998 resultados para Catástrofes naturais
Resumo:
O processo de desenvolvimento econmico e a garantia do bem-estar global das sociedades humanas esteve sempre assente numa dependncia directa entre o homem e o ambiente o que tem sido traduzida numa utilizao desenfreada e irresponsvel dos recursos naturais, o que provocaram uma srie de consequncias desastrosas como o xodo rural, a crescente urbanizao, a poluio dos solos, da gua e do ar, o esgotamento de importantes recursos naturais e, em suma, a degradao da biodiversidade terrestre e marinha na sua forma mais abrangente. A situao preocupante desta degradao impe uma atitude mais responsvel do Homem para com o ambiente, por forma a restabelecer-se a necessria harmonia entre este e a natureza. Essa harmonia reflecte, em ltima instncia, o conceito da sustentabilidade que ir permitir uma utilizao responsvel e duradoura dos recursos naturais e garantir, em consequncia, s geraes vindouras um futuro diferente e promissor, pois a sua qualidade de vida depende, grandemente, do nvel de conservao desses ecossistemas (MAA, 1999). Com a mudana de atitude do Homem, uma resposta s preocupaes sobre o crescente impacto da actividade humana sobre os recursos naturais, em 1983 a Organizao das Naes Unidas (ONU) criou a Comisso Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento para discutir e propor meios de harmonizar os dois objectivos - desenvolvimento econmico e conservao ambiental (MAA, 1999). As questes relacionadas com a conservao da diversidade biolgica comearam a fazer parte da agenda de vrias organizaes internacionais, incluindo as Naes Unidas (MAA, 1999), a partir de 1972 em Estocolmo e confirmado na Conferencia de Rio em 1992 a Conveno sobre a Diversidade Biolgica (CDB), atravs do consenso a volta dos princpios, recomendaes e aces da Agenda 21 e sobretudo das convenes internacionais, com nova abordagem da problemtica do ambiente mundial. A CDB constituda por 42 artigos que estabelecem um programa para reconciliar o desenvolvimento econmico com a necessidade de preservar todos os aspectos da diversidade biolgica. Cabo verde e um arquiplago inserido na regio Macaronsia com influncias da regio saheliana, dotada de caractersticas climticas, geolgicas, martimas, geomorfolgica, botnica e zoolgicas peculiares. Esta particularidade faz com que cabo verde seja um arquiplago especfico entre os outros da vasta rea atlntica (MAA e DGA, 2003:3)2, devido conjugao de vrios factores, so detentora de uma diversidade biolgica considervel e de importncia global, apresentando no entanto um ecossistema de fraco equilbrio, onde existe vrios factores de ameaas, como a seca, as espcies exticas e invasoras, factores antrpicos de vria ordem, interessa e v-se como necessrio a conservao e gesto sustentvel dos seus recursos naturais, como condio necessria para o desenvolvimento sustentado O conceito de desenvolvimento sustentvel foi proposto nos anos oitenta com a elaborao da Estratgia Mundial para a Conservao da Natureza que se traduziu pela necessidade premente de harmonizar o processo de desenvolvimento e a explorao desenfreada dos recursos que deveria ser feita dentro dos nveis que permitam a sua renovao, evitando assim a sua colocao em perigo (MAA, 1999). A natureza insular do arquiplago, aliado as aces nefastas de factores climticos e antrpicos, vem contribuindo ao longo dos tempos para a degradao dos seus recursos naturais. Esta situao exige a implementao de medidas que garantam uma gesto sustentvel dos recursos naturais de todo territrio nacional (MAA e DGA, 2003:3). O estado de degradao muito avanado dos recursos marinhos e terrestres de Cabo Verde, deve-se em parte, de acordo com a opinio dos especialistas e da populao local, m gesto desses recursos, A 29 de Maro de 1995 Cabo Verde comprometeu-se perante a Comunidade Internacional a promover a implementao dos objectivos e princpios que constam desse documento (MAA, 1999). Cabo Verde, para confirmar a sua participao na luta contra as ameaas ambientais planetrias, ratificou as principais convenes internacionais (CCD, CBD, CCC) e comprometeu-se a implementa -las atravs de estratgias e planos de aco. A ligao entre a Gesto Ambiental Global e o Desenvolvimento Durvel capital para um pas como Cabo Verde, tendo em conta a vulnerabilidade ambiental e no contexto de um pequeno estado insular em desenvolvimento (SIDS), devem ser bem avaliados e implementados com uma viso estratgica integrada, sinrgica e de longo prazo (ROCHA, CHARLES e NEVES.ARLINDA, 2007:12). Desde a independncia nacional a 5 de Julho de 1975, os sucessivos Governos Cabo-verdianos tm-se mostrado preocupados com a questo da preservao dos ecossistemas e com o enquadramento dos organismos vocacionados para a gesto ambiental, O segundo Plano de Aco Nacional para o Ambiente (PANA II) constitui a concretizao destas polticas e define as orientaes estratgicas de aproveitamento dos recursos naturais bem como os seus efeitos sobre a gesto sustentvel das actividades econmicas. um documento orientador de um processo contnuo caracterizado por uma dinmica prpria e que nos prximos 10 anos (2004-2014), servir de base de trabalho, permitindo um desenvolvimento Cabo-verdiano sustentvel e harmonioso, garantindo um ambiente sadio (MAAP, 2004 a 2014:12)3. A Conferncia das Naes Unidas sobre o Ambiente e Desenvolvimento (conhecida como a Cimeira da Terra), realizada no Rio de Janeiro, Brasil em 1992, constitui uma referncia histrica na rea do ambiente marcando, assim, a mudana na abordagem da problemtica ambiental a nvel mundial. Como resultado deste processo, assiste-se