950 resultados para AIDS Vaccines
Resumo:
OBJETIVO: Analisar a qualidade de vida de pessoas vivendo com HIV/Aids. MTODOS: Estudo transversal, desenvolvido em servio ambulatorial para Aids, com base em amostragem consecutiva, realizado no segundo semestre de 2002. Selecionaram-se 365 pessoas com idade >18 anos que passaram por consulta com o infectologista. As variveis sociodemogrficas, de consumo recente de drogas e as condies clnicas foram obtidas por meio de questionrios e a qualidade de vida por meio do WHOQOL-bref. RESULTADOS: Os escores dos domnios fsico, psicolgico, relaes sociais e meio ambiente apresentaram valores semelhantes. Foram observadas diferenas estatisticamente significativas das mdias nos escores do domnio meio ambiente segundo cor da pele, com os pretos e os pardos obtendo escores menores. As mulheres apresentaram escores menores nos domnios psicolgico e meio ambiente. Maior renda foi significativa na obteno de maior escore em todos os domnios de qualidade de vida, exceto no domnio relaes sociais. Os indivduos com nmero abaixo de 200 clulas CD4+/mm de sangue apresentaram menores escores no domnio fsico. Em todos os domnios, os escores foram menores com diferenas significativas para pessoas em seguimento ou com indicao de seguimento psiquitrico. CONCLUSES: Apesar de diferenas por sexo, cor da pele, renda e condies de sade mental e imunolgica, os portadores de Aids tm melhor qualidade de vida - fsica e psicolgica - que outros pacientes, mas pior no domnio de relaes sociais. Neste ltimo, podem estar refletidos os processos de estigma e discriminao associados s dificuldades na revelao diagnstica em espaos sociais e para uma vida sexual tranqila.
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OBJETIVO: Analisar o efeito do processo de estigmatizao e discriminao no ambiente de trabalho sobre os cuidados cotidianos sade e o bem-estar de homens vivendo com HIV/Aids. MTODOS: Estudo qualitativo com 17 homens vivendo com HIV, realizado em 2002. Foram estudados os depoimentos em grupo para discutir as dificuldades sobre discriminao no ambiente de trabalho, utilizando anlise das prticas discursivas. O grupo, proveniente de centro especializado em HIV/Aids da cidade de So Paulo, representou segmento de pesquisa anterior. RESULTADOS: O debate entre os participantes indicou que o tratamento anti-retroviral exige idas freqentes aos servios de assistncia mdica, que implicam em faltas ou atrasos no trabalho. A apresentao de atestados mdicos para justificar ausncia no trabalho, mesmo sem indicar Aids, pode resultar em demisso. Desempregados, muitos so barrados nos exames mdicos e tm o direito ao sigilo de sua condio violado. Como ltimo recurso, o pedido de aposentadoria implica em cenas de humilhao ou discriminao na percia mdica. CONCLUSES: A assistncia planejada com o envolvimento dos pacientes consegue ampliar a ateno psicossocial e considerar as necessidades do paciente trabalhador ou desempregado, reconhecendo que o estigma limita o cuidado, afetando a sade mental e a evoluo da infeco. Mitigar o efeito do estigma e da discriminao requer articulao poltica intersetorial e contribuir para atingir metas globalmente reconhecidas como fundamentais para o controle da epidemia.
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OBJETIVO: Analisar as dificuldades referentes adeso ao tratamento de pacientes vivendo com HIV/Aids em terapia anti-retroviral altamente ativa. MTODOS: Pesquisa qualitativa baseada em 34 entrevistas com pacientes em tratamento de diversos servios ambulatoriais do estado de So Paulo em 1998-1999. O grupo compreendeu pessoas de diferentes nveis socioeconmicos, sexo, tempo no tratamento e diferentes graus de adeso de acordo com a percepo da equipe de sade. As entrevistas foram focalizadas na narrativa do paciente sobre sua doena. A anlise de contedo classificou as dificuldades relacionadas a fatores sociais e do estilo de vida, incluindo o estigma; a crenas acerca do uso da medicao; e diretamente ao uso da medicao. RESULTADOS: Todos os entrevistados relataram dificuldades relacionadas ao estigma de viver com HIV/Aids. As dificuldades relacionadas ao uso da medicao predominaram entre pacientes com melhor adeso. Pacientes com aderncia mdia apresentaram os trs tipos de dificuldade. CONCLUSES: Os fatores sociais e culturais so mais difceis de serem superados para adeso ao tratamento do que aqueles relacionados a tomar a medicao, o que torna importante o papel desempenhado pelo setor sade, apoiado por polticas pblicas sociais claras. Essas dimenses devem ser enfrentadas no somente no setor sade, mas tambm nos mbitos poltico e social.
