919 resultados para cultural changes
Resumo:
A definição mais plausível para esta pesquisa é aquela onde a adolescência se estabelece de acordo com a história de vida e o contexto sociocultural no qual o sujeito está inserido, que envolve, na transição para a fase adulta, transformações na mente, na personalidade, no comportamento e principalmente no corpo. O grupo das adolescentes pesquisadas encontra-se numa fase da vida de descobertas, mudanças (psicológicas identitárias e acima de tudo corporais) assim como todo e qualquer sujeito que encontra-se nessa fase da vida. Com a entrada na adolescência, ocorre a formação de grupos no qual as adolescentes vão se identificar. Cada grupo tem a sua marca, o seu estilo, e o corpo parece ser o grande tradutor dessa nova fase, os efeitos de comparação começam a surgir, o medo de não ser aceita pelo grupo faz com que a adolescente recorra a métodos que acredita ser eficazes na busca de um eu ideal e consequentemente um corpo ideal. Esta pesquisa discute as idealizações corporais das jovens encontradas durante a realização da pesquisa de campo, e as ligações que existem entre essa idealização e as constituições desse ideal sob a concepção do movimento corporal. A análise de dados se baseou em interpretações psicológicas acerca dos desenhos realizados pelas adolescentes. Visto que a Comunidade da Mangueira é um espaço multicultural (estilos de músicas, danças, esportes, entre outros), mas que em comum tem o corpo como o principal tradutor dessas vivências. A busca pelo corpo ideal está longe de ser integralmente satisfeito, sendo a cultura a grande responsável pela elaboração emocional, mental e principalmente corporal das adolescentes do grupo de Jazz do CCC. A aplicação da metodologia do Grupo Operativo teve como um dos objetivos desconstruir e reestruturar o imaginário das adolescentes o conceito de corpo ideal, que atualmente é visto de forma rígida e estereotipada pela sociedade contemporânea. Tal ferramenta foi muito útil no processo de desconstrução do conceito de corpo ideal por parte das meninas. As dinâmicas utilizadas tiveram como objetivos despertar novos olhares sobre o corpo, assim como criar situações onde as jovens pudessem buscar o melhor de si, mas sem fugir da própria realidade corporal.
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Esta proposta de estudo aborda questões relativas a políticas públicas de cultura. Tem por referente o samba de coco nas comunidades afrodescendentes de Castainho e Atoleiros, situadas nos municípios de Garanhuns e Caetés, do agreste de Pernambuco, região que se constitui parcela de território do antigo quilombo dos Palmares, um dos principais focos de resistência dos escravos negros do Brasil colonial, que se manteve incólume durante quase um século. Na região atribuída à existência do antigo quilombo estão vários grupos autointitulados remanescentes, que fazem dos ideais de força e resistência quilombola sua própria vida. O título do estudo é Brincadeira e arte: patrimônio, formação cultural e samba de coco em Pernambuco. O objetivo geral é relacionar o processo de criação em manifestações artísticas populares com as políticas institucionais empreendidas, numa perspectiva intercultural e transdisciplinar, tomando como referencial empírico a brincadeira de samba de coco nos municípios de Garanhuns e Caetés, em Pernambuco, respectivamente nas comunidades Sítio Castainho e Sítio Atoleiros, através da Banda Folclore Verde do Castainho e do Samba de Coco Santa Luzia. A ideia é viabilizar um estudo que se reporta ao conceito de patrimônio cultural étnico brasileiro, percebendo cultura como uma construção histórica da humanidade e compreendendo a manifestação artística como patrimônio imaterial. Trata-se de uma análise sobre grupos brincantes do chamado samba de coco como manifestação plural, de características diversificadas, que ambiciona influenciar políticas públicas destinadas a artistas populares ligados à música, ao canto, à dança e à literatura popular, encarnada em letras de canções, cujo conteúdo é repassado às novas gerações através da oralidade ou por ações de formação cultural, como iniciativas do poder público. Políticas públicas de cultura, patrimônio e formação cultural para preservação são as palavras-chave para identificação das condições atuais da relação entre artistas e gestão pública, considerando a perspectiva de educação não formal, no sentido atribuído pela UNESCO, referenciando-se em depoimentos como principal fonte. Conhecer algumas dimensões do imaginário mítico-simbólico que envolve produtores e gestores, é fundamento para o estudo, que se constitui a partir do levantamento, caracterização e análise da relação entre artistas e instituições de cultura, em diversas instâncias, considerando ideais de modernidade, permanências e transformações observadas no exercício, difusão e gestão da brincadeira. Os produtores do Povoado Atoleiros são criadores do samba de coco, brincadeira de adultos que se traduz em espaço de confraternização e comunhão e recebe interferência do poder público municipal, em Caetés, um dos municípios do entorno de Garanhuns, na periferia do qual está também o Sítio Castainho. Este, a partir de formas diversas de articulação, é contemplado por ações das gestões públicas municipal, estadual e federal, especificamente dentro do Festival de Inverno de Garanhuns FIG. A abordagem contempla a situação das duas comunidades, mas não elimina o reconhecimento de outros locais para a brincadeira do samba de coco e ações de preservação a ela direcionadas, como partes de um processo cultural que é também e necessariamente educativo e, em suas possibilidades de rupturas e continuidades, forma gerações.
