152 resultados para habilidade
em Scielo Saúde Pública - SP
Resumo:
O problema da relação entre os atores e as estruturas sociais onde eles estão imersos é fundamental para a teoria sociológica. Este artigo sugere que o foco "neo-institucionalista" sobre os campos, domínios ou jogos proporciona uma visão alternativa para se pensar sobre esse problema com ênfase na construção de ordens locais. Este artigo critica o conceito de atores tanto na escolha racional quanto nas versões sociológicas dessas teorias. É desenvolvida, aqui, uma visão mais sociológica da ação, chamada de "habilidade social". A idéia de habilidade social se origina do interacionismo simbólico e é definida como a habilidade de induzir a cooperação dos outros. Essa idéia é elaborada para sugerir o quanto os atores são importantes na construção e na reprodução de ordens locais. Proponho mostrar como seus elementos já informam o trabalho existente. Ao final, demonstro como a idéia pode sensibilizar os acadêmicos para o papel dos atores no trabalho empírico.
Resumo:
Objetivo: Analisar as funções executivas de idosos com doença de Parkinson (DP – com e sem quadro demencial) e doença de Alzheimer (DA), e confrontar os escores dos participantes no que se refere às atividades funcionais da vida diária e à habilidade motora em situações de dupla tarefa. Métodos: Sob um desenho transversal, 54 idosos foram divididos em quatro grupos: G1, composto por 11 sujeitos com DP; G2, formado por 10 sujeitos com demência de Parkinson; G3, composto por 13 participantes com DA; e G4, formado por 20 idosos saudáveis. Os procedimentos metodológicos envolveram análise das funções cognitivas pré-frontais dos sujeitos, da realização das atividades da vida diária e da habilidade motora em situações de dupla tarefa. A análise dos dados envolveu a estatística descritiva (média e erro-padrão) e inferencial (teste ANOVA e pós-teste de Scheffé), admitindo significância de 5% (p < 0,05) e intervalo de confiança de 95%. Resultados: As funções cognitivas pré-frontais apresentaram diferença significativa entre os grupos, sobretudo nas comparações envolvendo G2 e G3, em relação a G1 e G4 (p = 0,001). Os grupos com déficit cognitivo apresentaram pior rendimento na realização das atividades da vida diária, com menor escore do G2, na qual há junção de déficit cognitivo e motor (p = 0,001). Em situações de dupla tarefa, G2 e G3 apresentaram maiores dificuldades que os demais grupos (p < 0,05). Conclusão: Distúrbios pré-frontais repercutem negativamente nas atividades funcionais e na habilidade psicomotora dos indivíduos. Quando não vinculado a quadro demencial, os pacientes com DP apresentaram escores cognitivos pré-frontais e independência funcional semelhantes aos de idosos saudáveis.
Resumo:
RESUMONeste estudo, verifica-se se os retornos dos fundos de investimento no Brasil decorrem da habilidade dos gestores ou apenas do fator sorte. Foi utilizada a metodologia de Fama e French, que concluem pela irrelevância da habilidade nos Estados Unidos da América. Para estimar a distribuição de alfas que seriam obtidos por mera sorte, foram gerados dez mil fundos simulados a partir de sorteios dentre os retornos dos fundos reais em cada mês. Na comparação dos alfas simulados com os reais, evidenciou-se haver habilidade na geração de retornos anormais positivos, especialmente pelos gestores dos fundos grandes.
Resumo:
Trata-se de uma estudo bibliográfico sobre a identificação das capacidades motoras envolvidas na habilidade psicomotora da técnica de ressuscitação cardiopulmonar (RCP) cuja finalidade é obter subsídios para o planejamento do processo ensino-aprendizagem desta habilidade. Verificou-se que as capacidades motoras envolvidas na habilidade psicomotora da técnica de RCP são predominantemente cognitivas e motoras, envolvendo 9 capacidades perceptivo-motoras e 8 capacidades de proficiência física. A técnica de RCP é uma habilidade psicomotora classificada como aberta, seriada e categorizada como uma habilidade fina e global e o processo de ensino-aprendizagem da técnica de RCP tem alto grau de complexidade.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi avaliar a possibilidade de a característica habilidade de permanência no rebanho de matrizes ser utilizada como critério de seleção na raça Canchim. A habilidade de permanência no rebanho foi definida como a probabilidade de uma matriz ter três partos ou mais até os 76 meses de idade, desde que ela tenha tido a oportunidade de se reproduzir pelo menos uma vez. Codificações binárias, com 0 para indicar fracasso e 1 para indicar sucesso, foram feitas para cada fêmea. Uma codificação alternativa, com quatro categorias, considerou os valores 0, 1, 2 e 3, respectivamente, para vacas com menos de três, com três, quatro ou cinco partos até os 76 meses de idade. As análises foram processadas pela aplicação de um modelo unicaracterístico de touro avô-materno. Utilizou-se a amostragem de Gibbs para estimar os componentes de variância e herdabilidades. As estimativas de herdabilidade foram de 0,07, para a característica definida pelo modelo binário, e de 0,08, para a característica definida pelo modelo com quatro categorias. Os resultados indicam pequenas diferenças na estimativa de herdabilidade, pelos modelos binário e com quatro categorias. Sugerem também que as estimativas de herdabilidade, para a característica habilidade de permanência, na raça Canchim, apresenta baixo potencial de resposta à seleção.
