1000 resultados para Metabolismo Energético Teses
Resumo:
Estudos previos de nosso laboratrio (Monteiro,1999), demonstraram que os aminocidos alm de incorporarem-se s protenas, tambm podem ser usados como nutrientes energéticos metablicos. Grootegoed e Cols.,(1986), mostraram o envolvimento de diferentes substratos e de diferentes caminhos na obteno de energia em clulas de Sertoli. Neste trabalho, verificamos a capacidade que diferentes aminocidos possam ter para a produo de energia em clulas de Sertoli de ratos de 16-18 dias de idade, investigando a oxidao a CO2, converso a lipdeos e incorporao a protenas de alguns aminocidos, na presena ou ausncia de outros nutrientes energéticos, tais como c. palmtico, glicose e/ou glutamina. No captulo I do presente trabalho, realizou-se um estudo utilizando os aminocidos alanina, leucina, glicina, glutamina e valina em cultura de clulas de Sertoli, na presena ou ausncia de nutrientes energéticos tais como: cido palmtico, glicose e/ou glutamina. Nossos resultados mostraram que a glicina parece ser um pobre substrato energético sendo principalmente incorporada a protenas e parcialmente convertida lipdeos. O catabolismo da glicina no alterado na presena de cido palmtico, glicose e/ou glutamina. A presena de c. palmtico no tem efeito no metabolismo dos aminocidos estudados, no que se refere oxidao a CO2, converso a lipdeos e incorporao em protenas pelas clulas de Sertoli em cultura. Por outro lado, a presena de glicose parece alterar significativamente a produo de CO2, bem como a sntese de lipdeos e protenas a partir dos aminocidos alanina, leucina e valina. A respeito da presena da glutamina, os resultados mostram diminuio na oxidao a CO2 da alanina, leucina e valina nas clulas de Sertoli, mesmo na presena de glicose, enquanto que a converso destes aminocidos a lipdeos no foi alterada. Contudo, quando glutamina e glicose foram adicionadas juntas, somente a converso a lipdeos a partir da leucina foi aumentada. A glutamina causou uma diminuio na incorporao da alanina em protenas sem alterar a incorporao da leucina e da valina. Por outro lado, tanto alanina quanto leucina diminuram a oxidao da glutamina a CO2. No captulo II estudou-se o efeito conjunto de dois nutrientes energéticos (glicose, glutamina, cido palmtico e piruvato) no metabolismo dos aminocidos leucina, glutamina e valina em cultura de clulas de Sertoli, no que diz respeito produo de energia, procurando esclarecer aspectos referentes oxidao a CO2, converso a lipdeos e incorporao em protenas. Nossos resultados mostram que a adio do cido palmtico junto glicose no alterou o metabolismo da leucina, no que se refere oxidao a CO2, converso a lipdeos e incorporao a protenas. Por outro lado, a presena de glicose e de c. palmtico diminuiu a oxidao do CO2, no modificando a converso a lipdeos e incorporao de valina a protenas. Quanto ao metabolismo da glutamina, tanto a adio de glicose juntamente com cido palmtico, no modificaram o metabolismo da glutamina na oxidao a CO2, converso a lipdeos e incorporao a protenas. Sendo assim, entre os substratos energéticos utilizados neste trabalho, a glutamina foi o mais utilizado pelas clulas de Sertoli para a obteno de energia, mesmo na presena de outros nutrientes tais como: glicose, cido palmtico e piruvato. Por outro lado, entre os nutrientes energéticos o cido palmtico o menos proveitoso para a obteno de energia pelas clulas de Sertoli.
