997 resultados para Transfusão de sangue
Resumo:
Apresenta-se a avaliação clinicoepidemiológica de 95 crianças chagásicas crônicas em idades entre 1 e 14 anos moradoras de Santa Fé, Argentina, não tratadas e tratadas com nifurtimox ou benznidazol, com acompanhamento de até 24 anos. Todas tinham vários antecedentes de risco para transmissão do Trypanosoma cruzi: vetorial, congênito e/ou transfusão sangüínea. O diagnóstico da infecção foi feito através de sorologia convencional. O exame clínico foi complementado por eletrocardiograma, radiografias de tórax e, análise de sangue e urina para avaliação das funções hepáticas. No pós-tratamento, utilizaram-se técnicas idênticas às do diagnóstico, sendo que 33 crianças tiveram, também, avaliação parasitológica. Dentre 24 crianças não tratadas, 14 foram controlados por 8 a 24 anos e mantiveram sorologia positiva e o estado clínico inicial. Das 71 crianças tratadas, 49 tiveram acompanhamento de 4 a 24 anos: 14 mantiveram anticorpos anti-Trypanosoma cruzi; 6 resultados discordantes e 29 negativaram a sorologia. Destas, 9 apresentaram oscilações sorológicas, antes da negativação definitiva. A mediana do tempo de negativação pós-tratamento foi, respectivamente, de 3,5 e 8 anos para crianças de 1 a 6 e 7 a 14 anos. A percentagem de soronegativos diminuiu com a idade em que se medicou, desde 75% em <4 anos até 43% em > 9 anos. A intolerância ao tratamento foi de 3,8%. Nenhuma criança modificou seu estado clínico nesta observação.
Resumo:
A identificação de sangue ingerido pelos insetos é um importante parâmetro para elucidar aspectos ligados à transmissão de zoonoses, dentre elas, as leishmanioses. Dos métodos empregados para esclarecer a atração de vetores por animais que possam atuar como reservatórios dessas parasitoses, destacam-se os imunológicos. O estudo teve como objetivo, padronizar a técnica imunoenzimática de captura e titular amostras de sangue ingerido em fêmeas de flebotomíneos ingurgitadas de Lutzomyia longipalpis criadas em laboratório e alimentadas experimentalmente em rato. Em vista da alta sensibilidade, favorecida pelo sistema avidina-biotina, foi possível a realização de pelo menos noventa testes, de cada uma das amostras em duplicata, e constatar a presença de sangue para todas as amostras com períodos de 12 e 24 horas pós-ingestão, observando-se diferença significativa entre os respectivos títulos.
Resumo:
O artigo avalia informações científicas disponíveis sobre a prevalência e características clínicas da infecção pelo virus da hepatite C na Amazônia Brasileira, uma área sabidamente endêmica para infecção pelos vírus das hepatites A, B e D. Toda a informação foi obtida através de extensa revisão bibliográfica de artigos originais e de revisão e de resumos publicados em periódicos conceituados ou em eventos científicos. Na Região Amazônica, a taxa de prevalência de infecção por VHC na população geral varia de 1,1 a 2,4%. Entre doadores de sangue as taxas de prevalência variam de 0,8% a 5,9%. O Estado do Pará (Amazônia oriental) e do Acre (Amazônia ocidental) apresentam as maiores taxas, 2% e 5,9%, respectivamente. Com relação à prevalência da infecção pelo VHC em grupos de risco, observa-se alta prevalência entre hemodiálisados (48,1% - 51,9%), profissionais de saúde (3,2%), contactantes de portadores do VHC (10%) e pacientes com lichen plannus (7,5%). Existe uma predominância significativa do genótipo 1, com maior freqüência do subtipo 1b. A infecção pelo VHC é similar em homens e mulheres e a maioria dos infectados têm mais de 39 anos de idade. A principal via de infecção é a parenteral e os principais fatores de risco são transfusão sangüínea e procedimentos cirúrgicos. O VHC raramente é responsável por hepatite aguda grave nesta região. Por outro lado, de todas as hepatites crônicas, 22,6% são atribuídas ao VHC na Amazônia Ocidental e 25% na Amazônia Oriental. Na Amazônia Brasileira, a infecção pelo VHC parece ter o mesmo comportamento da infecção em outras partes do mundo.
