1000 resultados para composição florística e recuperação e ambiental
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi conhecer e comparar a composição florística e a estrutura de duas áreas de florestas de várzea localizadas na reserva extrativista Chocoaré-Mato Grosso, Santarém Novo-PA. O inventário florístico abrangeu 1,5 ha em parcelas de 10 x 100 m, distribuídas na área 1 (1,0 ha) e área 2 (0,5 ha). Foram identificados os indivíduos arbóreos com circunferência a 1,3 m altura do solo (CAP > 30 cm e demonstrada a riqueza, área basal e o IVI (Índice de Valor de Importância) para cada área. A relação entre as áreas foi realizada por meio da similaridade de espécies, densidade, área basal, análise de agrupamento e espécies indicadoras. Na área 1, ocorreram 613 ind.ha-1 (26,67 m².ha-1) distribuídos em 17 famílias, 33 gêneros e 34 espécies com Euterpe oleracea, Enterolobium maximum, Symphonia globulifera, Pterocarpus amazonicus e Virola surinamensis apresentando os maiores IVI's e a área 2 com 744 ind.ha-1 (35,34 m².ha-1) em 13 famílias, 24 gêneros e 26 espécies com Mauritia flexuosa, Euterpe oleracea, Virola surinamensis, Tapirira guianensis e Inga thibaudiana com os maiores IVI's. As áreas registraram baixas similaridades entre si (0,18) e tanto a densidade quanto a área basal foram superiores na área 2. O agrupamento separou as áreas entre si e das 51 espécies, apenas 15 foram indicadoras. Conclui-se que, as florestas apresentaram baixa riqueza com pouca semelhança entre as populações arbóreas e as espécies indicadoras ocorreram nas áreas 1 e 2.
Resumo:
A regeneração natural em ambientes florestais é dinâmica, variável no espaço e no tempo, e integra o ciclo de desenvolvimento das florestas. Em florestas estacionais tropicais, devido à sazonalidade climática, a regeneração natural depende principalmente da disponibilidade de umidade no solo, que afeta tanto os padrões de produção de sementes quanto a germinação, a sobrevivência e o desenvolvimento das plântulas. O objetivo deste estudo foi analisar a dinâmica da regeneração natural em uma floresta estacional semidecídua secundária, em Pirenópolis, Goiás, verificando as mudanças na composição florística de plântulas e arvoretas ao longo do tempo, e relacionando-as a fatores ambientais das parcelas por Análises de Correspondência Canônica (CCA). Os resultados indicaram plântulas mais dinâmicas do que arvoretas, em função principalmente do clima. Isso ocorreu devido à maior susceptibilidade das plântulas com relação ao estresse hídrico do solo e ao aumento da incidência de radiação solar e da temperatura na estação seca. Foi encontrada alta similaridade florística (±50%) entre as populações da regeneração natural e a comunidade adulta, indicando estágio avançado de regeneração da floresta, com Índices de Diversidade superiores a 3,0 nats.indv-¹. A CCA agrupou as espécies em função do gradiente ambiental de umidade e sombreamento versus cobertura do solo, posicionando próximas as espécies preferenciais de ambientes úmidos versus as preferenciais de ambientes mais secos de cerrado típico.