Resumo:
Este estudo teve como objetivo verificar o efeito do estresse osmtico sobre a via gliconeognica a partir de glicerol em brnquias e sobre a concentrao de lipdios totais em diferentes tecidos de Chasmagnathus granulatus, no inverno e no vero, bem como a atividade das enzimas gliconeognicas glicose-6-fosfatase (G6Fase) e frutose 1,6-bifosfatase (FBFase). Foram determinadas as concentraes de lipdios totais em brnquias anteriores (BA) e posteriores (BP), hepatopncreas, msculo da quela e hemolinfa de animais do grupo controle (20) ou submetidos a 1, 3 e 6 dias de estresse hipo (0) ou hiperosmtico (34) no inverno e no vero. Em BPs a concentrao de lipdios totais foi maior do que nas BAs de inverno e vero. No hepatopncreas, durante o estresse hiperosmtico, a concentrao de lipdios foi maior no inverno do que no vero. No vero, a concentrao de lipdios totais diminuiu nas BPs, no hepatopncreas e no msculo durante o estresse hiperosmtico, sugerindo que os lipdios esto sendo utilizados como substrato energético durante a aclimatao ao estresse. O aumento da concentrao de lipdios totais nas brnquias e no hepatopncreas sugere a participao da lipognese no ajuste metablico ao estresse hiposmtico no inverno. A formao de glicose foi determinada a partir de [14C] - glicerol-, in vitro, em BAs e BPs de animais do grupo controle ou submetidos ao estresse hipo ou hiperosmtico de 1, 3 e 6 dias no inverno e no vero. A gliconeognese em BAs e BPs do grupo controle foi maior no vero do que no inverno. No vero, no grupo controle, a gliconeognese das BPs foi maior do que aquela das BAs. A diminuio da capacidade gliconeognica das brnquias durante diferentes tempos de estresse hiperosmtico sugere a participao desses tecidos no ajuste metablico ao estresse. Durante o estresse hiposmtico, o glicerol parece no ser o substrato preferencial utilizado por essa dessa via tanto no vero como no inverno. A atividade das enzimas G6Fase e FBFase foi determinada em BAs e BPs, hepatopncreas e msculo da mandbula de animais do grupo controle ou submetidos a 3 dias de estresse hipo ou hiperosmtico nos meses de vero. A atividade da G6Fase e da FBFase no grupo controle foi mais elevada no hepatopncreas do que nos outros tecidos. As atividades dessas enzimas confirmam que a via gliconeognica completa nos tecidos estudados. O efeito do estresse hipo ou hiperosmtico, in vivo, sobre a atividade das enzimas varia conforme o tecido do caranguejo.
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A necessidade de estimar com preciso o gasto energético dos pacientes gravemente doentes cada vez mais importante para que se possa planejar uma nutrio adequada. Est bem estabelecido que tanto a desnutrio quanto o excesso alimentar prejudicam a evoluo favorvel destes doentes, especialmente quando esto sob ventilao mecnica. O objetivo do presente estudo foi comparar o Gasto Energético Total (GET) dos pacientes ventilados mecanicamente nos modos controlado e assistido, atravs da calorimetria indireta, medidos pelos monitores de gases TEEM-100 e DATEX-OHMEDA, verificando a necessidade de ajuste no aporte calrico em cada modo, correlacionando-os com a equao de Harris-Benedict (H-B). Foram estudados 100 pacientes em que os gases exalados (CO2 e O2) foram medidos durante 20 minutos em cada modo ventilatrio (controlado e assistido) e o gasto energético calculado pela frmula de Weir, determinando o GET, em 24 horas e comparado com o GET estimado pela equao de H-B. A mdia do escore APACHE II foi 21,1 8,3. A mdia dos valores estimados pela equao de H-B foi de 1853,87488,67 Kcal/24 h, considerando os fatores de atividade e estresse. Os valores mdios obtidos pela calorimetria indireta (CI) foram de 1712,76 491,95 Kcal/24 h para a modalidade controlada e de 1867,33542,67 Kcal/24 h para a assistida. A mdia do GET na modalidade assistida foi de 10,71% maior do que na controlada (p<0,001). A comparao das mdias do GET, obtidos por CI com a equao de H-B ajustada para fatores de atividade e estresse demonstraram que a equao superestimou em 141,10 Kcal/24 h (8,2%) (p=0,012), quando na modalidade controlada. Retirando-se os fatores de atividade, observou-se uma tendncia no significativa a subestimar em 44,28 Kcal/24 h (2,6%) (p=0,399). Quando na modalidade assistida, a comparao com H-B sem o fator de atividade, a medida por CI subestima em 198,84 Kcal/24 h, (10,71%), (p=0,001), enquanto que com o fator de atividade tambm subestimam, mas em 13,46 Kcal/24 h (0,75%) sem significncia estatstica (p=0,829). As diferenas observadas com o uso ou no de vasopressor, presena ou no de infeco e sepse como causa de internao na UTI, o tipo de dieta parenteral ou enteral ou sem dieta, e as faixas etrias no tiveram significncia estatstica, portanto no tiveram influncia no gasto energético entre os modos ventilatrios. Os homens quando ventilando no modo controlado gastaram mais energia em relao s mulheres (1838,08 vs. 1577,01; p=0,007). Concluindo-se, os dados sugerem que devemos considerar o fator de atividade de 10%, somente quando em VM assistida, uma vez que este fator de atividade determina hiperalimentao, quando no modo controlado.