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Esta pesquisa parte da relação música/projeto social para estudar de que forma os integrantes da Orquestra de Violinos Cartola-Petrobras, do Centro Cultural Cartola, no Rio de Janeiro, tiveram reforçada a autoestima pelo aprendizado de uma nova linguagem a musical e pelo convívio com os professores e com os demais companheiros músicos. Nesse percurso, foram analisadas as dificuldades de se morar em uma favela carioca, dentre elas o preconceito, seja do ponto de vista geográfico, seja do ponto de vista social, uma vez que a maioria dos componentes da Orquestra mora na Mangueira. O ponto de partida foi a leitura de teóricos como Axel Honneth, George Yúdice, Stuart Hall e a contribuição de outros estudiosos da área sociocultural, que comparecem para dar suporte à argumentação. Num segundo momento, foi desenvolvido o trabalho de campo, com o recolhimento dos dados colhidos em entrevistas com os atores sociais. O binômio reconhecimento social/solidariedade implica outro elemento aqui também abordado: o desenvolvimento da cidadania. Diante de tal cenário, é possível observar a possibilidade de imprimirem-se mudanças no contexto onde a realidade se configura, ou seja, qual o lugar que o sujeito ocupa antes e depois de ser instaurado o processo de apropriação do conhecimento e como as mudanças que se operam nele se estendem ao ambiente em derredor, incluindo a família.
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Higher resolution time-stratigraphic records suggest correlation of lower frequency paleoclimatic events with Milankovitch obliquity/precessional cycles and of higher frequency events with the evidently resonance-related Pettersson maximum tidal force (MTF) model. Subsequently published records, mainly pollen, seemingly confirm that atmospheric resonances may have modulated past climatic changes in phase with average MTF cycles of 1668, 1112, and 556 years, as calculated in anomalistic years from planetary movements by Stacey. Stacey accepts Pettersson's dating of AD 1433 (517 YBP) for the last major perihelian spring tide based solely on calculations of moon- and earth-orbital relations to the sun. Use of AD 1433 as an origin for the tidal resonance model seemingly continues to provide a best fit for the timing of cyclical patterns in the presented paleoclimate time series.
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The fishery sector in Uganda has seen important changes in the last two decades. Among the changes registered, is the expansion of fish markets locally, regionally and internationally. Upon which, remarkable benefits have been realized at local and national levels, for instance, it is estimated that an average of 40m$ is being earned annually as foreign exchange. Besides, presently fish accounts for over 50% of total animal protein in take. However, it is argued that sustaining these gains has become an up hill task due to failure to maintain fish quality as a result of the rudimentary and inappropriate sanitary, fish handling and artisanal fish processing practices that both directly and indirectly affect the quality of fish and fish products. Therefore, against this background, a study of 507 respondents was undertaken among the Lake Victoria Communities specifically in Wakiso, Mayuge and Mukono districts. The study examined the perceptions of fishers on the social cultural practices of sanitation, fish handling and artisanal fish processing and consequently identified factors that influenced these practices.
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In this essay, we explore cultural impacts on the private entrepreneurship in the post-Doi Moi Vietnam. Some important aspects of the traditional cultural values of the Vietnamese society are explored in conjunction with the socio-economic changes over the past two decades. Traditional cultural values continue to have strong impacts on the Vietnamese society, and to a large extent to adversely affect the entrepreneurial spirit of the community. Typical constraints private entrepreneurs face may have roots in the cultural facet as legacy of the Confucian society, such as relationship-based bank credit. Low quality business education is both victim and culprit of the long-standing tradition that looks down on the role of private entrepreneurship in the country.
