971 resultados para Teatro brasileiro História e crítica


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Ps-graduao em Letras - FCLAS

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Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior (CAPES)

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A presente pesquisa apresenta uma leitura e um estudo de O avarento do dramaturgo francs Molire, na montagem teatral O mo de vaca, concebida pelo grupo Palhaos Trovadores, com doze anos de atuao na cidade de Belm do Par. Para isso, parte-se primeiro de um panorama da poca de Molire e da sociedade para a qual escreveu suas comdias, focalizando, em seguida na dissertao, os caminhos pelos quais passou o grupo de palhaos na adaptao e montagem da pea de Molire, cuja proposta de realizao fundamentou-se nos princpios do Processo Colaborativo, um novo modo de criao que se instaurou no Brasil, por volta dos anos 1990. Esse tipo de processo surge da necessidade de um novo contrato entre os criadores na busca da horizontalidade nas relaes criativas (PAVIS, 2007, p.253). Assim, a montagem do grupo seguiu, em ensaios fechados, abertos e veiculados no ciberespao, permitindo o dilogo mais estreito entre atores, diretor e pblico/internautas, tornando a montagem uma criao pblica e coletiva. importante ressaltar que os Palhaos Trovadores procuraram fazer um trabalho de adaptao do texto a partir das suas prprias necessidades, na busca de inovao e manuteno de suas pesquisas com a linguagem do palhao e dos folguedos populares.

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Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior (CAPES)

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Ps-graduao em Letras - IBILCE

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Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior (CAPES)

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Este estudo pretende examinar a recepo crítica voltada para a anlise dos aspectos estilsticos e lingusticos da obra de Joo Guimares Rosa (1908-1967). Na dcada de 1950, durante seu auge, a teoria estilstica, principalmente a de origem espanhola, exerceu grande influncia sobre crítica literria brasileira. Este evento coincidiu com o impacto do lanamento de duas das mais importantes obras do ficcionista mineiro, Grande serto: veredas (1956) e Corpo de baile (1956), em grande parte devido linguagem, que um amlgama de popular e erudito e detentora de grande poder de sugesto. Como fruto deste acaso, no mesmo horizonte da obra, surgiram os estudos que formaram a primeira recepo e, entre estes, os que se dedicaram a analisar os diferentes recursos utilizados por Guimares Rosa para compor o seu serto-linguagem, o que justifica a adoo da Estilstica como mtodo. Inseridos nesta corrente crítica esto os trabalhos que nos serviro de objeto de anlise, a exemplo da crítica pioneira de Cavalcanti Proena (1905-1966), Trilhas no Grande Serto (1958), e de trabalhos de outros estudiosos, como Oswaldino Marques (1916-2003), sobre Sagarana e outras publicaes dispersas, e da professora norte-americana Mary L. Daniel (1936). Estes estudos, embora sejam discutveis do ponto de vista metodolgico, conforme ser observado, tornaram-se peas incontornveis dentro da fortuna crítica rosiana por sua contribuio elucidao da obra. Um indicativo disso a existncia de trabalhos mais recentes que ainda ventilam categorias consideradas pela Estilstica como o lxico, que surge em estudos de Nei Leandro de Castro e Nilce Sant'Anna Martins. Como mtodo utilizado nesta dissertao de Mestrado, lana-se mo da hermenutica literria formulada por Hans Robert Jauss (1921-1997) com o objetivo de analisar a recepo crítica de uma abordagem especfica, a Estilstica, e destacar sua relevncia para a compreenso da obra de Guimares Rosa no perodo imediato publicao, assim como propor uma confrontao desta recepo com estudos posteriores que se balizam no mesmo campo de anlise. Igualmente, objetiva-se evidenciar a importncia do leitor para a (res) significao do material ficcional, aqui representado pelo crtico literrio, um leitor diferenciado capaz de oferecer propostas interpretativas e guiar a leitura dos leitores comuns.

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O presente trabalho busca compreender a recepo crítica da potica de Max Martins no decorrer de 50 anos de atividade artstica. A partir de uma abordagem esttico recepcional, averiguaremos como as sucessivas leituras por parte de jornalistas e crticos determinaram a aceitao de sua produo e sua respectiva insero dentro do cenrio literrio local e nacional. Baseando-se na perspectiva terica da Esttica da Recepo pretenderemos assim compreender diacronicamente o efeito causado pela obra de Max Martins junto aos seus leitores imediatos, e consequentemente perfazer uma história de sua recepo. A abordagem realizada por meio dos pressupostos apresentados por H. R. Jauss (em A História da Literatura como Provocao Teoria Literria) - como o termo "horizonte de expectativa" - nos orientar quanto historicidade da produo potica de Max Martins, esclarecendo o motivo que levou algumas leituras equivocadas de sua obra a se perpetuarem at o presente. Desse modo, por meio da reconstruo do horizonte de expectativa poderemos compreender a que demanda ou pergunta obra de Max Martins atendeu no momento de sua publicao, alm de averiguarmos como o trabalho de editorao da sua obra (G.Genette, 2009) influenciou sua leitura no decorrer do tempo, atualizando assim sua compreenso crítica e revelando algumas incongruncias persistentes em estudos acadmicos contemporneos.