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OBJETIVO: Estimar a prevalncia do HIV e identificar comportamentos sexuais de risco para a infeco em gestantes que realizaram rotina da assistncia pr-natal. MTODOS: Estudo transversal com base em registros de atendimentos de 8.002 gestantes (25% do total dos municpios) residentes em 27 municpios da Regio Sul do Brasil, em 2003, que realizaram testes anti-HIV em Centro de Testagem e Aconselhamento que realizavam pr-natal. Foram coletadas informaes sociodemogrficas e comportamentais, alm dos resultados de testes para sfilis e HIV, nas consultas de aconselhamento individual registradas em banco de dados do Sistema de Informaes dos Centros de Testagem e Aconselhamento. Foram excludas da base de dados as gestantes que buscaram os Centros para confirmao de sorologia anterior e aquelas encaminhadas ao servio por apresentarem sintomas de Aids. RESULTADOS: Do total de gestantes estudadas, 0,5% (IC 95%=0,3-0,6) foram positivas para o HIV. A nica varivel associada com a soropositividade para o HIV foi o nvel de escolaridade. A maioria das gestantes se exps basicamente por meio de relaes sexuais sem preservativos com o parceiro nico com quem mantinham relao estvel. As gestantes mais jovens, solteiras, desempregadas e de menor escolaridade constituram o grupo de maior exposio. CONCLUSES: O Sistema de Informaes dos Centros de Testagem e Aconselhamento revelou-se til vigilncia epidemiolgica da infeco pelo HIV e dos comportamentos de risco no segmento de gestantes e pode vir a s-lo em relao a outras populaes.
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OBJETIVO: Descrever estudo de caso de interveno de base comunitria, desenvolvido na perspectiva construcionista-emancipatria, para o controle das DST/Aids. MTODOS: Estudo descritivo desenvolvido no municpio de Manacapuru, Amazonas, de 1997-2004, sobre a utilizao de procedimentos desenhados em colaborao com agentes governamentais, profissionais de sade e comunidade. Foram levantados dados sobre a dinmica da prostituio e a venda de preservativos na cidade, caractersticas comportamentais, avaliao do processo e da assistncia s DST/Aids. Sincronicamente, estabeleceram-se aes de preveno e assistncia na rede pblica de sade s DST, centro de testagem, sistema de vigilncia epidemiolgica, e capacitao de trabalhadoras do sexo. RESULTADOS: Observou-se o fortalecimento das trabalhadoras do sexo como multiplicadoras e sua legitimao como cidads e agentes de sade em projetos com travestis, homossexuais e escolares. Houve incremento da venda de preservativos na cidade, da utilizao de preservativos entre trabalhadoras do sexo, reduo das DST bacterianas e estabilizao da ocorrncia de infeco pelo HIV/Aids e sfilis congnita. A sustentabilidade do programa de interveno estudado, organizado no mbito do Sistema nico de Saude, foi estimulada pela pactuao poltica garantindo sede e oramento regulamentado em lei municipal, e pelo debate permanente dos resultados do processo e programa. CONCLUSES: O estudo fortaleceu a noo de que o controle efetivo das DST/Aids depende de uma abordagem sinrgica que combine intervenes no plano individual (biolgica-comportamental), sociocultural e programtico.