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Este trabalho teve como objetivo estudar a composição florística e a estrutura da comunidade arbórea, bem como a distribuição das espécies em diferentes grupos ecológicos e os solos dos estádios inicial e avançado, de uma Floresta Estacional Semidecidual localizada no campus da Universidade Federal de Viçosa, em Viçosa, MG (20°46' S e 42°52' W). O levantamento foi realizado em meio hectare, onde foram alocadas 10 parcelas de 25 x 10 m em cada trecho, sendo amostrados todos os indivíduos com circunferência do tronco a 1,30 m do solo (CAP) > 15 cm. Registraram-se 820 indivíduos, sendo 440 no trecho de floresta inicial e 380 no de floresta avançada. No levantamento florístico da floresta inicial foram amostradas 76 espécies, pertencentes a 28 famílias, destacando-se como as de maior número de indivíduos Fabaceae (137), Urticaceae (45) e Sapindaceae (41) e, as com os maiores valores de importância, Cecropia glaziovii Snethl., Anadenanthera peregrina (L.) Speng., Piptadenia gonoacantha (Mart.) Macbr., Allophylus sericeus Radlk., Siparuna guianensis Aubl. e Maclura tinctoria (L.) Don ex Steud. O índice de diversidade de Shannon (H') foi de 3,57 nat.ind.-1 e a equabilidade (J'), de 0,82. Já na floresta avançada foram amostradas 59 espécies, distribuídas em 26 famílias, das quais Fabaceae (103), Meliaceae (49) e Flacourtiaceae (34) sobressaíram com maior número de indivíduos. Por sua vez, as espécies com os maiores valores de importância foram A. peregrina, Trichilia pallida Swartz, Cariniana estrellensis (Raddi) Kuntze., P. gonoacantha, Rollinia silvatica Mart. e S. guianensi. O índice de diversidade de Shannon (H') foi de 3,49 nat.ind.-1 e a equabilidade (J'), de 0,85. No contínuo, o índice de Shannon (H') e a equabilidade (J') foram de 3,82 nat.ind.-1 e 0,84, respectivamente. Cada floresta apresentou distinta identidade florística e estrutural, tendendo a ser minimizada com o avanço da sucessão.
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Os estudos de florística e fitossociologia contribuem significativamente para o conhecimento das formações florestais, visto que evidenciam a riqueza e heterogeneidade dos ambientes avaliados. O trabalho foi realizado em um fragmento de Caatinga hipoxerófila no Município de Arcoverde, PE, e teve como objetivo verificar a composição florística e parâmetros fitossociológicos das espécies arbóreas e arbustivas que compõem o fragmento. O estudo foi realizado em 40 parcelas de 10 x 25 m, sendo o nível de inclusão a circunferência a 1,3 m do solo com CAP > 10 cm. Foram estimados a densidade absoluta e relativa, a frequência absoluta e relativa, a dominância absoluta e relativa e o valor de importância; a diversidade específica foi dada pelo índice de diversidade de Shannon - Weaver (H') e equabilidade de Pielou, sendo determinada a distribuição hipsométrica em intervalos de 1 m e distribuição diamétrica em intervalos com amplitude de 3 cm. No levantamento florístico das adultas, foram encontrados 1.491 indivíduos vivos, distribuídos em 36 espécies arbóreo-arbustivas, 19 famílias e 31 gêneros. As famílias que mais se destacaram foram Mimosaceae, Euphorbiaceae, Anacardiaceae, Caesalpiniaceae e Rhamnaceae. O índice de diversidade de Shannon-Weaver foi de 2,05 nats/ind. e a equabilidade de Pielou, de 0,57. Nos sete parâmetros fitossociólogicos avaliados, as espécies que mais se destacaram foram Mimosa ophthalmocentra, Poincianella pyramidalis, Senegalia bahiensis, Senegalia paniculata, Croton blanchetianus e Mimosa tenuiflora, indicando ser essas espécies as mais bem adaptadas ao ambiente avaliado, tanto nas condições edafoclimáticas quanto na competição com as demais espécies presentes no fragmento de Caatinga em Arcoverde, PE.
