49 resultados para Brutalismo arquitetonico
Resumo:
A presente dissertação tem como objeto estudar as relações que foram estabelecidas entre arquitetura e as artes plásticas no período brasileiro do Século XX, compreendido desde a década de 30 com a construção do antigo Ministério da Educação e Saúde, hoje Palácio Gustavo Capanema, até a década de 60, com a fundação da cidade de Brasília em 1961. A dissertação consta de duas partes, complementares entre-si. Na primeira, são realizados ensaios de cunho bibliográfico e abordagens críticas reexaminando questões relativas à introdução da arte e arquitetura modernas no Brasil, visando buscar as conexões existentes entre as obras arquitetônicas das décadas de 30 e 40 e os artistas que se destacaram neste período. É abordado o Ministério da Educação e Saúde como elemento precursor da incorporação de obras de arte na arquitetura moderna brasileira e as obras subsequentes à ele que deram continuidade a essa suposta integração artística. Investiga-se também a obra de Cândido Portinari, e Roberto Burle Marx e suas colaborações nos paradigmas arquitetônicos do período, discutindo a pintura mural e o paisagismo como as principais formas de incorporação do modelo artístico ao objeto arquitetônico. Na segunda parte, são abordados os aspectos que predominavam na arquitetura moderna brasileira a partir da década de 50, dando destaque para o Brutalismo Paulista, que através da obra de Vilanova Artigas passou a figurar como uma tendência expressiva no contexto brasileiro. São investigadas também questões relativas às vanguardas construtivas e sua influência na arquitetura. Por fim, a dissertação avalia o conceito de síntese-integração das artes na escala urbanística e nos edifícios de Brasília.
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Esta tese parte de uma visão pluralista que organiza um panorama amplo e acurado das principais características arquitetônicas e consolidação, requerendo seu status de relativa autonomia, tanto no seio da arquitetura brasileira, como em face de sua relativa não superposição congruente com a Escola Paulista Brutalista; buscando compreender suas relações com outras tendências da arquitetura brasileira, anteriores e contemporâneas a esse período, bem como as relações ativas e passivas que estabelece com o panorama arquitetônico internacional daquela época. Parte não das generalizações historiográficas disponíveis, freqüentemente antipáticas ao tema, mas do reexame das obras, por meio de um amplo reconhecimento sistemático da arquitetura brasileira paulista das décadas de 1950 até meados dos anos 1970, verificando quais e quantas obras poderiam ser corretamente englobadas no marco da Arquitetura Paulista Brutalista. Esta é aqui entendida como tendência arquitetônica e estética, de peculiar organização formal, espacial, construtiva e plástica, eventualmente um esforço potencial para a formação de um estilo. A grande quantidade de obras encontrada pelo levantamento valida a existência da Arquitetura Paulista Brutalista, exigindo a proposição de uma classificação instrumental criteriosa de maneira a selecionar cerca de uma centena de obras, cuja análise arquitetônica mais acurada foi realizada. Admitiu-se nessa amostragem uma ampla variedade de aproximações que constata e reafirma um certo grau de pluralidade interna à tendência. O objetivo da tese é ajudar a compor, com a adição de um importante fragmento, pouco estudado e reconhecido de maneira ampla na historiografia arquitetônica brasileira, um panorama mais rico, múltiplo e complexo da arquitetura brasileira.
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Este estudo aborda os anteprojetos realizados por arquitetos paranaenses entre os anos de 1962 e 1981 para concursos nacionais de arquitetura, os quais influenciaram e transformaram a arquitetura moderna no Paraná. Apresenta um panorama da evolução da arquitetura moderna brasileira ao analisar obras da escola carioca e da escola brutalista paulista; investiga o nascimento da arquitetura moderna paranaense, através das obras dos pioneiros. Aborda a chegada dos arquitetos paulistas em Curitiba, a partir de 1962; analisa a corrente migratória de arquitetos vindos de outros estados para a implantação do Curso de Arquitetura da UFPR, a partir de 1964; investiga o surgimento do ‘Grupo do Paraná’ e estuda a formação acadêmica de seus integrantes; elabora um cadastro de todos os concursos nacionais com premiações de arquitetos paranaenses; subdivide em cinco fases distintas os concursos cadastrados e os analisa individualmente: 1957 a 1961 - Antecedências; 1962 a 1966 – Fase de Emergência; 1967 a 1972 – Fase de Cristalização; 1973 a 1981 – Fase de Dispersão; 1982 a 1996 – Excurso.