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Resumo no disponvel
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Fundao de Amparo Pesquisa do Estado de So Paulo (FAPESP)
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Ps-graduao em Zootecnia - FMVZ
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Ps-graduao em Alimentos e Nutrio - FCFAR
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Ps-graduao em Fisiopatologia em Clnica Mdica - FMB
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Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior (CAPES)
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Ps-graduao em Agronomia (Proteo de Plantas) - FCA
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Introduo: A polpa farincea do jatob-do-cerrado (Hymenaea stigonocarpa Mart.) apresenta alto teor de fibra alimentar, em mdia 60 g/100 g, que so importantes para a reduo do risco e controle de doenas crnicas no transmissveis (DCNT). A extruso termoplstica neutraliza aromas intensos, proporciona a formao de amido resistente, aumenta a fibra alimentar solvel e melhora a textura do produto final. Objetivo: Estudar o efeito das farinhas de jatob-do-cerrado in natura (FIN) e extrusada (FE) no metabolismo lipdico e parmetros fermentativos em hamsters, bem como verificar a resposta glicmica em humanos aps a extruso. Mtodos: Processo de extruso: velocidade de 200 rpm; matriz com 4 mm de dimetro; taxa de compresso 3:1; alimentao constante de 70 gramas/minuto; temperatura de 150 C; proporo farinha de jatob-do-cerrado e amido de milho: 70:30 por cento e umidade a 25 por cento . Foi realizado um experimento animal com hamsters durante 21 dias, em que se analisou alguns parmetros do metabolismo lipdico e colnico (fermentativos) dos animais, divididos em quatro grupos experimentais, se diferenciando pela dieta. As dietas controle (GC), in natura (GFI) e extrusada (GFE) eram hipercolesterolemizantes (13,5 por cento de gordura de coco e 0,1 por cento de colesterol) e a dieta referncia (GR) com leo de soja como fonte lipdica, no. Todas as dietas apresentavam 15 por cento de fibra alimentar, sendo que as dietas GR e GC tinham como fonte de fibra a celulose, e as dietas GFI e GFE tiveram as prprias fibras como fonte. A resposta glicmica em humanos foi verificada por meio do ensaio do ndice glicmico e carga glicmica da FE, com dez voluntrios saudveis que consumiram 25 gramas de carboidratos disponveis do alimento teste (farinha extrusada) ou do po branco como alimento controle. Resultados: No foi observada diferena significativa entre o peso final, ingesto diria mdia e total, ganho de peso e CEA entre os animais dos quatro grupos. A concentrao de triglicerdeos foi menor em 41 por cento e 38 por cento nos animais que receberam as dietas GFI e GFE, em relao aqueles que receberam a dieta GC, assim como tambm para o colesterol total (55 por cento e 47 por cento ), LDL-c (70 por cento e 53 por cento ) e no-HDL-c (63 por cento e 49 por cento ) sricos, lipdeos totais hepticos (39 por cento e 45 por cento ) e o peso dos fgados dos animais tambm foi menor (21 por cento em ambos os grupos). No houve diferena no colesterol heptico e excretado nas fezes dos animais dos quatro grupos. Os animais do GFE excretaram 