993 resultados para Amor Estudos de casos Rio de Janeiro (RJ)
Resumo:
Os autores descrevem a ocorrência de um verdadeiro "surto" da forma aguda da esquistossomose mansoni em um foco cujas caracterÃsticas da espécie vetora, seus Ãndices de infecção, a natureza e o local da exposição nada faziam supor esta possibilidade. Foram estudados 22 pacientes (14 crianças e 8 adultos) com a forma aguda da esquistossomose contraÃda em banho nas Furnas da Tifuca, no Rio de Janeiro, no perÃodo de 9 a 22 de março de 1970. Todos os pacientes eram de côr branca e de bom nÃvel social e foram infectados em banho único, ocasional, durante piquenique nesse logradouro. As manifestações clÃnicas foram severas em 7 casos, moderados em outros 7 e discretos cm 8, caracterizando-se por febre em 17 casos, hepatomegalia em 14, tosse seca em I3,astenia em 13, diarréia em 12, emagrecimento em 11 casos, colicas abdominais em 9, espienomegalia em 9, cefalèia em 7 casos e nauseas e vômitos em 3. O hemogrcima mostrou leucocitose e eosinofilia na grande maioria, dos casos e na eletroforese das proteÃnas séricas houve uma baixa da albumina, aumento das gÃobulinas alfa 2 e gama em alguns casos. As transaminases estavam normais em todos. O perÃodo ds incubação medio foi de 5 semanas. Após fazerem uma revisão sumária dos focos de esquistossomose no Estado da Guanabara, estudam a dinâmica da transmissão neste foco , recente camitendo a transmissão a distância do foco por carreamento das cercarÃas ou de seu hapedeiro intermediário pela água.
Resumo:
São relatadas observações acumuladas nos perÃodos pré-epidêmico e epidêmico (1973-1975) do atual surto de meningoencefalite meningocócica na área do Grande Rio, e realizados estudos bacteriológicos baseados em 1.000 casos suspeitos de meningoencefalite e submetidos à punção lombar, no Hospital Estadual São Sebastião. É proposto e discutido esquema simples e eficaz para processamento bacteriológico dos LCR suspeitos, a partir da colheita e pronta semeadura do material. É também discutida a real contribuição da bacterioscopia no diagnóstico presuntivo das meningoencefalites, definindo-se as limitações da técnica. Foi obtido elevado grau de isolamento de microorganismos, variando de 3%, para lÃquores entre zero e 10 células/mm' e 72%, para lÃquores acima de 1000 células/mm³. No decorrer do estudo, foram isoladas e caracterizadas 356 amostras bacterianas, assim discriminadas: N. meningitidis, 281; Haemophilus sp., 22; Enterobacteriaceae, 15; D. pneumoniae, 26; bastonetes gram negativos oxidattvos, 3; estreptococo beta hemolitico, 1 e enterococo, 1. As amostras de meningococos eram, em 15% dos casos, do grupo sorológico A, em 2% do grupo B e em 14%, do grupo sorológico C. Os testes de sensibilidade, em disco, aos agentes antimicrobianos principalmente utilizados na quimioprofilaxia e tratamento da doença meningocócica revelaram alto grau de sensibilidade das amostras ensaiadas a todos os agentes testados. A resistência à sulfadiazina sódica, em testes realizados segundo as normas preconizadas pela Food and Drug Administration (F.D.A.), revelaram elevado grau de resistência, particularmente dos meningococos do grupo C.
Resumo:
Afim de obter dados sobre as manifestações clÃnicas da leptospirose em crianças, foram revistos 188 exames sorológicos realizados em pacientes com idade entre 0 e 12 anos no Laboratório de Referência Nacional para Leptospirose (FIOCRUZ-RJ) no perÃodo de janeiro de 1983 ajunho de 1991. Cinquenta e dois (27,6%) soros eram reagentes. Vinte etrês (12,2%) crianças tinham evidênciasorológica de infecção aguda. Os sinais e sintomas mais freqüentemente encontrados nestes casos foram: febre (100%); mialgias (69,5%); cefaléia (52,1%); icterÃcia (47,8%); vômitos (34,8%); dores abdominais, manifestações hemorrágicas e disfunção renal (17,4%); conjuntivite (13%); hepatomegalia (4,3%).