Marcadores sorológicos das hepatites B e C em doadores de sangue do Hemocentro de Ribeirão Preto, SP
Resumo:
Este estudo envolveu 25.891 doadores de sangue que compareceram pela primeira vez ao Hemocentro de Ribeirão Preto, entre 23/06/1996 e 22/06/2001. Seu objetivo foi estudar a positividade de marcadores sorológicos das hepatites B e C em testes de triagem e estimar a prevalência de infecção atual ou pregressa pelos vírus de ambas as hepatites, através da análise dos resultados de testes confirmatórios. Estudaram-se dados do Hemocentro e do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina, coletando-se informações referentes ao doador e aos resultados dos testes sorológicos. A população foi composta majoritariamente por homens (83,6%) de 26 a 45 (64%) anos de idade. Os valores de positividade nos testes da triagem foram 0,6% (IC95%: 0,54 0,72) para o HBsAg e 1,2% (IC95%: 1,02 1,28), para o anti-HCV. Os valores da prevalência, nos testes confirmatórios, foram 0,2% (IC95%: 0,16 0,28), para a hepatite B, e 0,3% (IC95%: 0,24 0,38) para a hepatite C.
Resumo:
O objetivo da pesquisa foi avaliar a pré-triagem sorológica para hepatite B (anti-HBc total) em candidatos à doação de sangue, verificando a associação entre as variáveis sexo, faixa etária, escolaridade e naturalidade. Estudo transversal com dados retrospectivos, tendo como população-alvo candidatos à doação de sangue naturais dos municípios do interior do Acre, que procuraram o Centro de Hematologia e Hemoterapia do Acre, no período de janeiro a dezembro de 2002. Dos 673 candidatos incluídos foi constatado reatividade ao anti-HBc total em 54,8%. Sendo observado maior reatividade ao anti-HBc total entre os candidatos do sexo masculino, faixa etária mais avançada e menor grau de escolaridade (p<0,05). A pré-triagem sorológica para hepatite B em candidatos a doação de sangue é uma alternativa viável, visto que, reduz o custo e aumenta a segurança transfusional. A captação de doadores do sexo feminino, jovens e com grau de escolaridade acima do fundamental sinaliza potenciais doadores de sangue para o HEMOACRE.
Resumo:
Lutzomyia longipalpis e Lutzomyia almerioi, espécies integrantes da fauna flebotomínea da Serra da Bodoquena, no Estado de Mato Grosso do Sul, têm sido objeto de estudo devido às suas elevadas abundâncias no Assentamento Guaicurus, foco de leishmaniose tegumentar humana e visceral canina. Em pesquisas que vem sendo realizadas neste acampamento para a identificação de vetores destas parasitoses, foram capturados no período de 2002 a 2004, com armadilhas automáticas luminosas, instaladas em ambiente peridoméstico (galinheiro), 83 exemplares ingurgitados de Lutzomyia longipalpis e Lutzomyia almerioi. O presente estudo teve como objetivo a investigação do hábito alimentar para ave das fêmeas de ambas as espécies de flebotomíneos, mediante o emprego da técnica imunoenzimática de captura,comparando-se a reatividade durante os anos de 2002 a 2004. Dentre 57 amostras de Lutzomyia longipalpis e 26 de Lutzomyia almerioi, foram encontradas 72% reagentes para ave em Lutzomyia longipalpis e 96% em Lutzomyia almerioi, o que justifica o estudo do hábito alimentar na região, como medida de prevenção e instituição de vigilância epidemiológica.
Resumo:
O objetivo deste estudo foi de estimar a efetividade das vacinas anti-VHB em um estudo longitudinal, retrospectivo composto por 1.012 doadores de sangue que completaram o esquema padrão de vacinação (três doses, incluindo doses de reforço nos doadores com títulos de anti-HBs <10UI/L) durante o período entre 1998 e 2002. Os resultados mostram que a taxa de soroconversão foi significativamente menor nos doadores cujo título de anti-HBs foi mensurado após seis meses decorridos do término do esquema de vacinação e nos doadores com mais de 50 anos. A efetividade média correspondeu a 88,7%, variando de 80,6% nos com maior idade (50 anos ou mais) a 91,4% nos doadores mais jovens (18 a 30 anos). O regime de dose de reforço foi efetivo, principalmente por reduzir o percentual de não-respondedores. Conclui-se que a efetividade da vacina foi significativamente maior nos doadores mais jovens e que o tempo decorrido entre a vacinação e a testagem interferiu na taxa de soroconversão.