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Observam-se no Brasil extensos plantios de eucalipto, sobretudo no Estado de Minas Gerais, que possui essa cultura como atividade rentável em áreas marginais. Visando reduzir os efeitos da colheita florestal sobre a vegetação nativa e seleção de algumas espécies como o angiquinho (Mimosa gemmulata Barneby), objetivouse com este trabalho avaliar a sucessão secundária em povoamentos de eucalipto de diferentes idades e manejo após a exploração, comparando-a por meio da composição florística e estrutura horizontal e vertical da vegetação arbustivo-arbórea, com fragmentos de Cerrado. O trabalho foi realizado em área representativa do referido bioma no Vale do Jequitinhonha. Foram calculados os parâmetros fitossociológicos e os índices de diversidade e da similaridade em ambientes com recuperação inicial e avançada, com e sem eucalipto. O controle foi o Cerrado sentido restrito. Foram amostrados 42 famílias, 99 gêneros, 150 espécies e 1268 indivíduos. O estudo da composição florística e dos parâmetros fitossociológicos indicou a existência de famílias, gêneros e espécies de grande relevância na área que são típicos do bioma Cerrado. A remoção do eucalipto na regeneração inicial não afetou a diversidade nesses ambientes. Contudo, a remoção do eucalipto no estádio avançado promoveu redução da diversidade, permitindo a colonização pela espécie pioneira Mimosa gemmulata Barneby. No entanto, a manutenção do eucalipto na recuperação avançada resultou em maiores valores de diversidade e demais atributos estruturais. Os resultados deste estudo subsidiarão as práticas de manejo a serem adotadas em áreas similares, visando à manutenção da diversidade biológica nos locais de reestabelecimento de corredores de biodiversidade entre áreas cultivadas.
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Campos de murundus são áreas planas alagáveis, onde se encontram pequenas elevações (morrotes) espalhadas na paisagem. Esses murundus apresentam solo e vegetação diferente da área circundante, uma vez que não se alagam no período chuvoso. Espera-se que o tamanho (m²) e o volume (m³) dos murundus exerçam influência sobre a composição florística e a estrutura da comunidade vegetal. Assim, o objetivo deste trabalho foi analisar a composição florística e a estrutura da comunidade vegetal arbórea e arbustiva em murundus, no Pantanal de Poconé, MT, com a finalidade de responder a duas perguntas: (i) Existe correlação entre a área e o volume do murundu com a riqueza e abundância da vegetação arbórea e arbustiva? (ii) Existe correlação entre a área e o volume do murundu com a área basal das espécies arbóreas e arbustivas? Foram usadas parcelas para delimitar a área de campo de murundus a ser estudada. Nessas parcelas, formam mensurados a área e volume dos murundus e realizados os levantamentos florístico e fitossociológico. Foi verificado que área e volume influenciaram a riqueza, a abundância e a área basal das espécies.
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Este estudo teve como objetivos agrupar as Unidades de Trabalho (UT) da Unidade de Produção Anual (UPA) em classes homogêneas de estoque volumétrico e analisar a composição florística, a diversidade e as estruturas horizontal e diamétrica, por classe de estoque. Os dados procederam do inventário de prospecção, ou censo, com mapeamento de árvores pré-comerciais e potencialmente comerciais e foram disponibilizados, mediante convênio, pela Orsa Florestal. A área de estudo localiza-se no Município de Almeirim, Estado do Pará. No Censo foram consideradas 469 UTs (250 x 400 m), perfazendo 4.690 ha e 191.640 árvores com DAP > 35,0 cm. Foram utilizadas análises de agrupamento (método de Ward) e discriminante (método de Fisher) e obtidas três classes de estoque, ou classes de produtividade. A riqueza e diversidade de espécies arbóreas com DAP > 35 cm da UPA, respectivamente, 540 espécies e 4,52 nats.indivíduo-1, foram muito elevadas, porém realísticas, por se tratar de um censo. A intensidade de corte pode ser ordenada pela capacidade produtiva de cada UT e, dessa forma, resultar em colheitas de mínimo impacto ambiental, se comparada com a máxima intensidade de corte de 30 m³·ha-1 com ciclo de corte inicial de 35 anos para plano de manejo florestal sustentável pleno. As parcelas permanentes também puderam ser distribuídas por classes de produtividade, reduzindo custos e aumentando a precisão das estimativas de crescimento da floresta manejada.