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O objetivo deste trabalho foi comparar a habilidade competitiva relativa de milhã com as culturas de arroz irrigado e de soja. Realizaram-se cinco experimentos, nas safras de 2009/2010 e 2010/2011, em delineamento inteiramente casualizado, com quatro repetições. Os tratamentos consistiram de proporções de plantas de milhã e arroz irrigado ou soja (100:0, 75:25, 50:50, 25:75 e 0:100%). A área foliar e a massa de matéria seca da parte aérea foram avaliadas aos 45 dias após a emergência. A competição entre milhã e arroz irrigado ou soja ocorre pelos mesmos recursos do ambiente. Plantas de milhã apresentam menor habilidade competitiva por indivíduo do que o arroz irrigado e a soja, quando ocorrem na mesma proporção de plantas. Quando as culturas do arroz irrigado ou da soja estão associadas ao milhã, a competição intraespecífica predomina, enquanto, para a planta daninha, prevalece a competição interespecífica como a mais prejudicial.
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O fungo nematófago Monacrosporium robustum foi detectado, isolado e identificado pela primeira vez de solos do Brasil, em maio de 1999, no Laboratório de Nematologia do Departamento de Fitossanidade da Universidade Estadual Paulista (UNESP), Campus de Jaboticabal, São Paulo, tendo sido o potencial como agente de biocontrole do nematóide de cisto da soja, Heterodera glycines raça 3 observado ao microscópio eletrônico de varredura (MEV) (Maia & Santos, 1999). Na presente pesquisa, detalhes das estruturas de captura, tamanho, forma e septação dos conídios, bem como nematóides capturados pelo fungo foram documentados. Monacrosporium robustum produz micélio hialino, e as estruturas de captura são constituídas por ramificações adesivas, na forma de protuberâncias verticais que surgem das hifas, medindo, em média, 10 µm de comprimento e 5 µm de diâmetro. Uma substância gelatinosa desprende- se dessas estruturas, ao contato com o nematóide, aprisionando-o. Os conídios do fungo são hialinos, fusóides com dois ou quatro septos, às vezes, cinco. Conídios jovens são asseptados e piriformes. Sob condições de laboratório, esse fungo predou 100% dos ovos e dos juvenis de segundo estádio de H. glycines e formas ativas de Panagrellus sp., no período de 72 h da exposição desses nematóides ao fungo.
Resumo:
Este trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos do condicionamento osmótico de sementes de soja sobre o desempenho da cultura e sua habilidade competitiva com as plantas daninhas. As sementes de soja, da variedade UFV 16, colhidas nos estádios fenológicos R8 e R8 + 15 dias, foram submetidas ao condicionamento osmótico em solução de polietileno glicol (PEG 6000), a -0,8 MPa e 20ºC, por 96 horas. Como testemunha foram utilizadas sementes sem tratamento de pré-embebição, colhidas nos mesmos estádios fenológicos. Em laboratório, a germinação e o vigor das sementes foram avaliados pelo teste-padrão de germinação, utilizando-se o delineamento inteiramente casualizado, no esquema fatorial 2x2, com quatro repetições. A campo foram realizados dois experimentos, utilizando sementes com e sem condicionamento osmótico, colhidas também nos estádios fenológicos R8 e R8+15, respectivamente. Em ambos os experimentos, utilizando o delineamento de blocos casualizados com quatro repetições, foram avaliados os efeitos de diferentes períodos (0, 15, 30, 45, 60 e 125 dias após a emergência da soja) de convivência da soja com as plantas daninhas. Os maiores valores de germinação e vigor, de estande inicial e final e de rendimento de grãos foram observados nos tratamentos com as sementes condicionadas e colhidas no estádio fenológico R8. As demais características agronômicas avaliadas (altura de plantas, número de nós, número de vagens por planta, número de sementes por planta, número de sementes por vagem e peso de 100 sementes) não foram alteradas pelo condicionamento. O efeito competitivo cultura-planta daninha foi verificado pelos menores valores de biomassa seca de plantas daninhas, nos tratamentos em que foram utilizadas as sementes colhidas no estádio R8 e condicionadas osmoticamente.