57 por cento mais cidos biliares nas fezes que os animais do GC. Com relao aos parmetros fermentativos, observou-se maior excreo de fibras (1,24 0,08 e 1,52 0,09 gramas) nos animais dos grupos GR e GC respectivamente, em relao aos do GFI e GFE (0,50 e 0,48 gramas), porm o escore fecal (3,50 0,19 e 3,38 0,18) e o grau de fermentao (54 e 52 por cento ) foi maior nos animais dos grupos GFI e GFE. Houve uma maior produo de AGCC no ceco dos animais dos grupos GFI e GFE (80 e 57,5 mol/g de ceco respectivamente) e maior diminuio do pH no contedo cecal nos animais do grupo GFI (7,49 0,10), em relao ao GC (8,06 0,13). Os cidos actico e propinico, estiveram presentes em maior quantidade no ceco dos animais dos grupos GFI (58,5 e 6,1 mol/g de ceco) e GFE (42,5 e 6,6 mol/g de ceco) e os animais do GFI produziram mais cido butrico (15 mol/g de ceco), em relao aos demais grupos. Quanto resposta glicmica da farinha ps extruso, no houve diferena entre a rea de resposta glicmica da farinha extrusada e do po branco, o ndice glicmico da farinha extrusada (glicose como controle) foi classificado como moderado, e a carga glicmica (na poro de 30 gramas), baixa. Concluso: As FIN e FE favoreceram a reduo do colesterol total, LDL-c, no-HDL-c e dos triglicerdeos sricos, alm da diminuio do acmulo de lipdeos hepticos. Foi observado tambm aumento expressivo na formao de AGCC e no grau de fermentao. A FE proporcionou um aumento na excreo de cidos biliares nas fezes e apresentou ndice glicmico moderado e baixa carga glicmica.
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O estudo qumico das folhas e dos frutos de P. richardiaefolium resultou no isolamento de oito lignanas, sendo duas lignanas furofurnicas (sesamina e kobusina), quatro lignanas dibenzilbutirolactnicas (hinokinina, kusunokinina, arctigenina e haplomirfolina), duas lignanas dibenzilbutirolactlicas (cubebina e 3,4- dimetoxi-3,4-desmetilenodioxicubebina), dois cinamatos de bornila (ferulato de bornila e cumarato de bornila) e na identificao de duas amidas (piplartina e diidropiplartina). Das folhas de P. richardiaefolium foi extrado e analisado o leo voltil. As estruturas das substncias isoladas foram identificadas atravs de mtodos espectroscpicos (RMN de 1H e de 13C e espectrometria de massas). O estudo de anlise de componentes principais (PCA) das espcies Piper (P. truncatum - k 616, P. richardiaefolium - k 290, P. richardiaefolium - k 350, P. richardiaefolium - k 593, P. truncatum - k 597, P. pseudopotifolium - k 598, P. richardiaefolium - k 854, P. richardiaefolium - k 610, P. truncatum - k 112, P. pseudopotifolium - k 211 e P. cernuum - k 137) permitiu agrupar as espcies em dois grandes grupos e quatro subgrupos em relao similaridade entre elas. Ligninas do caule de seis espcies de Piper foram extradas utilizando o mtodo de degradao de Klason e mtodo de Bjorkman, e analisadas por mtodos espectroscpicos (IV, RMN de 1H e de 13C). O mtodo de degradao por oxidao por nitrobenzeno foi o escolhido para determinar a relao entre os monolignis siringila e guaiacila. Os principais metablitos das espcies estudadas foram comparados com os tipos de ligninas das mesmas espcies e os resultados sugeriram uma independncia entre as vias biossintticas de ligninas e lignanas.
