98 resultados para Gymnanthes concolor
Resumo:
Investigamos se no interior de uma floresta estacional semidecidual em Santa Maria, RS, uma trilha clara diferiu de um caminho escuro (trilha escura) quanto à luz incidente e à fenologia reprodutiva de G. concolor e se a abertura de clareiras em 2002 afetou a luz incidente e a fenologia dessa espécie em 2003. Procuramos responder: (a) As trilhas clara e escura diferem quanto à luz incidente na copa das árvores e ao número de inflorescências masculinas, flores femininas, frutos e tamanho de frutos (variáveis fenológicas)? (b) Houve relação entre a luz incidente na copa das árvores e as variáveis fenológicas? (c) Em cada trilha, indivíduos vizinhos e não vizinhos às clareiras diferem quanto à variação interanual da luz incidente e das variáveis fenológicas devido à abertura de clareiras? Em 2002, a luz incidente foi significativamente maior sobre as copas dos indivíduos da trilha clara, mas as trilhas não diferiram significativamente quanto às variáveis fenológicas. Em 2003, os indivíduos na trilha clara não diferiram significativamente daqueles na trilha escura quanto à luz incidente e às variáveis fenológicas. Portanto, a luz incidente na trilha clara não promoveu uma mudança fenológica significativa, o que foi corroborado pelo baixo número de regressões significativas entre luz incidente e as variáveis fenológicas. Os indivíduos vizinhos tiveram taxa de variação da luz incidente significativamente maior do que os não vizinhos, mas não diferiram significativamente quanto às taxas de variação das variáveis fenológicas. Portanto, a maior luz incidente após a abertura de clareiras também não afetou significativamente a fenologia de G. concolor, que dependeria de maiores intensidades de luz para responder à abertura de trilhas ou clareiras. Estes resultados podem nortear as dimensões de futuras trilhas ecológicas ou espaços abertos em reservas naturais, de forma a causarem menor impacto na produção de flores, frutos e sementes em espécies vegetais nas suas proximidades.
Resumo:
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
Resumo:
A síndrome de dispersão de sementes está relacionada à migração das espécies e colonização de novos locais adequados para sobrevivência e reprodução. Foram estudados três estágios sucessionais de mata ciliar no domínio da Mata Atlântica (capoeira = cinco anos de regeneração; secundária = 45 anos de regeneração; e floresta madura = sem intervenção há 35 anos). As espécies foram classificadas nas síndromes de zoocoria, anemocoria e autocoria. A zoocoria predominou nos três estágios da sucessão da mata ciliar, com percentuais variáveis de 82% até 93% das espécies e 47% até 92% dos indivíduos. A segunda síndrome de dispersão mais comum foi a anemocoria, prevalecendo com elevada abundância relativa na capoeira (25% dos indivíduos). A autocoria ocorreu no sub-bosque da floresta madura com indivíduos da espécie Gymnanthes concolor. Aparticipação da zoocoria nos três estágios da sucessão demonstra que a relação planta-animal tem elevada importância para a sucessão florestal em ambiente ciliar na região do extremo sul da Mata Atlântica.
Resumo:
A composição específica de florestas estacionais no Rio Grande do Sul é fortemente influenciada por dois contingentes florísticos diferentes, um coincidente com as florestas atlânticas do leste e outro com as florestas paranaense-uruguaias do oeste. Um levantamento fitossociológico de uma floresta central sul-rio-grandense foi realizado para detectar a estrutura comunitária do componente arbóreo e a participação local dos diferentes contingentes florísticos. Todas as árvores com DAP > ou = 5 cm foram registradas em uma área de 1 ha, subdividida em 100 unidades amostrais de 10 x 10 m. As espécies amostradas foram classificadas como amplas ou restritas, segundo suas distribuições geográficas, considerando as afinidades florísticas leste ou oeste. A densidade total por hectare foi de 1855 indivíduos, pertencentes a 23 famílias, 46 gêneros e 55 espécies. As famílias com maior riqueza específica foram Fabaceae e Myrtaceae. As espécies mais importantes foram Gymnanthes concolor Spreng., Euterpe edulis Mart., Sorocea bonplandii (Baill.) Burger, Lanj. & Boer, Pachystroma longifolium (Nees) I.M. Johnst. e Trichilia claussenii C.DC., acumulando 55,2% do total do valor de importância. A diversidade específica (H') foi estimada em 2,244 (nats). As espécies do oeste formam um contingente mais diversificado, geralmente ocorrendo como árvores do dossel ou emergentes. As espécies do leste constituem um contingente bem menos diversificado, porém com uma alta participação quantitativa como árvores de porte médio do sub-bosque. Aspectos gerais da composição e da estrutura sugerem a importância de árvores do dossel de florestas estacionais interiores como formadoras de ambientes favoráveis para diversas árvores do sub-bosque de florestas pluviais costeiras.