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A focus on ecosystem services (ES) is seen as a means for improving decisionmaking. In the research to date, the valuation of the material contributions of ecosystems to human well-being has been emphasized, with less attention to important cultural ES and nonmaterial values. This gap persists because there is no commonly accepted framework for eliciting less tangible values, characterizing their changes, and including them alongside other services in decisionmaking. Here, we develop such a framework for ES research and practice, addressing three challenges: (1) Nonmaterial values are ill suited to characterization using monetary methods; (2) it is difficult to unequivocally link particular changes in socioecological systems to particular changes in cultural benefits; and (3) cultural benefits are associated with many services, not just cultural ES. There is no magic bullet, but our framework may facilitate fuller and more socially acceptable integrations of ES information into planning and management. © 2012 by American Institute of Biological Sciences. All rights reserved.
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In Ireland, the Middle to Late Bronze Age (1500-600 cal. B.C.) is characterised by alternating phases of prolific metalwork production (the Bishopsland and Dowris Phases) and apparent recessions (the Roscommon Phase and the Late Bronze Age-Iron Age transition). In this paper, these changes in material culture are placed in a socio-economic context by examining contemporary settlement and land-use patterns interpreted from the pollen record. The vegetation histories of six tephrochronologically-linked sites are presented that provide high-resolution and chronologically well-resolved insights into changes in landscape use over the Middle to Late Bronze Age. The records are compared with published pollen records in an attempt to discern if there are any trends of woodland clearance and abandonment from which changes in settlement patterns can be inferred. The results suggest that prolific metalworking industries correlate chronologically with expansive farming activity, which indicates that they were supported by a productive subsistence economy. Conversely, declines in metalwork production occur during periods when farming activity is generally less extensive and perhaps more centralised, and it is proposed that disparate socio-economic or –political factors, rather than a collapse of the subsistence economy, lies behind the demise of metalworking industries.
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Introduction
Since the 1980s there have been major policies and projects for the redevelopment of Dublin Docklands. These projects were mainly aimed at profitable development of office, commercial and residential space, without a sound plan that would preserve the identity or community of the area. The recent shift in policies and urban design principles in the Dublin Docklands Area Master Plan 2008 shows that policy makers have acknowledged that mistakes were made in the last decades of the 20th century. The current map of the Dublin Docklands Area Master Plan 2008 gives us useful information about these changes. The Ringsend/ Irishtown area, which has kept a great part of its urban form and community identity throughout centuries, is described as an ‘area of protection of residential and services amenities’ (DDDA, 2008, map A). Meanwhile, the area of the Grand Canal Docks, recently developed, is described with the objective ‘to seek the social, economic and physical development or rejuvenation
within an area of mixed use of which residential and enterprise facilities would be the predominant uses’ (DDDA, 2008, map A). This classification shows that recent development has been unable to achieve the cohesion and complexity of existing neighbourhoods, revealing flaws not only in policy, but also in the built environment and approaches to urban design.
The shift towards the consideration of more community participation reveals a need to understand the tradition and past of these communities, while the urban fabric of small plots in the existing neighbourhoods, therefore, seems to have a very important role in the conservation of identity of place and providing the opportunity for difference within regularity. On the other hand, the new fabric of residential block developments in the docklands denies the possibility of developing a sense of community, and by providing only regularity, does not leave space for difference.
This paper will address questions related to urban morphology and town analysis in the case of Ringsend and Irishtown. This will provide a tool to learn from the past and perhaps find new models of development that might be less detrimental for the heritage of cities and urban communities. One of the ideas of this paper is to adhere to the new tendency in conservation policies to provide a broader analysis of urban areas, not only considering individual monuments in cities, but also analysing the significance of urban morphology and intangible heritage. It forms part of an OPW Post- Doctoral Fellowship in Conservation Studies and Environmental History.1 Research has been carried out in different areas of urban history of Dublin’s southern waterfront, including infrastructure history and a thorough analysis of the letters of the Pembroke Estate of the 19th century, which included the areas of Ringsend and Irishtown. However, this paper focuses on the study of urban form of the area and its significance to Dublin’s heritage.
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Using data from the 2002 and 2009 Northern Ireland Life and Times (NILT) surveys, we examine attitudes towards immigrant and ethnic minority groups in Northern Ireland. We suggest that Protestant and unionist communities experience a higher level of cultural threat than Catholic and nationalist communities on account of the ‘parity of esteem’ principle that has informed changes in the province since the Belfast Agreement of 1998. Our analyses confirm that, while there is evidence for some level of anti-immigrant sentiment across all groups, Protestants and unionists do indeed report relatively more negative attitudes towards a range of immigrant and ethnic target groups compared to Catholic, nationalist, or respondents who do not identify with either religious or political category. The analyses further suggest that their higher level of perceived cultural threat partially accounts for this difference. We suggest that cultural threat can be interpreted as a response to changes in Northern Ireland that have challenged the dominant status enjoyed by Protestants and unionists in the past.
