998 resultados para Lutzomyia longipalpis s.l
Resumo:
Background: Visceral leishmaniasis in Brazil is caused by the protozoan Leishmania (Leishmania) chagasi and it is transmitted by sandfly of the genus Lutzomyia. Dogs are an important domestic reservoir, and control of the transmission of visceral leishmaniasis (VL) to humans includes the elimination of infected dogs. However, though dogs are considered to be an important element in the transmission cycle of Leishmania, the identification of infected dogs representing an immediate risk for transmission has not been properly evaluated. Since it is not possible to treat infected dogs, they are sacrificed when a diagnosis of VL is established, a measure that is difficult to accomplish in highly endemic areas. In such areas, parameters that allow for easy identification of reservoirs that represents an immediate risk for transmission is of great importance for the control of VL transmission. In this study we aimed to identify clinical parameters, reinforced by pathological parameters that characterize dogs with potential to transmit the parasite to the vector. Results: The major clinical manifestations of visceral leishmaniasis in dogs from an endemic area were onicogriphosis, skin lesions, conjunctivitis, lymphadenopathy, and weight loss. The transmission potential of these dogs was assessed by xenodiagnosis using Lutzomyia longipalpis. Six of nine symptomatic dogs were infective to Lutzomyia longipalpis while none of the five asymptomatic dogs were infective to the sandfly. Leishmania amastigotes were present in the skin of all clinically symptomatic dogs, but absent in asymptomatic dogs. Higher parasite loads were observed in the ear and ungueal region, and lower in abdomen. The inflammatory infiltrate was more intense in the ears and ungueal regions of both symptomatic and asymptomatic dogs. In clinically affected dogs in which few or none Leishmania amastigotes were observed, the inflammatory infiltrate was constituted mainly of lymphocytes and macrophages. When many parasites were present, the infiltrate was also comprised of lymphocytes and macrophages, as well as a larger quantity of polymorphonuclear neutrophils (PMNs). Conclusion: Dogs that represent an immediate risk for transmission of Leishmania in endemic areas present clinical manifestations that include onicogriphosis, skin lesions, conjunctivitis, lymphadenopathy, and weight loss. Lymphadenopathy in particular was a positive clinical hallmark since it was closely related to the positive xenodiagnosis.
Resumo:
In South America, visceral leishmaniasis is a zoonosis caused by the protozoan species Leishmania infantum (syn. L. chagasi) and is primarily transmitted through the bite of the female Lutzomyia longipalpis. Its main reservoir in urban areas is the dog. The application of control measures recommended by health agencies have not achieved significant results in reducing the incidence of human cases, and the lack of effective drugs to treat dogs resulted in the prohibition of this course of action in Brazil. Therefore, it is necessary to search new alternatives for the treatment of canine and human visceral leishmaniasis. The objectives of this study were to evaluate the in vitro effect of fractions from Aloe vera (aloe), Coriandrum sativum (coriander), and Ricinus communis (castor) on promastigotes and amastigotes of L. infantum and to analyze the toxicity against the murine monocytic cells RAW 264.7. To determine the viability of these substances on 50% parasites (IC50), we used a tetrazolium dye (MU) colorimetric assay (bromide 3-4.5-dimethylthiazol-2-yl-2,5-dephenyltetrazolium), and on amastigotes we performed an in situ ELISA. All fractions were effective against L. infantum promastigotes and did not differ from the positive control pentamidine (p > 0.05). However, the R. communis ethyl acetate and chloroform fractions, as well as the C. sativum methanol fraction, were the most effective against amastigotes and did not differ from the positive control amphotericin B (p > 0.05). The R. communis ethyl acetate fraction was the least toxic, presenting 83.5% viability of RAW 264.7 cells, which was similar to the results obtained with amphotericin B (p > 0.05). Based on these results, we intend to undertake in vivo studies with R. communis ethyl acetate fractions due the high effectiveness against amastigotes and promastigotes of L. infantum and the low cytotoxicity towards murine monocytic cells. (C) 2011 Elsevier B.V. All rights reserved.
