7 resultados para derrida

em Scielo Saúde Pública - SP


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"Meta-estética e ética francesa do sentido" é uma análise de alguns conceitos formadores do chamado "pós-estruturalismo" e de certos aspectos de sua seqüência histórica. Através de fontes textuais de pensadores que ocupam um momento significativo da produção filosófica internacional, com Jacques Derrida, Gilles Deleuze, Michel Serres e Jean-Luc Nancy, dos anos sessenta até os noventa, o texto coloca em perspectiva conceitos nevrálgicos e estratégicos ressituados nas suas implicações críticas. A manifestação das convergências ligando os pensamentos desses quatro filósofos permite ressaltar os bastidores especulativos de uma "condição poética do pensamento" (Alain Badiou) delineando os contornos de uma meta-estética do sentido que é ao mesmo tempo uma ética. Essa fusão, bem sintetizada na fórmula de Michel Serres, que diz que "a moral é a física", é determinada pelas elaborações, as experimentações e as conquistas realizadas na filosofia derridiana da desconstrução, na filosofia deleuziana do conceito, na filosofia serresiana da física e na filosofia nancyana da arealidade. Os processos em jogo nesses sistemas tentam descobrir nos estratos aporéticos do pensamento as chances de induzir uma cosmologia paradoxal e inaudita.

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O autor propõe um confronto entre Althusser e Derrida acerca da questão da temporalidade, focalizando a leitura que os dois autores fazem de Marx sub specie theatri. A partir desse confronto, emerge uma teoria da temporalidade althusseriana, a qual se encontra para além, quer da teleologia da tradição hegeliano-marxista, quer do messianismo sem Messias proposto por Derrida, em sua releitura benjaminiana de Marx. Nesse sentido, a escatologia em Althusser é pensável somente à la cantonade.

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Este artigo focaliza certa "possibilidade impossível de dizer o acontecimento", motivo fértil nos últimos escritos de Derrida. A expressão "a possibilidade do impossível", emprestada do pensamento heideggeriano da Ereignis, concorre a uma ética aporética que repensa as figuras da responsabilidade face à "inapropriabilidade do que acontece". Nos lugares bem conhecidos da lógica derridiana da aporia - a justiça rebelde à regra, o "fantasma do indecidível" em cada acontecimento de decisão, a ilegalidade de toda invenção -, uma ética da alteridade propõe o sujeito apartado dos lugares da adequação a si, ao sabor da interpelação inderivável do acontecer. A dimensão da alteridade de toda decisão solicita a cada situação que se invente "a lei do acontecimento singular", promessa de originalidade. Ora, dizer a "singularidade incalculável e excepcional" do acontecimento é propósito que, para Derrida, somente se justifica como promessa de uma "monolíngua do outro", superfície comunicacional homogênea onde interromper a disseminação. Face às "reservas de indecidível" da ficção, essa promessa de unicidade conhece sua mais evidente impossibilidade, razão porque este artigo procura, por fim, avaliar a fertilidade desconstrutora da relação testemunho-ficção em literatura, nos momentos em que o pensamento de Derrida rompe com as categorias de verdade, de modo a revelar o literário como o "outro" do filosófico.

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En este texto buscamos hacer inteligible el lugar y los derroteros que sigue el concepto de auto-afección en el pensamiento de Jacques Derrida. Dicho concepto se desarrolla a partir de una interpretación de Kant y el problema de la metafísica, de Heidegger. En la elaboración del concepto en Derrida se enfatiza el momento de distancia en el que el sí-mismo no puede reducir al otro, sino que tiene que hacer patente la demora en su propia formación. Esto implicaría considerar que la mismidad que se constituye en la auto-afección no puede ser separada de una hetero-afección, mediante la cual el otro no puede ser objetivado y no es otra cosa que el sí-mismo en su alteración. La forma de dicho espaciamiento que produce la alteración se pone a prueba en la voz y en la estructura del “oírse-hablar”, la que se revela como un espacio polifónico irreductible a una unidad, donde la auto-afección se desune de sí para retornar como aquello que no espera y como aquello que no puede replegarse en un lugar de reunión.

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O conceito de segmentação de mercado constitui-se em uma forte ferramenta freqüentemente utilizada na tomada de decisão nas organizações. Neste artigo, busca-se analisar elementos nem sempre privilegiados quando se trata a segmentação de mercado como discurso hegemônico. A crítica aqui apresentada inspira-se no filme Desconstruindo Harry, de Woody Allen, o que permitirá compreender o exercício de desconstrução do conceito e da prática da segmentação de mercado com base no gênero e na etnia. Essa proposta ampara-se sobre o postulado de Derrida (1999) de que qualquer conceito, palavra ou significado léxico é passível de desconstrução e na hipótese de que o conceito de segmentação de mercado e sua prática encerram significados não revelados, guardando em si um conjunto de atores e vozes marginalizados.

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O curso de filosofia deve desenvolver no aluno uma habilidade técnica na interpretação de diferentes modalidades discursivas - análoga ao "exercício de escuta", no sentido psicanalítico - que lhe permita a experiência da "dominação intelectual": da posse, ainda que provisória, de uma "língua da segurança" que coloque em "suspensão" os "lugares de conversação". Quebrando a barreira entre os gêneros dos discursos, entre as diferentes disciplinas, e entre os diversos interlocutores, o curso de filosofia - seja na universidade, no ensino médio e mesmo fora dos cursos regulares - poderá, desse modo, estimular a produção de um diálogo intenso, laicizado, entre múltiplos sujeitos de enunciação, contribuindo para a constituição do "espaço público". Somente assim a filosofia conquistará definitivamente entre nós, sua madureza.

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O trabalho considera as relações entre a escrita e o reconhecimento. Os esforços de Derrida começaram a mostrar que a distinção entre a oralidade e a escrita é filosoficamente importante - e que muitos problemas filosóficos são problemas da escrita. A partir dessa perspectiva, considero a distinção entre conotação e denotação e a ideia - abraçada por Mill e, mais recentemente, por teorias da denotação inspiradas em Kripke - de que a denotação prescinde, em grande medida, de conotação. A diferença entre conotação e denotação é então associada à diferença entre a oralidade e a escrita. Nesse contexto, o tema do reconhecimento aparece. O reconhecimento, tal como identificado em uma tradição kantiana, também tem nuances relativas à escrita e à oralidade e estas nuances são exploradas. As queixas de Lévinas com respeito ao reconhecimento são então exploradas e analisadas desde um ponto de vista gramatológico (isto é, um ponto de vista que dá atenção à escrita). O trabalho termina com algumas considerações gerais sobre o reconhecimento, a escrita e a natureza dos encontros, mesmo em situações em que o reconhecimento não tem um papel central.