232 resultados para Chapada Diamantina
Resumo:
Os himenópteros parasitoides são inimigos naturais de insetos-praga e têm demonstrado eficiência em estratégias de controle, contribuindo para a manutenção do equilíbrio ecológico de agroecossistemas. Esta pesquisa buscou identificar a diversidade de parasitoides associada a culturas de café em Piatã, BA. As coletas foram realizadas com armadilhas Malaise, que permaneceram no campo por sete dias em coletas mensais, de setembro de 2006 a agosto de 2007. Foram coletados 14.669 himenópteros, distribuídos em nove superfamílias, sendo elas Ceraphronoidea, Chalcidoidea, Chrysidoidea, Cynipoidea, Evanioidea, Ichneumonoidea, Mymarommatoidea, Platygastroidea e Proctotrupoidea, e 29 famílias. Coletaram-se 22 famílias constantes e 11 dominantes, destacando-se Ichneumonidae, Braconidae e Scelionidae como mais frequentes, totalizando 50,33% dos indivíduos coletados. As famílias Braconidae, Eulophidae e Bethylidae, indicadas como promissoras em programas de controle biológico no café, foram coletadas ao longo de todo o ciclo fenológico do café.
Resumo:
Tese de Doutoramento em Biologia de Plantas MAP - Bioplant
Resumo:
O gênero Calliandra Benth. (Leguminosae) possui 134 espécies exclusivamente neotropicais, das quais 42 ocorrem na Chapada Diamantina, sendo 32 endêmicas da área. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da luz e substrato na germinação e desenvolvimento inicial de C. viscidula e C. hygrophila. As sementes foram submetidas a três tratamentos em laboratório: luz, escuro e luz/escuro (12 h/12 h). Em viveiro foram utilizados três substratos: (I) areia; (II) terra vegetal + areia; (III) vermiculita + terra vegetal + areia, mantidos a 100%; e 70% de luminosidade. As avaliações da germinação foram diárias durante 21 dias, utilizando-se os parâmetros: germinabilidade, índice de velocidade de germinação (índice de velocidade de emergência para viveiro), tempo médio de germinação e frequência relativa. Os parâmetros analisados no desenvolvimento inicial foram: comprimentos da parte aérea e raiz, número de folhas, massa seca, relação parte aérea/sistema radicular e razão do peso da folha. C. viscidula e C. hygrophila foram classificadas como fotoblásticas neutras e apresentaram melhor desenvolvimento a 70% de luminosidade nos substratos III e I e II , respectivamente.
Resumo:
Nesse levantamento, foram encontrados 65 táxons infragenéricos nos campos rupestres da Bahia, sendo 41 pertencentes à divisão Bryophyta, distribuídos em 19 gêneros e 11 famílias, e 24 à divisão Hepatophyta distribuídos em 15 gêneros e nove famílias. Desses, 23 (nove musgos e 14 hepáticas) são novas citações para o estado. A maioria desses táxons parece ter distribuição restrita à região da Chapada Diamantina, não tendo sido encontrados em outras regiões do estado.
Resumo:
São descritas duas novas espécies de Calliandra da Chapada Diamantina, Estado da Bahia, leste do Brasil. Calliandra geraisensis E.R. Souza & L.P. Queiroz é próxima de C. calycina Benth., diferindo pelo seu hábito depauperado, folhas dísticas e ausência de tricomas glandulares no perianto. Calliandra imbricata E.R. Souza & L.P. Queiroz é uma planta arbustiva semelhante a C. erubescens Renvoize, da qual difere pelas folhas com maior número de pinas e folíolos e pelos estames vermelhos. Ambas as espécies ocorrem nas montanhas da Chapada Diamantina e são endêmicas restritas de uma pequena área nas vizinhanças da cidade de Piatã.