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A elevada concentrao de cloro das bifenilas policloradas provoca alta toxicidade do composto, o qual dificulta sua biodegradao. A contaminao de PCB no Brasil foi confirmada em estudo realizado na Bahia de Santos-So Vicente (So Paulo), o qual revelou a necessidade de um plano de ao para o controle e remoo de PCB no Brasil. Pretendeu-se assim, na realizao da presente pesquisa, verificar quatro hipteses: (1) A tcnica de Microextrao em fase slida uma metodologia eficaz para avaliao de bifenilas policloradas de amostras de reatores; (2) A condio fermentativa-metanognica abriga comunidade resistente ao PCB, e remov-lo; (3) A condio desnitrificante abriga comunidade resistente ao PCB, e remov-lo e (4) A remoo de PCB, bem como, a composio microbiana distinta em cada condio metablica. Para tanto, reatores em batelada foram montados separadamente com biomassa anaerbia proveniente de reator UASB usado no tratamento de gua residuria de avicultura e biomassa de sistemas de lodos ativados de tratamento de esgoto sanitrio. Os reatores operados em condio mesfila foram alimentados com meio sinttico, co-substratos, sendo etanol (457 mg.L-1) e formiato de sdio (680 mg.L-1) para os reatores anaerbios, e somente etanol (598 mg.L-1) para os reatores anxicos, alm de PCB padro Sigma (congneres PCBs 10, 28, 52, 153, 138 e 180) em diferentes concentraes, dependendo do objetivo do ensaio. A aplicao do mtodo de extrao por SPME com anlise em cromatgrafo gasoso com detector por captura de eltrons foi adequada para a determinao dos seis congneres de PCB. Obteve-se ampla faixa de linearidade, seletividade frente aos vrios interferentes, alm da robustez do mtodo, utilidade e confiabilidade na identificao e quantificao especfica dos seis congneres de PCB. A Hiptese 1 foi aceita; ou seja, por meio da aplicao da metodologia SPME foi possvel quantificar os PCB nos reatores em batelada. Apesar de ter sido comprovada a inibio metanognica na presena de PCB, com IC50 de 0,03 mg.L<sup-1 (concentrao na qual 50% da atividade metanognica inibida), a partir da anlise dos reatores metanognicos no Ensaio de Remoo, foi confirmada a remoo de 0,92 mg.L-1, 0,19 mg.L-1, 0,18 mg.L-1, 0,07 mg.L-1, 0,55 mg.L-1 e 0,47 mg.L-1 para os PCBs 10, 28, 52, 153, 138 e 180, respectivamente, para 1,5 mg.L-1 inicial. Thermotogaceae, Sedimentibacter, Anaerolinaceae e Pseudomonas, foram identificadas nos reatores anaerbios por meio da plataforma Illumina. Representantes de Thermotogaceae e Sedimentibacter foram identificados em sistemas com elevada taxa de remoo de PCB, e representantes do filo Chloroflexi (grupo no qual representantes da Anaerolineae esto inseridos) foram os primeiros microrganismos desalogenadores de PCB identificados. Assim a Hiptese 2 foi aceita; ou seja, por meio de ensaios em batelada foi comprovada a toxicidade do PCB sobre a comunidade anaerbia, a alterao da composio microbiana influenciada pela presena de PCB e a remoo nesta condio. Verificou-se ainda que na presena de PCB ocorreu a desnitrificao e comparando-se diferentes relaes C/N-NO3-, foi estipulado a relao 6,95 como ideal na presena de PCB. Mesmo sendo confirmada a inibio da comunidade anxica na presena de PCB com IC50 de 1,0 mg.L-1, verificou-se remoo de 1,02 mg.L-1, 0,85 mg.L-1, 1,31 mg.L-1, 1,02 mg.L-1, 0,03 mg.L-1, e 0,09 mg.L-1, para os PCBs 10, 28, 52, 153, 138 e 180, respectivamente, para 1,5 mg.L-1, inicial. Bactrias semelhantes a Aeromonadaceae, Lutispora, Sedimentibacter e Thermotogaceae foram identificadas nos reatores desnitrificantes. Representantes de Aeromonadaceae e Lutispora esto relacionados com o metabolismo desnitrificante e representantes de Thermotogaceae e Sedimentibacter foram identificados em sistemas com elevada taxa de remoo de PCB. A Hiptese 3 foi tambm aceita; ou seja, por meio de ensaios em batelada foi calculada a relao C/N-NO3- ideal na presena de PCB e foi comprovada a toxicidade do PCB sobre a comunidade anxica, a alterao da composio microbiana influenciada pela presena de PCB e a remoo nesta condio. A maior remoo de PCB foi verificada para a condio anaerbia (entre 45% a 100%), quando comparada com a condio anxica (entre 10% a 95%). Bactrias semelhantes a Sedimentibacter e pertencentes a famlia Thermotogaceae foram identificadas nas duas condies nutricionais. Entretanto, mesmo verificando-se elevada abundancia relativa desses grupos nos reatores, evidenciou-se distino entre as biomassas em cada condio. Assim, a Hiptese 4 foi aceita; ou seja, por meio de ensaios em batelada foi comprovada maior eficincia de remoo sob condio anaerbia e distinta composio microbiana em cada condio.