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Purpose: The National Health Service (NHS) Local Improvement Finance Trust (LIFT) programme was launched in 2001 as an innovative public-private partnership to address the historical under-investment in local primary care facilities in England. The organisations from the public and private sector that comprise a local LIFT partnership each have their own distinctive norms of behaviour and acceptable working practices - ultimately different organisational cultures. The purpose of this article is to assess the role of organisational culture in facilitating (or impeding) LIFT partnerships and to contribute to an understanding of how cultural diversity in public-private partnerships is managed at the local level. Design/methodology/approach: The approach taken was qualitative case studies, with data gathering comprising interviews and a review of background documentation in three LIFT companies purposefully sampled to represent a range of background factors. Elite interviews were also conducted with senior policy makers responsible for implementing LIFT policy at the national level. Findings: Interpreting the data against a conceptual framework designed to assess approaches to managing strategic alliances, the authors identified a number of key differences in the values, working practices and cultures in public and private organisations that influenced the quality of joint working. On the whole, however, partners in the three LIFT companies appeared to be working well together, with neither side dominating the development of strategy. Differences in culture were being managed and accommodated as partnerships matured. Research limitations/implications: As LIFT develops and becomes the primary source of investment for managing, developing and channelling funding into regenerating the primary care infrastructure, further longitudinal work might examine how ongoing partnerships are working, and how changes in the cultures of public and private partners impact upon wider relationships within local health economies and shape the delivery of patient care. Originality/value: To the authors' knowledge this is the first study of the role of culture in mediating LIFT partnerships and the findings add to the evidence on public-private partnerships in the NHS
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Earlier palynological studies of lake sediments from Easter Island suggest that the island underwent a recent and abrupt replacement of palm-dominated forests by grasslands, interpreted as a deforestation by indigenous people. However, the available evidence is inconclusive due to the existence of extended hiatuses and ambiguous chronological frameworks in most of the sedimentary sequences studied. This has given rise to an ongoing debate about the timing and causes of the assumed ecological degradation and cultural breakdown. Our multiproxy study of a core recovered from Lake Raraku highlights the vegetation dynamics and environmental shifts in the catchment and its surroundings during the late Holocene. The sequence contains shorter hiatuses than in previously recovered cores and provides a more continuous history of environmental changes. The results show a long, gradual and stepped landscape shift from palm-dominated forests to grasslands. This change started c. 450 BC and lasted about two thousand years. The presence of Verbena litoralis, a common weed, which is associated with human activities in the pollen record, the significant correlation between shifts in charcoal influx, and the dominant pollen types suggest human disturbance of the vegetation. Therefore, human settlement on the island occurred c. 450 BC, some 1500 years earlier than is assumed. Climate variability also exerted a major influence on environmental changes. Two sedimentary gaps in the record are interpreted as periods of droughts that could have prevented peat growth and favoured its erosion during the Medieval Climate Anomaly and the Little Ice Age, respectively. At c. AD 1200, the water table rose and the former Raraku mire turned into a shallow lake, suggesting higher precipitation/evaporation rates coeval with a cooler and wetter Pan-Pacific AD 1300 event. Pollen and diatom records show large vegetation changes due to human activities c. AD 1200. Other recent vegetation changes also due to human activities entail the introduction of taxa (e.g. Psidium guajava, Eucalyptus sp.) and the disappearance of indigenous plants such as Sophora toromiro during the two last centuries. Although the evidence is not conclusive, the American origin of V. litoralis re-opens the debate about the possible role of Amerindians in the human colonisation of Easter Island.
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The Camino de Santiago comprises a lattice of European pilgrimage itineraries which converge at Santiago de Compostela in north-west Spain. This Working Paper introduces the historical and contemporary representation of these routes as a heritage complex that is imagined and codified within varied cultural meanings of a journey undertaken. Particular attention is given to the Camino Frances and the Via de la Platawhich contrast as mature and formative pilgrimage settings. Within this spatial sphere, the analysis deals with the Camino de Santiago as official heritage, as development instrument, as civil society, and as personal experience. The paper concludes by critically reviewing a previous conceptualisation of pilgrim route-based tourism, derived from fieldwork completed in 1994. Some substantive additions to that model are then advanced which arguably fit better with the many context changes that have occurred over the past two decades.
