955 resultados para Social imaginary
Resumo:
Charles Taylor’s contribution to social imaginaries offers an interpretive framework for better understanding modernity as secularity. One of its main aspects is conceiving of human society in linear, homogenous time (secular time). Looking into the Arabic intellectual tradition, I will argue in my paper that Taylor’s framework can help us understand major social and intellectual transformations. The Ottoman and Arabic modernization process during the 19th century has often been understood by focusing on certain core concepts. One of these is tamaddun, usually translated as “civilization.” I will be mostly talking about the works of two “pioneers” of Arab modernity (which is traditionally referred to as an-nahḍa, the so-called Arab Renaissance): the Syrian Fransīs Marrāsh and the Egyptian Rifāʿa aṭ-Ṭahṭāwī. First I will focus on Marrāsh’s didactic novel “The Forest of Truth” (1865), as it offers a complex view of tamaddun, which has sometimes been construed as merely a social and political reform program. The category of "social imaginary,” however, is useful in grasping the wider semantic scope of this concept, which is reading it as a signifier for human history conceived of in secular time, as Taylor defines it. This conceptualization of human history functioning within the immanent frame can also be observed in the introduction to “The Extraction of Pure Gold in the Description of Paris” (1834), a systematic account of a travel experience in France that was written by the other “pioneer,” aṭ-Ṭahṭāwī. Finally, in translating tamaddun as “the modern social imaginary of civilization/culture,” the talk aims to consider this imaginary as a major factor in the emergence of the “secular age.” Furthermore, it suggests the importance of studying (quasi-) literary texts, such as historiographical, geographical, and self-narratives in the Arabic literary tradition, in order to further elaborate continuities and ruptures in social imaginaries.
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A presente dissertação discute o futebol como caminho para o reconhecimento social por jovens em situação de vulnerabilidade, entendida aqui pela afrodescendência, residência em favelas e a escassez de recursos financeiros. Esta vulnerabilidade pode remeter a uma invisibilidade social, que pode ser compreendida como relações sociais onde alguns sujeitos, por serem na esmagadora maioria das vezes proscritos do mundo significativo daqueles que detêm o poder, através da indiferença, e/ou por habitarem o imaginário social de forma negativa sendo estigmatizados, não têm suas capacidades e potencialidades reconhecidas e passam a ser ignorados e privados de muitas formas de interação social. Dialeticamente, no cerne destas relações, está presente a luta por reconhecimento, aqui estudada com base na Teoria Crítica e especialmente nos escritos do teórico Axel Honneth. A relação do indivíduo consigo próprio está atrelada às experiências de reconhecimento, pois ele se constitui unicamente porque aprende através do assentimento ou encorajamento de outrem a referir a si próprio determinadas características. Quando essas experiências são precárias, como ocorre nos casos de invisibilidade social, se dá uma busca, uma cobrança, uma luta pelo reconhecimento negado. Reconhecimento social que pode ser obtido através do futebol e seus desdobramentos, como a possibilidade do consumo conspícuo, da exposição midiática e de um suposto poder de mudança social. Como metodologia para compreender melhor estas questões foram analisadas produções sociais, como filmes, livros, músicas e reportagens, as quais foram consideradas sinais de uma sociedade capitalista, sociedade do espetáculo e individualista que se apresenta como meritocrática, ignorando que a disponibilidade de recursos da cultura dominante que cada sujeito possui, tem relação positiva com o sucesso pessoal. E para ilustrar o contexto histórico, social e cultural, onde jovens em situação de vulnerabilidade e muitas vezes invisíveis socialmente lutam por reconhecimento através do futebol, foram realizadas entrevistas com jovens jogadores de futebol da Vila Olímpica da Mangueira. A ascensão social e a identidade de ser um jogador de futebol são almejadas pelo desejo de obtenção de experiências de reconhecimento positivas nas três esferas do reconhecimento e que assim possam promover mudanças em suas respectivas autorrelações práticas: na dedicação emotiva, sendo mais amados por seus familiares e amigos (autoconfiança); no respeito cognitivo, obtendo cidadania que lhes é rotineiramente negada (autorrespeito); e na estima social, ao serem elogiados pela performance esportiva, ter fama e visibilidade, e exercer uma função social respeitada e digna de admiração (autoestima). Em suma, esta pesquisa busca apontar o futebol como instrumento para análise da dinâmica social e contribui por conectar o contexto esportivo ao social, visando fomentar nos profissionais que trabalham com esta população uma prática mais ampla e crítica, que possa ser capaz de ajudar a promover efetivamente mudanças sociais.