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Neste estudo, avaliaram-se a composição e diversidade no Cerrado em três áreas do Leste de Mato Grosso do Sul, uma das regiões mais ameaçadas e menos estudadas do Cerrado brasileiro. Para tanto, levantaram-se as espécies vasculares em trilhas percorridas em diferentes fisionomias desse bioma, com enfoque especial para as espécies arbustivas e arbóreas. Adicionalmente, nas áreas de Cerrado sensu stricto foram instaladas 30 parcelas de 10 x 3 m, nas quais foram amostrados apenas indivíduos lenhosos > 1 m de altura. No geral, foram levantadas 220 espécies, 150 gêneros e 65 famílias de diferentes formas de vida, incluindo espécies consideradas raras nos Cerrados brasileiros e possíveis novas ocorrências nos Cerrados de Mato Grosso do Sul. A riqueza de espécies arbustivas e arbóreas no Cerrado sensu stricto foi alta (79-101 espécies por área). Houve baixa similaridade florística entre as áreas estudadas, de modo que apenas 50 espécies foram comuns a todas elas. O estudo da vegetação lenhosa por meio de parcelas (total de 651 indivíduos e 105 espécies) revelou uma diferença na riqueza média, diversidade (índice de Shannon) e dominância (Berger-Parker) entre as áreas estudadas. Adicionalmente, a densidade relativa das espécies e a composição florística foram bastante variáveis entre as áreas estudadas (similaridade entre 0,42 e 0,53). Tais resultados colocam as áreas estudadas entre as mais ricas áreas de Cerrado sensu stricto do Brasil, mostrando que áreas marginais de Cerrado podem ser tão ricas quanto suas áreas centrais, mesmo que através da contribuição de elementos florísticos de outras formações florestais. Os resultados reforçam ainda a existência de elevada heterogeneidade florística no Cerrado, mesmo em distâncias relativamente curtas (≤60 km), que pode ser desencadeada por diferenças entre fragmentos em relação à característica de solo, histórico de perturbação e proximidade de outras formações vegetais.
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Avaliou-se o efeito de sistemas de cultivo, preparo do solo e níveis de adubação sobre a composição florística de banco de sementes no solo em áreas submetidas a três sistemas de cultivo (lavoura contínua, lavoura-pastagem-lavoura e pastagem-lavoura-pastagem), dois sistemas de preparo do solo (convencional e semeadura direta) e dois níveis de adubação (manutenção e corretiva gradual), e uma área de pastagem contínua com preparo convencional e adubação corretiva gradual. Dessa forma, verificou-se que o sistema de cultivo e o sistema de preparo do solo foram os fatores mais importantes na determinação da estrutura florística dos bancos de sementes. Além disso, a adubação corretiva gradual aumentou o número de famílias e de espécies, em relação à de manutenção.
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Neste trabalho, foram estudadas a composição florística e a estrutura fitossociológica da vegetação em um fragmento de floresta ribeirinha, ao longo do rio Passa Cinco, Ipeúna, SP. Foram amostradas 157 parcelas contínuas de 5 x 10 m, em uma área de 0,785 ha. Foram feitas medidas de diâmetro e mapeados todos os indivíduos com DAP maior ou igual a 5 cm, em 1989 e 1998. Constatou-se a presença de um mosaico vegetacional e discutiram-se os possíveis fatores definidores deste mosaico. Foram, também, verificadas as alterações florísticas e fitossociológicas na área após nove anos. As análises multivariadas da vegetação mostraram a presença de três grupos vegetacionais com grande sobreposição aos três tipos de solo identificados na área. As análises quantitativas da estrutura da comunidade mostraram diferenças em cada um destes grupos, que se mantiveram ao longo do tempo, indicando associações florísticas próprias com grande correlação à cada tipo de solo. O grupo vegetacional sobre solo aluvial, na faixa imediatamente paralela ao curso dágua, apresentou diferenças florísticas mais pronunciadas, e maior diversidade de espécies, área basal e densidade de indivíduos. Em nove anos, poucas alterações na estrutura fitossociológica foram observadas para as espécies de maior valor de importância na área, com um aumento de 2,01% do número total de indivíduos e 2,80% na área basal total.