Resumo:
As principais propriedades farmacolgicas da Casearia sylvestris, uma espcie de rvore cujas folhas so utilizadas na medicina popular, j foram descritas na literatura. Recentemente foi demonstrada a potente atividade citotxica in vitro da casearina X (CAS X), o diterpeno clerodnico majoritrio isolado das folhas de C. sylvestris, contra linhagens de clulas tumorais humanas. Apesar dos resultados promissores, sua potente atividade citotxica in vitro no pode ser extrapolada para uma potente atividade in vivo, a menos que possua boa biodisponibilidade e durao desejvel do seu efeito. Tendo em vista que o avano nas pesquisas de produtos naturais requer a avaliao pr-clnica de propriedades farmacocinticas, no presente trabalho foi realizada a caracterizao in vitro do metabolismo e da absoro intestinal da CAS X, com o objetivo de prever sua biodisponibilidade in vivo. Para os estudos de metabolismo in vitro, foi utilizado o modelo microssomal heptico de ratos e de humanos. Foi desenvolvido um mtodo analtico para a quantificao da CAS X em microssomas, empregando a precipitao de protenas com acetonitrila no preparo das amostras e a cromatografia lquida de alta eficincia para as anlises. O mtodo foi validado de acordo com os guias oficiais da Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria e da European Medicine Agency (EMA). A CAS X demonstrou ser substrato para as reaes de hidrlise mediada pelas carboxilesterases (CES) e apresentou um perfil cintico de Michaelis-Menten. Foram estimados os parmetros de Vmax e KM, demonstrando que o clearance intrnseco em microssomas heptico de humanos foi 1,7 vezes maior que o de ratos. O clearance heptico foi estimado por extrapolao in vitro-in vivo, resultando em mais de 90% do fluxo sanguneo heptico em ambas as espcies. Um estudo qualitativo para a pesquisa de metablitos foi feito utilizando espectrometria de massas, pelo qual foi possvel sugerir a formao da casearina X dialdedo como produto de metabolismo. Nos estudos de absoro intestinal in vitro foi utilizado o modelo de monocamadas de clulas Caco-2. Um mtodo analtico por cromatografia lquida acoplada a espectrometria de massas foi desenvolvido e validado de acordo com o EMA, para as etapas de quantificao da CAS X no sistema de clulas. Os parmetros cinticos de permeabilidade aparente absortiva e secretria da CAS X foram estimados em um sistema celular, no qual a atividade hidroltica da CES foi inibida. Assim, a CAS X foi capaz de permear a monocamada de clulas Caco-2, provavelmente por transporte ativo, sem a ocorrncia de efluxo, mas com significativa reteno do composto dentro das clulas. Em conjunto, os ensaios in vitro realizados demonstraram a susceptibilidade da CAS X ao metabolismo de primeira passagem, como substrato para as CES especficas expressas no fgado e intestino.
