983 resultados para Intestinos -- Doenças inflamatórias Teses
Resumo:
A sndrome da imunodeficincia adquirida (AIDS), causada pelo vrus da imunodeficincia humana (HIV), uma das mais destrutivas epidemias do mundo, e a infeco pelo HIV em mulheres jovens vem aumentando rapidamente nos dias atuais. Esse fato tem um impacto importante na transmisso vertical do vrus. Apesar da grande maioria dos casos de aids peditrica em todo mundo resultar da transmisso vertical, aproximadamente dois teros das crianas expostas ao HIV durante a vida fetal no so infectadas pelo vrus. Muitos trabalhos sugerem que durante a gestao doenças infecciosas maternas podem ter consequncias complexas para o desenvolvimento do feto, e poucos trabalhos tm explorado o impacto da exposio ao HIV sobre a responsividade imunolgica de crianas no infectadas a diferentes estmulos, particularmente na era das drogas antirretrovirais. Portanto, esse trabalho teve como objetivo avaliar eventos imunes em neonatos no-infectados expostos ao HIV-1 nascidos de gestantes que controlam (G1) ou no (G2) a carga viral plasmtica, usando neonatos no expostos como controle. Para tanto, sangue do cordo umbilical de cada neonato foi coletado, plasma e clulas mononucleares foram separados e a linfoproliferao e o perfil de citocinas foram avaliados. Os resultados demonstraram que a linfoproliferao in vitro induzido por ativadores policlonais foi maior nos neonatos do G2. Entretanto, nenhuma cultura de clula respondeu a um conjunto de peptdeos sintticos do envelope do HIV-1. A dosagem de citocinas no plasma e nos sobrenadantes das culturas ativadas policlonalmente demonstrou que, enquanto a IL-4 e IL-10 foram as citocinas dominantes produzidas nos grupos G1 e controle, a secreo de IFN-γ, IL-1, Il-6, IL-17 e TNF-α foi significativamente superior nos neonatos G2. Nveis sistmicos de IL-10 observados dentre os neonatos G1 foram maiores naqueles nascidos de mes tratadas com drogas inibidoras da transcriptase reversa do vrus. Por outro lado, nveis superiores de citocinas inflamatórias foram observados dentre estes nascidos de gestantes tratadas com terapia antirretroviral de alta eficcia. Em resumo, nossos resultados indicam uma responsividade imune alterada em neonatos expostos in utero ao HIV-1 e refora o papel do tratamento materno anti-viral com drogas menos potentes em atenuar tais distrbios.
Resumo:
Diabetes mellitus e doenças periodontais so altamente prevalentes na populao mundial. Doenças periodontais (DPs) compreendem um grupo de condies crnicas inflamatórias induzidas por microorganismos que levam inflamao gengival, destruio tecidual periodontal e perda ssea alveolar. Diabetes mellitus (DM) o termo utilizado para descrever um grupo de desordens metablicas associadas intolerncia glicose e ao metabolismo inadequado de carboidratos. Uma vez que DPs poderiam agir de forma similar a outros estados infecciosos sistmicos, aumentando a severidade do diabetes, uma possvel relao entre ambas tem sido considerada em todo o mundo. Polimorfismos genticos de um nico nucleotdeo (SNPs) tm sido estudados em diversas doenças. Nas periodontites, acredita-se que possam estar envolvidos na exacerbao da resposta inflamatria frente ao desafio bacteriano, modificando a susceptibilidade do hospedeiro. Neste estudo, a prevalncia de periodontite foi avaliada em portadores de diabetes mellitus tipo I. Posteriormente, o SNP localizado na regio promotora do gene TNFA (-1031T>C) foi analisado e sua importncia para a doena periodontal destrutiva foi avaliada. O grupo teste foi constitudo por diabticos tipo I (DGT, n=113) enquanto o grupo controle por indivduos no diabticos (ND, n=73). Para as anlises dos polimorfismos genticos, um subgrupo foi retirado do grupo teste (DG, n=58) e comparado ao grupo ND. Os seguintes parmetros clnicos e demogrficos foram avaliados: percentual de stios com profundidade de bolsa  6,0 mm (%PBS6,0 mm); ndice gengival (IG); perda ssea radiogrfica (POR); fumo; durao do diabetes ; idade; ndice de massa corprea (IMC), n de internaes e n de dentes presentes. Amostras de sangue e/ou esfregao bucal foram colhidas de 58 pacientes do grupo teste e de 73 controles. Aps a extrao do DNA genmico e amplificao da regio genmica de interesse por PCR (Polymerase Chain Reaction), o polimorfismo TNFA 1031T>C foi analisado por BbsI RFLP (Restriction Fragment Length Polymorphism). A anlise dos produtos de digesto foi feita por eletroforese em gel de poliacrilamida 8%. A anlise estatstica das freqncias allica e genotpica juntamente com os dados clnicos e epidemiolgicos entre os 2 grupos foi feita atravs do teste do Mann-Whitney e do Qui-quadrado. Os grupos de estudo obedecem ao princpio de Hardy-Weinberg. No grupo ND, as seguintes freqncias genotpicas foram encontradas: 78,1% (T/T); 20,5% (T/C) e 1,4% (C/C) enquanto no grupo D foram: 42,4%(T/T); 37,3% (T/C) e 20,3% (C/C). A frequncia do alelo T no grupo diabtico (D) foi de 0,610 ao passo que no grupo ND foi de 0,883. No foi possvel encontrar uma relao entre o polimorfismo -1031 T>C do gene TNFA e a presena de periodontite em diabticos tipo I. Entretanto, o polimorfismo estudado se mostrou significativamente relacionado (p<0,0001 e OR= 4.85 95%IC 2,271-10,338) presena do diabetes tipo I.
Resumo:
O objetivo desta tese foi identificar e caracterizar reas com altas taxas de mortalidade por doenças do aparelho circulatrio (DAC) e seus dois principais subgrupos de causas: as doenças isqumicas do corao (DIC) e as doenças cerebrovasculares (DCV), entre os anos de 2008 e 2012 na rea de influncia do complexo petroqumico do estado do Rio de Janeiro COMPERJ, por meio de mtodos estatsticos e sistemas de informaes geogrficas (SIG). Os resultados da investigao so apresentados na forma de dois manuscritos. O primeiro objetivou descrever o perfil da distribuio espacial da mortalidade por (DAC), caracterizar e predizer territrios com maior risco de morte por esta causa, com base em classificao das unidades espaciais por indicador de qualidade urbana (IQUmod). A anlise multivariada foi realizada por meio do mtodo conhecido como rvore de deciso e regresso, baseado em algoritmo CART para a obteno do modelo preditivo para UVLs com diferentes riscos de mortalidade por DAC. O modelo desenvolvido foi capaz de discriminar sete conjuntos de UVLs, com diferentes taxas mdias de mortalidades. O subconjunto que apresenta a maior taxa mdia (1037/100 mil hab.) apresenta 3 UVLs com mais de 75% de seus domiclios com abastecimento de gua inadequado e valor de IQUmod acima de 0.6. Conclui-se que na rea de influncia do COMPERJ existem reas onde a mortalidade por DAC se apresenta com maior magnitude e que a identificao dessas reas pode auxiliar na elaborao, diagnstico, preveno e planejamento de aes de sade direcionadas aos grupos mais susceptveis. O segundo manuscrito teve por objetivo descrever o perfil da distribuio espacial da mortalidade por DIC e DCV em relao ao contexto socioambiental segundo reas geogrficas. O modelo de regresso linear de Poisson com parmetro de estimao via quasi-verossimilhana foi usado para verificar associao entre as variveis. Foram identificados como fatores de risco para mortalidade por DIC e DCV a varivel relativa a melhor renda e maior distncia entre domiclios e unidades de sade; a proporo de domiclios em ruas pavimentadas aparece como fator de proteo. A distribuio espacial e as associaes encontradas entre os desfechos e preditores sugerem que as populaes residentes em localidades mais afastadas dos centros urbanos apresentam maiores taxas de mortalidade por DIC e DCV e que isto pode estar relacionado a contextos rurais de localizao das residncias e a distncia geogrfica destas populaes aos servios de sade. Aponta-se para a necessidade de desenvolvimento de aes que propiciem maior amplitude no atendimento em sade, no intuito da reduo de eventos cardiovasculares mrbidos incidentes naquelas populaes.
