colhidos através de entrevistas semiestruturadas e submetidos à análise temática de conteúdo. Resultados: A análise dos dados resultou em 3 categorias: A saúde no país de origem vs. país de intercâmbio - contextualizando saberes e vivências profissionais, Intercâmbio académico - possibilidade de desenvolvimento da autonomia dos estudantes e, Ampliando horizontes - contribuições culturais no processo do intercâmbio académico. Conclusão: Os processos de intercâmbio permitem a aproximação dos estudantes a novas realidades práticas e de investigação, o que contribui para a formação do estudante e um melhor desempenho profissional como enfermeiro, no futuro.

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Este estudo centrou-se num Curso de Licenciatura em Enfermagem e teve como objetivo compreender a influência da relação supervisiva no desenvolvimento da identidade profissional dos estudantes. Os eixos estruturantes que suportam esta investigação e que concorrem para a definição do seu objeto de estudo articulam-se em torno da relação supervisiva, do desenvolvimento de competências profissionais e do desenvolvimento da identidade pessoal e profissional em contexto clínico. A formação desenvolvida através da prática clínica destina-se a preparar indivíduos de acordo com a atual realidade socioprofissional, onde os sujeitos, independentemente da singularidade de cada um, desenvolvem saberes adquiridos em sala de aula. Quando comparada com o espaço escolar, a aprendizagem em contexto clínico é condicionada por fatores que se caraterizam por maior imprevisibilidade e obriga frequentemente o estudante a confrontar-se com situações únicas e impares. A identidade dos estudantes torna-se assim construída e vivida a partir de um conjunto de dimensões que ocorrem no decurso das vivências clínicas. Metodologicamente optou-se por um estudo etnográfico no âmbito do paradigma qualitativo, numa abordagem longitudinal segundo a lógica do estudo de caso. A natureza dos dados a recolher englobou ainda o recurso a procedimentos de natureza quantitativa. Como técnica de recolha de dados recorremos à observação participante, entrevistas semiestruturadas e questionários. O estudo desenvolveu-se numa Escola Superior de Enfermagem da Zona Norte do país e fizeram parte da população 69 estudantes de uma turma de segundo ano, quatro tutores e um professor. O plano de estudo da referida escola está organizado de forma a que a aprendizagem dos estudantes seja progressivamente integradora de saberes interligando a componente teórica com a componente prática. Assim, os ensinos clínicos estão distribuídos entre o 2º e o 4º ano. Da análise e discussão dos dados e subsequentes conclusões ressalta que, quer a relação supervisiva, quer os contextos clínicos, foram influenciadores do desenvolvimento de competências profissionais, bem como da identidade pessoal e profissional dos estudantes. Verificamos que os dois contextos clínicos estudados – medicina e cirurgia – favoreceram o desenvolvimento de competências distintas, no entanto complementares. Tornou-se visível que, os supervisores do contexto de medicina, possuidores de uma visão holística da profissão de enfermagem, promoveram nos estudantes uma visão integradora do doente, resultante de uma contínua atitude reflexiva sobre a Pessoa Humana. Por sua vez, no contexto de cirurgia, caraterizada por intervenções mais invasivas e mais centradas no tratar, as competências mais valorizadas pelos tutores, embora que de uma forma não verbalmente assumida, foram do domínio técnicocientífico, com especial relevo pelas competências instrumentais.

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O propósito deste trabalho é mostrar a relação entre o processo de análise conceitual e as habilidades de pensamento crítico na enfermagem. Utilizando uma abordagem de ensaio discursivo, argumenta-se que a técnica de análise conceitual promove a criticidade em alunos de enfermagem. Os passos da atividade de análise são examinados quanto às operações cognitivas neles inseridas e que representam habilidades de raciocínio crítico. Reflete-se sobre a análise conceitual como atividade didática na promoção do pensamento crítico em uma experiência com alunos de graduação. Conclui-se que os dois processos se complementam no repensar e no enfrentamento de desafios na enfermagem

