988 resultados para Religiões afro-brasileiras


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Esta dissertação tem o objetivo investigar as representações do universo mítico-religioso de matriz africana na formação de professores, no âmbito do curso normal, a partir da observação participante em duas escolas da rede pública estadual do Rio de Janeiro. Pretende-se apurar se entraves à aplicação da Lei 10.639/2003 (bem como a Resolução 01/2004 do CNE/CP e Parecer CNE/CP 03/2004), que visa cumprir o que estabelece o Plano Nacional de Implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena, podem ser identificados no plano objetivo da capacidade técnica dos professores e/ou no plano subjetivo, no qual se retrairiam as ações orientadas nessa direção em face de limites de natureza ideológica. O principal desafio proposto é o de revelar, no discurso e nos atos, intencionais ou não, de educadores que formam novos educadores, os limites ideológicos à aplicação da legislação em questão, e que vicejam nas ações e reações em sala de aula.

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Esta dissertação tem por proposta o estudo da pajelança na cidade de Belém, local onde a maioria dos estudos realizados se concentra na década de 1970 e 1980, ou tem como locus de investigação o interior do estado do Pará. Artigos de Vicente Salles (1969) e Napoleão Figueiredo (1994) apontam para o desaparecimento da pajelança “pura” na capital paraense. Este desaparecimento se deveria, em grande medida, à “influência” da umbanda. Assim, o objetivo é compreender, a partir do estudo de quatro terreiros, como está constituída essa prática na cidade de Belém, sob o contexto das religiões afro-brasileiras. A pajelança, ou pena e maracá, como é conhecida, caracteriza-se, basicamente, na crença nos “encantados”, que “baixam” durante os rituais, “incorporando” no pajé, que é a figura central das sessões.

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Esta pesquisa analisa o trânsito religioso de pessoas que tiveram a sua biografia religiosa marcada pela participação/envolvimento em cultos evangélicos e que atualmente se declaram praticantes de ritos de candomblé e umbanda na região do ABCD paulista . Para a realização da mesma conduzimos entrevistas com líderes religiosos que nos ajudaram a compreender a organização dos terreiros de umbanda e candomblé na região; também aplicamos 80 questionários em oito terreiros espalhados pela região, compreendendo assim o perfil socioeconômico de seus frequentadores. Durante a análise dos questionários verificou-se a ocorrência do trânsito, de maneira ainda mais intensa entre praticantes da umbanda, e analisamos as motivações para esta movimentação religiosa, identificando ainda as motivações de gênero para esta movimentação, além das relações de trocas simbólicas estabelecidas entre os fiéis e as instituições religiosas. Verificamos os principais grupos evangélicos por onde estes sujeitos religiosos transitaram, observando possíveis semelhanças, bem como o distanciamento de suas práticas cúlticas e as práticas dos cultos afro-brasileiros.

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A Constituição Federal brasileira relaciona dentre as garantias do cidadão o direito ao meio ambiente sadio e a liberdade religiosa e de liturgia. Também prevê como valor constitucional a ser defendido pelo Estado brasileiro as matrizes culturais africanas. A problemática da presente pesquisa é o conflito entre esses valores e garantias em um Estado democrático de direito, conflito este que indentificamos no caso selecionado para estudo: a proibição de oferendas das religiões afrobrasileiras no Parque Nacional da Tijuca, no Rio de Janeiro, pela administração da entidade gestora do Parque. A partir deste estudo de caso, propomos questionar: 1) como o conflito é construído numa perspectiva multidimensional (da geografia cultural, da teologia, da sociologia etc); 2) se e por que as religiões de matrizes africanas foram excluídas do arcabouço jurídico ambiental brasileiro; 3) se este arcabouço pode ser interpretado de modo a favorecer a prática de oferendas e 4) se há uma consciência e uma ética ambientais emergentes naquelas comunidades religiosas, facilitadoras do argumento defensivo da prática de oferendas em áreas verdes públicas. Assim, o objetivo da presente pesquisa é contribuir para a solução exitosa deste conflito, de modo que esta solução seja válida e exeqüível em qualquer área verde sob administração pública. Desse modo, advogamos a tese de que é possível ponderar as duas garantias constitucionais em conflito, de forma que as oferendas, ao invés de proibidas, sejam aceitas de modo disciplinado, não agressivo ou menos agressivo ao meio ambiente, pela negociação dos atores envolvidos. Através da metodologia qualitativa demonstraremos que há um conflito entre atores que dão distintos significados ao meio ambiente, a partir de racionalidades distintas, sendo a da administração ambiental fortemente ancorada na própria doutrina formatadora dos parques nacionais. Aditaremos que o conflito poderia ter sido evitado ou minorado se as comunidades religiosas urbanas afrobrasileiras tivessem sido reconhecidas como populações tradicionais pelo movimento socioambientalista, fortemente inspirador da legislação brasileira. Demonstraremos ainda que, apesar desta lacuna, a legislação que já está dada pode ser interpretada de modo a chancelar a prática das oferendas, e que a proibição seria um equívoco legal da administração ambiental, tendo em vista que o direito ambiental oferece um sistema principiológico favorável à prática das oferendas, tarefa facilitada por uma emergente ética ambiental naqueles grupos religiosos. Não obstante, uma proposta de inclusão de um artigo na Lei do Sistema Nacional de Unidades de Conservação será elaborada, para evitar que a solução do conflito dependa de interpretações. Por fim, recomendaremos que a interdição no Parque da Tijuca seja exemplarmente substituída por uma negociação entre as partes envolvidas, de modo a que sejam preservados todos os interesses constitucionais envolvidos, proporcionando o avanço da democracia brasileira.

