105 resultados para percepção de justiça de procedimentos - promoção da saúde
em Scielo Saúde Pública - SP
Resumo:
Objetivou-se relatar a percepção dos enfermeiros sobre a promoção da saúde, descrever aes de promoção da saúde e identificar dificuldades na realizao de atividades de promoção da saúde na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Trata-se de um estudo descritivo, exploratrio, qualitativo realizado com 31 enfermeiros de duas UTIs adulto e uma UTI neonatal de hospital de referncia em Fortaleza, Cear, Brasil, entre julho e agosto de 2009, mediante questionrio. Os dados foram analisados e categorizados a partir da anlise de contedo de Bardin. Emergiram as seguintes categorias e subcategorias: Conceito de promoção da saúde: viso biomdica x viso holstica de promoção da saúde; Aes de promoção da saúde; Comunicao e apoio emocional ao paciente/famlia; Promoção da saúde na UTI; Promoção da saúde com enfoque na educao em saúde; e Dificuldades para o desenvolvimento de aes de promoção da saúde.
Resumo:
OBJETIVO: Analisar percepes e participao de usurias de unidade bsica de saúde em relao preveno e promoção de saúde. PROCEDIMENTOS METODOLGICOS: Estudo qualitativo no qual foram entrevistadas 20 usurias de uma unidade de saúde da famlia de Belo Horizonte, MG, em 2007. O roteiro da entrevista englobou questes sobre o processo saúde-doena e preveno e promoção de saúde. Foi utilizada a tcnica de anlise de contedo na anlise dos relatos. ANLISE DOS RESULTADOS: A percepção sobre preveno apresentou influncia da teoria de Leavell & Clark, expressa por aes que evitam o aparecimento, progresso ou agravamento de alguma doena. A promoção de saúde foi concebida como um nvel de preveno e associada responsabilizao individual e ao conceito positivo de saúde. As prticas de preveno e promoção de saúde estiveram orientadas pelo conceito positivo de saúde, pela possibilidade de gerarem prazer/desprazer, pelas interferncias que poderiam ocasionar no cotidiano, pela concepo de fora de vontade e de valor conferido vida. CONCLUSES: O discurso sobre preveno e promoção de saúde marcado por concepes tradicionais. Contudo, houve a incorporao do conceito positivo de saúde que, aliado ao fator prazer e fora de vontade, atuam como principais influenciadores do comportamento. So necessrias estratgias com abordagens mais amplas sobre o processo saúde-doena, traduzindo os princpios modernos da promoção de saúde.
Resumo:
OBJETIVO:Avaliar mudanas em conhecimentos, atitudes e acesso/utilizao de servios odontolgicos decorrentes de um programa de promoção da saúde bucal com agentes comunitrios de saúde. MTODOS:Um projeto de capacitao combinando ensino-aprendizagem, apoio e superviso, foi desenvolvido entre os meses de julho de 2003 a agosto de 2004. As mudanas foram avaliadas por meio de entrevistas estruturadas em que participaram 36 agentes comunitrios de saúde e uma amostra de 91 mulheres e mes, representativa de donas de casa com 25 a 39 anos de idade, alfabetizadas e residentes em domiclios de trs a seis cmodos no municpio de Rio Grande da Serra (SP). Foram colhidos dados sobre conhecimentos de saúde-doena bucal, prticas e capacidades auto-referidas em relao ao auto-exame, higiene bucal, nmero de residentes e de escovas dentais individuais e coletivas em cada domiclio e acesso e uso de servios odontolgicos. Por meio do teste t de Student pareado, foram comparadas as mdias dos valores obtidos antes e depois do programa para cada um dos grupos estudados. As respostas foram analisadas adotando-se um nvel de significncia de 5%. RESULTADOS: Foram observadas diferenas estatisticamente significativas para questes relativas ao conhecimento de saúde bucal entre os agentes e entre as mulheres antes e depois da capacitao (p<0,05). Desequilbrio entre o nmero de escovas e de indivduos em cada famlia diminuiu. A freqncia da escovao e do uso do fio dental se elevou depois da atuao dos agentes. Os valores de auto-avaliao da higiene bucal aumentaram. Modificao nas prticas e capacidades auto-referidas mostrou significativa elevao da auto-confiana. O acesso ao servio foi mais fcil (p<0,000) e seu uso mais regular (p<0,000) entre mulheres. CONCLUSES: Houve mudanas positivas na percepção em relao a aspectos de saúde bucal, na auto-confiana e no acesso e uso de servios odontolgicos. Tais mudanas podem ser um importante indicativo do papel dos agentes comunitrios de saúde na promoção de saúde bucal.