Resumo:
Zoonotic visceral leishmaniasis (ZVL) is a serious public health problem in several Brazilian cities. Although the proximity of chicken houses is often cited as a risk factor in studies of urban ZVL, the role chickens play in the epidemiology of the disease has not been defined. Chickens attract both male and female sand flies (Lutzomyia longripalpis) but are unable to sustain Leishmania infections, and their presence may exert a zooprophylactic effect. We discuss environmental, physiologic, socioeconomic, and cultural factors related to chicken raising that could influence Le. infantum transmission in Brazilian cities and evaluate whether this practice significantly affects the risk of acquiring ZVL.
Resumo:
INTRODUÇÃO: Nas Américas, Lutzomyia longipalpis tem sido incriminada como vetora da leishmaniose visceral em, praticamente, todas as áreas de ocorrência dessa parasitose. A notificação de casos humanos a partir de 1980 e a presença de cães com aspecto sugestivo de leishmaniose visceral no Município de Corumbá, Estado de Mato Grosso do Sul, Brasil, levaram a investigações entomológicas na área, com o objetivo de identificar a população de flebotomíneo vetora. MATERIAL E MÉTODO: A pesquisa foi realizada no peri e intradomicílio de três residências urbanas e em ecótopo natural, representado por uma gruta, situado fora do perímetro urbano. As capturas, semanais em sua maioria, foram realizadas com armadilhas automáticas luminosas, no período de 1984 a 1986. Os dados metereológicos desse período foram obtidos junto à Estação Metereológica da cidade e os de 1925 a 1982, de bibliografia. RESULTADOS: A fauna flebotomínea urbana, composta de oito espécies, mostrou-se semelhante à da gruta, porém nesta, a abundância das espécies foi maior. Na área urbana, Lu. cruzi predominou tanto no intra como no peridomicílio: no bairro central, representou 90,3% dos espécimens e nos dois bairros periféricos, os seus percentuais foram menores. Lu. forattinii, também, teve freqüência expressiva em um dos bairros periféricos (39,0 %). Na gruta, Lu. corumbaensis foi a espécie predominante. Comenta-se o impacto das condições climáticas e do inseticida aplicado na área urbana na freqüência das espécies, e da utilização da gruta como criadouro pelos flebotomíneos, com base na evolução da razão entre os sexos ao longo do período. Foram adicionadas informações sobre antropofilia e de coleta com isca canina de Lu. forattinii. CONCLUSÃO: O predomínio de Lu. cruzi na área urbana; a expressiva freqüência de Lu. forattinii na periferia da cidade, bem como a sua antropofilia e o estreito grau de parentesco destas espécies com Lu. longipalpis, a principal vetora da leishmaniose visceral em outras áreas da América, são aspectos que sugerem a participação de ambas na transmissão da doença, em Corumbá.
Resumo:
O estudo teve por objetivo caracterizar a distribuição geográfica de Lutzomyia whitmani s.l. no estado do Maranhão. De 1992 a 2005, foram capturados 9.600 espécimes (machos: 65,1% e fêmeas: 34,9%) nas zonas rurais e urbanas de 35 municípios situados em áreas de floresta, cerrado e vegetação mista com cocal, restinga e caatinga. A abundância foi maior no peridomicílio (91,6%) do que no intradomicílio (8,4%). A ocorrência do vetor em diferentes fitorregiões e nas áreas rurais e urbanas favorece a transmissão da leishmaniose tegumentar nesses ambientes. É possível que esse táxon constitua um complexo de espécies no Maranhão, o que poderá ser confirmado mediante estudos de biologia molecular.