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Pós-graduação em Ciências da Motricidade - IBRC

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A partir da observação do crescente processo de masculinização das práticas religiosas afro-brasileiras, na cidade de Porto Velho (RO), o presente trabalho faz algumas abordagens da relação de gênero, violência e poder. A hipótese se pautou na constatação do aumento de homens ocupando os cargos de sacerdotes, e da reclamação das mulheres quanto à distribuição das tarefas nos templos, o que levou a pensar na existência de violência de gênero. O objetivo da pesquisa foi o de analisar a relação entre o processo de masculinização das lideranças e a intensificação da violência de gênero. O trabalho de pesquisa de campo foi realizado com a observação aos rituais públicos, atividades internas das casas religiosas e entrevistas semiestruturadas com sacerdotes e sacerdotisas, adeptos e adeptas. Percorreu-se a trajetória das práticas religiosas afro-brasileiras locais buscando compreender as transformações ocorridas, sondando sobre a existência de violência de gênero, quais são, e como se estabelecem nos espaços de práticas religiosas compreendidas por Templos, Casas, Ilês, Roças, Centros, Terreiros e outras denominações.

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Artes de Exu trata os objetos de arte não só pelos aspectos artísticos e sociológicos, mas também pelos aspectos que ligam as obras a Exu, além do enunciado. Como coisa contida na concepção, na execução e imbricada na própria história da obra. As obras escolhidas são: Tridente de NI (2006) de Alexandre Vogler e Exu dos Ventos (1992), de Mario Cravo Júnior. As obras contêm conflitos que envolvem a mídia, religiosos e políticos. A partir de pesquisas etnográficas é feita uma análise dos olhares que se cruzam na construção dos sentidos na disputa pelo espaço simbólico, considerando ainda o trânsito percorrido pelas obras entre a oficina, o espaço de exposição e a rua. Pertence ainda ao corpo das análises as referências na mídia impressa, forma de veiculação das imagens, apropriações e discursos. As artes de Exu se evidenciam no desenrolar dessas tramas, conforme os objetos artísticos oferecem um lugar para pensar na conciliação entre diferentes: entre a cruz e o tridente, entre Cristo e Exu e entre cristãos e religiões de matriz africana

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To be or not to be (of candomblé)? – aspects of Afro-Brazilian religious field in the theater play Balbina de Iansã, by Plínio Marcos. In 1970, the playwright born in Santos-SP Plínio Marcos writes and directs the spectacle Balbina de Iansã, an adaptation (in form of a musical) from Romeo and Juliet, by Shakespeare. The action happens in a candomblé yard, managed authoritatively by a Mãe-de Santo, who tries to prevent the young protagonist couple’s love. This study analyzes the representation of some rites and principles of Afro-Brazilian religion in the play, especially concerning the critique of the relations of power that exist in the yards of São Paulo.