Resumo:
Trata-se de um estudo de carter descritivo, transversal com abordagem quantitativa. Este estudo transversal de base populacional possui como populao de estudo enfermeiros trabalhadores de um hospital universitrio do Estado do Rio de Janeiro. Possui como objetivo primrio do estudo estimar a magnitude da associao entre as atividades profissionais dos enfermeiros e os fatores de risco para doenças cardiovasculares, e como objetivos secundrios descrever o perfil demogrfico e profissional dos enfermeiros do estudo; correlacionar a presena dos fatores de risco para doenças cardiovasculares com o tipo de atividade desenvolvida; e estabelecer a relao dos fatores de risco para doenças cardiovasculares com o nvel de estresse dos enfermeiros. Selecionou-se para o estudo um total de 61 participantes. Os sujeitos foram acessados atravs de suas chefias imediatas e pela chefia geral de Enfermagem do hospital, que se dispusera a ajudar nesse contato. Listas com os nomes e setores foram disponibilizadas e os contatos assim foram realizados. As variveis que foram analisadas no estudo so do tipo sociodemogrficas, variveis laborais e variveis relacionadas aos fatores de risco para doenças cardiovasculares. Foi utilizado um questionrio estruturado para a avaliao de variveis socioeconmicas; variveis sobre conhecimento da hipertenso, diabetes, dislipidemia, tabagismo, etilismo e atividade fsica; aferies sobre peso, altura e presso arterial; informaes sobre o trabalho. Para a avaliao de estresse no trabalho foi utilizada a Escala Bianchi de Estresse.. Aps anlises estatsticas secundrias, a mensurao do Escore Bianchi de Estresse e Escore de Risco Global para doenças cardiovasculares, foi identificado que as variveis estatisticamente significativas associadas ao risco cardiovascular foram sexo, idade e o grupo de estresse (baixo e mdio). Com a regresso logstica foi possvel identificar o tamanho da associao. O sexo masculino possui a chance de apresentar risco cardiovascular 5,66 vezes maior que o sexo feminino. A faixa etria entre 40 e 59 anos apresenta um risco cardiovascular 4,37 vezes maior que a faixa etria entre 20 e 39 anos. Os sujeitos com Escore de Bianchi de Estresse (EBS) classificados como Mdio apresentam risco cardiovascular 6,63 vezes maior do que quem tem EBS baixo. A associao entre estresse e risco cardiovascular foi de 3,23. Concluiu-se que o existe uma ntida associao entre estresse, avaliado pelo Escore Bianchi de Estresse e aumento do risco cardiovascular global, atravs da ER Global. Os profissionais que trabalham em setores fechados apresentam um maior risco cardiovascular global. Os enfermeiros conhecem os fatores de risco para doenças cardiovasculares. Paradoxalmente encontramos que os enfermeiros que possuem apenas um emprego apresentam um risco global intermedirio. Os profissionais homens, em nosso estudo, apresentam um risco cardiovascular global maior que as mulheres.