Resumo:
Foram estudados 261 cães (134 moradias) do MunicÃpio de Maricá, RJ, Brasil, visando avaliar a resposta sorológica e infecção ativa para leishmaniose tegumentar americana (LTA). Oito cães apresentaram lesões sugestivas, sendo o isolamento positivo em 3. Pelo ELISA, 24,5% (64/261) apresentaram reatividade (sensibilidade = 66% e especificidade = 76%), estando associado ao isolamento em 2 e 0,4% (1/261) pela imunofluorescência indireta (RIFI) sem associação com isolamento. Para a redução de reações inespecÃficas no ELISA, utilizou-se um segundo critério para obtenção do cutoff (sensibilidade = 33% e especificidade = 93%), obtendo positividade de 6,9% (18/261) associando-se ao isolamento em um animal. Sete pessoas apresentaram cicatrizes de LTA e uma lesão ativa em tratamento. A não associação da infecção ativa dos cães à sorologia pela IFI e o grande número de resultados inespecÃficos encontrado pelo ELISA, restringe o uso isolado destas no diagnóstico precoce da LTA. O encontro de lesões ativas confirma a circulação recente da Leishmania em Maricá, indicando a necessidade de estudos nesta região.
Resumo:
São descritos dois casos de fasciolÃase em áreas rurais do Rio de Janeiro, endêmicas para esquistossomose, sendo ambos surpreendidos durante inquéritos coprológicos. O paciente de Paracambi queixava-se de tonteira. A paciente de Sumidouro queixava-se de tonteira, cansaço e tosse, tendo sido tratada com praziquantel; seus exames de controle foram negativos.
Resumo:
Com o objetivo de medir a prevalência de anticorpos IgG contra o parvovÃrus B19 em gestantes com até 24 semanas de idade gestacional e detectar a ocorrência de casos de hidropisia fetal não-imune atribuÃdos a esse vÃrus, coletamos 249 amostras de soro em uma maternidade de referência na cidade do Rio de Janeiro, entre junho de 2003 e março de 2005. As gestantes foram acompanhadas até o termo da gestação, sendo detectados 17 casos de hidropisia fetal. Quatro casos foram atribuÃdos ao parvovÃrus B19 e dois destes ocorreram em gestantes residentes na zona oeste da cidade, em fevereiro de 2005. Resultados positivos para anticorpos IgG antiparvovÃrus B19 foram encontrados em 172 (71,6%) gestantes (IC 95% 65,5-77,7%), sendo esta prevalência de anticorpos comparável à encontrada em outras cidades brasileiras. A única variável associada com aquisição prévia de anticorpos IgG foi número de gestações anteriores maior que um(p= 0,02, IC 95% 0,36-0,94).
Resumo:
A leishmaniose tegumentar americana é causada por protozoários do gênero Leishmania, que acomete a pele e mucosa; é primariamente uma infecção zoonótica. Inquéritos flebotomÃnicos foram realizados em quatro áreas com ocorrência de casos humanos de leishmaniose tegumentar americana do municÃpio de Seropédica. Utilizou-se a metodologia de coleta com capturas manuais no horário das 18 à s 22h, durante 12 meses consecutivos. No perÃodo de outubro de 2004 e setembro de 2005, capturamos 2.390 exemplares pertencentes a quatro espécies, Lutzomyia intermedia com 97,1% do total coletado, seguida pela Lutzomyia whitmani 1,6%, Lutzomyia migonei 1,2% e Lutzomyia oswaldoi 0,1%. O Valão da Louça apresentou maior densidade flebotomÃnica, seguida pelas localidades de Km 39, Km 40 e Caçador. A baixa diversidade de espécie se deve a alterações significativas do ecótopo da região. Sugere-se que a transmissão da leishmaniose tegumentar americana no municÃpio de Seropédica esteja sendo veiculada pela Lutzomyia intermedia.