mobilizao dos pases em programas a nvel nacional, regional e internacional. a partir da Cimeira da Terra que a problemtica ambiental ganha uma nova dinmica e passa a ser integrada, de forma explcita, no processo de planeamento. De destacar, ainda a emanao a partir da Conferncia do Rio de convenes especficas, designadamente, nos domnios da luta contra a desertificao, da biodiversidade e das mudanas climticas (MAAP e DGA, 2004:11)4. Com a criao de um sistema de AP, o pas deu passos importantes. A Estratgia e o Plano de Aco Nacional da Biodiversidade (1999) definiram habitats prioritrios para conservao representativos do patrimnio em matria de biodiversidade. Este exerccio de definio de prioridades serviu de base para o estabelecimento legal da rede nacional de AP em 2003, Com 47 stios compreendendo tantas reas marinhas/costeiras protegidas (AMP) como terrestres Protegidas (AP) (PNUD et al. 2010:8)5. Em todos os pases, a agricultura a actividade que ocupa a maior parte das terras, pelo que desempenha um papel importante na transformao do ambiente pela aco do homem que modela a paisagem e as formas de vida rural natural, ao longo dos sculos. A agricultura, constitui directa ou indirectamente a base econmica de subsistncia da maior parte da populao (MAAP e DGA, 2004:112). A estratgia poltica ambiental para Cabo Verde prev uma sociedade consciente do papel e dos desafios do ambiente para um desenvolvimento econmico e social sustentvel, consciente das suas responsabilidades relativamente s geraes futuras e determinada a utilizar os recursos naturais de maneira durvel. Para tal entende-se implementar uma abordagem integrada com base nos seguintes pressupostos: conservao dos recursos naturais; especialmente da biodiversidade terrestre e marinha; das zonas costeiras e das reas florestais; manuteno de um ambiente urbano e rural sadio em toda a sua envolvente (PNUD et al. 2010:8). A rea do ambiente relativamente nova, o leque de instrumentos para a gesto do ambiente fracamente desenvolvido e pouco aplicado. Refere-se por exemplo, o reduzido desenvolvimento do sector do Ordenamento do Territrio, as lacunas e algumas incoerncias da legislao e o sistema de informao que ainda rudimentar. A problemtica ambiental ganhou uma nova dimenso a partir de 1995. Com efeito, foi institucionalizado o processo de proteco do ambiente com a criao do Secretariado Executivo para o Ambiente (SEPA), hoje Direco Geral do Ambiente (DGA) atravs do Decreto-Lei n. 8/2002 de 25 Fevereiro, que aprova a orgnica do Ministrio da Agricultura e Pesca e define as atribuies no domnio do ambiente e dos recursos naturais (PNUD et al. 2010:8). O poder local, visto pelas populaes como o responsvel pela resoluo da maioria dos Problemas, As ONGs e as associaes nacionais e regionais esto num processo de desenvolvimento e de afirmao. Desempenham um papel cada vez mais importante no domnio da preservao do ambiente (PNUD, et al. 2010:8).
Resumo:
O processo de desenvolvimento econmico e a garantia do bem-estar global das sociedades humanas esteve sempre assente numa dependncia directa entre o homem e o ambiente o que tem sido traduzida numa utilizao desenfreada e irresponsvel dos recursos naturais, o que provocaram uma srie de consequncias desastrosas como o xodo rural, a crescente urbanizao, a poluio dos solos, da gua e do ar, o esgotamento de importantes recursos naturais e, em suma, a degradao da biodiversidade terrestre e marinha na sua forma mais abrangente. A situao preocupante desta degradao impe uma atitude mais responsvel do Homem para com o ambiente, por forma a restabelecer-se a necessria harmonia entre este e a natureza. Essa harmonia reflecte, em ltima instncia, o conceito da sustentabilidade que ir permitir uma utilizao responsvel e duradoura dos recursos naturais e garantir, em consequncia, s geraes vindouras um futuro diferente e promissor, pois a sua qualidade de vida depende, grandemente, do nvel de conservao desses ecossistemas (MAA, 1999)1. Com a mudana de atitude do Homem, uma resposta s preocupaes sobre o crescente impacto da actividade humana sobre os recursos naturais, em 1983 a Organizao das Naes Unidas (ONU) criou a Comisso Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento para discutir e propor meios de harmonizar os dois objectivos - desenvolvimento econmico e conservao ambiental (MAA, 1999). As questes relacionadas com a conservao da diversidade biolgica comearam a fazer parte da agenda de vrias organizaes internacionais, incluindo as Naes Unidas (MAA, 1999), a partir de 1972 em Estocolmo e confirmado na Conferencia de Rio em 1992 a Conveno sobre a Diversidade Biolgica (CDB), atravs do consenso a volta dos princpios, recomendaes e aces da Agenda 21 e sobretudo das convenes internacionais, com nova abordagem da problemtica do ambiente mundial. A CDB constituda por 42 artigos que estabelecem um programa para reconciliar o desenvolvimento econmico com a necessidade de preservar todos os aspectos da diversidade biolgica. Cabo verde e um arquiplago inserido na regio Macaronsia com influncias da regio saheliana, dotada de caractersticas climticas, geolgicas, martimas, geomorfolgica, botnica e zoolgicas peculiares. Esta particularidade faz com que cabo verde seja um arquiplago especfico entre os outros da vasta rea atlntica (MAA e DGA, 2003:3)2, devido conjugao de vrios factores, so detentora de uma diversidade biolgica considervel e de importncia global, apresentando no entanto um ecossistema de fraco equilbrio, onde existe vrios factores de ameaas, como a seca, as espcies exticas e invasoras, factores antrpicos de vria