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O padre Antônio Vieira é uma figura icônica do Barroco literário no Brasil do século XVII, visto por muitos como um dos grandes representantes da Companhia de Jesus. A presente tese busca contemplar um tema recorrente na historiografia jesuítica brasileira que trata do papel desempenhado pelos jesuítas na tentativa de construção de uma terrena cidade celeste segundo Neves, no novo mundo (Brasil colônia) e, particularmente, das práticas sociais (sobretudo, políticas, religiosas, ideológicas, jurídicas) do padre Antônio Vieira suas implicações e rupturas no Maranhão seiscentista sob o olhar do imaginário social. Através de três sermões proferidos no Maranhão, pretendemos analisar e dialogar sobre as imagens mais recorrentes na produção sermonística do Padre Antônio Vieira: como nosso objeto de pesquisa também é a produção imagética do sujeito Vieira, utilizamos como referencial teórico a noção ideológica de sujeito de Mikhail Bakhthin, as noções do Imaginário de Gilbert Durand e Gaston Bachelard, as teorias sobre o Imaginário Social jesuítico do antropólogo e pesquisador Luiz Felipe Baêta Neves e outros grandes teóricos, para nos ajudar a analisar essas imagens. Buscamos uma possível estrutura do imaginário social do padre Antônio Vieira durante sua presença no Maranhão a partir dos sermões analisados e levantamos os processos de ruptura e continuidade com os projetos do missionário e da Companhia de Jesus na formação da sociedade maranhense.
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Nosso eixo temático se desenvolve a partir do questionamento do epíteto de Deusa da Feitiçaria atribuído tardiamente à deidade grega Hekate. A partir do período Clássico em Atenas iniciaram-se críticas às práticas mágico-religiosas cujo objetivo era fazer mal ao inimigo; realizadas por indivíduos (mágoi - magos) os quais também sabiam utilizá-las para a cura, como o uso das phármaka (ervas). O desenvolvimento da Escola de Medicina Hipocrática, no período Clássico, e seus tratados médicos, se configuram como uma das críticas direcionadas aos mágoi e das divindades que evocavam em suas práticas mágicas. Um tratado em especial, Da Doença Sagrada, combate a divinização da epilepsia e as práticas curativas desta enfermidade através da persuasão dos deuses. Platão também teceu críticas aos que ofereciam seus serviços mágicos de porta em porta por uma pequena quantia. Acreditamos que a partir dessas críticas se desenvolveu no imaginário social ateniense a relação entre a deusa grega Hekate e a magia de fazer mal ao inimigo cuja permanência é observada nos dias atuais. Nosso arcabouço teórico constitui-se dos conceitos desenvolvidos pelo filósofo polonês Bronislaw Baczko no verbete imaginação social na Enciclopedia Einaudi.