Resumo:
São relatados estudos epidemiológicos feitos em um foco potencial de Tripanosomiase americana no bairro Santa Teresa na Cidade do Rio de Janeiro. Enquanto a pesquisa intensiva de Triatomideos em 40 "cafuas" existentes em áreas silvestres do local foi negativa, 11 exemplares (seis fêmeas e cinco machos) de Panstrongylus mzgistus (Burmeister, 1835) foram capturados em um grande edifÃcio do local, estando nove infectados pelo Trypanosoma (S.) cruzi. Positivamente, tais insetos aà vieram ter atraÃdos pela grande iluminação dêsse edifÃcio, seus focos de criação encontrando-se na mata. Não foi possÃvel demonstrar de modo indiscutÃvel tais criadouros em cuidadosas pesquisas feitas durante 10 meses. Todavia, em ninho de gambá (Didelphis marsupialis) foi achado uma casca de ovo de TriatomÃdeo, o qual pode ser atribuÃdo ao P. megistus. Também em ninhos dos mesmos marsupiais e também de ratos silvestres foi descoberto um novo TriatomÃdeo (Parabelminus carioca Lent, 1943) novo transmissor do Trypanosoma (S.) cruzi, e que foi motivo de uma publicação anterior. De 42 exemplares de gambás (D. marsupialis) submetidos ao exame direto do sangue e ao xenodiagnóstico, 15 (ou seja 35.7 %) mostraram-se naturalmente infectados pelo T. (S.) cruzi. Dêstes quinze, quatro foram negativos ao exame direto de sangue, mas positivos ao xenodiagnóstico. Outro marsupial (Metachirus nudicaudatus Geoffroy), antes ainda não referido como depositário silvestre do Trypanosoma (S.) cruzi, foi verificado com infecção natural pelo xenodiagnóstico. A amostra "gambá” de T. (S.) cruzi, mostrou-se patogênica para cao rhesus, gato e cobaio. Foi possÃvel cultivá-la em meios de Nöller e NNN. A amostra "cuica" foi capaz de infectar cão e cobaio e também foi cultivada. A amostra "panstrongylus" também infectou cão e cobaio. Camondongos (Mus musculus, var albina) inoculados com qualquer uma das amostras, não apresentaram infecção sanguÃnea apreciável ao exame direto, enquanto que exibiam uma infecção peritoneal. Exame clÃnico sumário de 58 indivÃduos residentes no local, permitiram o encontro de duas crianças com sintomas atribuÃveis a doença de Chagas, mas o xenodiagnóstico dêstes pacientes foi negativo. Exames de sangue à fresco e xenodiagnóstico de 19 cães (cerca de 50 % dos existentes na zona estudada) foram negativos. Assim também de dois gatos. A possibilidade de infecção humana pelo T. (S.) cruzi no local estudado, é remota, considerados os hábitos silvestres aà observados nos transmissores. Porém, uma vez que aà existem depositários naturais abundantes dêsse tripanosoma, e também transmissores com alto Ãndice de infestação, é possÃvel a ocurrência de casos clÃnicos da moléstia, tanto mais quando se recorda que P. megistus tem geralmente habitos domiciliares em outras regiões do PaÃs, fà cilmente podendo adaptar-se à s "cafuas" existentes no local. Por outro lado, a presença aà de famÃlias oriundas de zonas de endemia (Minas) poderá ainda apressar a existencia de condições domésticas de contágio.
Resumo:
Revisão da literatura médica sôbre higiene de crustáceos e moluscos marinhos. Intoxicações por elementos extranhos à s carnes de crustáceos e moluscos: por sais de cobre, vegetais tóxicos; estranho e chumbo nas conservas de crustáceos; botulismo. Putrefação de ostras e doenças de ostras provocadas por cogumelos; crustáceos e moluscos guardados em geladeiras bolorentas. Lista das espécies de moluscos comestÃveis da Bahia de Guanabara. Lista das espécies de crustáceos comestÃveis da Bahia de Guanabara. Veiculação de micro-organismos patogênicos ao homem por intermédio das carnes de crustáceos e de moluscos: veiculação do vibrião colérico, dos bacilos tÃficos e paratÃficos e de germes do grupo coli e do gênero Proteus. Vitalidade dos bacilos tÃficos nas ostras. Listas dos moluscos veiculadores dos agentes causadores das febres tÃficas e paratÃficas. Conceitos antigos e modernos sõbre intoxicações por crustáceos; partidas de crustáceos salubres ou não conforme o local de venda. Estudos experimentais sôbre a "talassina" princÃpio tóxico existente em alguns crustáceos. "Mitilotoxina", intoxicações por mexilhões e outros acidentes incriminados aos moluscos. Enterotoxina estavfilocócica em ostras. Métodos de determinação da salubridade dos moluscos; verificações nas ostras brasileiras. Depuração dos crustáceos pelas soluções cloradas. Estabulação de caranguejos denominados vulgarmente de "guaiamus" e "ussás".
Resumo:
A patogenicidade do echovirus tipo 9 para camundongos recém-nascidos foi estudada, utilizando-se 12 amostras isoladas em cultura de células primárias de rim de macaco, a partir do liquor de crianças com meningite. Os animais inoculados com o fluido da primeira passagem em células desenvolveram paralisia flácida, após um perÃodo de 5 dias, com a morte ate o 8º dia. Os especimens originais de liquor não continham suficiente vÃrus para provocar sinais clÃnicos nos animais inoculados no perÃodo de 21 dias de observação. Ao exame histopatológico os animais doentes apresentaram miopatia necrotizante da musculatura paravertebral, lÃngua e diafragma. Animais inoculados que não desenvolveram paralisia durante o perÃodo de observação apresentaram miosite discreta, sem que tenha sido encontrada necrose das fibras musculares.