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A saúde e o bem-estar dos adolescentes são hoje evidenciados como determinantes do desenvolvimento humano, a afetividade, a formação de personalidades moral e socialmente sólidas relativamente à sexualidade, passam por atitudes pedagógicas, particularmente na adolescência, porque podem influenciar a saúde (Moura 1992). Promover a compreensão da sexualidade é tão imperativo, que seria inconcebível deixar ao acaso (Young 1995; Prazeres 1998). Se este processo adolescente decorrer de forma saudável, a sexualidade evoluirá sem grandes receios e ansiedades (Sampaio 2006). Metodologia: Quantitativa, amostra aleatória composta por 1735 enfermeiros que exerciam em 226 centros de saúde de Portugal. Colheita de dados feita por questionário, respeitando as considerações éticas. Resultados: Dos enfermeiros (67,3%), considera que a escola não lhe proporcionou formação sobre sexualidade. Enfermeiros dos Açores (56,1%), Madeira (38,4%) e Sub-regiões Saúde Viana Castelo (48,8%), Porto (41,6%), Lisboa (35,4%), Guarda (34,7%), Castelo Branco (32,7%) apresentam percentagens superiores à média relativamente à formação sobre sexualidade. Análise replicada às Regiões de Saúde, permite inferir que os enfermeiros do Norte (36,3%), Açores (56,1%) e Madeira (38,4%) sugerem ter recebido formação sobre sexualidade. Discussão: Enfermeiros com formação sobre sexualidade, têm idades entre 22-30 anos. Da análise estatística (p<0,01) podemos inferir que a formação sobre sexualidade dos enfermeiros, não é independente da escola frequentada, nem da Sub-região (p<0,001) e Região de Saúde (p<0,001) onde trabalham Enfermeiros com 22-30 anos têm 2,736 vezes mais probabilidades da escola lhes ter proporcionado formação sobre sexualidade que enfermeiros com idades entre 31-68 anos. Enfermeiros de escolas privadas apresentam 1,367 vezes maiores probabilidades de ter recebido formação sobre sexualidade que os das escolas públicas. Educação afectivo-sexual deve entender-se como direito de todos, colaborando a família, a escola e a saúde pelo que é imperativo que as escolas repensem os seus programas nesta área.

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Nos últimos anos, um conjunto de mudanças de natureza tecnológica institucional, legal e cultural alteraram as funções, a responsabilidade social e a estrutura das organizações de saúde. Estas transformações estão na base do debate actual sobre supervisão clínica em enfermagem enquanto estratégia de promoção da satisfação profissional, segurança e qualidade dos cuidados. A emergência da supervisão clínica em enfermagem permitiu interrogar e dar visibilidade a novas modalidades de formação no contexto de trabalho. A supervisão clínica é um processo multidimensional que inclui encontros regulares entre supervisores e supervisados, com o objectivo de analisar experiências de trabalho e de formação. Dedica-se especial atenção às dimensões emocionais, qualidade de cuidados, relação terapêutica e desenvolvimento pessoal e profissional. A presente pesquisa assume a forma de um estudo de caso realizado num hospital psiquiátrico (Hospital Magalhães Lemos). O objectivo principal do estudo consistiu em compreender o processo amplo e complexo de aprendizagens desenvolvidas em contexto clínico e a forma como estas condicionam as estratégias supervisivas. Recorrendo ao modelo bioecológico de Bronfenbrenner, o estudo interroga de forma sistemática a origem e as relações entre formação e supervisão. Os participantes do estudo foram 18 enfermeiros do referido hospital. Contamos, igualmente, com a colaboração de três peritos com profundo conhecimento da cultura e realidade hospitalar. A informação foi colhida com base em questionários e entrevistas semiestruturadas. O questionário (Clinical Supervision Nursing Inventory – CSNI - V1) inclui três partes. A parte I e II foram relevantes para caracterizar os participantes e o contexto clínico. A parte III do instrumento inclui um inventário com 24 itens. O Alfa de Cronbach calculado pelo autor foi de 0,93 para os 24 itens da escala, indicando excelentes resultados psicométricos. A entrevista semi-estruturada foi usada para a recolha de dados junto dos três peritos. Os enfermeiros possuem uma atitude positiva perante a supervisão clínica. O desenvolvimento pessoal e profissional dos enfermeiros estava relacionado com as oportunidades de formação emergentes no contexto das práticas. Embora a expressão “supervisão clínica” seja por vezes utilizada de forma incorrecta nas organizações, concluímos que existiam no hospital boas práticas a nível da supervisão dos cuidados, relacionando desenvolvimento pessoal, qualidade de cuidados e competências profissionais. Tentámos problematizar as experiências supervisivas partindo de teorias sócio-culturais e bio-ecológicas. Os participantes do estudo referiram que há necessidade de formalizar o sistema de supervisão clínica em enfermagem, evitando relacionálo com o sistema de supervisão de gestão. São apresentados e discutidos diversos subsídios para o desenvolvimento do sistema de supervisão clínica em enfermagem, no hospital.