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em Instituto Politécnico de Bragança
Resumo:
O maracujá-roxo é um fruto tropical que tem ganho destaque devido ao seu valor nutricional, organolético e às emergentes descobertas acerca das suas propriedades farmacêuticas e antioxidantes. Durante o processo de maturação decorrem várias reações de ordem física e química, e no intuito de enriquecer o conhecimento acerca de como a composição química e as propriedades do maracujá-roxo evoluem ao longo da maturação, este trabalho consistiu na caracterização física do fruto inteiro e na caracterização química geral das sementes, casca e polpa em frutos separados em cinco graus de maturação diferentes (G1 a G5). Foi também avaliada a atividade antioxidante (atividade antiradicalar e poder redutor), e o teor em compostos fenólicos (fenóis totais, derivados do ácido hidroxicinâmico e flavonóis) das diferentes matrizes que compõem o fruto ao longo da maturação. A partir dos resultados obtidos verificou-se na casca que o teor em cinza bruta aumenta essencialmente entre G1 e G2 enquanto se verificou uma diminuição da proteína. Em relação à semente, o teor em cinza bruta aumenta gradualmente, e o teor em proteína aumenta de G1 para G2, estabilizando posteriormente nos 8% (base seca). O teor em gordura aumenta gradualmente ao longo da maturação, verificando-se um maior acumulo entre G1 e G2 (9,9 e 19,1% respetivamente). No que respeita à polpa, há uma diminuição nos teores de cinza e proteína e aumento dos sólidos solúveis totais.Verificou-se um aumento ligeiro do pH ao longo da maturação (entre 2,8 a 3,1) e uma diminuição da acidez (entre 12,1 e 6,7 g de ácido cítrico 100 mL-1). Constatou-se que os açúcares predominantes na polpa foram a sacarose, frutose e glucose. Quanto aos ácidos orgánicos, o ácido cítrico foi o maioritário em todos os graus de maturação e teores mais baixos foram quantificados para os ácidos málico e ascórbico. Entre as diferentes partes do fruto estudadas, as cascas foram a matriz mais antioxidante, aumentando o seu potencial bioativo durante a maturação. As sementes apresentaram valores mais elevados de fenóis totais, derivados do ácido hidroxicinâmico e flavonóis. Foi verificado que a atividade antioxidante esteve correlacionada com os valores de fenóis totais presentes nas diferentes partes do fruto ao longo da maturação. De acordo com o conhecimento dos autores, este é o primeiro estudo que toma em consideração as alterações sofridas pelas diferentes partes do maracujá-roxo produzido em Portugal, ao longo da maturação.
Resumo:
The short shelf life of mushrooms is a barrier for their distribution and, therefore, there has been extensive research to find technologies that ensure the preservation of mushrooms, maintaining their organoleptic and nutritional properties (1]. Irradiation has proved its technological feasibility to be safely used in the reduction of food losses, being recognized by international organizations as a valid conservation alternative in extending shelflife of many foods. The aim of the present work was to validate the use of 2 kGy dose of gamma radiation to maintain chemical composition of wild mushrooms. Boletus pinophilus Pihit & Dermek and Clitocybe subconnexa Murrill wild samples were obtained in Tnis-os-Montes; subsequently, the samples were divided in two groups: control (non-irradiated, 0 kGy) and irradiated (2 kGy). The irradiation of the samples was performed in a 6°Co experimental chamber. Moisture, protein, fat, carbohydrates and ash were determined following the standard procedures [2]. Free sugars and tocopherols were determined by high performance liquid chromatography coupled to a refraction index detector (HPLC-RI) and a fluorescence detector, respectively; fatty acids were determined by gas-liquid chromatography with flame ionization detection (GC-FID) [3]. The protein and ash content was preserved in both groups, although the sugars and tocopherols decreased in the irradiated samples. Sugars and fatty acids showed significant changes after irradiation treatment, particularly in B. pinophillus, nevertheless, the magnitude of the obtained differences did not seem to be sufficient to affect the chemical profiles of the assayed mushrooms. Overall, the detected chemical changes might be considered as allowable, in view of the high advantages offered by gamma irradiation at decontamination and/or disinfestation level.