Resumo:
Um estudo da morbidade através de exames clÃnicos, eletrocardiográficos, radiológicos, sorológicos, xenodiagnósticos e outros exames laboratoriais seriados, foi feito em 510 pacientes com sorologia positiva para doença de Chagas, procedentes de vários Estados do Brasil e observados no Rio de Janeiro a partir de 1960. Os pacientes foram classificados, de acordo com a forma clÃnica, em assintomáticos (forma indeterminada), cardÃacos, portadores de "megas" ou com formas clÃnicas associadas. Foi observada uma prevalência de cardiopatia em 52,1% dos pacientes, de "megas" em 14,3% e de associação entre cardiopatia e "megas" em 10,7% e entre megaesôfago e megacolon em 10,9% dos casos. A forma indeterminada (assintomática) foi observada em 39% dos pacientes. A proporção de casos de cardiopatia aumentou progressivamente da 1ª a 5ª décadas de vida, enquanto a dos "megas" continuou aumentando até a 7ª década. Entretanto, em número de casos o pico de ambas as formas ocorreu na 4ª década. Não houve diferenças significativas de formas clÃnicas com relação ao sexo, apesar de uma discreta predominância de cardiopatia no sexo masculino e de "megas" no sexo feminino. Com relação à raça, entre os pacientes classificados como brancos, pretos e mestiços, não foi possÃvel determinar a significância entre as diversas formas clÃnicas, por desconhecimento da constituição do universo da procedência de cada paciente. Embora o reduzido número de casos não possa ser considerado como representativo da prevalência das fomas clÃnicas nas regiões de origem dos pacientes, tomando-se os quatro Estados representados com maior número de casos, verificou-se que as proporções de cardiopatia e "megas" foram respectivamente de 65,7 e 20,1% nos casos procedentes da Bahia, de 55,7 e 14,7% nos de Minas Gerais, de 50,9 e 15% nos de Pernambuco e de 23,3 e 0% nos procedentes da ParaÃba. O reduzido número de casos procedentes dos demais Estados não permitiu qualquer inferência de proporção entre as formas...
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Flebótomos de áreas com notificações de casos autóctones de leishmaniose visceral canina e leishmaniose tegumentar americana em Angra dos Reis, Rio de Janeiro, Brasil. O municÃpio de Angra dos Reis apresenta casos humanos de leishmaniose tegumentar americana desde 1945. Inquéritos flebotomÃnicos realizados em 1978 revelaram a presença de Nyssomyia intermedia e a primeira notificação de Lutzomyia longipalpis no Rio de Janeiro, Ilha Grande, Angra dos Reis. Em agosto de 2002 foi notificado o primeiro caso canino de leishmaniose visceral na Ilha Grande, Angra dos Reis. Inquéritos flebotomÃnicos realizados nos peridomicÃlios, no perÃodo de novembro de 2002 a maio de 2003, em quatro localidades de Angra dos Reis, resultaram em 12.554 flebotomÃneos e a presença de nove espécies: Brumptomyia sp.; Nyssomyia intermedia, Migonemyia migonei, Micropygomyia schreiberi, Pintomyia fischeri, Psychodopygus davisi, Psychodopygus ayrosai, Evandromyia tupinambay, Psathyromyia pelloni. foi Nyssomyia intermedia, predominante em todas as localidades, seguida por M.migonei. O principal vetor da LVA, Lutzomyia longipalpis, não foi detectado nas localidades, incluindo áreas do entorno, onde um cão infectado residia.
Resumo:
Os estudos sobre balanço de C e nutrientes em florestas naturais permitem avaliar possÃveis alterações decorrentes de técnicas de manejo aplicadas e possibilitam inferir a sustentabilidade dessas florestas. Os objetivos deste trabalho foram avaliar o teor de nutrientes de espécies nativas e quantificar a biomassa (parte aérea + serapilheira) e os estoques de C e nutrientes em fragmentos florestais montanos da Mata Atlântica (Floresta Ombrófila Densa Montana) na região norte do Estado do Rio de Janeiro, no perÃodo de maio de 1999 a abril de 2001. Foram selecionados dois fragmentos, localizados a 900 e 600 m de altitude, na vertente atlântica do Parque Estadual do Desengano, RJ. O solo de ambos os fragmentos florestais foi classificado como Cambissolo Háplico Tb distrófico. O valor médio de biomassa (parte aérea + serapilheira) foi de 166,8 Mg ha-1. Em consequência, a acumulação média de C na vegetação foi de 67, 2 Mg ha-1. Os estoques médios de N, P, K, Ca e Mg na vegetação foram de 1.152, 44,4, 276,5, 603,5 e 127,9 kg ha-1, respectivamente. Por outro lado, as espécies revelaram distinta capacidade de estoque de nutrientes. O balanço negativo de P, K e Ca {solo - (parte aérea + serapilheira)} indica que esses elementos constituem principais fatores nutricionais limitantes ao crescimento dos fragmentos florestais montanos da Mata Atlântica na região norte-fluminense.