Resumo:
A literatura cientfica apresenta de forma significativa a importncia da qualidade em servios, e como as empresas e os servios pblicos devem atuar para alcanar a excelncia na prestao desses servios. A percepção da qualidade baseia-se em critrios objetivos e subjetivos. Conhecer a percepção dos clientes internos (funcionrios) e externos (usurios), a respeito da qualidade do servio pblico, pode ser um primeiro passo para o desenvolvimento de aes que levaro a melhorias, tanto por parte do gestor do sistema, que precisa conhecer o entendimento de ambos os clientes para poder melhor direcionar suas estratgias e aes, como por parte dos prprios profissionais que, entendendo a percepção da qualidade sob a perspectiva de seus clientes, estaro mais preparados para atender suas expectativas. Este artigo investiga a percepção da qualidade de clientes e de profissionais em servios pblicos municipais de saúde. Observou-se que as categorias possuem diferenas e semelhanas a respeito da percepção dos fatores determinantes da qualidade em servios de odontologia descritos na literatura cientfica. Para os profissionais a qualidade tcnica dos servios teve grande relevncia, obtendo 100% das respostas. Por outro lado, para os clientes externos a qualidade percebida pelas evidncias da qualidade interpessoal observada atravs das condies sob as quais o cuidado prestado e pela maneira como esses clientes so tratados pelos profissionais.
Resumo:
Objetivou-se realizar avaliao da conduta preventiva em relao saúde bucal exercida por mdicos pediatras da cidade de So Jos dos Campos-SP, Brasil. A anlise foi feita atravs das respostas a um questionrio descritivo entregue a 85 pediatras da cidade. Obteve-se um retorno de 48 (56,4%). O questionrio abordou aspectos relativos a amamentao, dieta, higiene bucal, uso da chupeta e do flor e encaminhamento ao dentista. A anlise dos resultados mostrou que a freqncia das orientaes a respeito dessas condutas preventivas aos pacientes foi baixa. Concluiu-se ser necessrio um esforo maior dos profissionais, mdicos e dentistas, de promover a melhoria da saúde bucal dos pacientes infantis.
Resumo:
Foram estudadas as distintas caractersticas das definies de promoção em saúde e de educao em saúde. Introduzem-se duas diferentes abordagens para planejamento, denominadas PRECEDE/PROCEDE e HELPSAM. Mostra-se que as solues podem ser conduzidas em dois sentidos, incluindo mudanas individuais e mudanas organizacionais. Portanto, preciso que os especialistas tenham profundo conhecimento da viabilidade das reas de interveno e compreendam suas funes e seus papis na prtica da saúde pblica.
Resumo:
OBJETIVO: Verificar o conhecimento, atitudes e prticas em relao s aes bsicas de saúde ocular de pediatras e enfermeiros de servios de saúde pblica. MTODO: A populao estudada constituiu-se de pediatras e enfermeiros que trabalhavam nos centros de saúde do Municpio de Campinas, SP - Brasil, e atuavam com crianas de 0 a 12 anos de idade. As informaes sobre conhecimento, atitudes e prticas foram colhidas atravs de questionrios (para os pediatras) e de formulrios (para os enfermeiros). RESULTADOS: A execuo das aes bsicas de saúde ocular em crianas no fazia parte da rotina de atividades dos pediatras e enfermeiros, provavelmente devido ao pouco conhecimento dessas aes. Dos 61 pediatras, 82,0% (50) e 91,0% dos 22 enfermeiros no souberam referir a idade em que se completa o desenvolvimento visual. Em relao ambliopia, 86,8% (53) dos pediatras e 100,0% dos enfermeiros no souberam defini-la. CONCLUSES: A promoção da saúde ocular e a preveno precoce de problemas visuais em crianas no representava uma prtica constante desses profissionais vinculados aos servios de saúde pblica. Recomenda-se que se realize treinamentos e educao continuada na rea de saúde ocular durante e aps a formao universitria desses profissionais.