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O objetivo desse estudo foi avaliar a soroprevalência de sífilis em 5.752 doadores de sangue atendidos no Hemonúcleo de Guarapuava-PR, em 2006. As taxas de positividade foram de 2,1% pelo teste de ensaio imunoenzimático e 0,2% pelo Veneral Disease Research Laboratory, mostrando baixa prevalência de sífilis nos indivíduos que procuraram este banco de sangue.
Resumo:
Este trabalho objetivou a caracterização molecular do vírus linfotrópico de células T humanas infectando doadores de sangue atendidos na Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará. Amostras de DNA de 79 indivíduos soropositivos para o vírus linfotrópico de células T humanas foram analisadas por meio da reação em cadeia da polimerase para as regiões genômicas pX, env e 5'LTR, de polimorfismos de comprimento de fragmentos de restrição e do seqüenciamento da região 5LTR, com posterior análise filogenética, definindo o tipo e o subtipo do HTLV circulante na população estudada. Observou-se uma maior prevalência de HTLV-1 (71%) em relação ao HTLV-2 (29%). As amostras de HTLV-1 sequenciadas foram classificadas como pertencentes ao subtipo Cosmopolita, subgrupo Transcontinental, sendo as de HTLV-2 identificadas como HTLV-2c. A análise de polimorfismos de comprimento de fragmentos de restrição da região env e do sequenciamento da região 5'LTR, identificou, pela primeira vez na Amazônia Brasileira, uma amostra de HTLV-2b, enfatizando a necessidade de estudos moleculares contínuos na região para melhor entendimento da epidemiologia de transmissão do HTLV na população e permitir a vigilância epidemiológica da emergência de novos tipos e subtipos.
Resumo:
A hemoterapia moderna baseia-se na utilização correcta dos diversos componentes sanguíneos, associados a um maior controle de qualidade do sangue, o que a torna mais segura e, actualmente, muitos doentes sao beneficiados pois, a transfusão de componentes sanguineos, em situaçoes várias, está na linha da frente na manutenção da vida e em casos extremos, o último recurso que salva vidas. A qualidade e a segurança nas transfusões de sangue são grandes preocupações da área médica, autoridades de saúde e doente1. O sangue obtido pelos Centros de Sangue provem de dadores voluntários, dotados de uma enorme sensibilidade social, que periodicamente assumem uma postura benevola e altruista e consequentemente mantêm os bancos de sangue providos de um produto imprescindivel no tratamento de diversas patologias. O produto final disponível – concentrado de eritrócitos (CE´s), plasma e concentrado plaquetário – tem de assumir um carácter seguro e viável de modo a que os riscos para o doente sejam diminutos2. O controlo de qualidade aplicado a todo o sangue doado realiza provas de conformidade nas unidades com especificações previamente definidas, sendo a hémolise um dos parâmetros importantes na avaliação da qualidade dos concentrados de eritrócitos, pois, pode ocasionar implicações clinicas para o receptor. Para além disso a avaliação da concentração de hemoglobina (Hg) no sangue doado mostra-se um controlo imprescindivel que salvaguarda a qualidade e segurança do componente a transfundir3;4.Até se obter um CE há todo um processo moroso e de responsabilidade vital. Todo o sangue obtido passa por várias etapas fundamentais até à obtenção do componente pretendido (analise, produção e armazenamento). Os CE’s obtidos quando armazenados, num ambiente de refrigeração, têm uma vida útil de 42 dias. Após este período, o sangue deve ser inutilizado por se verificar alterações bioquímicas, biomecânicas, e imunológicas nos CE’s e por consequência a sua instabilidade vital no que ao tratamento de patologias, para as quais este componente está indicado, diz respeito5. Foi realizado um estudo experimental com o objetivo de avaliar a contribuição da Anexina V na apoptose celular nos concentrados de eritrócitos, constatando a degradação