Resumo:
Os efeitos das temperaturas elevadas na sade humana representam um problema de grande magnitude na sade pblica. A temperatura atmosfrica e a poluio do ar so fatores de risco para as doenças crnicas no transmissveis, em particular as doenças isqumicas do corao. O estudo teve como objetivo analisar a associao entre a temperatura atmosfrica e internaes hospitalares por doenças cardacas isqumicas no municpio do Rio de Janeiro entre os anos de 2009 e 2013. Utilizaram-se modelos de sries temporais, via modelos aditivos generalizados, em regresso de Poisson, para testar a hiptese de associao. Como variveis de controle de confuso foram utilizadas as concentraes de poluentes atmosfricos (oznio e material particulado) e umidade relativa o ar; utilizou-se mtodo de defasagem simples e distribuda para avaliar o impacto da variao de 1oC nas internaes hospitalares dirias. No modelo de defasagem simples foram encontradas associaes estatisticamente significativas para as internaes por DIC no dia concorrente a exposio ao calor, tanto para a temperatura mdia quanto para a mxima. No modelo de defasagem distribuda polinomial, essa associao foi observada com 1 e 2 dias de defasagem e no efeito acumulado tanto para a temperatura mdia quanto para a mxima. Ao estratificarmos por faixa etria, as associaes para as internaes por DIC e exposio ao calor no foram estatisticamente significativas no modelo de defasagem simples para as temperaturas mdia e mxima. Em contrapartida, no modelo de defasagem distribuda polinomial, a correlao entre internaes por DIC e exposio ao calor foi observada na faixa de 30 a 60 anos no efeito acumulado para a temperatura mdia; e com defasagem de 1 e 2 dias para 60 anos ou mais de idade para a temperatura mdia. Estes resultados sugerem associao positiva entre as internaes hospitalares por doena cardaca isqumica e temperatura na cidade do Rio de Janeiro. Os resultados do presente estudo fornecem informaes para o planejamento de investimentos de reas urbanas climatizadas e para a preparao dos hospitais para receber emergncias relacionadas aos efeitos de calor que uma das consequncias mais importantes das mudanas climticas.
Resumo:
O presente trabalho busca analisar o problema da falta de produo de novas pesquisas e medicamentos para doenças negligenciadas. Doenças negligenciadas sero consideradas aqui como aquelas doenças que atingem a parcela da populao mundial mais pobre, no recebendo combate adequado por parte do Estado e da indstria farmacutica para a produo de novas pesquisas e drogas. Nesse contexto, a Organizao Mundial da Sade prope para superar a falta de pesquisa e desenvolvimento de novos medicamentos destinados ao combate de doenças consideradas negligenciadas, alm de incentivos fiscais e financiamento pblico e privado no processo de produo de novas drogas, o reforo nos direitos de propriedade intelectual. O grande problema que o reforo no sistema da propriedade intelectual no significa, necessariamente, maior fluxo de inovao. Nesses termos, o objetivo do presente trabalho demonstrar que a garantia do direito sade da populao que sofre de doenças negligenciadas no passa apenas por alteraes no sistema de propriedade intelectual. Como tais doenças caracterizam-se por gerar excluso social e tratamento atravs de medicamentos arcaicos, dolorosos e desumanos, a falta de pesquisas e de medicamentos para tais doenças tem forte relao com o fato de no se reconhecer como seres humanos as pessoas que sofrem deste mal. Assim, atravs de uma metodologia cientfica de anlise de contedo, o presente trabalho buscar analisar criticamente novos mecanismos colaborativos e cooperativos criados a partir da percepo da necessidade de se alterar um quadro injusto de excluso social para a superao do problema da falta de pesquisa e produo de frmacos para doenças negligenciadas.