Resumo:
RESUMO As leishmanioses são doenças causadas por um protozoário intracelular pertencente à ordem Kinetoplastida, da família Trypanosomatidae, do género Leishmania. Os parasitas são transmitidos aos hospedeiros vertebrados por dípteros pertencentes à sub-família Phlebotominae. Devido à inexistência de vacinas a quimioterapêutica continua a representar o único mecanismo de prevenção e controlo. Os fármacos de primeira linha para o tratamento da leishmaniose visceral continuam a ser os antimoniais pentavalentes e a anfotericina B (AMB). A AMB lipossómica está a ser cada vez mais utilizada como 1ª linha. O conhecimento do(s) mecanismo(s) utilizados pelos parasitas, responsáveis pela resistência, é fundamental de modo a permitir o desenvolvimento de novos fármacos anti-Leishmania que possam substituir e/ou complementar os fármacos existentes, de uma forma eficaz assim como contribuir para o desenvolvimento de metodologias para avaliar e monitorizar a resistência. Espera-se do modelo animal a reprodução da infecção na Natureza. Os modelos canino e murino têm ajudado na compreensão dos mecanismos responsáveis pela patogénese e pela resposta imunitária à infecção por Leishmania. Sendo o cão o principal hospedeiro da infecção por L. infantum e o principal reservatório doméstico da leishmaniose visceral humana, procedeu-se à caracterização da evolução da infecção experimental em canídeos de raça Beagle através da análise clínica, hematológica, histopatológica, parasitária, assim com através da resposta imunitária desenvolvida. As alterações hematológicas observadas foram as associadas à leishmaniose visceral: anemia, leucopenia, trombocitopenia com aumento das proteínas totais e da fracção gama-globulina, e diminuição da albumina. Histologicamente observou-se nos órgãos viscerais uma reacção inflamatória crónica, acompanhada por vezes da formação de granulomas ricos em macrófagos. Apesar de todos os animais terem ficado infectados (confirmado pela presença do parasita nos vários tecidos e órgãos recolhidos na necrópsia), os únicos sinais clínicos observados transitoriamente foram adenopatia e alopécia. As técnicas moleculares foram significativamente mais eficazes na detecção do parasita do que os métodos parasitológicos convencionais. As amostras não invasivas (sangue periférico e conjuntiva) mostraram ser significativamente menos eficazes na detecção de leishmanias. No nosso modelo experimental não se observou a supressão da resposta celular ao antigénio parasitário e confirmou-se que, apesar de não protectora, a resposta humoral específica é pronunciada e precoce. A bipolarização da resposta imunitária Th1 ou Th2, amplamente descrita nas infecções experimentais por L. major no modelo murino, não foram observadas neste estudo. O facto dos animais não evidenciarem doença apesar do elevado parasitismo nos órgãos viscerais poderá estar relacionado com a expressão simultânea de citocinas de ambos os tipos Th1 e Treg, no baço, fígado, gânglio, medula óssea e sangue periférico. Neste estudo também se caracterizou o efeito da saliva do vector Phlebotomus perniciosus na infecção experimental de murganhos BALB/c com estirpes de L. infantum selvagem e tratada com AMB, inoculadas por via intradérmica. A visceralização da infecção ocorreu após a utilização da via de administração do inóculo que mais se assemelha ao que ocorre na Natureza. Apesar da disseminação dos parasitas nos animais co-inoculados com extracto de uma glândula salivar ter sido anterior à do grupo inoculado apenas com parasitas, não se detectaram diferenças significativas na carga parasitária, entre os três grupos, ao longo do período de observação pelo que, embora a saliva do vector esteja descrita como responsável pela exacerbação da infecção, tal não foi observado no nosso estudo. O aumento de expressão de citocinas esteve relacionado com o aumento do parasitismo mas, tal como no modelo canino, não se observou bipolarização da resposta imunitária. Os animais dos três grupos infectados parecem ter desenvolvido nos diferentes órgãos uma resposta mista dos tipos Th1 e Th2/Treg. Contudo, verificou-se a predominância da expressão Th1 (TNF-α), no fim do período de observação, o que pode estar relacionado com a resolução da infecção. Por outro lado, a presença de parasitas na pele dos animais inoculados com a estirpe L. infantum tratada com AMB permite