1000 resultados para ESCRITA DE ARGUMENTOS


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Estudio descriptivo, transversal, realizado en Santiago de Chile. Tuvo como objetivo evaluar el razonamiento científico y comunicación oral y escrita en el licenciado en enfermería. Muestra constituida por 37 estudiantes licenciados en la carrera de enfermería. La investigación fue diseñada en tres etapas: I) creación y validación del instrumento; II) capacitación del equipo de docentes participantes para la aplicación uniforme del instrumento; III) aplicación del instrumento y análisis de datos. Los principales resultados muestran porcentajes diferentes de competencia obtenidos por los licenciados en enfermería, prevaleciendo el logro del razonamiento científico (83,16%); seguido de la comunicación oral y escrita (78,37%). Esta investigación muestra la utilidad para las Escuelas de Enfermería de implementar un sistema para evaluar el perfil de egresados del grado de licenciado en enfermería que garantice la calidad de la formación.

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Sabemos que no dia-a-dia, um dos trabalhos do professor consiste em corrigir os textos produzidos pelos alunos com vista a detectar os erros cometidos. É evidente, que esta função envolve o conhecimento de princípios orientadores, razão pela qual, entendemos ser importante que o professor tenha uma visão de como processar esta tarefa. Deste modo, reveste-se de particular importância a atenção sobre o assunto de correcção dos erros na produção escrita, para que seja possível por parte do professor também uma reflexão sobre metodologias a adoptar para obtenção de melhores resultados na gestão dos erros. Focalizamos o nosso estudo nesta temática, pela importância que pode assumir na formação inicial e contínua dos professores de Língua Portuguesa em Cabo Verde. Uma das questões que colocamos e que atravessa toda a tese é a seguinte: que estratégias utilizam para corrigir os textos produzidos? Concretamente, constitui nossa intenção, olhar um pouco para o contexto da população alvo (alguns professores de Língua Portuguesa), em Cabo Verde, com o intuito de por um lado, conhecer as estratégias que utilizam para corrigir os textos produzidos pelos seus alunos e, por outro lado, verificar se as estratégias são ou não eficazes de modo a ajudar o aluno a compreender e a corrigir o seu erro. O corpus analisado é constituído por 40 (quarenta) composições produzidas por alunos do 7º ano de escolaridade, pertencentes a 4 (quatro) escolas secundárias, localizadas na ilha de Santiago – Praia - Cabo Verde

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Sabemos que no dia-a-dia, um dos trabalhos do professor consiste em corrigir os textos produzidos pelos alunos com vista a detectar os erros cometidos. É evidente, que esta função envolve o conhecimento de princípios orientadores, razão pela qual, entendemos ser importante que o professor tenha uma visão de como processar esta tarefa. Deste modo, reveste-se de particular importância a atenção sobre o assunto de correcção dos erros na produção escrita, para que seja possível por parte do professor também uma reflexão sobre metodologias a adoptar para obtenção de melhores resultados na gestão dos erros. Focalizamos o nosso estudo nesta temática, pela importância que pode assumir na formação inicial e contínua dos professores de Língua Portuguesa em Cabo Verde. Uma das questões que colocamos e que atravessa toda a tese é a seguinte: que estratégias utilizam para corrigir os textos produzidos? Concretamente, constitui nossa intenção, olhar um pouco para o contexto da população alvo (alguns professores de Língua Portuguesa), em Cabo Verde, com o intuito de por um lado, conhecer as estratégias que utilizam para corrigir os textos produzidos pelos seus alunos e, por outro lado, verificar se as estratégias são ou não eficazes de modo a ajudar o aluno a compreender e a corrigir o seu erro. O corpus analisado é constituído por 40 (quarenta) composições produzidas por alunos do 7º ano de escolaridade, pertencentes a 4 (quatro) escolas secundárias, localizadas na ilha de Santiago – Praia - Cabo Verde