Resumo:
A Chapada Diamantina localiza-se na porção norte da Cadeia do Espinhaço, tendo como vegetação típica os campos rupestres, mas ocorrendo também em matas de galeria, cerrado e caatinga, possuindo elevado grau de endemismo. O gênero Bulbophyllum Thouars é um dos maiores da família Orchidaceae com aproximadamente 1.200 espécies. No Brasil são reconhecidas cerca de 58 espécies, mas apenas cinco têm sido documentadas para o Estado da Bahia. Neste trabalho foi realizado o levantamento das espécies de Bulbophyllum da Chapada Diamantina, através de coletas e coleções de herbário. Foram encontradas 12 espécies e um híbrido natural na Chapada Diamantina, sendo oito citações novas para o estado. Bulbophyllum epiphytum Barb. Rodr., B. laciniatum (Barb. Rodr.) Cogn. e B. napellii Lindl. possuem hábito epifítico; B. involutum Borba, Semir & F. Barros, B. mentosum Barb. Rodr., B. roraimense Rolfe, B. weddellii (Lindl.) Rchb. f. e B. ×cipoense Borba & Semir ocorrem exclusivamente como rupícolas; já B. chloropterum Rchb. f., B. cribbianum Toscano, B. ipanemense Hoehne, B. manarae Foldats e B. plumosum (Barb. Rodr.) Cogn. possuem hábito facultativo. Bulbophyllum ipanemense é a espécie mais abundante na Chapada Diamantina, e as populações da Bahia apresentam uma ampla variação morfológica em relação às populações da região Sudeste. Bulbophyllum manarae e B. roraimense consideradas endêmicas da Venezuela, são citadas pela primeira vez para o Brasil, fortalecendo a hipótese de uma estreita relação entre as formações deste país e da Chapada Diamantina.
Resumo:
Foi estudada a biologia reprodutiva de Melocactus glaucescens e M. paucispinus (Cactaceae) no Município de Morro do Chapéu, Chapada Diamantina, Bahia, sendo abordados aspectos da fenologia, biologia floral, polinização e sistema reprodutivo. Foram registrados os períodos de floração e frutificação, visitantes florais, freqüência e tipo de visitas, além de estratégia e comportamento dos visitantes às flores. Foram realizadas polinizações experimentais para verificar o sistema reprodutivo das espécies. As duas espécies de Melocactus estudadas apresentaram sobreposição de floração ao longo do período de estudo. Os atributos florais de ambas as espécies são típicos da síndrome da ornitofilia: cores atrativas, estrutura tubulosa e produção de néctar com baixa concentração de solutos, entre 20% e 30%. O beija-flor Chlorostilbon aureoventris Boucier & Mulsant (1948) foi o visitante mais freqüente, com 82% e 89% do total de visitas para M. paucispinus e M. glaucescens, respectivamente. Outras espécies de beija-flores e borboletas também visitaram as flores das espécies. A sobreposição no período de floração e a similaridade na composição da guilda de polinizadores destas e demais espécies simpátricas de Melocactus favorece a hibridação no gênero, como foi observado na região. Melocactus glaucescens apresentou auto-incompatibilidade e alogamia, enquanto M. paucispinus é auto-compatível e autogâmica, porém com menor frutificação em autopolinização do que em polinização cruzada, possivelmente devido à ocorrência de depressão endogâmica. Polinizações interespecíficas indicam a ocorrência de inter-compatibilidade entre M. paucispinus e M. concinnus Buining & Brederoo, sustentando hipóteses correntes de hibridação entre estas espécies.
Resumo:
Hybridization between B. involutum and B. weddellii (Orchidaceae) has been first observed in the Serra do Cipó, Minas Gerais State, Brazil, the hybrid being described as B. ×cipoense Borba & Semir. In this study, allozime electrophoresis was used to test the hypothesis of occurrence of hybridization between these two species, as suggested by morphological characters, in the Chapada Diamantina, Bahia State, Brazil. The lack of a diagnostic locus does not allow definite confirmation of the natural hybridization, although this hypotheses is reinforced by the absence of exclusive alleles in the putative hybrid individuals. The existence of several different genotypes points out to either population derived from multiple hybridization events or the hybrids produced offspring. Homozigosity in some morphologically intermediate individuals of alelles which are exclusive to B. involutum and high genetic similarity between them reinforce the hypotheses of introgression in B. involutum, but not in B. weddellii. Genetic variability observed in B. weddellii (He = 0.21) and B. involutum (He = 0.35) is high. Bulbophyllum weddellii and B. involutum presented very high genetic similarity values (0.94). These species, although vegetatively similar, have been placed in different sections based on floral morphology. The results suggest that these species may be more related than previously supposed.