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Dissertação submetida à Escola Superior de Teatro e Cinema para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Teatro - especialização em Encenação,
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O trabalho analisa a história da produção do edifício da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, projetado por João Batista Vilanova Artigas (1915-1985) em 1961 e concluído em 1969. Mais especificamente, o artigo se volta aos materiais do edifício, oferecendo insumos para uma discussão sobre o papel do chamado “brutalismo paulista” na década de 1960. O edifício da FAUUSP, como se sabe, é um marco na arquitetura moderna brasileira. Seu caráter paradigmático consiste na síntese das posições programáticas de Artigas, tanto em relação ao ensino de arquitetura como em relação à poética moderna, que ultrapassa o limite autoral e constitui uma escola. São características dessa escola – por vezes chamada de “paulista”, “brutalista” ou “artiguista” – alguns princípios como a continuidade espacial, o elogio das formas estruturais, a verdade dos materiais e o desenvolvimento das forças produtivas através da superação tecnológica. Esses princípios respondiam a algumas das questões mais urgentes da arquitetura moderna brasileira naquele período, deslocando a nova monumentalidade para uma dimensão construtiva. A nova poética, claramente exposta no projeto da FAUUSP, coincide com o surgimento de uma estética que atribuiu um novo valor político e crítico à produção. Passam a ser frequentes, por exemplo, interpretações do concreto armado brasileiro como síntese do subdesenvolvimento, por suas marcas de feitura artesanal e seus recordes tecnológicos. O objetivo deste artigo é contribuir com esse debate caracterizando em detalhe a produção do edifício em seus materiais: o concreto armado, a esquadria, os materiais de acabamento e os componentes industriais. O exame de aspectos históricos da produção do edifício, recolhidos em documentos originais e depoimentos, permite verificarmos de que modo a poética arquitetônica participa das decisões da obra e qual o seu impacto na economia do edifício e em sua forma de produção. Aprendemos, por exemplo, que o concreto armado apresenta manifestações visuais distintas e independentes de seu modo de produção (que foram pelo menos três: moldado in loco, protendido, e com agregados leves, sem função estrutural); que a empena da fachada exigiu uma fundação própria para seu cimbramento; que a modulação dos caixilhos não correspondia à modulação da estrutura; que a resina epóxi foi usada de modo pioneiro e experimental; que as fôrmas foram produzidas por um hábil carpinteiro português, mas as relações de trabalho eram precárias; que a contratação do projeto básico previa o detalhamento durante a obra pelo Escritório Técnico do Fundo para a Construção da Cidade Universitária. Essa noção ampla de material, entendida como a matéria mais o trabalho social que a define historicamente, nos permite tratar, simultaneamente, de aspectos técnicos, econômicos e artísticos da obra e assim compreender com maior exatidão dos termos do debate acerca da produção na arquitetura “brutalista” e seu papel político.
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La tesis estudia en detalle la Hunstanton Secondary School y su trascendencia. Así, se trata de analizar el conjunto de procesos que hace que esta obra sea entendida como el manifiesto construido del Nuevo Brutalismo en Inglaterra. La Escuela en Hunstanton fue la primera obra proyectada y construida por los Smithson y, si se considera que el legado que dejaron Alison y Peter fue más de carácter teórico que constructivo, ésta se ha convertido en un edificio relevante dentro de su trayectoria profesional. Además, el rigor con el que fue realizado el proyecto y la ratificación de las ideas que subyacían tras él, a pesar del extenso intervalo temporal que caracterizó su proceso constructivo, hacen que esta obra se convierta en una síntesis de la filosofía arquitectónica gestada en Inglaterra tras la guerra. Por otro lado, hay que contemplar que la sencillez del lenguaje constructivo empleado, viene dada por la compleja reiteración de los sistemas proyectuales tipo que formulan para este proyecto y el establecimiento de una gramática casi matemática. La sistematización de su vocabulario hace que, tras el análisis de su arquitectura, se encuentren nuevos parámetros capaces de documentar este momento de la historia de la arquitectura en Inglaterra. La envolvente del edificio constituye al tiempo fachada y estructura. Esta característica ha pasado inadvertida cuando, en numerosas ocasiones y durante seis décadas, se han venido publicando las fotografías de la obra terminada y los dibujos que los Smithson habían realizado en la fase de proyecto. Como consecuencia, ha proliferado el conocimiento de la arquitectura de la escuela a un nivel más superficial, mostrando el resultado formal de la misma y con ello, simplemente se ha dejado intuir la gran influencia que Mies Van der Rohe provocó en los Smithson en los primeros años de desarrollo de su labor como arquitectos. El objetivo principal de esta tesis es, por tanto, facilitar el entendimiento del espacio que propusieron los Smithson a partir del análisis pormenorizado de los distintos sistemas constructivos empleados y del equipo personal que se vio implicado en su construcción. Para ello, es necesario abordar el estudio de los materiales y mecanismos proyectuales que hicieron posible que este conjunto de espacios –interiores y exteriores- resultase definido a través de la relación entre dos variables: una evidente austeridad en la utilización de los materiales y la combinación de los distintos sistemas intervinientes a partir del recurso de la repetición. La Escuela de Hunstanton, a pesar de las inoportunas intervenciones realizadas para adaptar el centro a unas necesidades derivadas de su número de alumnos actual (el doble que en su inicio), continúa proclamando su integridad espacial. Partiendo de la hipótesis de que la arquitectura de la Secondary School en Hunstanton, representa el manifiesto construido del Nuevo Brutalismo en Inglaterra, se concluye que el resultado de su construcción fue consecuencia de numerosas influencias que, en relación con los Smithson, estuvieron