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OBJETIVO: Estudar conhecimentos, comportamentos preventivos e percepes em relao ao HIV/Aids de homens e mulheres heterossexuais casados ou em unio consensual. MTODOS: Estudo exploratrio realizado no Distrito Federal, entre 2001 e 2002. Foram entrevistados 200 homens e mulheres heterossexuais (18 e 49 anos) em unio civil ou estvel, divididos em dois grupos: (I) 50 casais abordados em locais pblicos, e (II) 100 usurios de Unidade Bsica de Sade, sendo 50 mulheres e 50 homens. O instrumento para coleta de dados consistiu de questionrio semi-estruturado acerca de caractersticas demogrficas, socioeconmicas e comportamentais dos entrevistados, com 38 perguntas, das quais duas eram abertas. RESULTADOS: A distribuio etria entre os grupos foi semelhante, contudo o grupo I apresentou maior escolaridade e renda, enquanto o grupo II mostrou menor conhecimento sobre as formas de transmisso do HIV. Uso de preservativo foi igualmente citado pelos grupos como uma das formas de preveno, 14% dos entrevistados relataram seu uso regular no ltimo ano. As principais justificativas para no usar o preservativo foram "confiana no companheiro" e "incompatibilidade com parceria sexual fixa". A percepo de risco infeco foi mais freqente entre as mulheres. CONCLUSES: A populao estudada encontrava-se em situao de vulnerabilidade frente ao risco de contrair a doena, embora os entrevistados possussem conhecimento satisfatrio sobre o HIV/Aids. Suas percepes conjugais refletiam sua aculturao sobre os papis de gnero e hierarquizao da relao efetivo-sexual, que podem colaborar para que os comportamentos preventivos sejam pouco adotados.
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OBJETIVO: Analisar o risco relativo para Aids na populao de homens que fazem sexo com homens em relao populao heterossexual masculina. MTODOS: Foram utilizadas estimativas sobre a proporo de homens que fazem sexo com homens no Brasil e dados de Aids do Sistema Nacionald e Agravos de Notificao. Foram calculadas estimativas para o risco relativo (RR) para Aids desta populao em relao populao heterossexual masculina do Brasil; cidade e estado de So Paulo; e cidade e estado do Rio de Janeiro, para o perodo de 1996 a 2003. As trajetrias do RR neste perodo tambm foram analisadas. RESULTADOS: As estimativas do RR declinaram, mostrando tendncia de estabilizao: de 34,3 para 19,3 no Pas como um todo e entre 32,1 e 6,3 nos locais analisados. Para o Pas em 2003, o RR dos bissexuais masculinos em relao populao heterossexual masculina era 16. O RR para homossexuais exclusivos teve trajetria decrescente em todos os locais analisados, mas no para os bissexuais. CONCLUSES: O risco relativo para homens que fazem sexo com homens foi mais elevado em relao aos heterossexuais, em todos os locais. Esse resultado indica alta e persistente vulnerabilidade dessa populao.
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OBJECTIVE: To understand the social context of female sex workers who use crack and its impact on HIV/AIDS risk behaviors. METHODODOLOGICAL PROCEDURES: Qualitative study carried out in Foz do Iguau, Southern Brazil, in 2003. Twenty-six in-depth interviews and two focus groups were carried out with female commercial sex workers who frequently use crack. In-depth interviews with health providers, community leaders and public policy managers, as well as field observations were also conducted. Transcript data was entered into Atlas.ti software and grounded theory methodology was used to analyze the data and develop a conceptual model as a result of this study. ANALYSIS OF RESULTS: Female sex workers who use crack had low self-perceived HIV risk in spite of being engaged in risky behaviors (e.g. unprotected sex with multiple partners). Physical and sexual violence among clients, occasional and stable partners was widespread jeopardizing negotiation and consistent condom use. According to health providers, community leaders and public policy managers, several female sex workers who use crack are homeless or live in slums, and rarely have access to health services, voluntary counseling and testing, social support, pre-natal and reproductive care. CONCLUSIONS: Female sex workers who use crack experience a plethora of health and social problems, which apparently affect their risks for HIV infection. Low-threshold, user-friendly and gender-tailored interventions should be implemented, in order to increase the access to health and social-support services among this population. Those initiatives might also increase their access to reproductive health in general, and to preventive strategies focusing on HIV/AIDS and other sexually transmitted infections.