colocar a hipótese da existência de parasitas resistentes na Natureza e destes poderem ser transmitidos. Após se ter verificado que a estirpe de L. infantum tratada com AMB tinha a capacidade de infectar e visceralizar no modelo murino, analisou-se o seu comportamento em dois dos principais vectores de L. infantum, Lutzomyia longipalpis e P. perniciosus. Os parasitas tratados com AMB apresentaram uma menor capacidade de permanecerem no interior do vector assim como um desenvolvimento mais lento apontando para uma menor capacidade de transmissão das estirpes resistentes a este fármaco, pelo que o tratamento com AMB poderá ser favorável à prevenção e controlo através da interrupção do ciclo de vida do parasita. De modo a determinar in vitro a susceptibilidade de Leishmania aos diferentes fármacos utilizados na terapêutica da leishmaniose humana e canina (Glucantime®, Fungizone®, miltefosine e alopurinol) comparou-se o sistema de promastigotas axénicos com o sistema amatigota-macrófago. Verificou-se que, para as estirpes estudadas, os resultados de ambos os sistemas não apresentavam diferenças significativas sendo a utilização do primeiro mais vantajosa ao ser menos moroso e de mais fácil execução. Seleccionaram-se estirpes quimio-resistentes in vitro, por exposição prolongada a doses crescentes de AMB, tendo-se verificado que os parasitas tratados, apresentaram uma menor susceptibilidade do que os não tratados à acção dos fármacos estudados, com excepção do alopurinol. A diminuição da susceptibilidade das estirpes aos fármacos utilizados poderá facilitar a dispersão de parasitas multiresistentes. Sendo a apoptose um dos mecanismos utilizados pelos parasitas para evitar a indução de uma resposta imune por acção de compostos anti- Leishmania, determinou-se o número de amastigotas apoptóticos assim como a produção de TNF-α e IL-10 pelos macrófagos tratados. Concluiu-se que os compostos conseguiram suprimir a produção de IL-10, inibidora da activação dos macrófagos, contudo nem a produção da citocina pro-inflamatória TNF- α nem a apoptose pareceram ser os principais mecanismos responsáveis à sobrevivência dos parasitas ao contacto com os fármacos.
Resumo:
DNA amplification by the polymerase chain reaction (PCR) was applied in the investigation of the presence of Leishmania (Kinetoplastida: Trypanosomatidae) parasites in single phlebotomine sandflies. Three phlebotomine/parasite pairs were used: Lutzomyia longipalpis/Leishmania chagasi, Lutzomyia migonei/Leishmania amazonensis and Lutzomyia migonei/Leishmania braziliensis, all of them incriminated in the transmission of visceral or cutaneous leishmaniasis. DNA extraction was performed with whole insects, with no need of previous digestive tract dissection or pooling specimens. The presence of either mouse blood in the digestive tract of the sandflies or the digestive tract itself did not interfere in the PCR. Infection by as few as 10 Leishmania sp. per individual were sufficient for DNA amplification with genus-specific primers. Using primers for L. braziliensis and L. mexicana complexes, respectively, it was possible to discriminate between L. braziliensis and L. amazonensis in experimentally infected vectors (L. migonei).
Resumo:
Barra de Guaratiba is a coastal area of the city of Rio de Janeiro where American visceral leishmaniasis (AVL) is endemic. Although control measures including killing of dogs and use of insecticides have been applied at this locality, the canine seroprevalence remains at 25% and during 1995 and 1997 eight autochthonous human cases were notified. In order to evaluate factors related to the increase of the risk for Leishmania (Leishmania) chagasi infection in dogs we have screened 365 dogs by anti-Leishmania immunofluorescent antibody test (IFAT) and captured sandflies in the domestic and peridomestic environment. Some variables related to the infection were assessed by uni- and multivariate analysis. The distance of the residence from the forest border, its altitude and the presence of the opossum Didelphis marsupialis in the backyard, were found predictor factors for L. (L.) chagasi infection in dogs in Barra de Guaratiba. The presence of Lutzomyia longipalpis in the peridomestic environment indicates the possibility of appearence of new human cases. Our data also suggest the presence of a sylvatic enzootic cycle at this locality.