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As ilhas oceânicas são altamente vulneráveis à modificação ambiental. Por isso, os trabalhos de mapeamento de vegetação são de fundamental importância. O objetivo do presente trabalho foi de realizar o estudo florístico e o mapeamento, a classificação e a descrição dos tipos de vegetação nas ilhas do Parque Nacional Marinho de Abrolhos (Santa Bárbara, Sueste, Siriba, Redonda e Guarita) em agosto, outubro e dezembro de 1995 e março e maio de 1996. O arquipélago se situa no sul da Bahia e devido às suas características estruturais e ao isolamento em relação ao continente oferece um grande potencial para estudos geográficos. Foram delimitadas as distribuições espaciais de sete formações vegetais encontradas (pós praia, pós rocha, encosta suave, encosta íngreme, topo ciperóide, topo herbácea, topo graminóide) usando como principais indicadores fisionomia, relevo e composição florística. Os tipos de vegetação foram classificados segundo características geográficas e estrutura da vegetação, sendo associados a 40 espécies identificadas.
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Visando caracterizar a composição florística de trepadeiras nas florestas estacionais semidecíduas, foi realizado o levantamento das espécies num fragmento de 230 ha, abrangido pelos municípios de Rio Claro e Araras (22º21'S e 47º28' - 47º29'W, 630 m de altitude). As coletas foram mensais durante o período de setembro de 2000 a abril de 2002, sendo as trepadeiras classificadas como herbáceas ou lenhosas e quanto às suas formas de escalar; em volúveis, com gavinhas ou não preensoras. Foram encontradas 148 espécies, distribuídas em 82 gêneros e 33 famílias. Bignoniaceae (29 espécies), Asteraceae (19), Sapindaceae (12), Malpighiaceae (11) e Convolvulaceae (nove) foram as famílias mais ricas, abrangendo 54% das espécies amostradas. Bignoniaceae apresentou o maior número de espécies e gêneros (16), corroborando outros relatos de que é a família mais rica em trepadeiras nas florestas estacionais semidecíduas e na maioria dos estudos realizados em florestas neotropicais de baixas altitudes. Como em outros estudos realizados em florestas estacionais semidecíduas, as trepadeiras lenhosas representaram aproximadamente 2/3 da riqueza desse componente. Verificou-se a prevalência das espécies volúveis (43%) e das espécies dotadas de gavinhas (39%) em relação às espécies não preensoras (18%). Se, por um lado, a composição de espécies se mostrou bastante distinta em relação a outros estudos conduzidos em florestas estacionais semidecíduas no Estado de São Paulo, as famílias e gêneros mais ricos em espécies são, em grande parte, concordantes.
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Foi estudada a composição florística de uma área de cerrado na região de Itirapina - SP (22°15'43''-50'' S e 47°53'- 54' W), onde ocorrem fisionomias de campo sujo e campo úmido. Visando estabelecer uma melhor distinção entre estas fisionomias, foi realizado o levantamento florístico que incluiu coletas em excursões mensais no período de março de 1998 a abril de 1999, além de coletas esporádicas a partir de maio de 1999 até dezembro de 2001. Adicionalmente foi realizado um levantamento junto ao Herbário Rioclarense (HRCB) de todas as coletas provenientes desta área. Os resultados foram analisados em função da ocorrência das espécies nas fisionomias (campo sujo e campo úmido), e por componente florístico (herbáceo-subarbustivo e arbustivo-arbóreo). Foram amostradas 384 espécies, 211 gêneros e 76 famílias de plantas vasculares. Do total de espécies, 255 são exclusivas do campo sujo e 114 do campo úmido. Apenas 10 espécies tiveram ocorrência comum entre as duas fisionomias. Dentre as famílias mais ricas do campo sujo destacam-se: Asteraceae, Leguminosae e Poaceae. No campo úmido, as famílias mais ricas são Cyperaceae, Poaceae, Lentibulariaceae e Eriocaulaceae. No campo sujo o componente herbáceo-subarbustivo prevaleceu sobre o arbustivo-arbóreo numa proporção de 3,6:1. No campo úmido foram encontradas apenas espécies herbáceo-subarbustivas. O estudo revelou acentuadas distinções florísticas entre o campo sujo e o campo úmido, tendo em vista o reduzido número de espécies compartilhadas.
