987 resultados para Leishmaniose visceral Teses


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Introduo: A leishmaniose visceral (LV) um importante problema de sade pblica no Brasil, com cerca 3000 mil casos notificados anualmente. Nos ltimos anos, a LV tem ampliado sua distribuio em vrios estados do pas, associada principalmente aos processos socioambientais, antrpicos e migratrios. A LV causada pela infeco com Leishmania infantum chagasi, transmitida, principalmente, por Lutzomyia longipalpis (Diptera: Psychodidae). Este flebotomneo apresenta ampla distribuio nas Amricas, todavia, evidncias sugerem que se constitui em um complexo de espcies crpticas. A dinmica de transmisso da LV modulada por fatores ecolgicos locais que influenciam a interao entre populaes do patgeno, do vetor e dos hospedeiros vertebrados. Portanto, o estudo das variveis associadas a esta interao pode contribuir para elucidar aspectos dos elos epidemiolgicos e contribuir para a tomada de decises em sade pblica. Objetivo: Avaliar parmetros relacionados capacidade vetorial da populao de Lu. longipalpis presente em rea urbana do municpio de Panorama, estado de So Paulo. Mtodos: Foram realizadas capturas mensais durante 48 meses para avaliar a distribuio espao-temporal de Lu. longipalpis e investigar a circulao de Le. i. chagasi. Tambm foram realizados os seguintes experimentos com o vetor: captura-marcao-soltura-recaptura para estimar a sobrevida da populao e a durao do seu ciclo gonotrfico, a atratividade dos hospedeiros mais frequentes em reas urbanas, a proporo de repasto em co, infeco experimental e competncia vetorial. Resultados: Observou-se que no municpio de Panorama, Lu. longipalpis apresentou as frequncias mais elevadas na estao chuvosa (entre outubro e maro), maior densidade em reas com presena de vegetao e criao de animais domsticos, locais aonde tambm foi demonstrada a circulao natural de espcimes de Lu. longipalpis infectados com Le. i. chagasi. Alm disto, foi corroborado que a populao de Lu. longipalpis apresentou hbito hematofgico ecltico, altas taxas de sobrevivncia e que foi competente para transmitir o agente da LV. Nos experimentos de laboratrio foi evidenciada a heterogeneidade na infeco de fmeas de Lu. longipalpis desafiadas a se alimentarem em ces comprovadamente infectados por L. i. chagasi e o rpido desenvolvimento do parasita neste vetor natural. Concluses. As observaes do presente estudo corroboram a capacidade vetora de Lu. longipalpis para transmitir a Le. i. chagasi e ressaltam a importncia da espcie na transmisso do agente etiolgico da LV. Aes de manejo ambiental, educao e promoo sade so recomendadas s autoridades municipais para diminuir o risco potencial de infeco na populao humana e canina, considerando-se o elevado potencial vetor de Lu. longipalpis e a presena de condies que favorecem a interao dos componentes da trade epidemiolgica da LV.

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INTRODUO: Leishmaniose visceral (LV) uma doena negligenciada que afeta milhes de pessoas no mundo e que constitui um grave problema de sade pblica. OBJETIVOS: Descrever no tempo e no espao, a disperso de Lutzomyia longipalpis e a expanso da LV no estado de So Paulo (SP); identificar fatores associados a estes processos. MTODOS: Foram realizados estudos descritivos, ecolgicos e de anlise de sobrevida. Informaes sobre o vetor e os casos foram obtidas na Superintendncia de Controle de Endemias e no Sistema de Informaes de Agravos de Notificao para o perodo de 1997 a 2014. A rea de estudo foi composta pelos 645 municpios de SP. Foram produzidos mapas temticos e de fluxo e calcularam-se incidncia, mortalidade e letalidade por LV em humanos (LVH). Utilizou-se a tcnica de anlise de sobrevida (Curvas de Kaplan-Meier e Regresso de Cox) para a identificao de fatores associados disperso do vetor e expanso da LV. RESULTADOS: A partir da deteco de Lu. longipalpis em Araatuba em 1997, deram-se a ocorrncia do primeiro caso canino (LVC) (1998) e o primeiro caso humano (LVH) autctones (1999) em SP. At 2014, foi detectada a presena do vetor em 173 (26,8 por cento ) municpios, LVC em 108 (16,7 por cento ) e LVH em 84 (13 por cento ). A expanso dos trs fenmenos ocorreu no sentido noroeste para sudeste e se deram a velocidades constantes. Na regio de So Jos do Rio Preto, a disperso do vetor deu-se por vizinhana com municpios anteriormente infestados, a expanso da LV relacionou-se com os municpios sede das microrregies e a doena ocorreu com maior intensidade nas reas perifricas dos municpios. A presena da Rodovia Marechal Rondon e a divisa com o Mato Grosso do Sul foram fatores associados ocorrncia dos trs eventos, assim como a presena da Rodovia Euclides da Cunha para presena do vetor e casos caninos, e, presena de presdios para casos humanos. CONCLUSES: A disperso do vetor e da LV em SP iniciou-se, a partir de 1997, prximo divisa com o estado do Mato Grosso do Sul, avanou no sentido noroeste para sudeste, na trajetria da rodovia Marechal Rondon, e ocorreu em progresso aritmtica, com as sedes das microrregies de SP tendo papel preponderante neste processo. A ocorrncia autctone de LVC e LVH iniciou-se na sequncia da deteco de Lu. longipalpis em Araatuba e de seu espalhamento por SP e no a partir dos locais onde anteriormente ele j estava presente. O uso da anlise de sobrevida permitiu identificar fatores associados disperso do vetor e a expanso da LV. Os resultados deste estudo podem ser teis para aprimorar as atividades de vigilncia e controle da LV, no sentido de retardar sua expanso e/ou de mitigar seus efeitos, quando de sua ocorrncia.