Resumo:
Plantas que apresentam rápido crescimento tendem a ocupar precocemente nichos disponíveis, utilizando o espaço de suas vizinhas. Em geral, esses vegetais adquirem prioridade na utilização dos recursos do meio. O objetivo deste trabalho foi avaliar variações em características de crescimento de cultivares de arroz irrigado. Para isso, conduziu-se um experimento em campo na estação de crescimento de 2000/2001, em Cachoeirinha-RS. Investigou-se o comportamento de oito cultivares de arroz, cultivados em presença e ausência de plantas de arroz do cultivar EEA 406, simulando infestação de arroz-vermelho, estabelecida com densidade média de 30 plantas m-2. Entre 15 e 60 dias após a semeadura (DAS), avaliou-se a evolução de área foliar, estatura e massa aérea das plantas de arroz. Com esses dados, calcularam-se razão de área foliar (RAF), taxa de crescimento relativo (TCR) e taxa de assimilação líquida (TAL) dos cultivares. Os cultivares Ligeirinho e XL 6 apresentaram elevadas velocidades de ganho em área foliar, estatura e massa aérea; com isso, alcançaram as maiores coberturas do solo, juntamente com o cultivar IR 841. Por outro lado, os cultivares Bluebelle e Formosa mostraram lento crescimento absoluto no período avaliado, mas, em geral, apresentaram os maiores valores para TCR e TAL.
Resumo:
O potencial competitivo das plantas pelos recursos de crescimento do meio é afetado por suas características morfofisiológicas. Ainda não há consenso sobre qual característica da planta de arroz irrigado é mais importante na determinação da sua capacidade competitiva com as plantas daninhas. Este trabalho teve como objetivo identificar características da planta de arroz irrigado por inundação que mais contribuam na competitividade da cultura. Nesse sentido, conduziu-se um experimento em campo no ano agrícola 2000/01, em Cachoeirinha-RS, com oito genótipos de arroz, cultivados na presença ou ausência do cultivar de arroz EEA 406, simulando infestação de arroz-vermelho. Foram avaliadas características das plantas de arroz na condição de ausência de competição e, por ocasião da colheita, determinou-se a redução de rendimento de grãos para cada genótipo, decorrente da competição com as plantas daninhas. Por meio de análise de regressão linear múltipla e correlação linear simples, determinou-se que a habilidade dos cultivares em sombrear o solo aos 60 dias após semeadura (DAS) foi a variável mais relacionada com o potencial competitivo, e que essa característica esteve especialmente associada com o acúmulo de massa aérea pelas plantas de arroz aos 15 DAS.
Resumo:
As perdas de produtividade das culturas em decorrência da competição de plantas concorrentes geralmente aumentam quanto mais semelhantes forem suas características morfofisiológicas. O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos da competição de cultivares de soja, simulando espécies daninhas dicotiledôneas, sobre cultivares de soja portadores de características diferenciais de planta. Para isso, conduziu-se um experimento em campo, em Eldorado do Sul-RS. Os fatores e tratamentos comparados foram: três condições de competição (ausência de plantas de soja concorrentes e presença de plantas concorrentes do cultivar de soja BRS 205 ou Cobb); e quatro cultivares reagentes de soja à competição (IAS 5, BR-16, CD 205 e Fepagro RS-10). Avaliaram-se variáveis relacionadas à produtividade dos cultivares e outras correlatas. Características dissimilares em plantas de cultivares de soja, como estatura e ciclo, resultaram em habilidade competitiva diferenciada com plantas concorrentes. O cultivar de soja CD 205, de estatura elevada e ciclo tardio, mostrou alta habilidade competitiva; IAS 5, de baixa estatura e ciclo precoce, apresentou baixa tolerância à competição, enquanto BR-16 e Fepagro RS-10 são intermediários. Cultivares com elevada habilidade competitiva, além de tolerarem a competição, preservando o potencial de produtividade, também suprimem a produção de grãos das plantas concorrentes.
Resumo:
Características morfofisiológicas diferenciais de plantas podem influenciar as relações de competição entre cultura e plantas daninhas. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a influência das características de plantas de quatro cultivares de soja sob competição ou não com outros dois cultivares de soja, simulando espécies daninhas dicotiledôneas, durante a fase vegetativa de crescimento. Para isso, conduziram-se dois experimentos: um em vasos, visando fornecer subsídios quanto ao crescimento inicial das plantas de soja; e outro em campo, a fim de acompanhar características de crescimento das plantas. Em campo, foram comparados os seguintes fatores e tratamentos: três condições de competição (ausência de plantas concorrentes; presença de plantas dos cultivares de soja BRS 205 ou Cobb); e quatro cultivares reagentes de soja à competição (IAS 5, BR-16, CD 205 e Fepagro RS-10). Cultivares de soja apresentaram variações na velocidade de emergência e de crescimento inicial de plantas. A presença de plantas concorrentes, independentemente das características próprias, afetou a ramificação da soja. Os cultivares Fepagro RS-10 e BR-16 apresentaram rápido crescimento durante a fase inicial de desenvolvimento; CD 205, ao contrário, mostrou lento crescimento nesta fase. Cultivares de soja de ciclo precoce cobriram com mais rapidez o solo durante os primeiros 45 dias do que os tardios.