Resumo:
A cobertura florestal no Rio Grande do Sul encontra-se fortemente reduzida e fragmentada e, na Serra do Sudeste, particularmente, muito pouco se sabe sobre a estrutura de suas florestas. A localização de um remanescente de floresta primária nas encostas orientais permitiu a realização de um levantamento fitossociológico com o objetivo de descrever a estrutura do componente arbóreo e estabelecer relações com outras florestas estacionais. Foram amostradas todas as árvores com DAP > 5 cm em uma área de 1 ha, subdividida em 100 parcelas de 10 × 10 m. Foram registrados 2.236 indivíduos, pertencentes a 69 espécies, 55 gêneros e 34 famílias. As famílias que sobressaíram em riqueza foram Myrtaceae, Lauraceae e Euphorbiaceae. A pequena contribuição de Fabaceae nas florestas na Serra do Sudeste contrasta com sua importância em outras florestas estacionais no Rio Grande do Sul e no Brasil. Dentre as espécies com os maiores valores de importância, destacaram-se Gymnanthes concolor Spreng., Esenbeckia grandiflora Mart. e Sorocea bonplandii (Baill.) W.C.Burger et al., pela elevada densidade, Sloanea monosperma Vell. e Ilex paraguariensis A.St-Hil., pela elevada área basal, e com valores intermediários nesses parâmetros Myrsine umbellata Mart., Miconia rigidiuscula Cogn. e Calyptranthes grandifolia O.Berg. A diversidade específica (H') foi estimada em 3,204 (nats) (J' = 0,757), um dos mais altos valores já registrados para as florestas estacionais no Rio Grande do Sul e no mesmo contexto de diversidade encontrado para a formação em outras regiões no Brasil.
Resumo:
A cidade de Porto Alegre, devido à localização, abriga espécies vegetais procedente de dois corredores principais: o corredor Atlântico e o corredor do Alto Uruguai. Os morros graníticos sobressaem-se na paisagem porto-alegrense abrigando matas nas suas encostas sul e campos nos topos e encostas nortes, devido às condições criadas pela exposição solar diferenciada. O Morro Santana, com 311 metros é o mais alto deles. Com o objetivo de caracterizar a composição e a estrutura e aspectos da dinâmica de regeneração desta mata, é realizada amostragem do componente arbóreo-arbustivo, dividindo-se os indivíduos em três componentes, de acordo com suas medidas de alturas e de DAP (diâmetro à altura do peito): Componente 3 (0,20 m ≤ h < 1 m); Componente 2 (h ≥ 1 m e DAP < 3 cm) e Componente 1 (DAP≥ 3 cm), sendo que, para a estimativa de regeneração natural por classes e total (RN e RNT), a qual é dada em porcentagem, os componentes 2 e 3 foram distribuídos em três classes de altura: Classe 1 (0,20m ≤ h < 1m); Classe 2 (1m ≤ h < 3m); Classe 3 ( h ≥ 3m e DAP < 5cm).O método utilizado é o de parcelas de 100 m2 (Componente1), 25 m2 (Componente 2), e 4 m2 (Componente 3). Através do software MULVA 5, foram realizadas análises de agrupamento e ordenação (PCoA) para os três componentes. O levantamento resultou em: 505 indivíduos, pertencentes a 63 espécies, 51 gêneros e 30 famílias no Componente 1; 470 indivíduos, distribuídos em 44 espécies, 33 gêneros e 19 famílias no Componente 2; 191 indivíduos, distribuídos em 30 espécies, 26 gêneros e 18 famílias no Componente 3. No Componente 1 destacam-se Guapira opposita (Nyctaginaceae), Pachystroma longifolium (Euphorbiaceae) e Eugenia rostrifolia (Myrtaceae). Nos Componentes 2 e 3 destacam-se Psychotria leiocarpa e Faramea montevidensis (Rubiaceae), Mollinedia elegans (Monimiaceae) e Gymnanthes concolor (Euphorbiaceae). A composição florística