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A leishmaniose visceral uma zoonose de grande importncia para a sade pblica, com ampla distribuio geogrfica e epidemiologia complexa. Apesar de diversas estratgias de controle, a doena continua se expandindo, tendo o co como principal reservatrio. Levando em considerao que anlises espaciais so teis para compreender melhor a dinmica da doena, avaliar fatores de risco e complementar os programas de preveno e controle, o presente estudo teve como objetivo caracterizar a distribuio da leishmaniose visceral canina e relacionar sua dinmica com caractersticas ou feies espaciais no municpio de Panorama (SP). A partir de dados secundrios coletados em um inqurito sorolgico entre agosto de 2012 e janeiro de 2013, 986 ces foram classificados como positivos e negativos de acordo com o protocolo oficial do Ministrio da Sade. Posteriormente uma anlise espacial foi conduzida, compreendendo desde a visualizao dos dados at a elaborao de um mapa de risco relativo, passando por anlises de cluster global (funo K) e local (varredura espacial). Para avaliar uma possvel relao entre o cluster detectado com a vegetao na rea de estudo, calculou-se o ndice de Vegetao por Diferena Normalizada (NDVI). A prevalncia da doena encontrada na populao de ces estudada foi de 20,3% (200/986). A visualizao espacial demonstrou que tanto animais positivos quanto negativos estavam distribudos por toda a rea de estudo. O mapa de intensidade dos animais positivos apontou duas localidades de possveis clusters, quando comparado ao mapa de intensidade dos animais negativos. As anlises de cluster confirmaram a presena de um aglomerado e um cluster foi detectado na regio central do municpio, com um risco relativo de 2,63 (p=0,01). A variao espacial do risco relativo na rea de estudo foi mapeada e tambm identificou a mesma regio como rea significativa de alto risco (p<0,05). No foram observadas diferenas no padro de vegetao comparando as reas interna e externa ao cluster. Sendo assim, novos estudos devem ser realizados com o intuito de compreender outros fatores de risco que possam ter levado ocorrncia do cluster descrito. A prevalncia, a localizao do cluster espacial e o mapa de risco relativo fornecem subsdios para direcionamento de esforos do Setor de Vigilncia Epidemiolgica de Panorama para reas de alto risco, o que pode poupar recursos e aperfeioar o controle da leishmaniose visceral no municpio.