ordem, interessa e v-se como necessrio a conservao e gesto sustentvel dos seus recursos naturais, como condio necessria para o desenvolvimento sustentado. O conceito de desenvolvimento sustentvel foi proposto nos anos oitenta com a elaborao da Estratgia Mundial para a Conservao da Natureza que se traduziu pela necessidade premente de harmonizar o processo de desenvolvimento e a explorao desenfreada dos recursos que deveria ser feita dentro dos nveis que permitam a sua renovao, evitando assim a sua colocao em perigo (MAA, 1999). A natureza insular do arquiplago, aliado as aces nefastas de factores climticos e antrpicos, vem contribuindo ao longo dos tempos para a degradao dos seus recursos naturais. Esta situao exige a implementao de medidas que garantam uma gesto sustentvel dos recursos naturais de todo territrio nacional (MAA e DGA, 2003:3). O estado de degradao muito avanado dos recursos marinhos e terrestres de Cabo Verde, deve-se em parte, de acordo com a opinio dos especialistas e da populao local, m gesto desses recursos, A 29 de Maro de 1995 Cabo Verde comprometeu-se perante a Comunidade Internacional a promover a implementao dos objectivos e princpios que constam desse documento (MAA, 1999). Cabo Verde, para confirmar a sua participao na luta contra as ameaas ambientais planetrias, ratificou as principais convenes internacionais (CCD, CBD, CCC) e comprometeu-se a implementa -las atravs de estratgias e planos de aco. A ligao entre a Gesto Ambiental Global e o Desenvolvimento Durvel capital para um pas como Cabo Verde, tendo em conta a vulnerabilidade ambiental e no contexto de um pequeno estado insular em desenvolvimento (SIDS), devem ser bem avaliados e implementados com uma viso estratgica integrada, sinrgica e de longo prazo (ROCHA, CHARLES e NEVES.ARLINDA, 2007:12). Desde a independncia nacional a 5 de Julho de 1975, os sucessivos Governos Cabo-verdianos tm-se mostrado preocupados com a questo da preservao dos ecossistemas e com o enquadramento dos organismos vocacionados para a gesto ambiental, O segundo Plano de Aco Nacional para o Ambiente (PANA II) constitui a concretizao destas polticas e define as orientaes estratgicas de aproveitamento dos recursos naturais bem como os seus efeitos sobre a gesto sustentvel das actividades econmicas. um documento orientador de um processo contnuo caracterizado por uma dinmica prpria e que nos prximos 10 anos (2004-2014), servir de base de trabalho, permitindo um desenvolvimento Cabo-verdiano sustentvel e harmonioso, garantindo um ambiente sadio (MAAP, 2004 a 2014:12)3. A Conferncia das Naes Unidas sobre o Ambiente e Desenvolvimento (conhecida como a Cimeira da Terra), realizada no Rio de Janeiro, Brasil em 1992, constitui uma referncia histrica na rea do ambiente marcando, assim, a mudana na abordagem da problemtica ambiental a nvel mundial. Como resultado deste processo, assiste-se mobilizao dos pases em programas a nvel nacional, regional e internacional. a partir da Cimeira da Terra que a problemtica ambiental ganha uma nova dinmica e passa a ser integrada, de forma explcita, no processo de planeamento. De destacar, ainda a emanao a partir da Conferncia do Rio de convenes especficas, designadamente, nos domnios da luta contra a desertificao, da biodiversidade e das mudanas climticas (MAAP e DGA, 2004:11)4. Com a criao de um sistema de AP, o pas deu passos importantes. A Estratgia e o Plano de Aco Nacional da Biodiversidade (1999) definiram habitats prioritrios para conservao representativos do patrimnio em matria de biodiversidade. Este exerccio de definio de prioridades serviu de base para o estabelecimento legal da rede nacional de AP em 2003, Com 47 stios compreendendo tantas reas marinhas/costeiras protegidas (AMP) como terrestres Protegidas (AP) (PNUD et al. 2010:8)5. Em todos os pases, a agricultura a actividade que ocupa a maior parte das terras, pelo que desempenha um papel importante na transformao do ambiente pela aco do homem que modela a paisagem e as formas de vida rural natural, ao longo dos sculos. A agricultura, constitui directa ou indirectamente a base econmica de subsistncia da maior parte da populao (MAAP e DGA, 2004:112). prximos 10 anos (2004-2014), servir de base de trabalho, permitindo um desenvolvimento Cabo-verdiano sustentvel e harmonioso, garantindo um ambiente sadio (MAAP, 2004 a 2014:12)3. A Conferncia das Naes Unidas sobre o Ambiente e Desenvolvimento (conhecida como a Cimeira da Terra), realizada no Rio de Janeiro, Brasil em 1992, constitui uma referncia histrica na rea do ambiente marcando, assim, a mudana na abordagem da problemtica ambiental a nvel mundial. Como resultado deste processo, assiste-se mobilizao dos pases em programas a nvel nacional, regional e internacional. a partir da Cimeira da Terra que a problemtica ambiental ganha uma nova dinmica e passa a ser integrada, de forma explcita, no processo de planeamento. De destacar, ainda a emanao a partir da Conferncia do Rio de convenes especficas, designadamente, nos domnios da luta contra a desertificao, da biodiversidade e das mudanas climticas (MAAP e DGA, 2004:11)4. Com a criao de um sistema de AP, o pas deu passos importantes. A Estratgia e o Plano de Aco Nacional da Biodiversidade (1999) definiram habitats prioritrios para conservao representativos do patrimnio em matria de biodiversidade. Este exerccio de definio de prioridades serviu de base para o estabelecimento legal da rede nacional de AP em 2003, Com 47 stios compreendendo tantas reas marinhas/costeiras protegidas (AMP) como terrestres Protegidas (AP) (PNUD et al. 2010:8)5. Em