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A presente dissertao enfoca as relaes entre a literatura e a história, tendo por objetivo identificar e analisar os aspectos recorrentes em contos que ficcionalizam o relato da tortura ligada ao Regime Militar brasileiro de 1964. Para tanto, elegemos como corpus desta pesquisa os textos Acudiram trs cavaleiros, de Marques Rabelo (1967); O mar mais longe que vejo, de Caio Fernando Abreu (1970); Pedro Ramiro, de Rodolfo Konder (1977); O jardim das oliveiras, de Nlida Pion (1980); Saindo de dentro do corpo, de Flvio Moreira da Costa (1982); O leite em p da bondade humana, de Haroldo Maranho (1983); No passars o Jordo, de Luiz Fernando Emediato (1984); e A mancha, de Luis Fernando Verssimo (2003). Tais narrativas apresentam como ncleo narrativo cenas de tortura relacionadas ditadura civil-militar instalada no Brasil em 1964. Partimos da hiptese de que esses contos se apropriam de aspectos composicionais do testemunho verdico e os reelaboram esteticamente nos textos, muitas vezes, rompendo o que se teoriza sobre o testemunho verdico, na tentativa de se traduzir em palavras as aporias da rememorao do trauma provocado pela tortura. Para dar conta de tais proposies, elegeu-se como percurso a contextualizao histrica realizada no primeiro captulo, com o intuito de pontuar as relaes existentes entre as produes e o contexto histrico. Em seguida, no captulo dois, realizou-se a reviso do referencial terico que baseia a pesquisa, centrando nas formulaes propostas acerca da teoria do testemunho. Por fim, no terceiro captulo, realizou-se a anlise do corpus, com base em trs aspectos recorrentes nas narrativas: a composio dos personagens, a organizao da narrativa e a seleo vocabular. Para tal anlise iremos nos pautar, principalmente, nas formulaes de Seligmann-Silva (2003; 2008), Valeria de Marco (2004) e Elcio Loureiro Cornelsen (2011), acerca do testemunho de catstrofes histricas e da dimenso ficcional dessas produes; nas proposies de Maria Rita Kehl (2004) sobre o corpo torturado; e nas consideraes de Sigmund Freud (1920), sobre trauma.

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O principal objetivo do presente trabalho registrar e compreender a trajetria do Projeto Comdia Popular Brasileira (CPB) e, consequentemente, da Fraternal Companhia de Arte e Malas-Artes por meio das personagens criadas durante 15 anos de pesquisa esttica (1993-2008). So objetos de anlise os projetos especficos desenvolvidos a cada fase do Projeto CPB, suas respectivas peas e espetculos, concepes de personagens, o trabalho e formao dos atores e a relao estabelecida com o alvo principal de sua vida teatral: o pblico. Em sua primeira fase (1993-1997) - VER, a Fraternal cria personagens-tipo brasileiras, influenciada pelos comedigrafos Martins Pena, Artur Azevedo e Ariano Suassuna, retomando o dilogo com os tipos fixos da commedia dellarte. Na segunda fase (1998-2001) - OUVIR, as personagens-tipo cedem o protagonismo s personagens inspiradas nas festas populares medievais, pautadas no estudo terico de Mikhail Bakhtin. E, na terceira fase (2002-2008) - IMAGINAR, atores saltimbancos apresentam as personagens por meio da narrao e da representao. Neste perodo, a Cia. aprofunda sua prtica no jogo cnico estabelecido entre personagens, atores e narradores para a construo dramatrgica e interpretativa de seus espetculos, inspirada em Bertolt Brecht e Luigi Pirandello. A escolha de personagens como interlocutoras dos anseios e da história do povo brasileiro refletiu, desde o incio, a especfica viso de mundo e de cultura popular adotada pela Fraternal, referendada no ponto de vista contrrio ao da classe dominante, o da classe dominada. Dario Fo (1999), Mikhail Bakhtin (1987), Walter Benjamin (1994) e Bertolt Brecht, pautados tanto no que concerne a uma apreenso da encenao e da interpretao cmica, quanto a seus posicionamentos crticos perante a atividade artstica, foram essenciais compreenso da trajetria da Cia.