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OBJETIVO: Analisar a acurcia do diagnstico de dois protocolos de imunofluorescncia indireta para leishmaniose visceral canina. MTODOS: Ces provenientes de inqurito soroepidemiolgico realizado em rea endmica nos municpios de Araatuba e de Andradina, na regio noroeste do estado de So Paulo, em 2003, e rea no endmica da regio metropolitana de So Paulo, foram utilizados para avaliar comparativamente dois protocolos da reao de imunofluorescncia indireta (RIFI) para leishmaniose: um utilizando antgeno heterlogo Leishmania major (RIFI-BM) e outro utilizando antgeno homlogo Leishmania chagasi (RIFI-CH). Para estimar acurcia utilizou-se a anlise two-graph receiver operating characteristic (TG-ROC). A anlise TG-ROC comparou as leituras da diluio 1:20 do antgeno homlogo (RIFI-CH), consideradas como teste referncia, com as diluies da RIFI-BM (antgeno heterlogo). RESULTADOS: A diluio 1:20 do teste RIFI-CH apresentou o melhor coeficiente de contingncia (0,755) e a maior fora de associao entre as duas variveis estudadas (qui-quadrado=124,3), sendo considerada a diluio-referncia do teste nas comparaes com as diferentes diluies do teste RIFI-BM. Os melhores resultados do RIFI-BM foram obtidos na diluio 1:40, com melhor coeficiente de contingncia (0,680) e maior fora de associao (qui-quadrado=80,8). Com a mudana do ponto de corte sugerido nesta anlise para a diluio 1:40 da RIFI-BM, o valor do parmetro especificidade aumentou de 57,5% para 97,7%, embora a diluio 1:80 tivesse apresentado a melhor estimativa para sensibilidade (80,2%) com o novo ponto de corte. CONCLUSES: A anlise TG-ROC pode fornecer importantes informaes sobre os testes de diagnsticos, alm de apresentar sugestes sobre pontos de cortes que podem melhorar as estimativas de sensibilidade e especificidade do teste, e avali-los a luz do melhor custo-benefcio.

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Foi realizado estudo epidemiolgico sobre casos de leishmaniose visceral notificados em Campo Grande de 2001 a 2006, utilizando-se dados do Sistema de Informao de Agravos de Notificao. Foram registradas 577 notificaes com incidncia de 1,47 casos/100.000hab em 2001, chegando a 20,98 casos /100.000hab em 2006, com notificaes todos os meses a partir de 2002. Crianas at nove anos contriburam com 40% dos casos. O sexo masculino contribuiu com 64% das notificaes e o sexo feminino com 36%. A letalidade variou de 5% a 11%, com mdia de 8%. Dos 44 bitos, 33 (75%) ocorreram no sexo masculino e 11 (25%) no sexo feminino. Embora os idosos tenham contribudo com 9% dos casos, a mortalidade entre eles alcanou 39%. Foram 27 casos de co-infeco Leishmania/HIV (5%) com letalidade de 15%, a maioria em homens dos 20 aos 49 anos. Constatou-se processo de endemizao da doena com elevada incidncia.

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Foi descrita uma investigao epidemiolgica realizada na zona urbana de Diadema, municpio da Grande So Paulo (Brasil), com a finalidade de elucidar a fonte de infeco e o mecanismo de transmisso de um caso de leishmaniose visceral autctone da rea. Foram realizados inquritos sorolgicos atravs da reao de imunofluorescncia indireta na populao humana (591 soros) e na populao canina (55 soros), e levada a efeito pesquisa entomolgica no local da residncia do doente e em uma rea de reserva florestal situada a 500m desta residncia.

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Foi descrita a notificao de um caso de leishmaniose visceral em uma criana com dois anos de idade, tendo sempre residido em Capo Redondo, localidade situada na Grande So Paulo (Brasil). Apesar de transmisso congnita ou por transfuso de sangue ter sido cogitada, provvel que a infeco tenha decorrido de mecanismo habitual, consubstanciando ocorrncia autctone relativa do Estado de So Paulo.

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Descreve-se uma investigao epidemiolgica realizada em zona urbana do municpio de So Paulo, Brasil, para esclarecer um caso de leishmaniose visceral ocorrido em criana de 2 anos de idade, nascida e sempre residente no local. Afastou-se a possibilidade de transmisso por via transfusional e por vetor biolgico, tendo como base os dados levantados da anamnese do doente, os resultados de inquritos realizados na rea em populao humana, utilizando testes de imunofluorescncia indireta, hemaglutinao passiva e intradermoreao de Montenegro, em populao canina com o teste de imunofluorescncia indireta, alm de pesquisa entomolgica em mata residual.