todos os pases, a agricultura a actividade que ocupa a maior parte das terras, pelo que desempenha um papel importante na transformao do ambiente pela aco do homem que modela a paisagem e as formas de vida rural natural, ao longo dos sculos. A agricultura, constitui directa ou indirectamente a base econmica de subsistncia da maior parte da populao (MAAP e DGA, 2004:112)prximos 10 anos (2004-2014), servir de base de trabalho, permitindo um desenvolvimento Cabo-verdiano sustentvel e harmonioso, garantindo um ambiente sadio (MAAP, 2004 a 2014:12)3. A Conferncia das Naes Unidas sobre o Ambiente e Desenvolvimento (conhecida como a Cimeira da Terra), realizada no Rio de Janeiro, Brasil em 1992, constitui uma referncia histrica na rea do ambiente marcando, assim, a mudana na abordagem da problemtica ambiental a nvel mundial. Como resultado deste processo, assiste-se mobilizao dos pases em programas a nvel nacional, regional e internacional. a partir da Cimeira da Terra que a problemtica ambiental ganha uma nova dinmica e passa a ser integrada, de forma explcita, no processo de planeamento. De destacar, ainda a emanao a partir da Conferncia do Rio de convenes especficas, designadamente, nos domnios da luta contra a desertificao, da biodiversidade e das mudanas climticas (MAAP e DGA, 2004:11)4. Com a criao de um sistema de AP, o pas deu passos importantes. A Estratgia e o Plano de Aco Nacional da Biodiversidade (1999) definiram habitats prioritrios para conservao representativos do patrimnio em matria de biodiversidade. Este exerccio de definio de prioridades serviu de base para o estabelecimento legal da rede nacional de AP em 2003, Com 47 stios compreendendo tantas reas marinhas/costeiras protegidas (AMP) como terrestres Protegidas (AP) (PNUD et al. 2010:8)5. Em todos os pases, a agricultura a actividade que ocupa a maior parte das terras, pelo que desempenha um papel importante na transformao do ambiente pela aco do homem que modela a paisagem e as formas de vida rural natural, ao longo dos sculos. A agricultura, constitui directa ou indirectamente a base econmica de subsistncia da maior parte da populao (MAAP e DGA, 2004:112). prximos 10 anos (2004-2014), servir de base de trabalho, permitindo um desenvolvimento Cabo-verdiano sustentvel e harmonioso, garantindo um ambiente sadio (MAAP, 2004 a 2014:12)3. A Conferncia das Naes Unidas sobre o Ambiente e Desenvolvimento (conhecida como a Cimeira da Terra), realizada no Rio de Janeiro, Brasil em 1992, constitui uma referncia histrica na rea do ambiente marcando, assim, a mudana na abordagem da problemtica ambiental a nvel mundial. Como resultado deste processo, assiste-se mobilizao dos pases em programas a nvel nacional, regional e internacional. a partir da Cimeira da Terra que a problemtica ambiental ganha uma nova dinmica e passa a ser integrada, de forma explcita, no processo de planeamento. De destacar, ainda a emanao a partir da Conferncia do Rio de convenes especficas, designadamente, nos domnios da luta contra a desertificao, da biodiversidade e das mudanas climticas (MAAP e DGA, 2004:11)4. Com a criao de um sistema de AP, o pas deu passos importantes. A Estratgia e o Plano de Aco Nacional da Biodiversidade (1999) definiram habitats prioritrios para conservao representativos do patrimnio em matria de biodiversidade. Este exerccio de definio de prioridades serviu de base para o estabelecimento legal da rede nacional de AP em 2003, Com 47 stios compreendendo tantas reas marinhas/costeiras protegidas (AMP) como terrestres Protegidas (AP) (PNUD et al. 2010:8)5. Em todos os pases, a agricultura a actividade que ocupa a maior parte das terras, pelo que desempenha um papel importante na transformao do ambiente pela aco do homem que modela a paisagem e as formas de vida rural natural, ao longo dos sculos. A agricultura, constitui directa ou indirectamente a base econmica de subsistncia da maior parte da populao (MAAP e DGA, 2004:112). A estratgia poltica ambiental para Cabo Verde prev uma sociedade consciente do papel e dos desafios do ambiente para um desenvolvimento econmico e social sustentvel, consciente das suas responsabilidades relativamente s geraes futuras e determinada a utilizar os recursos naturais de maneira durvel. Para tal entende-se implementar uma abordagem integrada com base nos seguintes pressupostos: conservao dos recursos naturais; especialmente da biodiversidade terrestre e marinha; das zonas costeiras e das reas florestais; manuteno de um ambiente urbano e rural sadio em toda a sua envolvente (PNUD et al. 2010:8). A rea do ambiente relativamente nova, o leque de instrumentos para a gesto do ambiente fracamente desenvolvido e pouco aplicado. Refere-se por exemplo, o reduzido desenvolvimento do sector do Ordenamento do Territrio, as lacunas e algumas incoerncias da legislao e o sistema de informao que ainda rudimentar. A problemtica ambiental ganhou uma nova dimenso a partir de 1995. Com efeito, foi institucionalizado o processo de proteco do ambiente com a criao do Secretariado Executivo para o Ambiente (SEPA), hoje Direco Geral do Ambiente (DGA) atravs do Decreto-Lei n. 8/2002 de 25 Fevereiro, que aprova a orgnica do Ministrio da Agricultura e Pesca e define as atribuies no domnio do ambiente e dos recursos naturais (PNUD et al. 2010:8). O poder local, visto pelas populaes como o responsvel pela resoluo da maioria dos Problemas, As ONGs e as associaes nacionais e regionais esto num processo de desenvolvimento e de afirmao. Desempenham um papel cada vez mais importante no domnio da preservao do ambiente (PNUD, et al. 2010:8).