Resumo:
Intense environmental impacts, causing alterations of the natural habitats of fauna, including those of sandfly disease vectors are observed in Mato Grosso State, Central Brazil. Entomologic survey of phlebotomines was based on light trap and was carried out by entomological nucleus of the FUNASA and SES in the period between 1996 and 2001. Eighty eight species were identified, including the following sandflies with medical importance to leishmaniasis: Lutzomyia amazonensis, L. anduzei, L. antunesi, L. ayrozai, L. carrerai carrerai, L. complexa, L. cruzi, L. flaviscutellata, L. intermedia, L. longipalpis, L. migonei, L. paraensis, L. ubiquitalis, L. whitmani and L. yuilli yuilli. Most sandflies of medical importance occurred in the Amazon forest and savannah. L. longipalpis and L. cruzi had high densities in the savannah region. L. flaviscutellata is predominating in both the Amazon forest and the savannah region. L. whitmani and L. antunesi were sampled in the Amazon forest, savannah and marsh land.
Resumo:
We analyzed the sandflies around houses and domestic animal shelters located in residences close to forests in localities on the banks of the Araguari River, Uberlândia, MG, from February 2003 to November 2004. The phlebotomines were captured in the peridomiciliary area, where Shannon traps were utilized in the peridomicile and CDC traps in animal shelters. 2,783 specimens of sandflies were captured, 2,140 females (76.9%) and 643 males (23.1%), distributed between 17 species. The most abundant species was Nyssomyia neivai (88.1%), followed by Nyssomyia whitmani (3.1%). The presence of Lutzomyia longipalpis was also confirmed, it is the main vector of Leishmania (L.) infantum chagasi which causes visceral leishmaniasis. The presence of species involved in the transmission of leishmaniases in the municipality of Uberlândia is cause for concern. The presence of L. longipalpis indicates that its urbanization may not have been aleatory and instead occurred through the destruction of wild ecotopes. More studies of their occupation in anthropic environments need to be made.
Resumo:
The emergence of zoonotic visceral leishmaniasis (ZVL) in Latin America is a growing public health problem. The urbanization of ZVL has been observed in different countries around the world, and there are a growing number of reports drawing attention to the emergence of this infection in new locations, as well as its increase in previously established areas of endemicity. In the city of Posadas, Misiones province, Northeastern Argentina, the transmission of ZVL associated with canines and Lutzomyia longipalpis was first reported in 2006. In the city of Puerto Iguazú, also in Misiones province, the first human case of ZVL was reported in February 2014. From 209 surveyed dogs, 15 (7.17%) were identified as positive by serological and/or parasitological methods. Amplification was observed in 14 samples and in all cases the species implicated was Leishmania infantum. To the authors’ knowledge, this is the first molecular characterization of L. infantum from dogs in this area.
Resumo:
SUMMARY American tegumentary leishmaniasis (ATL) is an infectious disease caused by protozoa of the genus Leishmania, and transmitted by sandflies. In the state of Rio de Janeiro, almost all of the cases of American tegumentary leishmaniasis (ATL) are caused by Leishmania (Viannia) braziliensis, while cases of visceral leishmaniasis (VL) are caused by Leishmania (Leishmania) infantum chagasi. The resurgence of autochthonous VL cases in Rio de Janeiro is related to the geographic expansion of the vector Lutzomyia longipalpis and its ability to adapt to urban areas. We report the first case of leishmaniasis with exclusively cutaneous manifestations caused by L. (L.) infantum chagasi in an urban area of Rio de Janeiro. An eighty-one-year-old woman presented three pleomorphic skin lesions that were not associated with systemic symptoms or visceromegalies. Multilocus enzyme electrophoresis identified L. (L.) infantum chagasi, but direct smear and PCR of bone narrow were negative for Leishmania sp. (suggesting exclusively cutaneous involvement). We discuss the different dermatological presentations of viscerotropic leishmaniasis of the New and Old World, and the clinical and epidemiological importance of the case. Etiologic diagnosis of ATL based upon exclusive clinical criteria may lead to incorrect conclusions. We should be aware of the constant changes in epidemiological patterns related to leishmaniases.