Resumo:
Vegetation on rock outcrops in the "Chapada Diamantina" (soil islands) is often aggregated and surrounded by nude rock surfaces, thus creating natural units with well defined limits. The flowering and fruiting cycles of plants on 58 soil islands at altitudes between 1,100 and 1,140 meters above sea leavel were analyzed at Mãe Inácia Peak (12°27' S and 41°28' W) in the "Chapada Diamantina", Bahia, Brazil. The presence/absence of flowering and fruiting species on each soil island, and their respective cover areas were analyzed at both the population and community levels, and the phenophases of flowering and fruiting were observed during 24 successive months. The analyses of pollination and seed dispersal syndromes indicated that animals are more important in pollination than in seed dispersal (which is predominantly by anemochory and autochory). The flowering and fruiting of plants with animal pollination syndromes were correlated with rainfall and temperature. The flowering season varied during the year according to the pollination syndrome involved: entomophily was predominant from summer through autumn, ornithophily was predominant during winter, and anemophily in the spring. The staggered timing of flowering and fruiting among different species provides a nearly continuous supply of resources for the local fauna.
Resumo:
Soil islands on rocky surfaces often harbor aggregated vegetation that consists of insular plant communities. These islands are typical of the rocky outcrops and in various parts of Brazil form the so-called "campos rupestres" vegetation. Four of such sites have been selected in the state of Bahia, Northeast Brazil, for this comparative study on floristics and vegetation structure: three areas situated inside the "Parque Nacional da Chapada Diamantina" (Guiné, Fumaça and "Gerais da Fumaça") and one is at the border of the Environmental Protection Area of "Marimbus-Iraquara" ("Mãe Inácia"). All occurring vegetation islands were studied in four random plots of 10 × 10 m per site. Soil was often shallow, sandy and acidic. Vascular plant species were determined, with respective life forms and canopy coverage areas. The total number of species when all four sites were added was 135, and the number of species per island varied from 2 to 32. The areas of the 214 soil islands varied from 0.015 to 91.9 m², totaling 568 m² in the four sites. Monocotyledon families were dominant, essentially Velloziaceae, as well as Orchidaceae, Bromeliaceae, Amaryllidaceae and Cyperaceae. Among the eudicotyledons, dominant families were mainly Clusiaceae, Asteraceae and Melastomataceae. The biological spectra revealed that phanerophytes and hemicryptophytes predominated among the life forms, while chamaephytes had the largest coverage area. Epilithic and desiccant chamaephytes composed the most conspicuous interspecific associations, and were probably related to early successional processes. Sites closest to one another were not the most similar in structure, indicating that other factors more relevant than distance might be involved in the abundance of species in space.
Resumo:
This paper discusses the phenological strategies of Melocactus glaucescens Buining & Brederoo, M. paucispinus G. Heimen & R. Paul, M. ernestii Vaupel and M. ×albicephalus Buining & Brederoo, species from Chapada Diamantina, northeastern Brazil. Melocactus glaucescens, M. ernestii and M. ×albicephalus occur sympatrically in an area of "caatinga"/"cerrado" vegetation, and M. paucispinus in an area of "cerrado"/"campo rupestre". The superposition of flowering in these sympatric taxa was compared and analyzed. The phenology of M. paucispinus was correlated with both abiotic and biotic factors. Flowering of M. glaucescens and M. ×albicephalus were observed to be continuous (though with moderate peaks of activity), while fruiting was sub-annual. Melocactus ernestii exhibited an annual pattern of both flowering and fruiting; while in M. paucispinus the same patterns were sub-annual. These sympatric taxa showed 40% overlap of flowering periods, reaching to more than 50% in paired combinations of taxa, considering both the number of specimens flowering, as well as the quantity of resources being offered. Available information indicates that these taxa share pollinators, but phenological data rejects the hypothesis of shared pollinators and supports the hypothesis of hybridization in the study area. Rainfall was negatively correlated with flowering in M. paucispinus, but positively correlated with fruiting. Flowering of M. paucispinus in dry periods of the year avoids that erect flowers positioned in terminal cephalium, exposed in open areas of the vegetation, be damaged for the rains, while fruiting in rainy periods can be favorable to the dispersion and germination of this species.