Resumo:
Experimentos em série de substituição possibilitam o estudo da competição inter e intra-específica. A premissa desses experimentos é de que as produtividades das misturas podem ser determinadas pela comparação com a produtividade da monocultura. O objetivo deste trabalho foi investigar a habilidade competitiva relativa de cultivar de trigo com as espécies daninhas azevém ou nabo. Foram realizados três experimentos em casa de vegetação na UFPel, no ano de 2006. O delineamento utilizado foi o completamente casualizado, com quatro repetições, sendo os tratamentos arranjados em série de substituição. As proporções de plantas de trigo e dos competidores azevém ou nabo foram: 100/0, 75/25, 50/50, 25/75 e 0/100, com população total de 900 plantas m-2. A análise estatística da competitividade foi realizada através de diagramas aplicados aos experimentos substitutivos e interpretações dos índices de competitividade. As relações competitivas entre plantas de trigo e azevém ou entre trigo e nabo são alteradas pela proporção de plantas que compõem a associação; a cultura do trigo apresenta habilidade competitiva superior à do azevém, mas inferior à do nabo, quando as espécies ocorrem em proporções iguais de plantas nas associações, e essas espécies ocupam o mesmo nicho ecológico.
Resumo:
Características morfológicas de plantas cultivadas que confiram maior habilidade competitiva podem integrar medidas de manejo cultural de plantas daninhas e, com isso, reduzir o uso de herbicidas. O objetivo deste trabalho foi investigar se o crescimento inicial por plantas de cultivares de aveia se associa ao seu potencial competitivo com plantas infestantes. Para isso, foi conduzido um experimento a campo na Universidade Federal de Pelotas, em Capão do Leão-RS, durante a estação de crescimento de 2006. Compararam-se os cultivares de aveia: ALBASUL, CFT 1, UPFA 22 e URS 22, os quais foram testados sob três condições de competição (ausência de plantas concorrentes, presença de trigo ou de linho, como competidores). O delineamento experimental utilizado foi completamente casualizado, com quatro repetições. Avaliaram-se diversas características morfológicas em plantas de aveia no início do ciclo de desenvolvimento e outras características agronômicas no final do ciclo da aveia e de seus competidores. Os cultivares de aveia responderam diferentemente à presença de plantas competidoras. O cultivar UPFA 22, em geral, apresentou maiores valores para características morfológicas de planta associadas com habilidade competitiva, enquanto o cultivar URS 22, ao contrário, mostrou deficiências em características vantajosas à competição. Os cultivares UPFA 22 e CFT 1 demonstraram elevada capacidade de competir com as espécies concorrentes. Características morfológicas em plantas de cultivares de aveia no início do ciclo de desenvolvimento, de modo geral, não mostraram habilidade competitiva até o final do ciclo.
Resumo:
Objetivou-se com este trabalho avaliar a habilidade competitiva de plantas de arroz cultivar BRS Pelota com biótipos de capim-arroz resistente ou suscetível ao herbicida quinclorac. Para isso, foi instalado experimento em casa de vegetação, em delineamento completamente casualizado com quatro repetições, sendo os tratamentos dispostos em esquema fatorial 2 x 6. As unidades experimentais constaram de vasos plásticos contendo 10 dm³ de solo, cujo pH e nível de nutrientes foram previamente corrigidos. Os tratamentos consistiram na competição entre uma planta de arroz, cultivar BRS Pelota, com populações (0, 1, 2, 3, 4 ou 5 plantas por vaso) dos biótipos de capim-arroz resistente (ECH-13) ou suscetível (ECH-12) ao herbicida quinclorac. As avaliações foram realizadas aos 40 dias após emergência, sendo avaliados; massa seca da parte aérea (MSPA), taxa de crescimento (TC), área foliar específica (AFE), razão de massa foliar (RMF), razão de área foliar (RAF) e índice de área foliar (IAF). A interferência no desenvolvimento do cultivar de arroz BRS Pelota foi proporcionalmente maior com o aumento da população de ambos os biótipos de capim-arroz. Os biótipos apresentaram, em geral, habilidade competitiva similar.