dos mesmos ao longo de todo o período de armazenamento e validar o paradigma que a ciência preconiza: “Os CE’s após os 42 dias armazenados, em condições específicas (2 a 6º centígrados), são inviaveis para transfundir”6;7. A avaliação dos níveis de apoptose por citometria de fluxo é geralmente realizada por métodos que utilizam Anexina V como marcador vital, que se associa aos resíduos de fosfatidilserina, externalizados no início do processo apoptótico. A Anexina V é uma proteína humana endógena dependente do ião Ca+2, amplamente distribuída intracelularmente em altas concentrações na placenta e em concentrações mais baixas nos eritrócitos, plaquetas e monócitos. Apresenta como principal característica a capacidade de se ligar à fosfatidilserina, um fosfolipído presente na camada interna da bicamada lipídica, que durante a apoptose celular é translocada para a camada externa da membrana celular. A determinação da Anexina V é normalmente utilizada para verificar se as células são viáveis, apoptóticas ou necróticas por meio de diferenças na integridade da membrana plasmática. Assim, ao conjugar a Anexina V ao FITC (Isotiocianato de fluoresceína) é possível identificar e quantificar as células apoptóticas por citometria de fluxo7. Numa amostra de 15 CE’s, a qual foi induzida a hemólise, verificou-se, por citometria de fluxo, que a viabilidade deste componente se desvanesce ao longo do tempo, confirmando assim que o tratamento, manuseamento e armazenamento do sangue compromete a vitalidade terapeutica deste insubstituivel produto vital.
Resumo:
O objetivo deste estudo foi padronizar uma metodologia de extração de DNA de alta qualidade a partir de amostras de sangue coagulado. Quarenta e oito amostras de sangue humano coagulado foram utilizadas para a extração de DNA pelo kit comercial EZ-DNA® (Biological Industries, Beit Haemek, Israel), pelo kit de coluna Neoscience® (One Lambda Inc., San Diego, CA) e pelo método modificado de salting out. Apenas o método de salting out foi capaz de extrair altas concentrações de DNA (média, 180ng/µL), as quais foram medidas pelo detector de fluorescência Qubit® (Invitrogen, USA). Este método permitiu a amplificação dos genes HLA (human leukocyte antigens) pela tecnologia PCR-SSO (polymerase chain reaction - specific sequence of oligonucleotides) Luminex, a qual exige DNA de boa qualidade, e de genes KIR (killer cell immunoglobulin-like receptors) pela técnica made in house PCR-SSP (polymerase chain reaction-sequence specific of primers), a qual demanda uma concentração específica de DNA (10ng/µL). Concluímos que a técnica de salting out modificada foi muito eficiente, simples e rápida para a extração de DNA de amostras de sangue humano coagulado, com o objetivo de realizar a genotipagem de genes HLA e KIR.
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INTRODUCÃO: Estudo retrospectivo com o objetivo de avaliar a prevalência e fatores associados à soropositividade para o HTLV-1/2, no período de 1995 a 2008, no Hemocentro Regional de Uberaba e descrever os doadores soropositivos quanto ao gênero, idade, estado civil, cor de pele e procedência. MÉTODOS: Foram realizados análise estatística descritiva, testes qui-quadrado e odds ratio para comparação de proporções e gráfico de dispersão com coeficiente de correlação linear. RESULTADOS: Dentre x doadores testados, foi encontrada a prevalência de sorologia positiva para o HTLV de 0,02% e indeterminada de 0,09%. Houve uma redução significativa da sorologia positiva para HTLV, no período de 2002 a 2008, em comparação ao período de 1995 a 2001. Dentre os soropositivos, observou predomínio significante no gênero feminino. CONCLUSÕES: Imputamos a queda gradativa de soropositividade no período à exclusão permanente dos doadores de repetição soropositivos e ao aprimoramento dos métodos de triagem clínica e dos testes sorológicos ao longo dos anos com reflexos positivos na segurança transfusional.