nos três componentes, em ordem decrescente de importância, foi dada por espécies de ampla distribuição, espécies Atlânticas e espécies do Alto Uruguai. As espécies secundárias perfizeram a maioria absoluta da amostra nos três componentes, sendo que as secundárias tardias superaram as secundárias inicias. As espécies pioneiras foram infimamente representadas nos três componentes inventariados. Quanto às síndromes de dispersão, mais de 80 por cento das espécies de ambos os componentes apresentou síndrome zoocórica. O restante das espécies apresenta as síndromes autocórica e anemocórica em proporções semelhantes.A análise fitossociológica indicou tratar-se de uma mata baixa, sem estratificação definida, com dominância de um número reduzido de espécies de ocorrência comum na região, sendo que a grande maioria das espécies conbribui com um ou dois indivíduos. A diversidade específica (H’) foi estimada em 3,30 (Componente 1); 2,81 (Componente 2) e 2,86 (Componente3) e a equabilidade (J’) em 0,80 (Componente 1) ; 0,74 (Componente 2) e 0,84 (Componente 3). As análises de agrupamento e de ordenação não evidenciaram diferenças entre as unidades de amostragem da borda e aquelas do interior da mata. Os maiores valores na estimativa de regeneração natural total (RNT) foram concentrados pelas espécies de sub-bosque com maiores densidades e freqüência (Psychotria leiocarpa, Faramea montevidensis, Mollinedia elegans e Gymnanthes concolor). Os representantes que compõem o dossel da mata com maiores valores de regeneration foram: Guapira opposita, Eugenia rostrifolia e Cupania vernalis (Sapindaceae). Os resultados da estimativa de regeneração natural indicaram que a maioria das espécies parece estar obtendo sucesso quanto ao recrutamento de novos indivíduos, o que remete a um bom estado de conservação da mata, a qual, permanecendo as condições atuais, deverá no futuro manter uma composição florística semelhante a atual.
Resumo:
A dispersão de diásporos é um evento de elevada importância para as espécies vegetais, que dispõem de diversas estratégias para este fim. O presente estudo teve por objetivos conhecer e caracterizar o espectro das diferentes estratégias de dispersão do componente arbóreo em uma floresta estacional de Santa Maria, Rio Grande do Sul, Brasil (próximo às coordenadas 53º54'W e 29º38'S) e, a partir desses dados, investigar sua relação com os estratos verticais da floresta. Foram amostrados todos os indivíduos com perímetro à altura do peito > 15 cm, em 100 unidades amostrais de 10×10 m. A caracterização das estratégias de dispersão foi realizada por meio de observações a campo de frutos e potenciais dispersores, e consulta à bibliografia especializada. Foram amostradas 58 espécies pertencentes a 26 famílias botânicas. Dessas espécies, 74% apresentaram estratégia de dispersão zoocórica; 24%, estratégia de dispersão anemocórica e apenas Gymnanthes concolor Spreng. apresentou a estratégia autocórica. Analisando-se a proporção das estratégias de dispersão por meio da densidade relativa, verificou-se que 80% dos indivíduos são zoocóricos, 12% anemocóricos e 8% autocóricos. Para a floresta analisada foram encontradas diferenças significativas nos padrões de distribuição vertical das espécies agrupadas de acordo com a estratégia de dispersão. A zoocoria ocorreu em espécies de todos os estratos, enquanto a autocoria ficou limitada ao sub-bosque. Já a anemocoria foi mais importante entre as espécies com indivíduos emergentes.