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Este trabalho pretende chamar a atenção para a existência de um fluxo migratório muito específico: a imigração oriunda dos PALOP por via da saúde. Chegam até Portugal diariamente doentes evacuados ao abrigo dos Acordos de Cooperação no domínio da saúde, que acabam por não voltar mais ao país de origem. Estes migrantes são muitas vezes esquecidos e não têm sido objecto de investigação aprofundada. O trabalho pretende alertar também para o facto dos Acordos de Saúde celebrados entre Portugal e os PALOP estarem frequentemente desadequados da realidade actual, para além de não serem muitas vezes cumpridos pelas partes. Por exemplo, em muitos casos as embaixadas dos países de origem não apoiam os doentes em Portugal, quer em termos de alimentação, quer de alojamento ou medicamentos. As deficientes triagens no país de origem parecem conduzir a processos de selecção de doentes pouco claros e ineficazes. Vir para Portugal para tratamento médico obriga por vezes a verdadeiras batalhas: com a embaixada, com as finanças, com o Ministério da Saúde. A posse de capitais social e económico revela-se um elemento chave no desencadear e no desenrolar de todo o processo. Apesar das grandes dificuldades com que estes doentes e familiares (sobre)vivem em Portugal, muitos não querem regressar ao país de origem. A dificuldade em obter tratamento médico e medicamentos são as razões mais apontadas para não regressar. Em Portugal, porém, a vida não é fácil. O suporte económico, psicológico e cultural da maioria dos doentes assenta nas redes familiares e de amigos. A solidariedade e ajuda mútua entre os africanos é muito forte. Alguns dos que não têm família nem amigos em Portugal vivem da caridade dos seus compatriotas.

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O presente trabalho intitulado “A influência da leitura no desenvolvimento da capacidade de expressão escrita” enquadra-se no âmbito da disciplina de Didáctica das Línguas, como cumprimento das obrigações curriculares do curso de Licenciatura em Estudos Cabo-verdianos e Portugueses, na Universidade de Cabo Verde. Segundo Costa (1996), escrever antes de ser uma arte, é uma técnica. Escrever é um modo disciplinado de criar sentido, que requer aprendizagem. Para a autora é preciso reavaliar as práticas tradicionais e conhecer novas perspectivas decorrentes da investigação nessa área. Assim, pretende-se com esta monografia apresentar o resultado de um estudo investigativo sobre a influência da leitura no desenvolvimento da capacidade de expressão escrita”partindo das seguintes questões de partida: qual é a influência da leitura no desenvolvimento da capacidade de expressão escrita dos alunos; que estratégias são utilizadas pelos professores para a motivação da leitura e, consequentemente, para o desenvolvimento da capacidade de expressão escrita; de que modo a prática da leitura poderá influenciar a expressão escrita dos alunos. Apresentadas as questões de pesquisa delineamos os seguintes objectivos: verificar de que modo os professores contextualizam o processo de ensino aprendizagem da expressão escrita dos alunos; identificar as estratégias utilizadas pelos professores no desenvolvimento da expressão escrita dos alunos; analisar o impacto da influência da leitura no desenvolvimento da expressão escrita; e contribuir com sugestões metodológicas ou estratégias adequadas que demonstrem que o desenvolvimento da leitura.

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Os professores reclamam com frequência que os alunos não sabem ler, falar e escrever, ou seja, que pouco dominam as competências essenciais da língua portuguesa. O fraco domínio destas competências, da parte de uma grande maioria dos alunos, tem vindo a ganhar contornos cada vez mais preocupantes. Esta questão deve merecer uma atenção especial por parte dos responsáveis pelo processo de ensino-aprendizagem da Língua Portuguesa enquanto língua segunda e veículo de ensino no país, pois o (in) sucesso nas outras disciplinas depende grandemente do domínio ou não da Língua Portuguesa. Se por um lado, os alunos apresentam dificuldades a nível das competências linguística e comunicativa, por outro é importante rever estratégias e abordagens de ensino das várias competências, particularmente, a que foi seleccionada para o presente trabalho – a competência da expressão escrita, vertente produção de texto. Partindo da problemática acima descrita, seleccionou-se o seguinte título para a realização do trabalho de fim de curso – Problemáticas (de) Escritas: Descrição e Análise do Ensino da Escrita em Cabo Verde – Níveis de Ensino 7º e 8º Anos de Escolaridade. Desenvolvendo o título acima citado, visa-se descrever, analisar e problematizar o ensino da escrita no sétimo e oitavo anos do Ensino Secundário, apresentando e discutindo teorias, abordagens e métodos de ensino da mesma. No final, para complementar a análise da problemática levantada, propõem-se sugestões de actividades que possam contribuir para o desenvolvimento do ensino sistemático e progressivo da escrita, no âmbito do ensino por competências da língua segunda. Seleccionou-se como público-alvo de análise os anos sétimo e oitavo por estes constituírem o primeiro ciclo do ensino secundário onde os alunos apreendem estratégias globais de leitura e escrita.