Resumo:
Um inquérito em cães realizado na região de Três Braços, Bahia, mostrou que 3,0% de 98 animais tinham amastigotas em lesões de pele. Parasitos não foram encontrados em pele normal da orelha. De uma amostra selecionada de 13 cães, portadores de lesão cutânea ativa, nove (69,2%) deles estavam comprovadamente infectados. Sete amostras de lesão produziram infecção em hamsters. O estudo biológico (crescimento em meio de cultura, evolução da lesão em hamster e desenvolvimento no tubo digestivo de Lutzomyia longipalpis) identificou o parasito como pertencente ao complexo L. braziliensis. A caracterização bioquímica (mobilidade eletroforética de enzimas em placas de acetato de celulose) e o estudo imunotaxonômico (anticorpos monoclonais) definiram as amostras como L. braziliensis braziliensis. O papel do cão como um possível reservatório de L. b. braziliensis na região de Três Braços é discutido.
Resumo:
Three isolates of Leishmania were recovered from five of 27 specimens of the rodent Proechimys iheringi denigratus Moojen captured near Três Braços in the Atlantic Forest region of Bahia, Brazil. Two of these isolates were recovered from hamsters inoculated with a pooled triturate of liver, spleen and skin tissue from apparently healthy P. i. denigratus. The third isolate was recovered from a triturate of only skin tissue from another. Metastasis was observed in the inoculated hamsters, the parasites grew abundantly in artificial media and a typical suprapylarial pattern of infection in Lutzomyia longipalpis was produced indicating that the parasites belong to the Leishmania mexicana complex. All isolates reacted with Leishmania mexicana mexicana and Leishmania mexicana amazonensis monoclonal antibodies. The isoenzyme analysis differentiated these isolates from standard isolates of L. m. mexicana, L. m. amazonensis, L. m. aristedesi, L. m. pifanoi, L. m. garnhami and L. m. ssp.(Goiás-W. Barbosa). These isolates seem to be a subspecies of L. mexicana very closely related to L. m. amazonensis from which they differ by decreased electrophoretic mobility of GPI, PEP and ALAT. This is the first record of the isolation of a parasite of thegenus Leishmania in a rodent captured in the State of Bahia.
Resumo:
Durante os anos de 1982 a 1986, a investigação sobre mamíferos comensais e silvestres, da periferia da cidade de Jacobina, Bahia, mostrou, ao lado do escasso número de exemplares, uma reduzida variedade específica dessa fauna. Capturou-se apenas 11 espécies, entre as quais, predominou o Didelphis albiventris, que abrangeu 44% dos 213 espécimens capturados. Entre os 193 com exames já concluídos, 84 eram exemplares de D. albiventris e 2 estavam infectados pela Leishmania donovani senso lato, 1 por L. mexicana amazonensis, 1 por L. braziliensis, subespécie e 3 por Trypanosoma cruzi Também foram observadas formas suspeitas de serem amastigotas de leishmanics, nos esfregaços de órgãos de 3 exemplares de Dasyprocta aguti, 1 Cercomys cunicularius - e 1 Oryzomys eliurus. 0 restante dos exemplares, inclusive 14 de Lycalopex vetulus, estava negativo para flagelados. Apesar de reforçado por outros indicadores epidemiológicos, como a predominância específica, a freqüência domiciliar, a atratividade para a vetora Lutzomyia longipalpis, e a concomitância com casos humanos nos mesmos locais, o índice de 2,3% de infecção natural do Didelphis albiventris, não autoriza a conclusão definitiva de ser o marsupial o mais importante reservatório natural da leishmaniose visceral em Jacobina.