presentes durante los años en que se gestó. Algo que va más allá de la conclusión de aquellos debates arquitectónicos que se habían emprendido, por escrito, en las distintas revistas locales de arquitectura. Los mecanismos compositivos empleados, también habían tenido mucho que ver con lo que los historiadores del arte habían venido aportando a la historia de la arquitectura hasta ese momento. Desde los años 40, éstos últimos habían emprendido una nueva manera de contar la historia en la que quedaba fuertemente involucrada su capacidad crítica, provocando interferencias en la mentalidad de los arquitectos de nueva generación y otorgándoles un bagaje cultural subliminalmente determinado y subjetivo. Por supuesto, en el resultado arquitectónico final, también tuvieron mucho que ver los recursos materiales de que se disponía en aquel momento. Así como la optimización de los mismos a través de la adopción de nuevas metodologías de trabajo como puede ser la organización multidisciplinar. La inclusión del ingeniero Ronald Jenkins en el equipo de trabajo de los Smithson supuso una gran oportunidad. Este ingeniero, propuso poner en práctica la entonces innovadora Teoría Plástica en la metodología de cálculo estructural y, con ello consiguió enriquecer el resultado espacial, posibilitando la percepción de una arquitectura ligera –a pesar de sus grandes dimensiones- y vinculada al paisaje donde se inserta. Pero todos estos condicionantes fueron pasados a su vez por el filtro del deseo de una regeneración social, que buscaba el modelo de la sociedad americana. El Buen Vivir que propugnaban los americanos, viajaba a Europa de la mano de la publicidad. Y, al igual que la componente publicitaria tuvo algo que ver en el proceso creativo de la arquitectura de la escuela, también lo tuvo el conocimiento del arte pop y sus recursos compositivos. ABSTRACT The thesis examines in detail the project of Hunstanton Secondary School and the architectural language’s significance used in it. Thus, it is reinterpreting the set of processes that makes this work to be understood as the “built manifesto” of the English New Brutalism. Hunstanton School’s project was the first work designed and built by the Smithsons and, considering their legacy -more theoretical than constructed-, make of this building an important work within their career. In addition, the rigor with which it was carried out the project and the ratification of the ideas lying behind him, make this work becomes a synthesis of the architectural philosophy gestated in England after the war, despite the extensive time interval that characterized its construction process. On the other hand, it must be considered the simplicity of the constructive language used in this project. It is given by the complex projective repetition of the type systems and by the establishment of a quasi-mathematical grammar. The systematization of its vocabulary makes, after a deep analysis of its architecture, to recognize new parameters able to document this moment in the history of English architecture. The building envelope is, at the same time, facade and structure. This feature has been overlooked when many photographs of the finished work and its drawings -made by the Smithsons during the design phase- has been exposed over six decades. As a result, it has proliferated the knowledge of Hunstanton Secondary Modern School’s architecture as a more superficial level, just by showing the formal outcome of its project and thus simply been left the sensation of the great influence that Mies Van der Rohe provocated in the Smithson thinking during their first years of developing his work as architects. Therefore, the main objective of this thesis is to facilitate an understanding of the Smithsons’ proposed space. This is made possible through the detailed analysis of the different systems used in it and, by understanding the knowledge of the team involved in its construction. To prove this, it is necessary to pay attention to the study of the materials and to different project mechanisms that make possible to this group of spaces -inner and outer- be defined through the game played by two variables: an apparent austerity in the use of materials and the combination of the various participant systems through the resource of repetition. Despite the untimely interventions made in order to adapt the center to the new needs (the large increase in the number of students), Hunstanton School’s building continues proclaiming its spatial integrity. Assuming that Hunstanton Secondary School’s architecture represents the manifesto of New Brutalism in England, it is concluded that the result of its construction was the result of numerous influences that, in connection with the Smithsons, were present during the years in which its project was conceived. This meaning goes beyond the conclusions made from the architectural debate that was published in many of local architectural magazines. The compositional mechanisms employed, are also linked to what art historians had contributed to the history of architecture until then. Since the 40s, historians had undertaken a new way to tell History. This new mode strongly implied its critical capacity. All this, was causing interferences in the mentality of the architects of the new generation and, giving them a subliminally determined and very subjective cultural background. Of course, the final architectural result had much to do with the material resources available at that time and, with its optimization through the adoption of new working methods as the multidisciplinary organization. The inclusion of engineer Ronald Jenkins in the team of the Smithsons was a great opportunity. He proposed to implement the new Plastic Theory in the structural calculation and thereby he got enrich the spatial results achieved, by enabling the perception of a lightweight construction, despite its large size and, linked to the landscape where it is inserted. But all these conditions were passed through the filter of social regeneration’s desire, following the American society’s model. This American model travelled to Europe in the hands of advertising. And, in the same way that publicity had something to do with the creative process of this architecture, also had a lot to do the knowledge of pop art and its compositional resources.