Resumo:
Diversos estudos em epidemiologia tm investigado a influncia do ambiente urbano na sade da populao. Os benefcios dos espaos verdes tm sido um dos aspectos estudados recentemente. Uma das principais vias apontadas atravs da promoo da prtica de atividades fsicas. Outros benefcios incluem a melhoria das condies psicossociais e da qualidade do ar. Esses fatores, por sua vez, tm comprovada associao com a sade cardiovascular. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho investigar a associao entre espaos verdes e mortalidade por doenças isqumicas do corao (DIC) e doenças cerebrovasculares (DCBV) no municpio do Rio de Janeiro, entre os anos de 2010 e 2012. Foi realizado um estudo do tipo ecolgico, tendo os setores censitrios como unidade de anlise. Como varivel desfecho foi calculada a razo de mortalidade padronizada (RMP) por sexo e idade, pelo mtodo indireto. Como medidas de exposio s reas verdes foram utilizadas a mdia e a variabilidade do ndice de Vegetao por Diferena Normalizada ou NDVI (sigla em ingls) mdio referente ao perodo de estudo, em buffers de 100 metros das bordas dos setores censitrios. Os dados foram analisados por um modelo linear condicional autorregressivo, que considera tambm a estrutura de dependncia espacial. Foram includas no modelo as covariveis ndice de Desenvolvimento Social (IDS); densidade de vias de trfego veicular, divididas entre vias coletoras e locais e vias estruturais primrias e secundrias, utilizadas como proxy de poluio em buffers de 100 metros dos setores; e o indicador de setores censitrios litorneos. Aps o ajuste do modelo controlando os possveis fatores de confuso, foi verificada a reduo de 4,5% (CI95%: 7,3%, 1,6%) da mortalidade nas reas com exposio referente ao intervalo interquartlico mais alto da mdia do NDVI; e de 3,4% (IC95%: 6,2%; 0,7%) nas reas referentes ao intervalo interquartlico mais alto da variabilidade, ambos em comparao com o intervalo mais baixo. Esse resultado indica a associao inversa entre a exposio aos espaos verdes e a mortalidade por DIC e DCBV no municpio do Rio de Janeiro. Alm disso, o aumento da mortalidade est associado a piores condies de vida e poluio do ar.
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A asma um distrbio crnico pulmonar caracterizado por inflamao, obstruo e remodelamento brnquico, levando a sintomas como sibilo, tosse e falta de ar. A terapia antiasmtica consiste em corticosteroides inalados e agonistas β2 de curta ou longa durao. O tratamento limitado por efeitos colaterais e refratariedade de alguns pacientes, justificando a necessidade de novas terapias. Estudos demonstram que a 15-deoxy-delta- 12,14-prostaglandina J2 (15d-PGJ2), um ligante endgeno de receptores ativados por proliferadores de peroxissomos do tipo gama (PPAR-γ), capaz de reduzir a expresso de citocinas pr-inflamatórias, o que pode resultar em benefcios no tratamento de doenças com esse perfil. O objetivo deste estudo foi avaliar o potencial anti-inflamatrio e antiasmtico da 15d-PGJ2 em modelos experimentais de asma. Camundongos A/J machos foram sensibilizados nos dias 0 e 7 atravs de injeo subcutnea (s.c.), contendo ovoalbumina (OVA) e Al(OH)3, e desafiados com 4 instilaes intranasais (i.n.) de OVA em intervalos semanais. O tratamento com 15d-PGJ2 (30 e 100 g/Kg, s.c.) foi realizado 30 min antes dos desafios a partir da terceira provocao antignica. Em outro modelo, camundongos A/J foram desafiados intranasalmente com extrato de caro 3 vezes por semana durante 3 semanas. As administraes de 15d-PGJ2 (30, 70 e 100 g/Kg, s.c. e 0,65; 1,5 e 2,3 g/animal, i.n.) foram realizadas a partir da 3 semana, 30 min antes dos desafios. As anlises ocorreram 24 h aps o ltimo desafio. Nossos resultados mostraram que, em camundongos previamente sensibilizados e desafiados com OVA, a administrao de 15d-PGJ2 limitou significativamente o influxo peribrnquico de eosinfilos e neutrfilos, bem como a produo de muco por clulas caliciformes e fibrose sub-epitelial, alm da hiperreatividade das vias areas e produo de IL-5. A reduo do epitlio brnquico e das citocinas IL-13 e TNF-α foram observadas somente na maior dose administrada. No modelo HDM a inflamao e o remodelamento foram atenuados em todas as doses administradas do composto, enquanto que a hiperresponssividade brnquica foi inibida apenas nas doses de 70 e 100 μg/Kg (via sistmica) e na dose intermediria dada topicamente (1,5 μg/animal, i.n.). Os nveis de citocinas foram atenuados pelo tratamento subcutneo, porm somente os nveis de IL-17, eotaxina-1 e TNF-α foram inibidos com a dose intranasal de 0,65 g/animal. O aumento da expresso de NF-κB, induzido por provocao com HDM tambm foi reduzido significativamente pela administrao de 15d-PGJ2. Em conjunto, nossos dados indicam que o tratamento com 15d-PGJ2 inibe alteraes cruciais associadas patognese da asma, em modelos experimentais distintos da doena, demonstrando possuir grande potencial para controlar e reverter inflamao, hiperreatividade e remodelamento pulmonar desencadeados por provocao alrgica.
