855 resultados para Idosos dependentes


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Pesquisa em foco: Os três ciclos da sociedade e do estado - 2012. Pesquisador: Professor Luiz Carlos Bresser-Pereira

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Perante o progressivo envelhecimento da sociedade e o aumento da longevidade as questões relativas ao envelhecimento adquiriram um maior interesse e uma maior preocupação. Consequentemente, emergiu a política social do envelhecimento que pretende que os idosos sejam activos, ou seja, que participem nas questões sociais, económicas, culturais, espirituais e cívicas. Neste sentido, esta investigação pretende aferir o modo como os idosos não institucionalizados do concelho de São Vicente vivem o seu quotidiano e se o seu envelhecimento se enquadra no conceito de envelhecimento activo. Para isso, utilizámos simultaneamente os métodos quantitativo e qualitativo e recorremos às técnicas de inquérito por questionário e à entrevista. Como estratégia de pesquisa realizámos o estudo de caso onde participaram 12 idosos (6 homens e 6 mulheres). De forma a abranger os vários contextos sociais neste conjunto de indivíduos incluímos casais, viúvos que vivem sozinhos e ainda idosos que vivem acompanhados. Na globalidade deste estudo podemos concluir que o envelhecimento activo é um desafio para os idosos porque apesar destes se considerarem activos, pois ainda gozam de autonomia física e dedicam-se a actividades de lazer, não se enquadram na definição de envelhecimento activo.

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O presente estudo, de natureza exploratória, descritiva e correlacional, pretende compreender e possibilitar a reflexão sobre os aspetos que possam ser predicativos da situação em que se encontram os idosos hospitalizados na Região Autónoma da Madeira (RAM) com dificuldades de reinserção social - denominadas por “altas problemáticas”. Para o efeito foram estudadas a componente cognitiva ( Mini Mental State Examination), a dependência nas atividades de vida ( Indíce de Barthel) e a rede de suporte social (Lubben). Correlacionamos estas variáveis e as variáveis sociodemográficas de forma a analisarmos a significância das relações. A população é constituída pela totalidade dos idosos hospitalizados (97) dos quais participaram 94. A maioria dos inquiridos é do género feminino (68%), com idades entre os 60 e 97 anos e com uma média de 82 anos, hospitalizados no serviço de Medicina (87,6%) e provenientes do concelho do Funchal (52,6%). A maioria dos participantes (80,9%) é totalmente dependente para as atividades de vida diária e 75,5% apresentam uma rede social muito limitada, sendo que, os homens têm menor rede de apoio social do que as mulheres (96,6%). Dos 18 idosos que não têm dependência total, 72,2% apresentam défice cognitivo. Os resultados apontam para uma correlação não significativa nesta população, nas variáveis estudadas. Aferimos que entre os idosos com dependência moderada, 50% tem rede social menos limitada enquanto que nos restantes níveis de dependência apresenta com maior frequência uma rede social muito limitada e que a ocorrência das altas problemáticas acontecem independentemente do acumular de situações com dependência e défice cognitivo. Resultado idêntico apuramos, na relação estudada entre o défice cognitivo e a rede de apoio social, uma vez que podemos afirmar que não existe associação entre a presença de défice cognitivo e rede social de apoio, pois 60% dos idosos sem défice cognitivo apresentam uma rede social muito limitada e 69% dos idosos com défice cognitivo apresentam resultado similar. Constata-se, assim que apesar de não serem observados coeficientes de correlação significativos, os parâmetros estudados indicam que um idoso pode incorrer numa situação de alta problemática independentemente do grau de dependência, rede social e/ ou presença de défice cognitivo, sem que seja possível aferir do efeito aditivo destes fatores.