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A cidade de Porto Alegre, devido à localização, abriga espécies vegetais procedente de dois corredores principais: o corredor Atlântico e o corredor do Alto Uruguai. Os morros graníticos sobressaem-se na paisagem porto-alegrense abrigando matas nas suas encostas sul e campos nos topos e encostas nortes, devido às condições criadas pela exposição solar diferenciada. O Morro Santana, com 311 metros é o mais alto deles. Com o objetivo de caracterizar a composição e a estrutura e aspectos da dinâmica de regeneração desta mata, é realizada amostragem do componente arbóreo-arbustivo, dividindo-se os indivíduos em três componentes, de acordo com suas medidas de alturas e de DAP (diâmetro à altura do peito): Componente 3 (0,20 m ≤ h < 1 m); Componente 2 (h ≥ 1 m e DAP < 3 cm) e Componente 1 (DAP≥ 3 cm), sendo que, para a estimativa de regeneração natural por classes e total (RN e RNT), a qual é dada em porcentagem, os componentes 2 e 3 foram distribuídos em três classes de altura: Classe 1 (0,20m ≤ h < 1m); Classe 2 (1m ≤ h < 3m); Classe 3 ( h ≥ 3m e DAP < 5cm).O método utilizado é o de parcelas de 100 m2 (Componente1), 25 m2 (Componente 2), e 4 m2 (Componente 3). Através do software MULVA 5, foram realizadas análises de agrupamento e ordenação (PCoA) para os três componentes. O levantamento resultou em: 505 indivíduos, pertencentes a 63 espécies, 51 gêneros e 30 famílias no Componente 1; 470 indivíduos, distribuídos em 44 espécies, 33 gêneros e 19 famílias no Componente 2; 191 indivíduos, distribuídos em 30 espécies, 26 gêneros e 18 famílias no Componente 3. No Componente 1 destacam-se Guapira opposita (Nyctaginaceae), Pachystroma longifolium (Euphorbiaceae) e Eugenia rostrifolia (Myrtaceae). Nos Componentes 2 e 3 destacam-se Psychotria leiocarpa e Faramea montevidensis (Rubiaceae), Mollinedia elegans (Monimiaceae) e Gymnanthes concolor (Euphorbiaceae). A composição florística nos três componentes, em ordem decrescente de importância, foi dada por espécies de ampla distribuição, espécies Atlânticas e espécies do Alto Uruguai. As espécies secundárias perfizeram a maioria absoluta da amostra nos três componentes, sendo que as secundárias tardias superaram as secundárias inicias. As espécies pioneiras foram infimamente representadas nos três componentes inventariados. Quanto às síndromes de dispersão, mais de 80 por cento das espécies de ambos os componentes apresentou síndrome zoocórica. O restante das espécies apresenta as síndromes autocórica e anemocórica em proporções semelhantes.A análise fitossociológica indicou tratar-se de uma mata baixa, sem estratificação definida, com dominância de um número reduzido de espécies de ocorrência comum na região, sendo que a grande maioria das espécies conbribui com um ou dois indivíduos. A diversidade específica (H’) foi estimada em 3,30 (Componente 1); 2,81 (Componente 2) e 2,86 (Componente3) e a equabilidade (J’) em 0,80 (Componente 1) ; 0,74 (Componente 2) e 0,84 (Componente 3). As análises de agrupamento e de ordenação não evidenciaram diferenças entre as unidades de amostragem da borda e aquelas do interior da mata. Os maiores valores na estimativa de regeneração natural total (RNT) foram concentrados pelas espécies de sub-bosque com maiores densidades e freqüência (Psychotria leiocarpa, Faramea montevidensis, Mollinedia elegans e Gymnanthes concolor). Os representantes que compõem o dossel da mata com maiores valores de regeneration foram: Guapira opposita, Eugenia rostrifolia e Cupania vernalis (Sapindaceae). Os resultados da estimativa de regeneração natural indicaram que a maioria das espécies parece estar obtendo sucesso quanto ao recrutamento de novos indivíduos, o que remete a um bom estado de conservação da mata, a qual, permanecendo as condições atuais, deverá no futuro manter uma composição florística semelhante a atual.