Resumo:
Objetivou-se avaliar a suplementao diettica de cidos graxos saturados e insaturados sobre o metabolismo, e desempenhos produtivo e reprodutivo no perodo de transio e incio de lactao de vacas leiteiras. Foram utilizadas 36 vacas da raa holandesa distribudas aleatoriamente para receber uma das trs dietas experimentais. No perodo pr-parto as dietas foram: Controle (CON), sem adio de gordura e 2,8% de extrato etreo baseado na matria seca; Gordura Saturada (SAT), com incluso de 2,4% de MAGNAPAC (Tectron Ltda.) com 4,7% de EE baseado na MS; Gordura Insaturada (INS), com incluso de 11% de gro de Soja, com 4,7% de EE baseado na MS. No perodo ps-parto, Controle (CON), sem adio de gordura e com 2,8% de EE baseado na MS; Gordura Saturada (SAT), com incluso de 2,6% de MAGNAPAC (Tectron Ltda.) com 5,0% de EE baseado na MS; Gordura Insaturada (INS), com incluso de 13% de Gro de Soja, com 5% de EE baseado na MS. As dietas foram fornecidas 35 dias da data prevista do parto at 90 dias de lactao. No perodo pr-parto foi utilizada silagem de milho como volumoso, em uma relao volumoso:concentrado de 70:30, enquanto que no perodo ps-parto foram utilizados 5% de feno de tifton e 45% de silagem de milho como fontes de volumoso, com uma relao entre volumoso:concentrado de 50:50. A produo de leite foi mensurada diariamente durante todo o perodo experimental. As amostras utilizadas para anlise da composio e o perfil de cidos graxos do leite foram coletadas semanalmente, sendo provenientes das duas ordenhas dirias. As amostras de sangue para anlise dos metablitos sanguneos foram coletadas semanalmente. Do dia 14 ao dia 90 ps-parto foi realizado avaliao da dinmica folicular por ultrassonografia. Nos dias 30, 60 e 90 foram realizadas aspiraes foliculares, com posterior fertilizao in vitro dos ocitos. Todas as variveis mensuradas foram avaliadas pelo procedimento PROC MIXED do SAS (2004) utilizando-se os seguintes contrastes ortogonais: Controle vs Fontes de Lipdeo (C1); Fonte de cidos graxos saturados x Fonte de cidos graxos insaturados (C2). Foi utilizado nvel de 5% de significncia. No perodo ps-parto, a suplementao de lipdeos aumentou as concentraes de AGNE quando comparada a dieta CON. O tratamento INS reduziu as concentraes de protenas totais e de BHB quando comparado ao SAT. Houve interao entre tempo e dieta paras as variveis colesterol total, LDL e BHB. Houve reduo da produo de leite corrigida para 3,5% de gordura, na produo total de gordura e de protena, e no teor de gordura do leite quando comparado o tratamento INS com o SAT. A suplementao de lipdeo reduziu as concentraes do somatrio dos cidos graxos saturados (Σ A.G. Saturados), dos cidos graxos com menos de 16 carbonos (>C16), e da relao entre cidos graxos saturados com insaturados (Σ SFA/(MUFA+PUFA)); e aumentou as concentraes de cidos graxos acima de 16 carbonos (>C16), de cidos graxos insaturados com 18 carbonos, da somatria dos cidos graxos insaturados e dos cidos graxos poli-insaturados (Σ A.G. Poli-insaturados). O tratamento INS aumentou a concentrao de cidos graxos poli-insaturados totais (Σ A.G. poli-insaturados), e reduziu o total de cidos graxos de 16 carbonos (C16) em relao ao tratamento SAT. Houve reduo no nmero de folculos classe 1, e folculos totais (NC1 e NTFol) com suplementao de lipdeo. O tratamento SAT aumentou o nmero de folculos classe 5 (NC5), em relao ao INS. No houve alterao na qualidade oocitria e embrionria com a suplementao de lipdeo e entre as duas fontes de lipdeo. A suplementao de lipdeos insaturados atravs da suplementao via gro de soja cru e integral, quando comparada suplementao de lipdeos saturados, para vacas no perodo de transio e incio de lactao, no interferiu na dinmica folicular e qualidade oocitria e embrionria; e reduziu o desempenho produtivo, devido s redues na produo de gordura do leite a na produo de leite corrigida para 3,5% dos animais suplementados