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INTRODUÇÃO: Devido à sepse bacteriana associada à transfusão de concentrados plaquetários (CPs) ter sérias consequências clínicas para os pacientes, alguns procedimentos têm sido incorporados na preparação e no controle de qualidade dos componentes sanguíneos para reduzir o risco da contaminação bacteriana. Este artigo descreve a prevalência da contaminação bacteriana dos CPs que foram transfundidos, o espectro bacteriano detectado com seu perfil de sensibilidade aos antimicrobianos e as reações transfusionais nos receptores. MÉTODOS: Um total de 292 CPs (278 randômicos e 14 por aférese), proveniente do Hemocentro do Estado do Rio Grande do Sul (HEMORGS) de Santa Maria foi testado. As quantidades de 100μL e 200μL foram coletadas da porção tubular da bolsa de plaquetas e semeadas utilizando dois tipos de metodologias. RESULTADOS: Em cinco unidades(1,7%; 5/292) foram isoladas bactérias pela metodologia qualitativa e apenas uma pela quantitativa. Staphylococcus epidermidis foi o microrganismo identificado em todas as amostras. Dois pacientes apresentaram sepse associada à transfusão com desfecho fatal. CONCLUSÕES: A contaminação bacteriana pelas transfusões de CPs constitui-se num importante problema de saúde pública devido a sua associação com altas taxas de morbidade e mortalidade. Neste estudo, somente microrganismos gram-positivos foram isolados sendo que nenhuma amostra obtida por aférese apresentou contaminação.
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RESUMO - Introdução: Com este trabalho, pretendeu-se averiguar em que medida a satisfação no processo de dádiva de sangue afeta o regresso dos dadores que doam pela primeira vez na vida, ou que se apresentaram pela primeira vez no Serviço de sangue do HESE. Material e métodos: Estudo observacional transversal descritivo. Dos dadores com uma única inscrição no período de 2011 a 2012 inclusive, (531+541 dadores) foram retirados os que entretanto completaram 66 anos (idade limite para a dádiva); os que não tinham contacto telefónico válido; e os que tinham morada fora do Distrito de Évora. Os dadores restantes (327 + 330 dadores), foram então inquiridos através de um questionário efetuado telefonicamente para determinar as causas de não regresso. Resultados: Obtiveram-se 360 respostas válidas ao questionário, correspondentes a 50% da amostra com um IC de 95%. Apesar de estar amplamente demonstrado que a satisfação na dádiva contribui decisivamente para o retorno à dádiva seguinte, apenas 12% da amostra referiu não regressar por algum motivo de insatisfação decorrente do processo de dádiva. Evidentemente, o mérito destes resultados é devido à equipa do Serviço de Imunohemoterapia do HESE. Porém uma outra realidade fica aqui patente, os dadores de primeira vez estão a decrescer há vários anos, e destes, os que regressam são cada vez menos. A manter-se esta tendência, a taxa de renovação da bolsa de dadores poderá tornar-se insuficiente para a manutenção da atual bolsa de dadores. Se o HESE conseguisse recuperar para a dádiva metade da amostra de dadores de primeira vez que não regressam, a sua autonomia em termos de consumo de sangue sairia reforçada, com o incremento de proveitos financeiros consequente. Conclusão: Este trabalho concretiza os objetivos a que se propôs, nomeadamente o de produzir conhecimento útil e de suporte à decisão no âmbito da administração hospitalar. O HESE tem agora ao seu dispor, a caraterização dos dadores de primeira vez e a descrição de como se está a processar a renovação da sua bolsa de dadores.
Resumo:
Esse trabalho relata os métodos de diagnósticos para filárias humanas no sangue, referindo-se a importância do método de gota espessa em relação aos métodos de filtração em membrana de policarbonato e Knott na diferenciação das espécies de microfilárias, principalmente em áreas de ocorrência de mais de uma espécie, como em regiões do Amazonas. Lâminas com microfilárias de Mansonella ozzardi foram montadas e fotografadas pelos diferentes métodos de diagnósticos. O método da gota espessa de sangue é o mais confiável, pois permite visualizar com nitidez o espaço cefálico e caudal, disposição dos núcleos caudais e formato da cauda, que são características morfológicas que diferenciam as espécies de microfilárias sanguíneas que ocorrem no Amazonas.