74 resultados para Benveniste
Resumo:
O objetivo do presente trabalho é construir recursos operatórios de leitura que permitam articular, desde um ponto de vista epistemológico, lingüística e psicanálise. Esta temática surge de uma problemática de pesquisa atual, relativa à crescente demanda, endereçada a lingüística, por diferentes práticas clínicas nas quais a linguagem está implicada. Neste sentido, procura-se relacionar um paradigma de linguagem com uma teoria da subjetividade apropriada tanto à reflexão clínica quanto à reflexão epistemológica. Desta forma, esta dissertação opta por um estudo teórico, visando a construção de operadores conceituais que possibilitem a articulação entre a psicanálise lacaniana e as teorias da linguagem de Saussure, Jakobson e Benveniste, utilizando como corpus de análise essas próprias teorias lingüísticas e psicanalíticas. Portanto, seu procedimento analítico pode ser qualificado como metateórico. Quatro critérios são utilizados para a seleção dos autores: 1°) as três teorias são, cada uma a seu modo, estruturalistas – isso significa que a estrutura é o conceito operador que permite pensar as proposições que estão na base de cada teoria (seus axiomas); 2°) as três teorias estabelecem proposições sobre o objeto língua – isso requer perguntar quais axiomas sobre a língua cada teoria teve que construir para dar conta da estrutura. Desses dois critérios deriva-se um terceiro; 3°) as três teorias conformam três “sistemas de linguagem” que não dissolvem o “objeto língua” para se constituírem em sua especificidade (diluindo-a em objetos de outros domínios teóricos, exteriores ao campo da linguagem – ou da lingüística – propriamente dito, tais como, por exemplo, a biologia, a psicologia, a sociologia). Cada sistema é representado por um nome próprio : I – Sistema de Linguagem elaborado por Saussure; II – Sistema de Linguagem tratado por Jakobson; III – Sistema de Linguagem concebido por Benveniste. Como critério de fechamento, temos que : 4°) as três teorias interessam de perto ao Sistema de Linguagem da psicanálise lacaniana. A relação entre tais teorias deverá servir de suporte de leitura à interlocução estabelecida no campo interdisciplinar sobre a presença da linguagem nas diferentes clínicas, assim como revitalizar os campos conceituais tanto da lingüística quanto da psicanálise.
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Cette thèse consiste en une analyse épistémologique comparée et très détaillée de l’ensemble du corpus saussurien publié ainsi que d’une portion très significative des oeuvres de Hjelmslev, Jakobson, Martinet et Benveniste. Il s’agit de montrer qu’en dépit d’une filiation revendiquée le structuralisme européen n’est pas saussurien, et par là de faire apparaître, par contrecoup, la spécificité de la problématique saussurienne, ainsi que ses enjeux pour la linguistique et plus largement pour les sciences de l’humain. La problématique saussurienne avait permis, pour la première fois dans l’histoire de la linguistique, une appréhension théorique de la langue. La problématique structuraliste est en revanche entièrement empirique, de sorte que sa scientificité relève en réalité d’une idéologie scientifique, au sens de Georges Canguilhem. Le point nodal de cette radicale différence de problématique est l’absence de théorisation structuraliste du rapport son/sens, et corrélativement la mécompréhension du concept saussurien de système. Celui-ci devient alors structure, c’est-à-dire, comme nous tentons de le faire apparaître, appréhension structurale d’un objet dont la définition commune et évidente (celle de la langue comme instrument de communication) n’est pas remise en cause. A la problématique étiologique saussurienne, constitutive du concept de langue, répond ainsi une problématique analytique qui conduit quant à elle à la construction d’un objet (forme ou structure) en lieu et place d’un concept. Plus précisément, la problématique structuraliste est idiomologique. Elle manque ainsi la distinction entre langue et idiome dont nous tentons dès lors de démontrer la nécessité et le caractère constitutif de la théorisation de la langue et, au-delà, du langage, notamment dans le cadre d’une articulation entre linguistique et psychanalyse.
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Heinrich Graetz
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In this article, I review the concept of delocutive derivation, conceived for the first time by Benveniste, who exemplified it prototypically through the Latin verb salutare (to greet) as a derivation from the noun salus (health). I advocate that it might be interesting not to limit this concept to verb derivation and that an enlarged concept of the delocutive process may be useful to explain many derivations in ancient and modern Portuguese. In addition I present some of the problems that the understanding of the delocutive process may bring to a semantics that wishes to consider only the meaning and the reference of linguistic expressions.