Resumo:
OBJETIVO: Caracterizar as desigualdades sociais, que se configuram em condies de risco aos agravos respiratrios em crianas e descrever os usos de tcnicas de geoprocessamento na identificao de grupos sociais homogneos e as aes de interveno no mbito da promoção da saúde. MTODOS: A rea estudada foi a abrangida por um centro de saúde-escola, localizado no municpio de So Paulo. A partir dos resultados do censo de 1991, foram processados estatisticamente os dados dos domiclios integrantes de 49 setores censitrios da rea estudada, obtendo-se a mdia ponderada das variveis sociais e ambientais representativas dos referidos setores. Em conjunto com representantes da populao local, foram selecionadas variveis que constituram indicadores compostos referentes insero social e qualidade do domiclio como subsdio comparao dos setores e sua estratificao em relao ao potencial de exposio s condies de risco para os agravos respiratrios. Foram identificados quatro grupos homogneos, segundo o grau de exposio s condies de risco, utilizando-se tcnicas de geoprocessamento. RESULTADOS: Foi possvel visualizar espacialmente os grupos que retratavam diferentes carncias no territrio estudado. O instrumental metodolgico utilizado revelou-se de grande importncia para a formulao de aes diferenciadas no mbito local em servios que atuam em regies geogrficas delimitadas. CONCLUSES: O estudo contribuiu para o reconhecimento das condies de risco no territrio de responsabilidade de uma unidade bsica de saúde, possibilitando a discusso e equacionamento coletivo e intersetorial dos problemas relacionados aos agravos respiratrios na infncia, na perspectiva da promoção de eqidade e melhoria de condies de saúde da populao infantil.
Resumo:
Sendo o movimento de cidades/municpios saudveis uma estratgia de promoção da saúde, elaborou-se um trabalho de atualizao de informaes com o objetivo de contextualizar o debate da avaliao no campo da promoção da saúde, apontando os princpios que devem nortear o estabelecimento de um processo avaliativo e problematizar este tema quanto aos projetos de cidades/municpios saudveis. Prope-se uma tipologia que classifica os artigos indexados nas bases de dados MedLine e Lilacs, entre 1985 e 2000, sobre o tema "cidades/municpios saudveis" de acordo com a nfase de cada artigo analisado. Os artigos que enfatizam iniciativas de avaliao de projetos so analisados com maior detalhamento, tabulando-os em funo da metodologia utilizada, dos instrumentos aplicados, dos indicadores produzidos, dos resultados obtidos e da anlise crtica do modelo adotado. Destacam-se iniciativas de avaliao de "cidades/municpios saudveis", que se aproximariam mais dos princpios da "promoção da saúde", e que adotam a avaliao, mas como instrumento de construo de capacidades e fortalecimento de grupos populacionais envolvidos com projetos nessa temtica.
Resumo:
OBJETIVO: Avaliar os resultados de aes preventivas e de promoção saúde institucionalizadas para crianas fenilcetonricas. MTODOS: Foram avaliados os resultados alcanados pelo Programa de Triagem Neonatal, do Estado do Paran, entre os fenilcetonricos, no perodo de 1996 a 2001. Foram investigados dados socioeconmicos e aplicado instrumento de medio da funo motora grossa para determinar as habilidades motoras de 32 crianas fenilcetonricas com diagnstico e tratamento precoces. Optou-se pela utilizao do coeficiente de correlao de Pearson para verificar a relao entre a varivel de interesse (escore motor) e as demais variveis quantitativas (nvel mdio de fenilalanina ps-tratamento, escolaridade do pai e da me, idade da criana no incio do tratamento e renda familiar). RESULTADOS: Dentre as crianas avaliadas, 93,7% apresentaram desenvolvimento de acordo com os parmetros de normalidade referenciados na literatura. O tratamento foi iniciado no primeiro ms em 71,9% dos casos de fenilcetonria. A pesquisa socioeconmica registrou 39,5% de pais com instruo at o quarto ano escolar. Foi encontrada correlao significativa entre o escore motor da criana e a escolaridade dos pais (N=32), e entre o escore motor e a precocidade do tratamento (N=27). CONCLUSES: Os resultados evidenciaram a alta efetividade do programa avaliado. A baixa escolaridade dos pais e sua relao com o escore motor ressaltam a importncia do apoio aos pais na dietoterapia. A relao encontrada entre o escore motor e o incio do tratamento confirma a necessidade da adeso imediata ao programa. A inexistncia na literatura de outros estudos de avaliao dificulta a generalizao dos resultados.