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En este artículo se aborda el tratamiento de la arquitectura en la película La naranja mecánica. Para crear la imagen del futuro cercano concebido por Burgess en su novela (que no describe), Kubrick recurrió al diseño más contemporáneo, rodando sobre todo en localizaciones del Gran Londres, aunque también en decorados. El resultado es de una gran modernidad y una de las claves del impacto visual del filme. Estudiaremos sus distintos espacios y analizaremos el uso que Kubrick hace de la modernidad.
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Esta dissertação estuda a arquitetura teatral sob o aspecto da relação existente entre o palco e a platéia como fator determinante e conseqüente da configuração do espaço arquitetônico. Aborda a evolução tipológica dos teatros no mundo ocidental, com ênfase nas configurações do edifício como suporte para a encenação teatral, a partir de exemplos significativos de cada período. Estabelece ligação entre a produção dramática e a participação do espaço arquitetônico como facilitador do processo de percepção, considerando as propriedades geométricas do palco e sua interface com a audiência. Discute os aspectos cenotécnicos, acústicos e óticos como impositivos instrumentais de projeto do edifício teatral e suas conseqüências no resultado edificado. Gera um ponto de partida para a fundamentação teórica necessária ao desenvolvimento de projetos de teatros, em especial nas relações morfológicas entre o espaço do ator e o do público.
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Esta dissertação trata do ensino do projeto de arquitetura nas disciplinas localizadas no início do curso, a partir da sistematização de determinadas experiências didáticas desenvolvidas na Faculdade de arquitetura da UFRGS.
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O uso de Tecnologia da Informação (TI) tem evoluído muito nos últimos anos e isto influencia, sem dúvida, o ensino e a prática da arquitetura. Observa-se que o ensino de projeto nas escolas de arquitetura se dá através de um processo prático-reflexivo, no qual os alunos aprendem fazendo, sob a orientação dos professores. O conhecimento arquitetônico, portanto, vai sendo construído através da análise e interpretação do projeto e a busca de significados a partir da sua representação, sejam esboços à mão livre ou imagens digitais. Desta forma, as disciplinas de prática projetual têm grande importância, sendo consideradas fundamentais para a formação do arquiteto. Reconhecendo que a aplicação da TI gera novos paradigmas projetuais, mostrou-se importante a investigação da docência e da prática profissional. Este trabalho tem por objetivo caracterizar a presença e o uso de TI no ensino de projeto arquitetônico nas Faculdades de Arquitetura e Urbanismo (FAU) de Porto Alegre, RS. Demonstra-se, através dos resultados de estudo exploratório em quatro FAUs, as características pessoais e a forma como estão sendo desenvolvidas as habilidades dos alunos para a prática de projeto arquitetônico em função das tecnologias disponíveis e das tendências futuras que se apresentam a estes profissionais. Verificou-se como os estudantes usam recursos computacionais em geral, qual o seu o nível de conhecimento sobre TI e como tem sido feita a abordagem pelas FAUs deste tema. Explorou-se, de forma especial, a aplicação de sistemas CAD no processo de projeto arquitetônico Constatou-se que os sistemas ainda são bastante sub utilizados e que as disciplinas dos currículos das FAUs estudadas levam a uma formação aquém da necessidade exigida pelos escritórios de arquitetura, onde o uso de recursos computacionais é corrente. Para estarem adequados as exigências do mercado de trabalho, os estudantes além de completarem o seu Curso, necessitam superar a necessidade de aprendizagem de sistemas computacionais, muitas vezes adquirida durante o estágio ou em cursos extra-curriculares.