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Assuming as a starting point the acknowledge that the principles and methods used to build and manage the documentary systems are disperse and lack systematization, this study hypothesizes that the notion of structure, when assuming mutual relationships among its elements, promotes more organical systems and assures better quality and consistency in the retrieval of information concerning users` matters. Accordingly, it aims to explore the fundamentals about the records of information and documentary systems, starting from the notion of structure. In order to achieve that, it presents basic concepts and relative matters to documentary systems and information records. Next to this, it lists the theoretical subsides over the notion of structure, studied by Benveniste, Ferrater Mora, Levi-Strauss, Lopes, Penalver Simo, Saussure, apart from Ducrot, Favero and Koch. Appropriations that have already been done by Paul Otlet, Garcia Gutierrez and Moreiro Gonzalez. In Documentation come as a further topic. It concludes that the adopted notion of structure to make explicit a hypothesis of real systematization achieves more organical systems, as well as it grants pedagogical reference to the documentary tasks.
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A unidirectional fiber composite is considered here, the fibers of which are empty cylindrical holes periodically distributed in a transversely isotropic piezoelectric matrix, The empty-fiber cross-section is circular and the periodicity is the same in two directions at an angle pi/2 or pi/3. Closed-form formulae for all electromechanical effective properties of these 3-1 longitudinally periodic porous piezoelectric materials are presented. The derivation of such expressions is based on the asymptotic homogenization method as a limit of the effective properties of two-phase transversely isotropic parallel fiber-reinforced composites when the fibers properties tend to zero. The plane effective coefficients satisfy the corresponding Schulgasser-Benveniste-Dvorak universal type of relations, A new relation among the antiplane effective constants from the solutions of two antiplane strains and potential local problems is found. This relation is valid for arbitrary shapes of the empty-fiber cross-sections. Based on such a relation, and using recent numerical results for isotropic conductive composites, the antiplane effective properties are computed for different geometrical shapes of the empty-fiber cross-section. Comparisons with other analytical and numerical theories are presented. (c) 2008 Acta Materialia Inc. Published by Elsevier Ltd. All rights reserved.
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In this article we report on progress in high magnetic field MRI at the University of Florida in support of our new 750MHz wide bore and 11.7T/40cm MR instruments. The primary emphasis is on the associated rf technology required, particularly high frequency volume and phased array coils. Preliminary imaging results at 750MHz are presented. Our results imply that the pursuit of even higher fields seems warranted. (C) 2002 Elsevier Science B.V. All rights reserved.
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Em comparação com as centúrias anteriores o scriptorium de Al - cobaça manteve uma certa regularidade na realização de manuscritos ao longo do séc. XV, com cerca de seis dezenas de códices. É um número mais modesto face aos manuscritos produzidos e/ou adquiridos anteriormente, mas tem de ser articulado com o contexto da abadia no âmbito do séc. XV e com a própria ordem de Cister. No que concerne aos scriptoria das abadias cistercienses francesas, esta centúria corresponde a um período de declínio, em que a cópia de manuscritos diminuiu face ao apogeu do séc. XIII, a julgar pelo número de códices que chegaram até nós a partir do estudo de Anne Bondéelle Souchier 1 (Souchier, 1991). Se quisermos caraterizar o ambiente da abadia alcobacense, bem como o da maior parte das casas cistercienses ao longo do séc. XV mas com particular destaque para a 2.ª metade, a palavra crise pa - rece ser a mais adequada para descrever o contexto e a que tem sido usada amiúde pelos historiadores 2: para além da diminuição do número de monges e de noviços, agravavam-se os problemas comportamentais dos membros das comunidades, acentuava-se o relaxamento dos costumes e o incumprimento das regras, a par de problemas financeiros. Esta situação ainda se complicou mais em Alcobaça com a presença dos abades comendatários, a partir de 1475.
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La ventilació mecànica (VM) és necessària en més del 50% dels pacients de les Unitats de Cures Intensives, però períodes llargs d’aquesta s’associen a més morbilitat. És important identificar el moment en el que el pacient és capaç de ser desconnectat de la VM, i per això existeixen uns criteris establerts, que en ocasions són insuficients per al pacient Neurològic. Hem estudiat de forma prospectiva el procés de desconnexió de la VM en 52 pacients (Neurològics i No Neurològics) aplicant uns criteris de weaning ampliats i hem demostrat que el percentatge d’èxit d’extubació és similar a ambdós grups.