Resumo:
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
Resumo:
In this study, data on cattle depredation by puma (Puma concolor) and jaguar (Panthera onca) were recorded for six years (1998 - 2003) in a cattle ranch in central-western Brazil. Depredation represented 18.9% of the overall cattle mortality, being predominant on calves. in biomass, kills represented 0.4% (63.8 kg/km(2)) of the ranch`s annual stock. in economic loss, kills represented 0.3% of the cattle stock value. Depredation was mainly associated with cattle`s age class and location along with the time of birth of calves. The proportion of pastures next to forest with depredation (n=33, 48.5%) was not distinguished to the proportion of pastures not bordering forest with depredation (n=35, 51.5%). However, the proportion of pastures next to forest with depredation represented 54% (n=33) of the 61 total pastures that were at least partially surrounded by forest patches or riparian forests that comprised eight continuum blocks of forest fragments of different sizes in the ranch and adjacent areas. No kills occurred in the central portion (main house) of the farm, close to the headquarters where the pastures not bordering forest. The distances of the kills in relation to areas of native forest was 1317.48 +/- 941.03 m. In order to reduce depredation, calves should be kept as far as possible from forest areas and concentrated cattle breeding and calving seasons should be encouraged. (c) 2007 Elsevier Ltd. All rights reserved.
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Objetivou-se neste trabalho fazer levantamento sobre a troca de dentição decídua por permanente, notadamente dos dentes caninos e a prevalência de maloclusão em pumas (Puma concolor) manejados nas instituições visitadas no Estado de São Paulo. Para os estudos utilizou-se amostra constituída de 36 pumas, provenientes de 18 instituições mantenedoras de tais espécies em cativeiro no Estado de São Paulo, sendo que três animais com idade de oito meses, irmãos de ninhada, apresentaram retenção dos dentes caninos decíduos e foram acompanha dos por 2 anos e 8 meses. Todos os animais foram examinados, observando se a oclusão estava de acordo com o normal para a espécie. Os dentes foram identificados um a um, examinados diretamente por meio de explorador odontológico. Os animais que apresentaram retenção dos dentes caninos decíduos não foram tratados, pois a maloclusões aparentemente não comprometia a preensão ou mastigação de alimentos, embora apresentassem acúmulo de alimentos ou indutos moles na região dos dentes com espaço interproximal mais reduzido.
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O desenvolvimento de biotécnicas de reprodução é uma importante ferramenta para a conservação de animais silvestres ameaçados de extinção. Procedimentos de reprodução assistida em suçuarana, no entanto, são escassos na literatura, em especial aqueles relacionados à criopreservação de sêmen. Neste sentido, o presente trabalho objetivou avaliar a congelabilidade do sêmen de suçuaranas adultas mantidas em cativeiro, por meio da comparação entre duas concentrações de glicerol no meio de congelamento. Foram usados cinco machos adultos de suçuarana, mantidos no Centro de Reabilitação de Animais Silvestres do Mato Grosso do Sul (CRAS/MS). As amostras foram coletadas por eletroejaculação e avaliadas quanto ao seu aspecto físico, volume, vigor, motilidade, concentração e índice espermático. De cada ejaculado duas alíquotas foram diluídas em meio Tris-citrato-gema de ovo, em concentrações finais de 5 e 7,5% de glicerol, resfriadas a uma taxa de -0,55ºC/min e congeladas a uma taxa de -5,8ºC/min. Depois de descongeladas, as amostras foram reavaliadas e submetidas aos testes de termorresistência e hiposmótico. O protocolo de criopreservação e descongelamento de sêmen proposto se mostrou eficiente em ambas as concentrações de glicerol testadas, não havendo diferença (p>0,05) entre estas.