Resumo:
O Presente trabalho que se intitula Gesto dos Parques Naturais em Cabo Verde, enquadra-se no mbito do curso de licenciatura em Administrao Pblica e Autrquica, realizado pela Universidade Jean Piaget de Cabo Verde. Em Cabo Verde, a criao dos parques naturais, bem como das outras reas protegidas, tm vindo a aumentar, mas os modelos de gesto utilizados nem sempre so eficazes e eficientes, o que nem sempre se verifica, condicionando os princpios desses parques naturais de Serra Malagueta, de Monte Gordo e de Fogo. Tendo em considerao as vantagens do modelo de gesto participativa para as reas protegidas e, particularmente, para os parques naturais, o presente trabalho tem, entre outros objectivos, analisar a gesto desses e propor medidas de polticas e estratgias que contribuam para uma melhor gesto dos mesmos. Para a realizao deste trabalho, foi utilizada a metodologia qualitativa, com enfoque na anlise SWOT, apresentado assim nas informaes das entrevistas aplicadas aos sujeitos de pesquisas e anlise dos relatrios, bem como os estudos realizados, em Cabo Verde, sobre as reas protegidas, com realce para os dos parques naturais . Com a realizao deste trabalho, concluiu-se que, em Cabo Verde, os parques naturais, para alm de terem potencialidades (a biodiversidade e existncia de um contexto institucional e legislativo geral favorvel a gesto dos Parques) e oportunidades (parceria especial de Cabo Verde com a Unio Europeia, adeso de Cabo Verde a OMC e as Organizaes Internacionais e Regionais sobre o Ambiente), deparam-se com fraquezas (no existncia de sinergias entre gesto dos Parques e as Cmaras Municipais e a falta de concertao institucional e sistmica na elaborao dos planos estratgicos) e ameaas (alteraes climticas globais que podem provocar a seca e indutoras de alteraes na distribuio dos habitats e espcies, a pobreza e aumento da procura dos parques naturais para o turismo), o que condicionam a sua gesto, pelo que devem ser geridos com base em novos paradigmas, nomeadamente a implementao do modelo de gesto participativa, a cooperao, a concertao e a articulao estratgicas entre as instituies responsveis directa, ou indirectamente na gesto dos parques naturais.
Resumo:
No presente estudo, foram usados povoamentos homogneos de Eucalyptus grandis e Pinus caribaea var. hondurensis, em diferentes estdios de crescimento, bem como fragmentos de florestas naturais de Cerrado e Mata Atlntica. Amostras de solo (0-15 cm) foram incubadas por perodos sucessivos de 3, 3, 4, 4, 6 e 10 semanas, num total de 30 semanas, sob condies aerbias e anaerbias, em laboratrio (temperatura igual a 20C). Em campo, amostras de solo foram incubadas in situ no perodo do inverno (incio da primeira semana de 07/96) e vero (incio da segunda semana de 12/96). As quantidades acumuladas de N mineralizado, em condies aerbias e anaerbias, mostraram uma relao exponencial com o tempo de incubao. A equao Nt = N0 + b/t ajustou-se melhor aos dados do que a equao proposta por Stanford & Smith (1972), Nt = N0 (1 - e-kt), em que N0 o N potencialmente mineralizvel, Nt so as quantidades acumuladas de N mineralizado e t o tempo de mineralizao. Esta equao superestimou os valores de N0 em vrios stios e condies de incubao, alm de no modelar-se adequadamente aos dados. As quantidades totais de N0 (camada 0-15 cm), sob condies aerbias, foram, em mdia, de 103 53 kg ha-1 de N e, sob condies anaerbias, em mdia, de 281 175 kg ha-1 de N. Acredita-se que as reservas mdias de N dos stios pesquisados sejam suficientes para trs a cinco rotaes de cultivo (7 anos cada) de E. grandis. Em condies de laboratrio, em alguns stios, as quantidades de N potencialmente mineralizvel (N0) foram maiores em solos sob mata nativa. Por exemplo, o N0 estimado num fragmento de cerrado, em condies anaerbias, 173 mg kg-1 de N no solo, foi superior ao obtido num florestamento de Pinus caribaea var. hondurensis, recm-implantado, 44 mg kg-1 de N no solo, o qual foi semelhante ao N0 obtido em um florestamento de Pinus caribaea var. hondurensis, com 20 anos de idade, 45 mg kg-1 de N no solo. A floresta adulta de eucalipto foi capaz de manter no solo nveis de N0 similares aos da floresta nativa. Tomando por base as razes N0/Nt (Nt o N total do solo), deduziu-se que apenas 5 a 15% do teor de matria orgnica do solo decomponvel. Esta variao dependeu das caractersticas do solo, principalmente aquelas relacionadas com o teor e qualidade da matria orgnica do solo (MOS) e sua textura. Relacionando as quantidades de N0 (estimado no laboratrio) com as quantidades de N mineralizadas (N M) em campo, verificou-se grande potencial preditivo de N M a partir de N0.