Resumo:
Pela sua alta incidncia, morbidade, mortalidade e custos ao sistema de sade, a sepse se destaca entre as diversas indicaes de internao em unidade de terapia intensiva (UTI). A disfuno da microcirculao tem papel central na gnese e manuteno da sndrome sptica, sendo um marco fisiopatolgico desta sndrome. Pacientes crticos invariavelmente esto ansiosos, agitados, confusos, desconfortveis e/ou com dor. Neste contexto, drogas sedativas so amplamente utilizadas na medicina intensiva. A dexmedetomidina, um agonista potente e altamente seletivo dos receptores alfa-2 adrenrgicos, vem conquistando espao como o sedativo de escolha nas UTIs por seus efeitos de sedao consciente, reduo da durao e incidncia de delirium e preservao da ventilao espontnea. Apesar destas possveis vantagens, a indicao de uso da dexmedetomidina na sndrome sptica ainda carece de conhecimentos sobre seus efeitos na microcirculao e perfuso orgnica. Com o intuito de caracterizar os efeitos microcirculatrios da dexmedetomidina em um modelo murino de endotoxemia que permite estudos in vivo da inflamao e disfuno da perfuso microvascular, hamsters Srios dourados submetidos endotoxemia induzida por administrao intravenosa de lipopolissacardeo de Escherichia coli (LPS, 1,0 mg.kg-1) foram sedados com dexmedetomidina (5,0 μg.kg.h-1). A microscopia intravital da preparao experimental (cmara dorsal) permitiu a realizao de uma anlise quantitativa das variveis microvasculares e do rolamento e adeso de leuccitos parede venular. Tambm foram analisados os parmetros macro-hemodinmicos e gasomtricos (arterial e venoso portal), as concentraes de lactato arterial e venoso portal, a gua pulmonar total e a sobrevivncia do animal. Animais no-endotoxmicos e/ou tratados com soluo salina a 0,9% serviram como controles neste experimento. O LPS aumentou o rolamento e a adeso de leuccitos parede venular, diminuiu a densidade capilar funcional e a velocidade das hemcias nos capilares e induziu acidose metablica. O tratamento com dexmedetomidina atenuou significativamente estas respostas patolgicas (p < 0,05). A frequncia de pulso dos animais foi significativamente reduzida pela droga (p < 0,05). Outros resultados no foram to expressivos (estatisticamente ou clinicamente). Estes resultados indicam que a utilizao de dexmedetomidina produz um efeito protetor sobre a microcirculao da cmara dorsal de hamsters endotoxmicos. Efeitos anti-inflamatrios da dexmedetomidina sobre os leuccitos e o endotlio poderiam melhorar a perfuso capilar e representar o mecanismo in vivo de ao da droga na microcirculao.