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Ao iniciarmos o nosso percurso académico tínhamos como um dos pressupostos teorizar o que tivemos oportunidade de observar durante os anos de exercício de professorado, em que tivemos a oportunidade de ouvir muitas queixas, de entre as quais o baixo nível no que respeita ao domínio da produção escrita. O trabalho que ora apresentamos foi o resultado de uma tomada de consciência de que era preciso fazer um estudo a fim de, por um lado, dar conta do que se passa nessa área de ensino, por outro, encontrar propostas eficazes para a remediação deste problema. Destaca-se a particularidade linguística vivida em Cabo Verde como um dos factores responsáveis por esta situação por influir sobremaneira no processo de escolarização dos alunos, na área da Língua Portuguesa (oralidade, escrita e leitura), ou seja, pressupõem-se que este problema deve-se ao facto da coexistência de duas línguas: O Crioulo – a língua materna de uso quotidiano, portanto, língua de identificação cultural – e o Português – utilizado no ensino nas escolas. Tendo em conta esses pressupostos, deduz-se que várias dificuldades dos alunos no domínio da escrita advêm do bilinguismo natural do nosso país, na medida em que, os alunos falam de si e do seu meio em Crioulo com toda a naturalidade, mas ao entrarem na escola não conseguem expressar porque o ensino é feito na Língua Portuguesa. Mesmo na fase culminar do Ensino Básico Integrado, as referidas dificuldades convivem com os alunos, tendo em conta que o nosso modelo de ensino não é adequado à realidade linguística cabo-verdiana, consequentemente, surgem erros de vária ordem a nível da escrita. É nesta óptica que surgiu o presente trabalho cujo tema é «A Escrita na 3ªFase do Ensino Básico» – Estudo de Caso, através de um estudo de composições feitas por alunos afectos a duas escolas: a do Lavadouro (Zona Urbana – Praia) e a de Fontes (Zona tipicamente Rural – São Domingos). Face a isso apresentou-se a seguinte questão de partida:«Que tipos de erros os alunos das zonas urbana e rural cometem e quais são as possíveis causas dos mesmos?». Os principais objectivos deste estudo são: Identificar as possíveis causas dos erros; perceber e interpretar os erros dos alunos, propor estratégias de melhorias do processo ensino aprendizagem da escrita e verificar se a consciência metalinguística dos alunos está patente no processo de expressão escrita. Ao esboçar o enquadramento teórico, tencionamos apresentar um panorama geral sobre: Conceitos de Escrita, Breve Historial da mesma, A importância da Linguagem Escrita, Conceito de Língua, Situação Linguística cabo-verdiana, Processo ensino aprendizagem no meio urbano e rural, Influências da oralidade na produção Escrita, Categorização dos erros, A expressão escrita e a consciência metalinguística. No desenvolvimento deste trabalho pretendemos traçar um plano que, posteriormente, permitirá a discussão dos resultados. Portanto, são referidos a metodologia, a caracterização dos grupos dos sujeitos, principalmente a análise do erro a partir de produção escritas dos alunos, bem como a análise das tarefas metalinguísticas, as transcrições da interacção grupal e o relato dos professores. Após isso apresentamos algumas propostas de actividades para remediação. Neste caso, os resultados nos permitirão compreender as causas dos erros para podermos posteriormente propor estratégias de remediação, bem como a complexidade da tomada de consciência metalinguística dos alunos sobre os erros e os contributos da mesma na interacção verbal no processo de escrita, entre duas realidades diferentes. Referente à conclusão, propõem-se fazer uma apreciação geral da fundamentação teórica confrontando-a com o estudo de caso, tendo em conta os subsídios que este tema nos trouxe, enfatizando a metalinguagem, que é uma actividade ao alcance de todos os professores interessados na melhoria do processo de ensino aprendizagem da Língua Portuguesa, e em particular, da Escrita. Por último, é de realçar que no início da realização do nosso trabalho deparamos com algumas dificuldades principalmente no que tange à selecção tanto dos grupos para o estudo como também em relação à selecção de fontes adequadas, o que nos consumiu algum tempo. Após isso, graças ao apoio dos actores implicados no estudo, conseguimos transpor essa barreira tornando possível delinear a abordagem e a análise que ora apresentamos.