Resumo:
Com o advento da agricultura orgnica no Vale do Submdio So Francisco, surge a demanda por tcnicas que atendam aos princpios desse sistema de explorao agrcola. Dessa forma, realizou-se este trabalho com o objetivo de avaliar a eficincia de fosfatos naturais em trs solos (Argissolo Acinzentado distrfico - PACd, Argissolo Amarelo eutrfico - PAe e Vertissolo - V) da regio, cultivados com melo (Cucumis melo) em vasos, na Embrapa Semi-rido. Os tratamentos constituram um fatorial (3 x 4) + 1, sendo trs doses de P (40, 80 e 160 mg dm-3 de P2O5), quatro fontes de P (superfosfato triplo-ST, termofosfato-TM, fosfato natural de Gafsa-FG e fosfato natural Fosbahia-FB) e uma testemunha sem P, dispostos no delineamento experimental inteiramente casualizado, com trs repeties. Cada solo constituiu um ensaio. Aps 38 dias de cultivo do melo, avaliaram-se a produo de matria seca (MS) da parte area, o P absorvido pela planta e o P do solo extrado pelos mtodos de Mehlich-1 e resina de troca aninica (RTA). No V e PACd, os fosfatos apresentaram-se menos eficientes que no PAe. O TM foi a fonte de P que apresentou maior eficincia para produo de MS do melo nos trs solos (56 a 100 % em relao ao superfosfato triplo). No PAe, o FG tambm mostrou boa eficincia, sendo equivalente a 80 % do superfosfato triplo. Os extratores Mehlich e RTA foram igualmente eficientes para avaliar a disponibilidade do P.
Resumo:
Na cultura do arroz irrigado, no foram observadas diferenas significativas no rendimento de gros em experimentos de campo que confrontaram fontes solveis e fosfatos naturais como fontes de P. No entanto, as alteraes qumicas que ocorrem durante o alagamento, principalmente aumento do pH e dos teores de P e Ca na soluo do solo, provavelmente dificultam a dissoluo de fosfatos naturais. O objetivo deste trabalho foi avaliar a solubilizao dos fosfatos naturais de Patos de Minas e de Arad em dois solos alagados. Foram realizados dois experimentos, delineados em blocos ao acaso, com quatro repeties, em tipos de solos diferentes (Planossolo e Cambissolo). Foram testadas fontes de P: (a) testemunha, sem P; (b) superfosfato triplo; (c) fosfato de Patos de Minas; e (d) fosfato de Arad. Na soluo do solo, foram avaliados os valores de pH e os teores de Fe, Mn, Ca, e P durante 88 dias de alagamento. O pH e os teores de Fe e Mn na soluo do Planossolo e do Cambissolo no foram influenciados pela adio de superfosfato triplo e pelos fosfatos naturais de Arad e de Patos. Os teores de P na soluo dos solos foram maiores com superfosfato triplo do que com os fosfatos naturais, indicando maior solubilizao do primeiro durante o alagamento. Entre os fosfatos naturais, o de Arad apresentou maior solubilizao do que o de Patos apenas no Planossolo.
Resumo:
Os impactos ambientais advindos da explorao e do beneficiamento de U so, em grande parte, idnticos queles causados por atividades minero-extrativistas em geral. Este trabalho teve o objetivo de determinar a partio geoqumica dos radionucldeos naturais 238U, 226Ra e 210Pb em reas circunvizinhas Unidade de Minerao e Atividade de Urnio (URA) das Indstrias Nucleares do Brasil S.A., localizada na Provncia Uranfera de Lagoa Real, no municpio de Caetit, na regio sudoeste do Estado da Bahia. Foram coletadas amostras de solo em cinco reas circunvizinhas URA, representando as principais classes de solos da regio, na profundidade de 0-20 cm. Nas cinco reas, foram determinados o teor de atividade total e o fracionamento geoqumico nas fraes: F1 - levemente cida, F2 - reduzvel, F3 - oxidvel, F4 - alcalina e F5 - residual. As atividades totais mdias foram, em Bq kg-1 de solo, de 50 para 238U, 51 para 226Ra e 159 para 210Pb. Os extrados na fase potencialmente biodisponvel (F1) foram: 11 % para 238U, 13 % para 226Ra e 3 % para 210Pb. O 238U apresentou maior biodisponibilidade nos solos mais cidos e maior afinidade pelos xidos de Fe, o que no ocorreu para o 226Ra, tendo este apresentado a maior biodisponibilidade. O 210Pb apresentouse predominantemente associado a F5. As percentagens elevadas de 238U, 226Ra e 210Pb na frao geoqumica F5 indicam que as atividades observadas nos cinco solos esto, predominantemente, associadas ao material que deu origem a esses solos, e no a um processo de contaminao artificial em funo da atividade da URA.