Resumo:
O exerccio fsico pode promover o desequilbrio oxidativo e na secreo e ao das adipocinas, leptina e adiponectina, que desempenham papel fundamental no desenvolvimento de doenças cardiometablicas, incluindo a sndrome metablica, disfuno endotelial, desordens inflamatórias e vasculares. Militares so submetidos a exerccios fsicos intensos e podem apresentar maior risco de doenças cardiovasculares. A identificao de parmetros capazes de detectar o risco cardiovascular precoce em grupos muito ativos fisicamente complexa. A razo leptina/adiponectina (L/A) e a concentrao de LDL eletronegativa (LDL (-)) vem sendo considerados bons indicadores de risco cardiovascular precoce porm no h estudos que investiguem a utilidade destes marcadores em militares. Os polifenis, presentes na uva (Vitis vinfera), apresentam efeitos cardioprotetores como inibio da oxidao das lipoprotenas e controle glicmico. Na presente tese objetivou-se identificar o risco cardiovascular em jovens militares altamente treinados, utilizando diferentes parmetros, incluindo a razo L/A e investigar a influncia do exerccio militar e do uso de dose nica de Vitis vinifera sobre parmetros cardiometablicos de militares fisicamente treinados. O primeiro estudo contou com a participao de 54 militares d gnero masculino, condicionados fisicamente, aps descanso de 24h. No segundo estudo, participaram 54 militares do gnero masculino distribudos aleatoriamente, de forma duplo-cego, para receber nica dose contendo 200 mg de extrato seco de Vitis vinifera (GS, n = 27) ou 200 mg de placebo (amido) (GP, n = 27). Considerados em conjunto, os resultados sugerem que militares treinados poderiam ser classificados como limtrofes quanto ao risco cardiovascular, quando somente o perfil lipdico empregado como marcador. As medidas de CC e CC/E so parmetros de fcil obteno e podem ser empregados na identificao do potencial risco cardiovascular, enquanto outros estudos no confirmam a eficcia da razo L/A para este fim. A comparao das concentraes plasmticas de adiponectina e leptina apresentou diferena significativa apenas intragrupo para ambos os grupos. As concentraes plasmticas das adipocinas foram influenciadas pelo treinamento. Os indicadores de homeostase glicmica, glicemia de jejum e insulina plasmtica, foram semelhantes entre os grupos, no sendo sendo influenciada pelo treinamento ou suplementao. A suplementao de polifenis reduziu as concentraes de LDL(-) do GS em relao ao GP em T24h e T48h (p<0,05). Estes achados sugerem que o treinamento fsico afeta a secreo das adipocinas independentemente do uso da Vitis vinfera. Entretanto, a dose nica de polifenis pode reduzir o risco cardiometablico proveniente da oxidao da LDL (-)
Resumo:
Sementes de rvores do gnero Pterodon, conhecidas principalmente pelo nome Sucupira, so utilizadas popularmente para o tratamento de doenças reumticas. Na presente dissertao, temos como objetivo estudar a possvel ao do extrato hidroalcolico de sementes de Pterodon polygalaeflorus (EHPp) no tratamento de Artrite Induzida por Colgeno tipo II (CIA) em camundongos DBA/1J. Verificou-se a distribuio de Linfcitos T CD4+ com fentipo de memria em linfonodos de animais com CIA; a possvel interferncia do tratamento no segundo aumento de clulas mielides (Mac-1+) esplnicas gerado pela segunda injeo de colgeno tipo II (CII) para induo da CIA e confirmou-se o fentipo granuloctico dessas clulas mielides. Alm disso, atravs de outro modelo experimental de 10 dias de durao, objetivou-se estudar as clulas mielides Mac-1+: se o tratamento com EHPp interfere na mielopoese esplnica induzida somente pela injeo de Adjuvante de Freund Completo (AFC) em camundongos DBA1/J e avaliar uma eventual diferena entre o grau de ativao dessas clulas em animais primados com AFC tratados ou no com EHPp. A CIA foi induzida em camundongos DBA/1J machos, por injeo intradrmica (i.d.) de CII em AFC com reforo intraperitonial de CII trs semanas aps a primeira injeo. O tratamento oral, dirio, com EHPp por cerca de 30 dias foi iniciado no dia do reforo com CII. No modelo de curta durao, com o intuito de verificar o possvel aumento de clulas Mac-1+ no bao, os animais foram tratados oralmente com EHPp, por 9 dias, sendo o AFC injetado, i.d., no 5o dia do tratamento e os animais sacrificados no 10o. Os resultados obtidos foram: o tratamento com EHPp interfere na distribuio de Linfcitos T com fentipo de memria em animais com induo de CIA; resultados preliminares sugerem que o tratamento com EHPp no interfere no segundo aumento de clulas mielides no bao no modelo CIA; a maioria das clulas mielides presentes no bao de animais sadios ou de animais com CIA apresenta fentipo granuloctico (GR.1+); o tratamento com EHPp reduz significantemente a mielopoese esplnica induzida pela injeo de AFC; a frao significante de clulas Mac-1+ no bao de animais primados com AFC apresenta aumento de produo de Espcies Reativas de Oxignio em relao aos animais sadios ou tratados com EHPp. Em conjunto, estes resultados permitem identificar uma possvel ao anti-inflamatria do EHPp ao impedir o aumento de clulas inflamatórias no bao de animais primados com AFC, bem como uma atividade imunossupressora, evidenciada pela reduo de Linfcitos com perfil de recm ativao e de Linfcitos com perfil de memria nos LNs em relao aos animais com CIA, sugerindo o seu envolvimento nos processos de ativao e de migrao linfocitrios.