Resumo:
Relevant globalement de l'analyse de discours, cette thèse se propose en deux temps (questions de méthode, puis analyses) d'étudier dans le détail et d'interpréter des lettres asilaires initialement gardées au sein d'archives médicales de différents hôpitaux psychiatriques de Suisse romande et désormais conservées à la Collection de l'Art Brut, à Lausanne. Ce transfert institutionnel noue le problème central posé par le corpus recueilli : quelle lecture accorder à ces productions qui, dans ces conditions, semblent échapper à toute catégorisation générique a priori ou, en reformulant l'interrogation, en quoi est-ce que les oeuvres d'art brut dépassent-elles leur statut de documents cliniques? Pour répondre à cette ample question, il faut une théorie du langage qui conceptualise des modalités de réception. En l'occurrence, les textes retenus sont abordés à partir de la théorie de Yénonciation, élaborée au moins depuis Emile Benveniste, qui implique de saisir le langage non à partir de la perspective de l'interprété mais depuis celle de l'interprétant.¦Une fois ce fondement énonciatif posé, de nombreux problèmes peuvent être posés et permettent d'architecturer le travail. L'énonciation installe en premier lieu l'univers du discours, qui implique de tenir globalement compte du primat de l'interdiscursivité, autant dans le geste raisonné de constitution du corpus que dans la conduite de son interprétation. En l'occurrence, la thématique de la folie est ici centrale : les production retenues ont en effet d'abord fait l'objet du diagnostic psychiatrique et y ont eu valeur de symptômes ; elles ont ensuite intégré les rangs de la Collection de l'Art Brut, dont les principaux artisans (Jean Dubuffet et Michel Thévoz en tête) ont beaucoup insisté sur le renouvellement du regard à apporter sur la folie, celle-ci y étant considérée pour ses vertus créatrices et contestatrices.¦Le cadrage (doublement) dialogique du corpus implique à grands traits de lier la folie et le langage ou, plus spécifiquement, de faire de la folie non plus une pathologie mais un problème de (théorie du) langage. Pour conceptualiser ce passage, les notions de manie et de manière (Dessons) sont primordiales. La première est dotée d'une mémoire psychiatrique et fait de la folie une maladie mentale dont souffre un individu doté de son empirie et d'une psycho-biologie. La seconde, en revanche, est énonciative et concerne la subjectivation d'un langage, si spécifique qu'il implique de sortir des catégories linguistiques conventionnelles pour le désigner et le décrire, inaptes à le rationaliser. La manière rejoint donc la folie parce qu'elle rend, littéralement, fou (elle déstabilise nos grilles préformatées de lecture). En ce sens, elle implique, dans le discours, de passer d'une énonciation qui n'est pas une simple interlocution (où le langage permet à un sujet de communiquer à propos de quelque chose à un autre sujet) à une énonciation dont la réception fait problème.¦Pour saisir cette énonciation dans le discours, il importe de se débarrasser d'une rhétorique des genres pour passer, radicalement, à une poétique de Γénonciation. La rhétorique ne peut appréhender la spécificité des textes retenus ou, autrement dit, leur mode propre de signifier, pour plusieurs raisons : elle se centre sur les effets provoqués par le discours sur un « auditoire » en vue de certaines visées préalables, elle instrumentalise le langage à des fins uniquement communicatives, elle repose sur un réalisme linguistique (le rapport presque naturel entre le signifiant et le concept qu'il est censé transcrire de façon transparente), elle n'a pas de théorie du sujet (sinon un bien trop flou « locuteur »).¦Une poétique de l'énonciation offre « au contraire » (l'opposition est caricaturale ici) l'avantage de traiter dans le discours d'une énonciation qui n'est pas pensée à partir de modèles collectifs (genres, signe linguistique, ...). Dans ce dernier cas, l'appréhension du discours ne peut considérer que des variations (quand ce n'est pas des « déviances » ou des symptômes) internes à tel ou tel modèle générique, pas remis en cause comme tel. En somme, une poétique renverse la pensée du langage : elle ne l'appréhende plus à partir de catégories qui lui sont externes, mais s'intéresse à des « procédés » indésignables a priori, ou, plus globalement, à un mode spécifique de signifier, c'est-à-dire qu'il ne « fait sens » que pour un seul langage - et pas un autre.¦Le langage est alors si subjectivé qu'il confond son statut d'objet avec celui de sujet. Pour preuve, on ne le désigne plus dans le discours à partir d'une catégorie sociale générique (« c'est une lettre »), mais à partir d'un « nom d'auteur » ou, plus spécifiquement, une manière (« c'est un Aloïse », par exemple pour le cas d'une oeuvre apparentée à l'art brut), sujet théorique de l'énonciation artistique. Cette forme-sujet, comme la nommait Henri Meschonnic dans sa théorie dite du poème, se reconnaît dans l'unité (sémantique) du texte et ouvre dans le discours à un système-sujet d'organisation identifiable à l'échelle élargie d'une oeuvre. Elle permet d'inscrire pleinement la démarche dans le cadre englobant non seulement de l'analyse du discours mais aussi d'une anthropologie linguistique.¦En somme, l'objet au centre de nos préoccupations fait de ce passage (d'une rhétorique à une poétique) un problème épistémologique. Les oeuvres d'art brut impliquent de passer d'une discursivité à une autre, d'une folie psychiatrique à une folie artistique, déplaçant la folie dans le champ social. Le langage dessine bel et bien la société. Ce travail permet finalement de comprendre la contribution du langage à la construction des réalités sociales, dans l'élaboration du sens qui s'y fabrique. Son orientation herméneutique aboutit à identifier une nouvelle figure de l'altérité, inscrite au sein même de la pensée linguistique.