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Analisou-se a epidemia de calazar ocorrida no Estado do Piau, no perodo de 1980-1986. Os dados foram coletados pela SUCAM-Piau, rgo do Ministrio da Sade para o controle de endemias, pela busca ativa na rede de assistncia sade do Estado. A epidemia iniciou-se em municpios do centro e do norte, em 1980. No interior, ao contrrio do perodo endmico, quando predominou em reas de maior altitude e clima semi-rido, a epidemia grassou nos vales de rios e em regio mais mida, de clima tropical. A capital do Piau, Teresina, foi atingida em 1981, com pico epidmico em 1984 e tendo sido responsvel por mais de 60% dos 1.509 casos de todo o Estado. Foram feitas tentativas de controle pelo uso intensivo de inseticidas e eliminao de ces. Nas outras regies do Piau, borrifadas intensivamente para o controle da doena de Chagas e da malria, a epidemia foi pouco importante e cedeu espontaneamente. Nem a casustica e nem a populao flebotomnica de Teresina apresentaram variaes sazonais significativas, mas estiveram moderadamente correlacionadas entre si. Houve maior prevalncia em menores de cinco anos, principalmente nos anos de maior incidncia, e menor em maiores de 40 anos. A distribuio geogrfica do processo epidmico e a concomitncia de seu incio com seca prolongada acompanhada de emigrao de pessoas e animais domsticos procedentes de regies endmicas para aquelas epidmicas, sugerem que estes movimentos migratrios desencadearam a epidemia. O fato de o processo epidmico ter cedido espontaneamente em reas onde no se tentou o seu controle indica que no se pode atribuir apenas s medidas de controle o fim da epidemia. A partir da anlise dos coeficientes de incidncia especficos por faixa etria, discutida a possiblilidade da progressiva reduo na proporo de suscetveis, determinada tanto por um grande nmero de infeces assintomticas como pela ocorrncia de imunidade duradoura, ter contribudo para a extino da epidemia.

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INTRODUO: Nas Amricas, Lutzomyia longipalpis tem sido incriminada como vetora da leishmaniose visceral em, praticamente, todas as reas de ocorrncia dessa parasitose. A notificao de casos humanos a partir de 1980 e a presena de ces com aspecto sugestivo de leishmaniose visceral no Municpio de Corumb, Estado de Mato Grosso do Sul, Brasil, levaram a investigaes entomolgicas na rea, com o objetivo de identificar a populao de flebotomneo vetora. MATERIAL E MTODO: A pesquisa foi realizada no peri e intradomiclio de trs residncias urbanas e em ectopo natural, representado por uma gruta, situado fora do permetro urbano. As capturas, semanais em sua maioria, foram realizadas com armadilhas automticas luminosas, no perodo de 1984 a 1986. Os dados metereolgicos desse perodo foram obtidos junto Estao Metereolgica da cidade e os de 1925 a 1982, de bibliografia. RESULTADOS: A fauna flebotomnea urbana, composta de oito espcies, mostrou-se semelhante da gruta, porm nesta, a abundncia das espcies foi maior. Na rea urbana, Lu. cruzi predominou tanto no intra como no peridomiclio: no bairro central, representou 90,3% dos espcimens e nos dois bairros perifricos, os seus percentuais foram menores. Lu. forattinii, tambm, teve freqncia expressiva em um dos bairros perifricos (39,0 %). Na gruta, Lu. corumbaensis foi a espcie predominante. Comenta-se o impacto das condies climticas e do inseticida aplicado na rea urbana na freqncia das espcies, e da utilizao da gruta como criadouro pelos flebotomneos, com base na evoluo da razo entre os sexos ao longo do perodo. Foram adicionadas informaes sobre antropofilia e de coleta com isca canina de Lu. forattinii. CONCLUSO: O predomnio de Lu. cruzi na rea urbana; a expressiva freqncia de Lu. forattinii na periferia da cidade, bem como a sua antropofilia e o estreito grau de parentesco destas espcies com Lu. longipalpis, a principal vetora da leishmaniose visceral em outras reas da Amrica, so aspectos que sugerem a participao de ambas na transmisso da doena, em Corumb.

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Realizou-se inqurito sorolgico em ces domiciliados e errantes do Municpio de So Jos do Rio Preto, SP, para identificar animais infectados e detectar a possibilidade de transmisso da leishmaniose visceral americana. De novembro de 1998 a junho de 2000, 2.104 amostras de soros foram testadas por meio da reao de imunofluorescncia indireta, empregando-se como antgeno formas promastigotas de Leishmania (L.) chagasi. Observaram-se 2.092 amostras no reagentes e 12 reagentes. Dos ces com sorologia positiva foi possvel realizar raspados de leso em trs animais. O material fixado em lminas foi corado por Giemsa e, em apenas um, foram encontradas formas amastigotas caractersticas de Leishmania sp. Este resultado indica a necessidade de manuteno da vigilncia sorolgica canina e entomolgica no municpio de So Jos do Rio Preto, a fim de detectar, precocemente, qualquer alterao na epidemiologia local.