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Abstract: The aim of this study was to assess the cardiopulmonary effects, the onset time after the administration of a detomidine/ketamine combination, and the recovery from anesthesia of cougars (Puma concolor) anesthetized with detomidine/ketamine and isoflurane or sevoflurane for abdominal ultrasound imaging. Fourteen animals were randomly allocated into two experimental groups: GISO (n=7) and GSEVO (n=7). Chemical restraint was performed using 0.15mg/kg detomidine combined with 5mg/kg ketamine intramuscularly; anesthesia induction was achieved using 2mg/kg propofol intravenously and maintenance with isoflurane (GISO) or sevoflurane (GSEVO). The following parameters were assessed: heart rate, respiratory rate, systolic and diastolic arterial blood pressure, mean arterial blood pressure, oxyhemoglobin saturation, rectal temperature, central venous pressure, and end-tidal carbon dioxide. The time to sternal recumbency (TSR) and time to standing position (TSP) were also determined. There was not statistically significant difference for the cardiopulmonary variables or TSP whereas TSR was significantly shorter in GSEVO. The time to onset of anesthesia was 11.1±1.2 minutes and 11.3±1.8 minutes for GISO and GSEVO, respectively. The anesthesia of cougars with detomidine/ketamine and isoflurane or sevoflurane was conducted with safety, cardiopulmonary stability, and increased time to sternal recumbency in the GISO group.
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Intense male-male competition for females may drive the evolution of male morphological dimorphism, which is frequently associated with alternative mating tactics. Using modern techniques for the detection of discontinuous allometries, we describe male dimorphism in the Neotropical harvestman Longiperna concolor, the males of which use their elongated, sexually dimorphic legs IV in fights for the possession of territories where females lay eggs. We also tested three predictions related to the existence of alternative mating tactics: (1) if individuals with relatively longer legs IV (majors) are more likely to monopolize access to reproductive resources, they are expected to remain close to stable groups of females more than individuals with relatively shorter legs IV (minors) do; (2) if minors achieve fertilization by moving between territories, they are expected to be less faithful to specific sites; and (3) majors should be observed in aggressive interactions more often. We individually marked all the individuals from a population of Longiperna during the reproductive season and recorded the location of each sighting for males and females as well as the identity of males involved in fights. Majors were more likely to have harems, and large majors were even more likely to do so. Majors were more philopatric and all males involved in fights belonged to this morph. These results strongly suggest that the mating tactic of the majors is based on resource defense whereas that of the minors probably relies on sneaking into the territories of the majors and furtively copulating with females.
Resumo:
A predação de rebanhos domésticos por predadores silvestres é o conflito mais intenso entre seres humanos e animais silvestres por causa do prejuízo econômico. A solução encontrada pelos fazendeiros é o abate do predador, causa principal de mortalidade destes animais ao redor do mundo. Para compreender melhor as variáveis ambientais relacionadas a este conflito na região do Parque Nacional de São Joaquim, SC, Brasil, e entorno, foram visitadas propriedades que registraram a presença de leões-baios (Puma concolor) e propriedades que sofreram perdas para este animal durante o ano de 2004. Informações relacionadas ao manejo utilizado com os rebanhos e com a área da fazenda foram coletadas e analisadas conjuntamente com dados provenientes de geoprocessamento (cobertura florestal, altitude, declividade, distância de corpos hídricos e de estradas) mostrando que o manejo utilizado com os rebanhos na área de estudo potencializa os eventos de predação de rebanhos domésticos pelo felídeo em questão. Melhorias no manejo dos rebanhos e das propriedades, diminuição da caça de animais silvestres e a proteção dos fragmentos florestais são ações que, considerando a regionalidade do conflito, podem reduzir os índices de predação. Agências ambientais federais e estaduais tem papel importante na disseminação de informações a respeito da ecologia dos predadores, fornecendo subsídios para os proprietários melhorarem o manejo de seus rebanhos e propriedades. Órgãos extensionistas devem planejar e implantar programas de apoio com técnicas adequadas de manejo das propriedades visando a conservação do meio ambiente.
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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)