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O presente trabalho que tem como tema “Estratégias de Superação das Dificuldades da Leitura e Escrita na II Fase do Ensino Básico em São Miguel: O Caso do Pólo Nº II de Veneza”, faz uma abordagem geral sobre dificuldades de aprendizagem da leitura e da escrita na 2ª fase do ensino básico com enfoque no Concelho de S. Miguel, particularizando o Pólo Nº II de Veneza, realçando as principais causas dessas dificuldades e por fim propor estratégias de superação das mesmas.

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O presente estudo subordina – se ao tema “Metodologias do Ensino – Aprendizagem da Escrita na 1ª Fase do Ensino Básico Integrado, no Pólo Nº VI de Cutelo Branco Concelho de S. Domingos”. Tendo em consideração o carácter nuclear da disciplina de Língua Portuguesa, no currículo do Ensino Básico, do nosso sistema educativo, estudamos as metodologias do ensino – aprendizagem da Escrita na 1ª Fase no Pólo Nº VI, Cutelo Branco – S. Domingos. Para este estudo aplicamos durante o mês de Março 2007 um questionário aos professores da fase no referido Pólo, com o objectivo de Verificar se na base do insucesso da Escrita dos alunos do Ensino Básico Integrado, estarão as metodologias utilizadas pelos professores da 1ª Fase. Pelos dados do questionário aplicado aos professores da 1ªFase do Ensino Básico, concluímos que os professores desta fase utilizam metodologias diversificadas para o ensino – aprendizagem da Escrita. Contudo, apresentaram crianças com dificuldades na área da Escrita e apontaram como principais causas a falta de atenção/concentração dos alunos, a falta de afectividade e dificuldades de percepção. A amostra foi de oito professores da fase, que representam 100%, no Pólo de Cutelo Branco – Concelho de S. Domingos.

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Papel Prensa es l’ única empresa argentina fabricant de paper per a consum dels diaris. Els grups Clarín i La Nación han estat els seus accionistes majoritaris des del 1976, desprès del cop d’ Estat cívic militar. El Govern va aconseguir aprovar el mes de desembre del 2011 una llei que declarava “d’interès públic” la producció, comercialització i distribució de paper per a diaris. El conflicte desfermat pel control de l’empresa paperera enfronta al poder executiu amb el poder dels grups de comunicació tradicionals amb una més gran influència social i també política. L’ anàlisi de les informacions i opinions publicades mostren la progressiva polarització del país

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O presente trabalho tem como tema “Estratégias de Superação das Dificuldades da Leitura e Escrita na II Fase do Ensino Básico em São Miguel: O Caso do Pólo Nº II de Veneza”, faz uma referência sobre a educação em Cabo Verde, demonstrando que esta é um legado colonial passando pelo ensino da leitura e escrita onde retrata, de uma maneira geral, as suas dificuldades de aprendizagem com enfoque na 2ª fase do Ensino Básico do Pólo Nº II de Veneza - Concelho de S. Miguel -, realçando as principais causas dessas dificuldades e, por fim, propõe algumas estratégias de superação das mesmas.