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OBJETIVO: A doena pneumoccica invasiva importante causa de morbi-mortalidade em crianas infectadas pelo HIV. O objetivo do estudo foi avaliar quantitativamente a resposta com anticorpos aos sete sorotipos pneumoccicos da vacina em um grupo de crianas infectadas pelo HIV. MTODOS: Estudo realizado com 40 crianas infectadas pelo HIV, com idade entre 2 e 9 anos, em seguimento em ambulatrio especializado no municpio de So Paulo, em 2002-2003. A dosagem de anticorpos IgG contra os polissacardeos da cpsula pneumoccica foi realizada por meio de ensaio imunoenzimtico (ELISA). Os anticorpos foram dosados imediatamente antes e um ms aps a aplicao da segunda dose da vacina. Utilizaram-se dois critrios para avaliar a resposta vacina: ttulos de anticorpos >1,3 g/mL na sorologia ps-imunizao e aumento >4 vezes nos ttulos da sorologia ps em relao pr-imunizao. RESULTADOS: Para o primeiro critrio (>1,3 g/mL), 26 (65%) crianas obtiveram resposta sorolgica vacina, 12 (30%) delas apresentaram ttulos de IgG ps-imunizao em nveis de pelo menos 1,3 g/mL para todos os sorotipos. Para o segundo critrio (incremento >4 vezes nos ttulos para quatro sorotipos ou mais), obteve-se resposta sorolgica para 15 (37,5%) crianas. CONCLUSES: A resposta vacina foi considerada satisfatria, com aumento estatisticamente significante dos ttulos geomtricos mdios ps-vacinais em relao aos pr-vacinais para todos os sorotipos estudados.
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OBJETIVO: Descrever o plano amostral e os mtodos de estimao utilizados na coleta e anlise dos dados da Pesquisa sobre o Comportamento Sexual e Percepes sobre HIV/Aids da Populao Brasileira em 2005. MTODOS: So apresentadas as decises adotadas quanto definio do universo da pesquisa, estratos de interesse da pesquisa e do plano amostral, principais procedimentos para anlise dos dados e desempenho da amostra no campo. RESULTADOS DA AMOSTRAGEM: Foi elaborado plano probabilstico, com 5.040 unidades amostrais, obtidas sobre a populao brasileira: indivduos com idades entre 16 e 65 anos, residentes nos grandes centros urbanos brasileiros. Trata-se de plano amostral complexo, distribudo em oito domnios principais de estimao, desenhado em mltiplos estgios, com um homem ou mulher entrevistada no ltimo desses estgios. Cada unidade entrevistada e cada domiclio tm probabilidade especfica de pertencer amostra.
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OBJETIVO: Descrever o nvel de conhecimento e percepo de risco da populao brasileira sobre o HIV/Aids. MTODOS: Foram utilizadas as bases de dados da Pesquisa sobre Comportamento Sexual e Percepes da Populao, nos anos 1998 e 2005. Utilizou-se um indicador sinttico composto de nove questes sobre nveis de conhecimento e percepo de risco acerca de formas de transmisso do vrus e situaes de risco, segundo subgrupos populacionais. RESULTADOS: Os homens aumentaram seu nvel de conhecimento no perodo, atingindo o nvel de informao das mulheres. Entre os jovens no houve crescimento significativo do conhecimento, e tornou-se praticamente inexistente a diferena entre os sexos em relao a essa dimenso. Quanto percepo de risco, aumentou a proporo dos que declaram no apresentar risco de contrair HIV/Aids. CONCLUSES: Apesar do aumento no nvel de conhecimento em geral, os resultados encontrados indicam a necessidade de aes e programas e de preveno do HIV/Aids para a populao em geral, em especial, aos jovens.
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OBJETIVO: Identificar a prevalncia de atitudes discriminatrias em dois momentos da epidemia brasileira de HIV/Aids e possveis mudanas ocorridas. MTODOS: O ndice de Inteno de Discriminao foi obtido por pontuao, somando 1 para situaes de discriminao ou 0, para o caso contrrio. As faixas de inteno de discriminao foram estabelecidas por meio da tcnica de cluster, compatibilizadas entre os estudos de 1998 e 2005. Para verificar associao entre o ndice e as variveis sociodemogrficas, utilizou-se comparaes de mdias, teste qui-quadrado, e modelos ajustados de regresso logito ordenado. RESULTADOS: Houve reduo estatisticamente significante na proporo de pessoas entre as pesquisas de 1998 e 2005 que responderam sim obrigatoriedade do teste anti-HIV para: a admisso no emprego, antes do casamento, ingresso nas foras armadas, usurios de drogas, entrada de estrangeiros no pas, profissionais do sexo e para todas as pessoas. Possuir menor escolaridade, ser do sexo feminino, ter acima de 45 anos e residir na regio Norte/Nordeste so fatores associados ao maior nvel de inteno de discriminao. CONCLUSES: O crescimento da inteno de discriminao mostra que as informaes sobre formas de transmisso e no transmisso da Aids ainda necessitam de melhor elaborao e divulgao, principalmente entre as populaes de menor escolaridade, residentes nos estados do Norte/Nordeste, do sexo feminino e pertencentes faixa etria acima de 45 anos.