Resumo:
Foram investigadas as estratégias fenológicas de floração e frutificação de Prepusa montana Mart. em uma área de campo rupestre da Chapada Diamantina e a sua influência pela pluviosidade, umidade relativa do ar, temperatura e fotoperíodo. Foram registrados os números de flores, botões e frutos maduros desta espécie, em visitas mensais ao Parque Municipal de Mucugê, em Mucugê, BA, de junho de 2006 a agosto de 2007. Os dados das variáveis ambientais (precipitação média acumulada, temperatura média e umidade relativa do ar) foram coletados em Mucugê e o fotoperíodo da área foi calculado por dados geográficos. Prepusa montana apresentou floração anual com duração intermediária, ocorrendo na época seca. A fenofase de floração não apresentou correlação com a pluviosidade e com a umidade relativa do ar, mas apresentou correlação negativa com a temperatura e com o fotoperíodo. A maturação dos frutos iniciou-se na estação seca e teve sua maior intensidade no início da estação chuvosa. A dispersão das sementes apresentou correlação negativa com a umidade relativa do ar. Por ocorrer ao longo de cursos d'água, a floração de P. montana parece ser independente do estresse hídrico da época de estiagem. A correlação negativa entre a abertura dos frutos e a umidade relativa do ar está associada ao processo de dessecação, necessário para a maturação e a dispersão dos diásporos. Na estação seca, a disseminação das sementes de P. montana pode ser facilitada pelo vento e as chuvas, no início da estação chuvosa, podem também auxiliar na dispersão das sementes, além de garantir maior probabilidade de sua germinação e do estabelecimento das plântulas.
Resumo:
(Fenologia de floração e polinização de espécies ornitófilas de bromeliáceas em uma área de campo rupestre da Chapada Diamantina, BA, Brasil). Beija-flores são os principais polinizadores de bromeliáceas e a floração sequencial propicia a manutenção local destas aves. Neste estudo investigamos as estratégias fenológicas de floração e os visitantes florais de cinco bromeliáceas ornitófilas em uma área de campo rupestre na Chapada Diamantina, Bahia. Os dados sobre fenologia de floração foram coletados pelo acompanhamento mensal da fenofase de floração de indivíduos no período entre julho de 2006 e dezembro de 2007. Os visitantes florais foram registrados em observações naturalísticas de fevereiro de 2002 a dezembro de 2003 e de julho de 2006 a dezembro de 2007. A maioria das espécies floresceu no fim da estação seca e no início da estação chuvosa; Hohenbergia ramageana Mez apresentou floração contínua na área. A comunidade de bromélias estudada apresentou floração seqüencial e contínua, proporcionando recursos para a manutenção dos polinizadores na área ao longo do ano. Seis troquilídeos, um cerebídeo e três espécies de abelhas visitaram flores das bromélias. Chlorostilbon lucidus (Shaw, 1812), Phaethornis pretrei (Lesson & Delattre, 1839) e Coereba flaveola (Linnaeus, 1759) foram os principais polinizadores das plantas na área. Neoregelia bahiana (Ule) L. B. Sm., de corola de tubo longo é a espécie mais especializada, tendo P. pretrei como seu único polinizador, enquanto H. ramageana, com corola de tubo curto, é a mais generalista, considerada como um importante recurso para os beija-flores da área
Resumo:
O ritual de visita do Reisado, prática religiosa do catolicismo rural, se baseia nas relações de troca material/espiritual entre o grupo de devotos e as pessoas visitadas. Os Santos de devoção abençoam as casas através da visita anual do Reisado. Este artigo sobre a dimensão espetacular do corpo nesse ritual focaliza os processos de montagem da performance analisando as interações entre devotos/santos/donos das casas. O ponto de partida é o estudo do Reisado na comunidade negra rural Mulungu (Município de Boninal - Chapada Diamantina/Bahia) desenvolvido através de pesquisa etnográfica e das conexões entre teatro/ritual, traçadas por Jerzy Grotowski no campo da Antropologia Teatral.
Resumo:
A new species of Heterodactylus is described based on two specimens obtained in the highlands of Chapada Diamantina, state of Bahia, Brazil. The new lizard is characterized by very elongate body and tail, absence of external ear opening, presence of moveable eyelids, absence of prefrontals and frontoparietals, a vestigial interparietal, 37-39 dorsal and 27-29 ventral transverse scale rows, 23-25 scales around midbody, six gular scale rows, and 10-11 and 14-15 fourth finger and fourth toe infradigital lamellae, respectively. The new species is most similar to Heterodactylus lundii from which it differs by the absence of contact between frontal and interparietal, by having wider than long parietals, smooth posterior dorsal scales, posterior ventral scales almost twice longer than wide, a lower number of scales around midbody, last supralabial in contact with the granules of the ear depression, and a more elongate body. The new species occurs about 1,100 km north of the northernmost known record of H. lundii. Species of Heterodactylus seem to be restricted to areas of cold climates associated with high latitudes and mountainous areas of eastern Brasil.