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Quando iniciei, no Bairro do Alto da Cova da Moura, o trabalho que deu origem a esta tese, apercebi-me que era ali que os tambores se poderiam reinventar, que os ritmos anteriormente vividos ou escutados se recriavam na batida do pilão, na forma de fazer rapé, no funaná, na música rap ou no Colá S. Jon. Foi neste contexto ambíguo de construções culturais simultaneamente reflexivas e experienciais que procurei uma estadia longa no terreno, a passagem para o interior do bairro, espaço-tempo da pesquisa, a construção de um objeto de estudo e de um percurso metodológico. A experiência de campo mostrava-se-me como um processo dialéctico e dinâmico, como construção dialógica e pragmática, através da qual trabalhava o terreno como um meio simultaneamente de comunicação e conhecimento e procurava encontrar nos métodos modos de reconstrução das condições de produção dos saberes. Residia aí o problema do espaço afetivo e intelectual, vital e ao mesmo tempo cognitivo, que é a observação de terreno enquanto diálogo e processo de palavra. Havia que ter em conta a experiência pragmática e comunicativa de terreno, através das resistências e da receção afável, dos mal entendidos e compromissos, dos rituais interativos, da tomada de consciência da observação do observador, que estão na base da construção e da legitimação do terreno como espaço-tempo da pesquisa. A inserção no terreno permitiu-me a viagem por muitos temas possíveis, por muitas áreas de investigação. O percurso realizado conduziu-me a este trabalho que constitui uma abordagem dos processos de produção e reprodução de um ritual cabo-verdiano, Colá S. Jon, na Cova da Moura, um dos bairros da periferia urbana de Lisboa. A tese é uma construção etnográfica, por comparação e contraste, de múltiplos fazeres, (re)fazeres a muitas vozes. Vozes dos que o fazem, repetem, dizem. Vozes do quotidiano ou escrita de poetas que o consideram, “prenda má grande dum pôve e que tá fazê parte de sê vida”(Frusoni). Saber dos antropólogos que o dizem “imagem e metáfora da forma como os cabo-verdianos se representam”, modo como se contam a si, para si, para os outros. É também representação de uma comunidade que se explica a si mesma, e ao explicar-se se constrói para si e para os outros a partir de dois eixos, de duas histórias que simultaneamente se cruzam e diferenciam: uma explicitada pelas palavras e simbolizada pela dança do colá, veiculando o contexto social e cultural das interações e dos processos sociais; outra sugerida pela dança do navio, representando a historicidade de um povo - o cruzamento dos destinos de homens e mulheres que atravessando os mares atraídos pela aventura, arrastados ou empurrados pela tragédia se juntaram e plantaram na terra escassa e pobre das Ilhas, no centro do Atlântico, daí partindo ainda hoje, numa repetição incessante do ciclo da aventura, da tragédia ou da procura, na “terra longe”, da esperança de uma vida melhor. A reconstituição do Colá S. Jon, fora do país de origem, confrontada com outras realidades sociais adquire, neste contexto, novas dimensões e sublinha outras já existentes. Adquire a forma elegíaca da recordação, espécie de realidade ontológica da origem fixada num tempo e num espaço; a de lugar de tensão dialéctica com a sociedade recetora no processo migratório e de consciência reflexiva da diversidade e alteridade resultante do encontro ou do choque com outra cultura; a de simulacro tornando-se objeto repetível, espetáculo em que ressaltam sobretudo a forma estética ou força dramática, um real sem origem na realidade ou produto de outra realidade, a da praxis ou conveniência política distante da participação dos seus atores. A tese coloca-nos perante o questionamento, o olhar reflexivo, da pesquisa antropológica: simultaneamente experiência social e ritual única, relação dialógica com os atores sociais, processo de mediação, de comunicação, e a consequente dimensão epistemológica, ética e política da antropologia. Coloca-nos também perante a viagem ritual - passagem ao terreno, à imagem e à escrita – e a consequente procura de reconhecimento e aceitação do percurso realizado. O processo de produção do filme Colá S. Jon, Oh que Sabe! completa-se com o da escrita, síntese de uma experiência e aparelho crítico do filme. Ambos tem uma matriz epistemológica comum. Resultam da negociação da diferença entre o “Eu” e o “Outro” e da complexa relação entre a experiência vivida no terreno, os saberes locais, os pressupostos teóricos do projeto antropológico. Ao mesmo tempo que recusam a generalização, refletem uma construção dialógica, uma necessária relação de tensão e de porosidade entre experiências e saberes, uma ligação ambígua entre a participação numa experiência vivida e a necessária distanciação objetivante que está subjacente em qualquer atividade de tradução ou negociação intercultural, diatópica.