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As florestas ciliares são formações vegetais extremamente importantes em termos ecológicos, principalmente para a manutenção da qualidade dos cursos d’água. Porém, apesar de serem protegidas por lei, elas vêm sendo erradicadas, principalmente em áreas urbanas. Desta forma, estudos detalhados sobre a composição florística e a ecologia dos remanescentes dessas florestas são fundamentais para embasar qualquer iniciativa de proteger e restaurar essas formações vegetais. Com o objetivo de avaliar a estrutura, o estado de preservação da floresta ciliar e fornecer subsídios para as adequadas ações de manejo na restauração dessa formação, foi realizado um levantamento florístico e fitossociológico da vegetação arbóreo/arbustiva do Arroio da Brigadeira na cidade de Canoas/RS, numa área remanescente dentro do Parque Municipal Fazenda Guajuviras. Para a caracterização da composição do estrato arbóreo dominante da floresta e categorias sucessionais, a vegetação lenhosa foi separada em três componentes: regenerante (0,20m ≤ h < 1m); arbóreo-arbustivo (1m ≥ h e DAP < 5cm); arbóreo (DAP ≥ 5cm). O delineamento amostral foi de 20 parcelas para todos os componentes, sendo as dimensões de 4m², 25m² e de 100m² para cada parcela, respectivamente para o primeiro, segundo e terceiro componente. A estrutura da vegetação foi verificada através da distribuição horizontal e vertical dos seus indivíduos. A estimativa da regeneração natural baseou-se nos valores relativos de freqüência e densidade de cada espécie em três classes de altura. A organização das comunidades vegetais foi analisada por análise de agrupamentos através do programa MULVA 5. Na composição florística encontraram-se 56 espécies distribuídas em 27 famílias botânicas. As espécies com maiores valores de regeneração natural total (RNT), responsáveis por mais de 50%, foram: Myrcia multiflora (Lam.) DC. (22,03%), Eugenia hyemalis Cambess. (14,04%), Daphnopsis racemosa Griseb. (10,60%) e Ocotea pulchella Mart. (10,16%). O alto potencial de regeneração natural, com abundância de espécies típicas de sub-bosque, ressalta a importância do estudo dos componentes dos estratos inferiores da floresta para o conhecimento da dinâmica florestal. No componente arbóreo constatou-se a densidade total por área (DTA) de 2120 ± 617 indivíduos.ha-1. O Índice de Diversidade de Shannon foi de 2,80. O DAP médio foi de 10,45 ± 5,65cm. As espécies com maior valor de importância (VI) foram Eugenia hyemalis Cambess. (44,09), Prunus myrtifolia Urb. (34,51), Myrsine coriacea (Sw.) R.Br. (30,12) e Mimosa bimucronata (DC.) Kuntze (29,68). Os exemplares mortos apresentaram alta DTA, 280 ± 204,17 indivíduos.ha-1, possivelmente em decorrência da competição por espaço a ser ocupado. Pelos resultados obtidos, é possível afirmar que a floresta está em processo de regeneração, no estádio secundário inicial, e que existem agrupamentos vegetais. Conclui-se que o processo de restauração da floresta ciliar pode darse de forma natural, desde que seja garantido o isolamento de fatores desestabilizadores, preservando os processos naturais de estruturação das comunidades vegetais e interações bióticas.