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O objetivo do estudo foi descrever a situao epidemiolgica atual da leishmaniose visceral no Estado de Pernambuco, Brasil. Para tanto, realizou-se reviso na literatura cientfica sobre a epidemiologia visceral em Pernambuco, por meio das buscas nas bases MEDLINE, SciELO e LILACS. Adicionalmente, foram consultados outros artigos relevantes que no foram localizados nas bases eletrnicas. Os 18 trabalhos selecionados para a reviso indicam que: a leishmaniose visceral possui ampla distribuio geogrfica; os casos humanos esto freqentemente associados presso antrpica sobre o meio ambiente; as crianas tm sido mais freqentemente afetadas pela doena. Esses resultados mostraram a necessidade de mais estudos sobre os fatores de risco associados incidncia da doena no homem, o papel dos hospedeiros de Leishmania chagasi no ciclo zoontico de transmisso e o comportamento do vetor nas diferentes regies geogrficas do Estado.

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OBJETIVO: Analisar o nmero de casos, bitos, incidncia e letalidade e estimar a subnotificao da leishmaniose visceral, bem como a cobertura dos sistemas nacionais de informaes. MTODOS: Foram analisados casos confirmados de leishmaniose visceral com base nos sistemas: Sistema de Informao de Agravos de Notificao (Sinan), Sistema de Informaes sobre Mortalidade (SIM) e Sistema de Informaes Hospitalares (SIH), nos anos de 2002 e 2003. As variveis utilizadas no relacionamento para identificao dos pares foram: nome do paciente, nome da me, data de nascimento, sexo, municpio de residncia e endereo. Para clculo das estimativas aplicou-se a metodologia de captura-recaptura, utilizando a frmula de Chapman. RESULTADOS: A subnotificao estimada para casos de leishmaniose visceral no Sinan, em relao ao SIH e SIM, foi 42,2% e 45,0%, respectivamente. A subnotificao estimada de bitos no SIM foi 53,0% e 46,5%, quando comparada com Sinan-bitos e SIH-bitos, respectivamente. Comparando o Sinan e o SIH, a incidncia estimada foi de 2,9 por 100.000 habitantes, 70,5% mais alta que a encontrada utilizando somente os dados do Sinan. Da comparao dos dados do SIM e Sinan-bitos a letalidade estimada de 8%, representou um incremento de 16% da inicialmente registrada no Sinan-bitos. CONCLUSES: Os resultados mostram elevada subnotificao estimada de casos e bitos de leishmaniose visceral no Brasil. O relacionamento dos sistemas de informaes e aplicao do mtodo captura-recaptura permitiram conhecer e melhorar as estimativas epidemiolgicas, sendo factvel sua utilizao nos servios de sade.

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OBJETIVO: Analisar a acurcia do diagnstico de dois protocolos de imunofluorescncia indireta para leishmaniose visceral canina. MTODOS: Ces provenientes de inqurito soroepidemiolgico realizado em rea endmica nos municpios de Araatuba e de Andradina, na regio noroeste do estado de So Paulo, em 2003, e rea no endmica da regio metropolitana de So Paulo, foram utilizados para avaliar comparativamente dois protocolos da reao de imunofluorescncia indireta (RIFI) para leishmaniose: um utilizando antgeno heterlogo Leishmania major (RIFI-BM) e outro utilizando antgeno homlogo Leishmania chagasi (RIFI-CH). Para estimar acurcia utilizou-se a anlise two-graph receiver operating characteristic (TG-ROC). A anlise TG-ROC comparou as leituras da diluio 1:20 do antgeno homlogo (RIFI-CH), consideradas como teste referncia, com as diluies da RIFI-BM (antgeno heterlogo). RESULTADOS: A diluio 1:20 do teste RIFI-CH apresentou o melhor coeficiente de contingncia (0,755) e a maior fora de associao entre as duas variveis estudadas (qui-quadrado=124,3), sendo considerada a diluio-referncia do teste nas comparaes com as diferentes diluies do teste RIFI-BM. Os melhores resultados do RIFI-BM foram obtidos na diluio 1:40, com melhor coeficiente de contingncia (0,680) e maior fora de associao (qui-quadrado=80,8). Com a mudana do ponto de corte sugerido nesta anlise para a diluio 1:40 da RIFI-BM, o valor do parmetro especificidade aumentou de 57,5% para 97,7%, embora a diluio 1:80 tivesse apresentado a melhor estimativa para sensibilidade (80,2%) com o novo ponto de corte. CONCLUSES: A anlise TG-ROC pode fornecer importantes informaes sobre os testes de diagnsticos, alm de apresentar sugestes sobre pontos de cortes que podem melhorar as estimativas de sensibilidade e especificidade do teste, e avali-los a luz do melhor custo-benefcio.