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OBJETIVO: Analisar o perfil epidemiolgico da Aids nos municpios brasileiros entre 2002 e 2006, associando tendncia e magnitude com indicadores socio- demogrficos e caractersticas da epidemia local. MTODOS: Foi conduzido um estudo ecolgico que categorizou os municpios segundo a magnitude e tendncia da epidemia para, posteriormente, analis-los de acordo com os indicadores sociais, formas de transmisso do HIV e ano de registro do primeiro caso. Os dados so provenientes do Sistema Nacional de Vigilncia Epidemiolgica, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica e Programa das Naes Unidas para o Desenvolvimento no Brasil. Utilizou-se regresso linear para estimar a tendncia e estatsticas de qui-quadrado e Anova para o estudo dos indicadores. RESULTADOS: Um total de 4.190 municpios (75,3%) apresentou casos entre 2002 e 2006. Desses, 3.403 (81,2%) possuam ocorrncia de "pequena magnitude" (mdia = 4,7 casos), 367 (8,8%) "mdia magnitude" (mdia = 30,3 casos) e 420 (10,0%) "grande magnitude" (mdia = 378,7 casos). Os de "pequena magnitude" associaram-se menor incidncia, incio da epidemia aps 1991, existncia de uma ou duas categorias de transmisso, especialmente heterossexual, com ocorrncias de casos em um ou dois anos do perodo e menor ndice de desenvolvimento humano (IDH). Os de "grande magnitude" associaram-se s cidades de maior porte e IDH, apresentaram todas as categorias de transmisso, incio da epidemia entre 1980/1991 e tendncia de reduo/estabilizao, especialmente por diminuio da transmisso entre usurios de drogas injetveis. O crescimento da epidemia concentrou-se em cidades de "pequena magnitude", mas sem significncia, a ponto de alterar a participao proporcional (8,7%) desses municpios no conjunto de casos no Pas. CONCLUSES: A epidemia de Aids permanece concentrada nos centros urbanos e a interiorizao caracterizada pela ocorrncia irregular e de pequena magnitude. Municpios com baixo IDH e com transmisso exclusivamente por relaes heterossexuais apresentaram baixa capacidade de crescimento e a reduo da epidemia est associada especialmente diminuio da transmisso entre usurios de drogas injetveis.
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OBJETIVO: Analisar a distribuio espacial dos casos notificados de Aids em adultos e sua relao com as condies de vida no municpio de Campinas, SP. MTODOS: Dados sobre Aids em homens (n = 2.945) e mulheres (n = 1.230) acima de 13 anos de idade, moradores de Campinas e notificados no Sistema Nacional de Agravos de Notificao foram utilizados para mapear a distribuio espacial da doena e a relao de masculinidade. Foram construdos mapas para os perodos de 1980 a 1995, de 1996 a 2000 e de 2001 a 2005. As variveis includas na anlise foram: endereo, sexo e idade. Foi utilizado indicador composto ponderado para estudar as condies de vida e sade no territrio. Os endereos de moradia dos pacientes foram geocodificados em base cartogrfica, aps correo e padronizao na base de arruamento. Foi ajustado modelo aditivo generalizado para analisar a distribuio espacial da razo de casos homem/mulher no espao, nos trs perodos do estudo. RESULTADOS: A razo de casos homem/mulher foi maior nas regies de melhores condies de vida (central) e no entorno do presdio (noroeste), onde se estabelecem provisoriamente famlias de detentos e ex-detentos, enquanto essa razo foi menor em bairros da periferia da cidade (sudoeste). CONCLUSES: As tendncias de feminizao e pauperizao da epidemia da Aids se confirmam diante da diminuio da razo de casos homens/mulheres no perodo, particularmente nas populaes vulnerveis e empobrecidas. Sistemas de informaes geogrficas e anlise espacial de dados podem ser teis s aes de vigilncia e controle da epidemia de Aids.