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A religião de Umbanda ocupa grande espaço na vida e no imaginário religioso brasileiro, e adota as lendas, mitos e folclore da cultura popular brasileira. Desprovida de texto sagrado, a Umbanda rejeita a ideia do entendimento de uma literatura sagrada como pressuposto para uma ligação com o divino, sendo mais preocupada com a experiência religiosa e do sagrado, como ponte entre a dimensão humana e divina. Embora de comum acordo sobre a importância da prática na religião de Umbanda, existe um forte debate teológico na questão do valor principal para as práticas e vida religiosa do filho de santo. De um lado, temos a Doutrina Esotérica que aposta na produção textual e teórica e, de outro, temos a Umbanda de popular, que aposta na experiência pessoal do filho de santo com a tradição oral e as práticas religiosas. De sua fundação até a presente data, a Umbanda Esotérica tem apostado na formação acadêmica como base principal para a instrumentalização do filho de santo para a prática no terreiro, assim como publicação de textos, livros, artigos, oferecimento de cursos e a criação da primeira instituição especializada de ensino, a Faculdade de Teologia Umbandista. Se por um lado, para alguns, isso possa parecer uma abertura para a modernização e melhor aceitação das práticas de origem africanas, para outros, representa uma limitação na prática e na experiência do filho de santo devido à racionalidade do espaço acadêmico. Desse modo, pretendo investigar esse conflito no discurso e nas suas especificidades, estudando literatura especializada e orgânica, tendo como eixo de investigação a seguinte questão: O que é mais importante para as práticas religiosas em Umbanda, a formação prática ou a acadêmica?

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O principal objetivo deste trabalho é investigar o ponto de vista nativo do conceito de sonoridades que constituem os rituais de Umbanda em Corumbá, município situado no Estado de Mato Grosso do Sul, Centro-Oeste brasileiro, pouco presente na literatura sobre o tema. Para a execução da pesquisa, foi utilizada a concepção de Seeger, na qual é preciso observar todo o contexto em que a manifestação musical ocorre, ou seja, o fato social musical total, com o intuito de compreender mais profundamente seus significados. Como metodologia, a pesquisa lançou mão da observação participante e entrevistas em profundidade com alguns dos importantes personagens inseridos no contexto umbandista local. O campo foi, igualmente, registrado por meio de fotografias, vídeos e gravações em áudio, a fim de viabilizar a criação de um acervo e, ainda, facilitar a transcrição e análise do material coletado e quiçá, viabilizar desdobramentos deste trabalho. Concluiu-se que a sua matéria-prima, as frequências sonoras, representam um instrumento ideal para a Umbanda, pelas seguintes razões: em primeiro lugar, as sonoridades, por sua natureza etérea, podem, assim como os orixás e as entidades espirituais, constituir vibrações invisíveis aos olhos dos leigos, mas não dos fiéis, que penetram os corpos e podem ser percebidos tanto no mundo espiritual quanto no mundo físico; em segundo lugar e, em decorrência do primeiro aspecto, é um perfeito meio para a comunicação tanto partindo do mundo espiritual em direção aos seus adeptos quanto vice-versa. É por meio das curimbas ou pontos que os orixás cantam as suas dijinas, ou seja, os seus nomes, realizando a continuidade de uma tradição ancestral. A pulsação promovida pelas vibrações sonoras traz consigo toda a simbologia cosmológica presente na Umbanda, revestida por um complexo e belo universo de narrativas, vestimentas, cores, cheiros, coreografias, afetos, intenções, realizações e afirmações identitárias dos componentes dos rituais vivenciados. Chegou-se, ainda, à conclusão de que podemos considerar o que os umbandistas da Tenda Nossa Senhora da Guia, principal grupo estudado, entendem por sonoridade, um fato social total, clássico conceito cunhado por Mauss. Estrategicamente e borrando as fronteiras entre resistência e comunhão com a comunidade maior em que está inserida na cidade, a Tenda aprofunda a cada dia as suas raízes, fincadas por Maria Theodora Gonçalves de Paula nos idos de 1920, ainda escrava. Apesar de ter findado oficialmente em 1888, a escravidão permaneceu nos rincões do País que resistia às mudanças sociais, econômicas e políticas que ocorriam em território nacional. A Tenda, hoje, é uma instituição que estabelece importantes trocas simbólicas, econômicas, políticas, sociais, culturais e espirituais, a partir de um território quilombola reconhecido pela Fundação Palmares e na esfera religiosa, pela a Federação dos Cultos Afro-Brasileiros e Ameríndios de Mato Grosso do Sul (FECAMS)