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A pesquisa tem como tema a prática de cuidado no matriciamento em saúde mental na Estratégia da Saúde da Família. Matriciamento é uma metodologia de prática de cuidado em saúde, constituído por uma equipe de profissionais especialistas, que possui o objetivo de oferecer apoio e retaguarda à equipe de profissionais da Estratégia Saúde da Família. A hipótese é de que a prática de matriciamento em saúde mental é um dispositivo de transformação do imaginário social sobre a loucura. Trata-se de uma pesquisa de abordagem psicossocial de referencial teórico na sociologia e na antropologia para discutir os conceitos de cultura, imaginário social, práticas de cuidado e rede social, por entender que a prática de cuidado no matriciamento em saúde mental opera em rede e produz transformação no imaginário social sobre a loucura. O estudo tem, inicialmente, como base metodológica a sociologia para a análise documental da Lei 10.216/2001 Reforma Psiquiátrica brasileira - e da Portaria 154/2008 Núcleo de Apoio à Saúde da Família NASF. Em seguida, apoiada pela antropologia, a pesquisa utiliza o método etnográfico para a realização de entrevista com quatro profissionais matriciadores, tendo a análise do discurso como caminho para discutir e problematizar os dados coletados. Conclui-se, então, que o matriciamento é um dispositivo de rede e produção de cuidado que pode favorecer a transformação do imaginário social sobre a loucura. Porém, é de fundamental importância que a rede tenha funcionalidade para que isto possa ocorrer de fato, pois o matriciamento é um dispositivo de rede e de cuidado em saúde.
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O presente trabalho tem como principal objetivo analisar o imaginário social sobre a loucura a partir das produções literárias de autores brasileiros do final do século XIX e início do século XX. O período escolhido para realização desta pesquisa deve-se ao fato de ter sido cenário do advento do alienismo no Brasil, com a criação do primeiro hospício brasileiro e da primeira lei de assistência aos alienados, o que revela um processo de transição da visão mística e religiosa em relação à loucura para uma visão científica. É neste contexto que se destacam as obras de Machado de Assis, Olavo Bilac e Lima Barreto que foram selecionadas para análise desta pesquisa e que têm em comum o tema da loucura e questões afins. Sob o aspecto metodológico a pesquisa teve como base fundamental o referencial teórico da sociologia compreensiva, proposta por Michel Maffesoli, particularmente na noção de imaginário social, a partir de uma crítica ao modelo dominante da produção de conhecimento. Foram elaboradas seis grandes noções, concebidas a partir das obras literárias, são elas: ciência, alienação, institucionalização, periculosidade, produção de identidade e medicalização. Além das discussões, vários fragmentos exemplificam e possibilitam uma melhor discussão de cada uma destas noções. Concluiu-se, em consonância com Antonio Candido, ser evidente a importância da literatura, assim como de outras formas de arte e cultura, para compreender o imaginário social de uma época sobre os temas em questão, da mesma forma em que a própria literatura contribui para produzi-los
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The aim of this work is to analyze the phenomenon of the partner-space segregation in the city of Fortaleza, having as reference the sprouting of recent forms of housing that privilege areas with desert-like aspects, and the removal from the popular accumulations, which is becoming the shelter of the populations economically favored of the capital. Our field study was developed in the land division Alpha Village, a located urban enterprise in the east of the city. Different from the research that deals with the question of segregation as a sui generis product of the partner-economic inequality, we opt to an analysis directed more towards the dimension of the subjectivity, searching the roots of the phenomenon in the proper constitution of the human being. From interviews with the inhabitants of the related land division, we decided to analyze the social imaginary significances (Castoriadis) that composed their speech, and that they defined in this way, its representations concerning themselves, as strangers that cross the streets of the cited space, becoming thus suspected in potential. Inside our perspective, the segregation gains a ambiguous connotation, therefore at the same time that it authorizes the symbolic destruction of the other, it is also a tool that aids to support the "pain of the unreliability"
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It discusses the social place occupied by the youth of outlying areas in the urban social imaginary. Having the stigma issue as an axle, it presents the essential categories to its understanding, such as (in)visibility, violence and exclusion, pointing out this quarrel in a social- anthropologychal approach. The research was carried through with teenagers of the age band from 15 to 24 years old, living in Mãe Luiza neighborhood, a popular quarter of Natal s east zone, that has close to 16.000 inhabitants. Quantitative methods had been used, through questionnaires application to 364 teenagers; and qualitative methods through the accomplishment of 5 focal groups with the adolescents. The results point a strong youth concern regarding the quarter daily violence; and the weaved image in the urban social imaginary of the neighborhood As dangerous", "violent". It is also possible to perceive the social groups diversity, in general, related with churches and cultural activities, which are important catalysers of the envolvement process of the youth with the quarter
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Pós-graduação em Ciências Sociais - FFC
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O artigo aborda o tema do imaginário social sobre a Amazônia, e se fundamenta em uma base teórica que vê o imaginário como parcela da realidade social e como meio relevante para formar conhecedores. Faz referência a situações e autores que tratam direta ou indiretamente sobre o tema. Um dos aspectos analisados no artigo é a relação da saúde pública com o imaginário. A conclusão destaca a importância do imaginário para que não se importem padrões de comportamento e soluções para problemas locais acriticamente, como uma modalidade de consumismo, mas que se combinem instituições ou soluções de fora e de dentro ou tradições endógenas e exógenas em contínuo reprocessamento.
