3 resultados para Ensinar

em Instituto Politécnico de Bragança


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A vertiginosa difusão das TIC e o crescente desenvolvimento de diverso software científico estão a produzir mudanças relevantes nos processos formativos em matemática, estando estas a favorecer a criação de novos e melhores recursos didáticos e de autoaprendizagem, assim como uma nova forma de gerar e difundir conhecimento ou experiências cognitivas (Atencio, 2013). No entanto para tirar partido, a nível pessoal ou profissional, da variedade de recursos que estão ao nosso alcance para aprender/ensinar matemática, como os programas Geogebra, Surfer, GeCla, Microsoft Mathematics etc., é importante conhecê-los e saber trabalhar com eles. Tendo em vista este objetivo, neste Workshop pretende-se “apresentar” o software Microsoft Mathematics, explorá-lo como recurso na resolução de algumas tarefas de matemática, assim como discutir as suas potencialidades e limitações. O software Microsoft Mathematics, inicialmente com a designação Microsoft Math, foi lançado pela Microsoft Corporation em 2006, e surgiu para tentar resolver o problema de muitos alunos brasileiros que tinham dificuldades nas disciplinas que envolviam cálculo. No início estava apenas disponível para uso de uma comunidade estudantil que, com o apoio de empresas e universidades, visava formar alunos na área de tecnologias de informação para o mercado de trabalho. Depois de algumas melhorias, o programa passou a ser disponibilizado para o público em geral e a ser comercializado (Sousa e Araújo (s.d.)). Atualmente a versão 4.0 é a mais recente, é gratuita e está disponível para download na internet no site https://www.microsoft.com/ptpt/ download/details.aspx?id=15702. Do ponto de vista da matemática, o Microsoft Mathematics abrange domínios como a aritmética, o cálculo, a álgebra e a estatística. Por exemplo, permite executar uma diversidade de cálculos: resolver equações, inequações e sistemas de equações, converter unidades de medida, calcular estatísticas básicas (como média e desvio-padrão), efetuar operações com números complexos, calcular derivadas e integrais, realizar operações com matrizes, entre outros, e, em alguns casos, possibilita a consulta da resolução passo a passo. Tem também uma vertente gráfica, podendo representar-se gráficos a duas ou a três dimensões. Esta funcionalidade possibilita, ainda, representar graficamente equações com parâmetros, o que permite visualizar as mudanças em função da variação do valor do parâmetro, que pode ser de grande utilidade, por exemplo, na discussão de sistemas de equações lineares. Em termos de usabilidade, o Microsoft Mathematics tem uma interface simples e facilmente compreensível para o utilizador e a sintaxe para comunicar com o software é quase sempre a que se utiliza em matemática. Torna-se igualmente uma mais-valia quando se pretende produzir documentos em Word com simbologia matemática, pois permite exportar para este aplicativo o trabalho realizado. Conclui-se, assim, que o Microsoft Mathematics é um software educativo que fornece um conjunto de ferramentas que podem constituir um apoio para os estudantes do 3.º ciclo do ensino básico, do ensino secundário e ensino superior, na resolução de tarefas que exigem conhecimentos matemáticos. Pode, ainda, tornar-se um recurso útil para os professores tanto na preparação de aulas como no contexto de sala de aula, na medida em que, para além de facilitar a execução de cálculos, permite explorar alguns conteúdos de uma forma interativa e com maior profundidade.

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A educação, a escola, os professores e os alunos têm vindo a adaptar-se às transformações que ocorrem na sociedade, declinando muitos dos paradigmas educativos tradicionais, inovando a forma de ensinar e de aprender com e através das novas tecnologias. Ao nível da formação inicial de professores é fundamental preparar os futuros professores para as inovações educativas e tecnológicas emergentes. Mas estarão os alunos, futuros professores, recetivos a uma nova visão da educação? Mais tecnológica, digital, colaborativa e centrada no desenvolvimento de competências para uma cidadania ativa, informada, esclarecida, crítica e criativa que seja capaz de dar resposta aos problemas e desafios da sociedade do século XXI? Nesta comunicação, pretende-se partilhar algumas práticas, experiências e reflexões da formação inicial de professores, para uma discussão de ideias sobre a formação de futuros professores inovadores com TIC.

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A reflexão na e sobre a praxis influencia a consciencialização da complexidade do ato de ensinar, pressupõe questionamento, análise e transformação e conduz a mais e melhor aprendizagem e, por conseguinte, a enriquecimento profissional. Usando a reflexão antes, durante e após a ação (as distintas fases do ciclo supervisivo), a formação do futuro professor vem a ser mais criteriosa e comprometida com o processo de formação profissional, uma vez que possibilita o aperfeiçoamento e o desenvolvimento de competências a partir da identificação e tomada de consciência de fragilidades do eu e do outro e da experienciação de modos de pensar e ser professor. O nosso estudo sustenta-se numa metodologia de natureza qualitativa e o campo de investigação incide, especificamente, sobre as práticas de formação de alunos/futuros professores. Este estudo foca-se no próprio discurso dos participantes com o objetivo de compreender como percepcionam a sua evolução como pessoas e como profissionais e, servindo-se das categorias da Target Language Observation Scheme (TALOS), procede à análise de conteúdo das suas reflexões sobre três aulas observadas onde transparece um autorretrato da prática profissional. Constatamos um processo de aperfeiçoamento das capacidades de observação e de auto-observação dos sujeitos do estudo.