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A difusão das tecnologias da informação e comunicação fomenta mudanças qualitativas nas práticas pedagógicas, proporcionando a criação de comunidades de aprendizagem entre aprendentes de diferentes pontos do mundo. Tendo como referência a pedagogia crítica para a emancipação (Freire, 1997; Giroux, 1997), este estudo analisou de que forma aprendentes de diferentes proveniências linguístico-culturais desenvolvem a sua consciência cultural crítica (Byram, 1997), quando colocados em situação de trabalho colaborativo on-line, formando uma comunidade de aprendizagem, através do recurso a uma plataforma especialmente concebida para o efeito, a 2ndschool.eu, na qual foram levados a desenvolver um trabalho de natureza interdisciplinar. Pretendíamos que esta plataforma fomentasse questionamentos por parte dos seus membros. Como tal, integrámos diferentes instrumentos de comunicação eletrónica (chat, fóruns e e-mail), através dos quais se promoveu a interação entre os participantes no projeto, alunos e professores (de diversas áreas disciplinares) do Ensino Secundário belga, búlgaro, grego, polaco, português e sueco, com vista à realização de uma tarefa comum: a edição de um trabalho de projeto de análise crítica de reportagens, artigos de opinião e fotos de jornais acerca de tópicos da atualidade nacional e/ou internacional. Tivemos em conta uma metodologia de investigação mais orientada para o estudo de caso e análise do discurso. Para tal, recorremos a dois tipos de instrumentos de recolha de dados: as impressões das discussões estabelecidas através de chat, fóruns, blogs e wikis e os resultados de três questionários sobre o perfil sociolinguístico e cultural dos participantes, a avaliação da plataforma virtual e o inventário de estratégias mais eficazes na negociação de saberes estabelecida. Concluímos que os alunos (re)constroem saberes, pois revelam representações que têm acerca de situações-problema, refletem acerca das mesmas e, posteriormente, disseminam ativamente pontos de vista críticos através de ferramentas Web 2.0, como forma de as resolver. Enquanto verdadeiros pronetários, foram capazes de recorrer a estratégias de comunicação que fomentam a busca de entendimento com o Outro, num caminho oscilante entre o concordar e o discordar, entre o ajudar e o solicitar ajuda, entre o opinar e o escutar, entre o avaliar e o ser avaliado e entre o corrigir e o ser corrigido. Identificámos como principais limitações do nosso estudo a dificuldade de análise das práticas interdisciplinares dos interlocutores internacionais, a desmotivação de alguns aprendentes nas tarefas e ainda o reduzido recurso ao videochat, pelo desconforto no seu uso. Por isso, consideramos que futuras investigações deverão debruçar-se nestas questões.
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A problemática debatida no nosso trabalho de investigação resultou da constatação que em virtude das profundas alterações ocorridas ao nível da procura e da oferta turística a nível mundial, um conjunto de destinos turísticos muito bem-sucedidos no passado começou a experienciar dificuldades em competir com novos concorrentes mais adequados às exigências da atual procura turística. Entre os fatores específicos suscetíveis de influenciar a competitividade dos destinos turísticos em fase de maturidade encontram-se os impactos provocados pelo desenvolvimento do turismo sobre o território. Neste sentido, a presente tese visa compreender a importância de efetuar uma gestão e manutenção adequadas da paisagem cultural como forma de garantir a competitividade do destino. Paralelamente, é apresentado um modelo que visa assistir os destinos no desenvolvimento de fatores diferenciadores face à concorrência, mediante a criação de produtos turísticos inovadores ou reformulando os processos em que os atuais produtos turísticos são elaborados, para que estes satisfaçam as expectativas e necessidades dos consumidores atuais, criando experiências turísticas únicas e memoráveis. O recurso a uma metodologia que conjugou métodos quantitativos e qualitativos complementados com meios visuais, permitiu-nos concluir que entre os fatores que maior influência exercem sobre a capacidade competitiva dos destinos turísticos em fase de maturidade encontram-se as alterações ocorridas na qualidade estética da paisagem cultural do destino. Os dados obtidos permitem concluir que basear os produtos turísticos inovadores na paisagem cultural do destino, tornaria esses produtos mais difíceis de imitar por parte dos principais concorrentes e facultaria ajudar a manter a paisagem cultural do destino.