Resumo:
Pela 'sensibilidade epistemolgica', ferramenta argumentativa baseada no conceito epidemiolgico de 'sensibilidade' ajustada ao campo da epistemologia, se faz uma discusso sobre o alcance da categoria 'comunidade' na promoção de saúde. So apresentadas breves revises de tpicos de suas respectivas propostas e uma sucinta descrio do uso sociolgico do conceito 'comunidade', formulado por Tnnies. Tambm so abordadas questes de definio das comunidades contemporneas. Sugere-se que formulaes hegemnicas da promoção de saúde no levam em conta fundamentos filosficos e aspectos socioculturais cruciais. Assim, sofrem de profundos descompassos tericos que fragilizam seus pressupostos e produzem resultados insuficientes nas intervenes neles baseadas.
Resumo:
OBJETIVO: Descrever a atividade docente assistencial, cujo objetivo proporcionar experincia de promoção da saúde bucal coletiva a estudantes concluintes do curso de odontologia. MTODOS: Tal experincia fundamenta-se na avaliao do desempenho do aluno, como educador em saúde bucal, medida que ele tem, entre outras tarefas, a de motivar pacientes internados e seus acompanhantes, na gerao de hbitos saudveis, visando assistncia integral e mais humanizada do paciente hospitalizado. RESULTADOS: Os resultados mostraram que as metas desejadas foram atingidas, visto que a higiene bucal dos pacientes j se tornou uma tarefa incorporada rotina hospitalar, considerando-se os ndices de biofilme dentrio: inicial, 1,72; e final, 1,17, respectivamente. Essa diferena, de acordo com a estatstica U-Mann-Whitney, mostrou-se significativa, pois o valor de p<0,0001 traduz o alto nvel de motivao, alcanado pelo binmio me-criana, no que se refere higiene oral. CONCLUSES: Conclui-se que as experincias de ensino-aprendizagem, oriundas das atividades interdisciplinares e multiprofissionais, tm permitido melhor entendimento do processo saúde-doena, por parte do aluno de odontologia. Servem ainda como oportunidade para o seu aprendizado sobre o planejamento e execuo de atividades educativo-preventivas, que complementam sua vivncia tcnico-profissional e despertam a sensibilidade social, to necessria sua formao acadmica.
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OBJETIVO: Descrever qualitativamente o comportamento alimentar de estudantes residentes em moradia universitria. MTODOS: Estudo quanti-qualitativo realizado com uma amostra sorteada de cem estudantes universitrios, residentes em moradia estudantil no municpio de Campinas, SP, em 2004. Foram feitas entrevistas utilizando-se formulrio para colher o recordatrio alimentar nas ltimas 24 horas, incluindo questes abertas relativas ao sistema de compras e prticas de consumo. Foram criados critrios para anlise da qualidade das refeies. Foram utilizados os testes qui-quadrado e o exato de Fisher, ao nvel de significncia de 5%. Nas entrevistas foram obtidos e analisados dados de natureza representacional, com base na teoria das representaes sociais de Moscivici. RESULTADOS: Avaliao do recordatrio 24 horas: desjejum, 30% no consumiram, 13% foram completos, 37% padro e 20% incompletos; almoo, 5% no consumiram, 72% consumiram refeio completa e 23% incompleta; jantar, 1% no consumiu, 36% foram completos e 63% incompletos. A refeio de melhor qualidade foi o almoo, e dos estudantes que almoaram, 63% o fizeram no restaurante universitrio. Dos entrevistados, 48% no ingeriram nenhuma fruta e 39% no ingeriram leite no dia. A maioria (69%) apresentou comportamento alimentar individual e 43% consideraram que o fato de comer em companhia alterava positivamente sua alimentao. A experincia de passar a prover a prpria alimentao modifica comportamentos e representaes entre os estudantes acerca do ato alimentar. CONCLUSES: A qualidade da alimentao, os padres de comensalidade e as representaes sociais do ato alimentar oferecem subsdios para o desenvolvimento de prticas de cuidado com a alimentao e promoção saúde.