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Assim como a arquitetura, o cinema é uma das artes onde o sentido espacial é mais forte. Ao incorporar o tempo como uma de suas dimensões, o espaço fílmico permite que falemos de uma ficção arquitetônica, de uma narratividade que nos faz construir uma via subjetiva de análise que extrapola o mero papel técnico, englobando os papéis crítico e experimental. Acentuando a impressão de realidade pela apresentação de formas em movimento, a arquitetura fílmica desempenha papel orquestral e atua como agente ativo de referência e legitimação espaçotemporal, tornando a experiência cinematográfica única. Mesmo não havendo como não sacrificar a continuidade dentro deste esquema e admitindo que o espaço fílmico seja diferente do real, pois sofre extrema influência de seus condicionantes técnicos , que agem como recortes da realidade e determinam, desta maneira, as relações entre tempo e espaço, o que interessa é que a representação deste espaço possa contribuir para a revelação de outras formas de se enxergar o fenômeno arquitetônico. É justamente a filmabilidade da arquitetura que, numa sociedade onde a comunicação é eminentemente visual, vai de encontro ao seu papel de discurso, de paradigma visual para a própria realidade. Ao pensar o espaço real representando e recriando suas formas, a arquitetura fílmica pode inclusive se configurar como uma espécie de arquitetura marginal, servindo de importante base para questionamentos e proposições sobre si mesma, indicando os gostos, medos e anseios de cada período e lançando novas idéias A arquitetura, banhada por fatores de ordem cultural, econômica, política e social tem, portanto, o poder de sintetizar a experiência espacial fílmica, fazendo da simulação gerada por sua representação peça chave na análise dos espaços imaginários do cinema, já que a sobreposição entre realidade e ficção produz imagens e situações emblemáticas que se refletem na própria percepção espacial e se incorporam definitivamente à vivência urbana individual e coletiva de seus habitantes/espectadores. Pelo alcance atual do cinema é pertinente, portanto, que se investiguem as interfaces entre ambos. Dentro do estudo proposto estão sete filmes com os quais se espera mostrar porção relevante do que se pensou e representou sobre a arquitetura fílmica ao longo dos anos, mostrando que ela é muito mais que mera “cenografia”, pois permite a ligação entre tempo, espaço e homem. Não interessa saber, portanto, se estas arquiteturas são um modelo objetivo de espaço, mas sobretudo se são um laboratório de reflexão sobre uma certa idéia de sociedade
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Um enfraquecimento da autoridade do arquiteto e um recente isolamento da disciplina são manifestados nos novos modos em que são tomadas as decisões de projeto e em uma cisão entre a investigação, a educação e a prática profissional. Na produção argentina da última década isto é colocado em evidência em uma prática onde as decisões sobre os diferentes aspectos do edifício - especialmente suas superfícies aparentes, sua estrutura sustentadora e seus sistemas técnicos - são tomadas independentemente, e até por diferentes atores profissionais. A crescente estandardização iconográfica e técnica dos edifícios estão unidas a novos programas e a uma tematização dos desenvolvimentos urbanos que tomam forma de encraves autônomos de seu contexto. Os processos de decisão se assimilam cada vez mais aos dos produtos de consumo, onde o princípio de êxito substitui o de utilidade e onde uma incrementada capacidade de reprodução do que é de sucesso produz um efeito de espelho. Essa premeditação corrói a autenticidade de todos os produtos, sumindo-os em uma acelerada obsolescência simbólica. Nessas circunstâncias aparece como verossímil apenas aquilo que está além da capacidade de reprodução e de manipulação: o incontrolável e o irreversível. Fontes de sentido onde a arte e a arquitetura buscam significado no passado, no acaso, na pobreza ou na violência Depois de sua retirada disciplinar e da crise dos fundamentos que Eisenmam chama de "clássicos", é sugerida uma possível missão para a arquitetura, novamente fundada na utilidade, ligada ao desafio que apresenta um mundo finito com demandas crescentes e ao reconhecimento da nova condição de um mundo mais residual e menos natural, expondo novamente a velha oposição natural-artificial. Essa missão deveria atuar sobre aspetos tanto culturais quanto técnicos e é ligada a duas visões opostas: o sedentarismo, identificado com a caverna e a acumulação cultural, e o nomadismo, identificado com a figura do navio e a condição do artificial. Essas figuras, sugerimos, circunscrevem o novo cenário onde a arquitetura deverá encontrar sua missão.
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