Resumo:
Dissertao mest., Engenharia Biolgica, Universidade do Algarve, 2009
Resumo:
Tese de mestrado. Biologia (Biologia Evolutiva e do Desenvolvimento). Universidade de Lisboa, Faculdade de Cincias, 2014
Resumo:
As plantas foram os primeiros recursos utilizados pelos povos como parte integral da fitoterapia. A fitoterapia, etimologicamente deriva dos termos gregos therapeia (tratamento) e phyton (vegetal). Significa o estudo de plantas consideradas medicinais e da sua aplicao no tratamento de doenças. Com o passar dos anos o uso das plantas como agentes teraputicos, contribuiu muito para o desenvolvimento de novos frmacos pelo que, tornou-se imprescindvel conhecer os seus princpios activos, os mecanismos de aco subjacentes, os efeitos secundrios e as possveis interaces com os frmacos para que pudessem ser empregues de forma segura no complemento de terapias convencionais. Muitos metabolitos secundrios [flavonides] derivados de plantas so conhecidos por possurem importantes actividades farmacolgicas ao actuarem sobre o sistema biolgico como antioxidantes e anti-inflamatrios. Os flavonides esto amplamente distribudos nas plantas como produto do seu metabolismo. Entre as diversas actividades biolgicas atribudas a estes metabolitos destacam-se as actividades antioxidantes e anti-inflamatórias, abordadas nesta monografia. Este trabalho pretende rever os extractos naturais, que contenham flavonides com aco antioxidante e anti-inflamatria em patologias cardiovasculares e geniturinrias. Estas populaes foram escolhidas pelo facto das doenças cardiovasculares serem a principal causa de morte na Unio Europeia, e devido importncia das doenças do trato geniturinrio terem aumentado muito na medicina clnica, pois essa uma rea essencial para a compreenso de muitas doenças. Torna-se importante o enfoque de algumas dessas doenças atravs do presente trabalho, numa tentativa de ampliar o conhecimento sobre o assunto. Embora existam muitos estudos nesta rea apenas sero consultados estudos que refiram um efeito bem documentado da aco teraputica dos flavonides.
Resumo:
A leso inflamatria periapical uma patologia bastante frequente, sendo na maioria dos casos, consequncia da crie dental. O objetivo deste trabalho foi quantificar as populaes linfocitrias CD8+ e CD20+ em leses inflamatórias periapicais crnicas. Foram utilizadas 90 leses inflamatórias periapicais. Atravs da tcnica de imunohistoqumica pelo mtodo da estreptoavidina-biotina, utilizou-se os marcadores CD8 e CD20 para identificao dos linfcitos T citotxicos/supressores e linfcitos B, respectivamente. A contagem das clulas foi feita em 3 campos microscpicos da lmina, mantendo-se um aumento de 400 vezes. A mdia da contagem das clulas CD8+ foi de 7,72 clulas para os cistos inflamatrios, enquanto que nos grupos cisto abscedado e abscesso crnico foi 11,25 e 11,62, respectivamente, com diferena estatisticamente significante. A mdia da contagem das clulas CD20+ foi 12,19; 11,06 e 12,91 clulas nos cistos abscedados, cistos inflamatrios e abscessos crnicos, respectivamente, sem diferena estatisticamente significante. As leses inflamatórias periapicais supuradas apresentaram nmero maior de linfcitos CD8+ do que as leses no supuradas e; a presena de supurao e proliferao epitelial nas leses no interferiu na quantidade de linfcitos CD20+ presentes.