Resumo:
O brio (Ba) um metal alcalino terroso de ocorrncia natural no solo. constituinte de carbonatos, sulfatos e silicatos e ocorre como substituto isomrfico de elementos como Ca e K nos minerais. Quando disponvel em elevados teores no solo, o Ba pode causar toxidez a diversos organismos vivos. Para considerar que determinado solo est livre de contaminao por esse elemento, faz-se necessrio conhecer os teores de Ba nesse solo em condio natural. Portanto, a determinao de teores naturais de Ba em solos essencial para a construo de uma legislao que sirva de base ao monitoramento e remediao de reas contaminadas por esse elemento e que seja adequada realidade pedolgica local. Nesse contexto, o objetivo desta pesquisa foi determinar os teores naturais de Ba como base de referncia de qualidade para os Solos de Referncia do Estado de Pernambuco. Foram coletadas amostras dos dois primeiros horizontes dos 35 perfis de referncia, as quais foram submetidas digesto cida em micro-ondas (mtodo 3051A). Nos extratos obtidos foi efetuada a determinao dos teores de Ba por ICP-OES. Observaram-se teores de Ba superiores aos valores de preveno e de investigao estabelecidos pela legislao brasileira (CONAMA, 2009), corroborando a necessidade de maior conhecimento das diversidades regionais para a elaborao de normas nacionais. Os teores naturais de Ba determinados nos solos podem ser utilizados como base para a definio dos valores de referncia de qualidade para Ba nos solos de Pernambuco, de acordo com o preconizado pela legislao nacional.
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O Estado de Roraima apresenta ampla diversidade pedolgica e de ecossistemas, sendo gradativamente ocupados com pastagem, que dependendo do manejo podem estar associadas degradao fsica do solo. Dentro desse contexto, este trabalho foi realizado com os objetivos de avaliar e comparar os atributos fsico-hdricos de um Argissolo Amarelo sob os ecossistemas de savana e floresta natural, convertidos em pastagem para pecuria. Os tratamentos principais foram savana natural (SN), savana convertida em pastagem (SC), floresta natural (FN) e floresta convertida em pastagem (FC) e os tratamentos secundrios foram as profundidades de amostragem do solo, 0-10, 10-20 e 20-40 cm. Os atributos avaliados foram: granulometria, densidade do solo (DS) e de partculas (DP), resistncia penetrao (RP), porosidade total (PT), umidade gravimtrica (UG), capacidade de armazenamento de gua (CAD) e matria orgnica do solo (MOS). A DS foi superior nas duas reas de Savana, no havendo diferena entre SC e SN em nenhuma das profundidades. A RP variou em funo das reas e da profundidade, verificando-se influncia da converso nesse atributo. A PT foi maior na FN e menor na SC; houve diminuio da porosidade com a profundidade. A CAD foi maior na FN apenas na profundidade de 0-10 cm. A MOS foi superior nas reas de FN e FC. Portanto, a converso dos ambientes naturais em pastagem provocou alteraes significativas na RP, DS, CAD, PT e MOS, com maior expressividade nas reas da FC em razo da supresso da cobertura vegetal natural, que tem na matria orgnica o condicionador da qualidade fsico-hdrica do solo. Na SC, por sua vez, a supresso da cobertura vegetal natural no provocou a mesma expressividade por causa dos teores significativamente inferiores de MOS.
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A maioria das pastagens naturais no bioma Campos no sul do Brasil cresce em solos com baixa disponibilidade de fsforo (P), mas com altos teores de P total e de P orgnico. Este trabalho objetivou avaliar as alteraes nas formas de P no solo, ao longo de um ciclo de crescimento de pastagens naturais, decorrentes da aplicao de fontes de fosfato. Em trs experimentos instalados em reas de pastagem natural, foi aplicado P nas formas de hiperfosfato de Gafsa, superfosfato triplo e testemunha, arranjados em blocos casualizados com trs repeties. Nos experimentos instalados no municpio de Candiota, RS, em pastagens naturais sob Luvissolo mbrico e Neossolo Litlico, foram aplicados 100 kg ha-1 de P2O5 em setembro de 2010. Na pastagem sob Argissolo Vermelho no municpio de Santa Maria, RS, foram aplicados 180, 90, 100 e 100 kg ha-1 de P2O5 nos anos de 1997, 1998, 2002 e 2010, respectivamente. Amostras de solo foram coletadas (0-10 cm) ao longo da estao de crescimento da pastagem (0, 55, 116, 171 e 232 dias, aps aplicao do fosfato em Candiota; e 0, 50, 83, 129, 159 e 186 dias, aps aplicao do fosfato em Santa Maria). Foram analisados os teores de P disponvel por resina de troca aninica, o P imobilizado na biomassa microbiana do solo, o P extrado por NaOH 0,1 mol L-1, o P orgnico total e o P total. Os teores de P disponvel aumentaram rapidamente com a aplicao de fosfato solvel, mas no final do perodo de avaliao esses se equivaleram ao do fosfato natural, que foi semelhante testemunha. A aplicao de fertilizantes fosfatados sob pastagens naturais com baixa disponibilidade de P aumentou a importncia das fraes inorgnicas lbeis s plantas, tornando-as menos dependentes da mineralizao das fraes orgnicas. As fraes orgnicas, inclusive o P microbiano, no so bons indicadores da biodisponibilidade de P em pastagens naturais sob Argissolos, Neossolos e Luvissolos do sul do Brasil fertilizadas com fosfatos.
Resumo:
Com o objetivo de melhor entender os mecanismos genticos do tempo para o florescimento em soja (Glycine max (L.) Merrill), foram estudados os genitores e as geraes F2 de um dialelo com a cultivar Paran e seus variantes naturais Paranagoiana, SS-1 e Pirap 78. Os dados foram obtidos em condies de campo com o fotoperodo variando de 13 horas e 31 minutos, na data de semeadura, ao mximo de 14 horas e 23 minutos, 59 dias aps. No foi constatada a presena de epistasia na determinao do carter. O principal componente de variao gentica foi o aditivo. Os resultados evidenciaram que o retardamento do incio do florescimento determinado por alelos recessivos. Os alelos que condicionaram a precocidade exibiram dominncia parcial. As herdabilidades nos sentidos amplo e restrito foram 99,68% e 89,96%, respectivamente. As informaes genticas sobre o tempo para o florescimento apresentadas, se avaliadas em conjunto com os resultados obtidos por outros pesquisadores, indicam que o tipo de herana depende mais dos gentipos considerados que de uma faixa fotoperidica especfica.