Resumo:
Pós-graduação em Educação - IBRC
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Pós-graduação em Educação - IBRC
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Los historiadores medievalistas se concentran, en la actualidad, en descubrir y penetrar el sistema de valores, creencias y sentimientos de hombres y mujeres de aquella época, cómo se representaban el mundo y el espíritu de una sociedad para la cual lo invisible merecía tanto interés como lo visible. Los Bestiarios fueron considerados en su época libros de historia natural y sus autores pretendieron darles características científicas, pero al dotarlos de un tono moralizante, acudir a las leyendas y apelar a los animales más inverosímiles y fantásticos concebidos por el hombre medieval, pasaron a formar parte «de aquel dominio de lo maravilloso donde se expresa el imaginario de una época». Por consiguiente, al recurrir a la alegoría como procedimiento expresivo privilegiado y procurar educar las conciencias en las reglas de la ecumenidad cristiana, de ser pretendidos textos científicos se convirtieron en una de las más sorprendentes páginas de la literatura medieval. En ellos pesa más la valoración alegórica de las criaturas descriptas que la veracidad de las descripciones. La literatura didáctica fue uno de los mecanismos que se emplearon para lograr la adhesión al ideal cristiano. Los autores de los Bestiarios describían las bestias y usaban esa descripción como base de una enseñanza alegórica. De este modo, al mismo tiempo que algunos animales representaron a Cristo, otros simbolizaron el Mal o se convirtieron en proyección de los vicios y defectos humanos. Este trabajo se propone analizar la representación literaria de algunos de estos animales como expresión del imaginario de una época.
Resumo:
Se exploran las significaciones imaginarias que se materializan en los discursos publicitarios sobre los aparatos lectores de libros electrónicos comúnmente denominados "e-readers". Se parte de la hipótesis de que se cruzan significaciones imaginarias asociadas tanto al imaginario neotecnológico de las tecnologías digitales (Cabrera, 2006, 2011) como a lo que podríamos denominar el imaginario del "orden de los libros" (Chartier, 2000, 2005). Para realizar la exploración se analizan los discursos publicitarios de las páginas Web de tres casos: las marcas Kindle de Amazon, Kobo y Bq de Movistar. Se concluye que los e-readers son aparatos que participan del imaginario neotecnológico y vienen a integrar el complejo de las tecnologías digitales para la vida cotidiana, y que remiten también en gran medida a las significaciones imaginarias que dieron lugar a la hegemonía del papel en la cultura occidental por más de cinco siglos.
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Se exploran las significaciones imaginarias que se materializan en los discursos publicitarios sobre los aparatos lectores de libros electrónicos comúnmente denominados "e-readers". Se parte de la hipótesis de que se cruzan significaciones imaginarias asociadas tanto al imaginario neotecnológico de las tecnologías digitales (Cabrera, 2006, 2011) como a lo que podríamos denominar el imaginario del "orden de los libros" (Chartier, 2000, 2005). Para realizar la exploración se analizan los discursos publicitarios de las páginas Web de tres casos: las marcas Kindle de Amazon, Kobo y Bq de Movistar. Se concluye que los e-readers son aparatos que participan del imaginario neotecnológico y vienen a integrar el complejo de las tecnologías digitales para la vida cotidiana, y que remiten también en gran medida a las significaciones imaginarias que dieron lugar a la hegemonía del papel en la cultura occidental por más de cinco siglos.