Resumo:
Procurou-se avaliar os efeitos do plantio direto e da consorciao soja (Glycine max (L.) Merrill) e milho (Zea mays L.) sobre pragas e inimigos naturais. Os tratamentos constituram um fatorial 3 x 2 (monocultura de soja, monocultura de milho, consorciao soja-milho x plantio direto, plantio convencional), em blocos casualizados. Os insetos foram amostrados pelo mtodo do pano, rede entomolgica, procura visual e armadilha de suco. Entre os insetos-pragas do milho, Maecolaspis assimilis ocorreu em maior nmero no sistema de plantio convencional; o mesmo ocorreu com os predadores Cycloneda sanguinea e Doru sp. Por outro lado, M. assimilis e o predador Toxomerus sp. foram mais numerosos na monocultura de milho em relao cultura do milho consorciado com soja. Dos insetos-pragas da soja, destacaram-se pelo maior nmero Anticarsia gemmatalis e Diabrotica gracilenta, no sistema de plantio convencional, e o mesmo aconteceu com a espcie da famlia Trichogrammatidae, enquanto as espcies da famlia Eulophidae foram mais numerosas na soja sob sistema de plantio direto. Na soja consorciada com milho foi maior o nmero de insetos-pragas Megalotomus sp. e Maecolaspis sp. e dos inimigos naturais Geocoris sp., Lebia concina, Orius sp., Braconidae e Scelionidae.
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Os noctudeos constituem as principais pragas fitfagas de gramneas e decises sobre seu controle baseiam-se em porcentuais de desfolhamento, desconsiderando o grau de incidncia da praga. Este estudo objetivou testar a rede de varredura na avaliao das populaes de Noctuidae e principais grupos de inimigos naturais, em azevm (Lolium multiflorum Lam.), nos turnos da manh e da noite. O trabalho foi conduzido em duas lavouras, em Salvador do Sul, RS. Realizou-se um experimento com coletas semanais e outro, complementar, com coletas em cada fase de desenvolvimento do azevm, mantendo criao laboratorial. No primeiro, foram coletadas 2.044 lagartas, das quais somente 151 foram coletadas no perodo matinal; noite foram detectadas diferenas estatsticas entre datas de coleta e tamanho das lagartas. Tambm foram capturadas 387 aranhas, 577 microimenpteros e 983 outros insetos de interesse no controle biolgico; houve significncia estatstica entre turnos e datas em relao a Carabidae, Forficulidae, Tachinidae, Nabidae, Vespidae, microimenpteros e Araneae. Do segundo experimento, obtiveram-se 11 espcies, das quais Pseudaletia sequax Franc., 1951, foi a predominante. O emprego da rede de varredura permite avaliar as populaes de Noctuidae e principais grupos de inimigos naturais, em azevm, no turno da noite.
Resumo:
A utilizao de microrganismos solubilizadores tem sido sugerida como alternativa ao uso de fertilizantes fosfticos. Para serem utilizados num programa de inoculao controlada, os microrganismos devem apresentar grande capacidade e potencial de solubilizao. O objetivo deste trabalho foi avaliar a capacidade e o potencial de solubilizao de 56 isolados inoculados em meio GES contendo fosfato (Anitpolis, Arax ou Catalo), usando-se um fatorial 57x3 (56 isolados + testemunha e trs fosfatos) conduzido em delineamento completamente casualizado com trs repeties. Aps 15 dias de incubao, determinaram-se as quantidades de P e o pH do meio. Foram verificados efeitos dos fosfatos, dos isolados e da interao. Baixos valores de pH foram obtidos por isolados que apresentaram mdio a alto potencial. O teor mdio de P foi superior no fosfato de Anitpolis, seguido do Arax. Trinta e um isolados solubilizaram quantidades significativas. O 310 apresentou o mais alto potencial (mdia de 263 mig mL-1 de P). Quatro isolados (177, 262, 251 e 269) apresentaram alto potencial (120 a 150 mig), e doze (201, 309, 199, 195, 249, 202, 198, 305, 253, 196, 203 e 307), mostraram valores mdios (80 a 120 mig). O comportamento dos isolados foi diferente entre os fosfatos. Apenas quatro isolados solubilizaram os trs fosfatos (310, 251, 199 e 249). As caractersticas apresentadas pelos isolados 310, 251, 199 e 249 os qualificam para um programa de seleo visando inoculao controlada.
Resumo:
Este trabalho objetivou determinar os efeitos da pluviosidade, da temperatura, da umidade relativa, dos predadores e parasitides, da idade das plantas, dos compostos qumicos foliares (cromatgrafo a gs acoplado a espectrmetro de massa - CG/EM), dos nveis de N e de K foliares sobre a intensidade do ataque de Bemisia tabaci bitipo B (Genn.) (Homoptera: Aleyrodidae) em pimento (Capsicum annuum) var. Myr-10. As correntes totais de ons dos picos 28,178 min. (tempo de reteno) e 42,755 min. (tempo de reteno) correlacionaram-se positivamente com as ninfas e adultos da mosca-branca, respectivamente, e a corrente total de ons do pico 36,352 min. (tempo de reteno) correlacionou-se negativamente com ninfas deste inseto.