496 resultados para anticorpos monoclonais
em Scielo Saúde Pública - SP
Resumo:
Nove amostras de Plasmodium falciparum foram coletadas de migrantes infectados no Estado de Rondônia. Estas amostras foram mantidas em cultivo para caracterização por tipificação enzimática em acetato de celulose, sensibilidade á cloroquina, amodiaquina, mefloquina e quinino e análise da diversidade antigê-nica através de anticorpos monoclonais específicos. Os resultados obtidos mostraram variação entre todas as amostras estudadas: encontrou-se resistência crescente à cloroquina, resistência intermediária à amodiaquina e quinino e sensibilidade a baixos níveis de mefloquina; apenas dois isolados mostraram sensibilidade a todas as drogas. A tipificação enzimática mostrou presença de parasitas GPI 1 e 2 e ADA 1 e 2, enquanto que para PEP e LDH todas as amostras foram do tipo 1. Sorotipagem com anticorpos monoclonais PSA mostrou presença de três sorotipos diferentes (II, III e IV). Estes resultados mostraram: a) variação entre as amostras para os marcadores analisados; b) nesta região, para o pequeno número de amostras analisadas, não foram observadas diferenças significativas ou novos tipos de parasitas.
Resumo:
Amostras de herpesvírus bovinos (BHV) tipo 1 (Virus da Rinotraqueíte Infecciosa Bovina/Vulvovaginite Pustular Infecciosa; BHV-1) e tipo 5 (Herpesvírus da Encefalite Bovina; BHV-5) tiveram seu perfil de reatividade analisado em testes de imunoperoxidase frente a um painel composto por cinco anticorpos monoclonais (AcM) produzidos contra antígenos de BHV-1. Um dos AcM reconheceu todas as amostras de BHV examinadas. Os quatro AcM restantes reconheceram somente amostras de BHV-1. Todas as amostras isoladas de casos de encefalites (BHV-5) apresentaram um padrão de reação distinto daquelas isoladas de outros síndromes associados à infecção pelo BHV-1. Os resultados obtidos indicam que os AcM avaliados permitem a diferenciação entre amostras de BHV-1 e BHV-5, havendo perfeita correlação entre os quadros clínicos observados com os perfis de reatividade obtidos in vitro.
Resumo:
O perfil antigênico de 45 herpesvírus (44 de bovinos, sendo seis amostras de referência de BHV-1 e 15 prováveis BHV-1; três amostras de referência de BHV-5 e 20 prováveis BHV-5) e uma amostra de herpesvírus bubalino (BuHV) foi examinado com um painel de anticorpos monoclonais (Acms) produzidos contra antígenos de herpesvírus bovinos. Para os exames, foi utilizada a prova de imunoperoxidase (IPX) sobre cultivos de células infectadas, tendo os Acms como anticorpos primários. A determinação dos padrões de reatividade das amostras de vírus frente aos Acms permitiu a diferenciação entre os tipos 1 e 5. Todas as amostras isoladas de casos de encefalite apresentaram perfil de BHV-5. Quatro amostras de BHV-5 isoladas de áreas geograficamente distintas apresentaram perfís de reatividade diferenciados em relação às demais amostras do tipo 5. Duas amostras de vírus com perfil antigênico de BHV-5 foram isoladas de sêmen de animais infectados. Estes resultados comprovam a utilidade da caracterização antigênica com este painel de Acms na tipagem de amostras de BHV-1 e BHV-5.
Resumo:
As lesões cutâneas de 16 pacientes com hanseníase foram estudadas por imunofluorescência com anticorpos monoclonais anti-monócitos (OKM1 e anti-MO) e anti-Ia (OKIa). Foi avaliada a atividade de fosfatase ácida utilizando-se naftol AS-B1 fosfato como substrato. Os macrófagos parecem constituir uma população heterogênea em relação aos antigenos estudados neste trabalho e quanto a atividade enzimática. Em todas as formas estudadas um grande número de células eram OKIa positivas.
Resumo:
OBJETIVOS: Identificar por imunoistoquímica eventuais micrometástases nos linfonodos regionais previamente considerados livres pelo exame histopatológico convencional e avaliar a influência do comprometimento destes linfonodos na sobrevivência dos doentes com carcinoma colorretal extirpado com intenção curativa. MÉTODO: Foram estudados 51 doentes portadores de carcinoma colorretal nos estádios A (13 casos) e B (38 casos), segundo a classificação de Dukes. Um total de 501 linfonodos previamente considerados livres pelo exame histopatológico convencional foi investigado por meio de técnica imunoistoquímica com anticorpos monoclonais anticitoqueratina AE1/AE3 para identificar células epiteliais. Cada bloco previamente fixado em formalina e embebido em parafina foi seccionado em três partes, obtendo-se de cada uma delas três cortes com espessura de 4 milimícron cada. RESULTADOS: Em seis doentes (11,7%) no estádio B de Dukes, células neoplásicas foram identificadas em sete linfonodos do mesocolo (1,4%) previamente considerados livres de neoplasia pelo exame histopatológico convencional. Em um enfermo, a micrometástase era representada por aglomerado celular, enquanto que nos outros cinco doentes as micrometástases eram constituídas por células isoladas. A sobrevivência dos enfermos com micrometástases linfonodais foi menor do que a dos doentes com linfonodos não comprometidos, porém sem atingir diferença significativa. CONCLUSÕES: O método imunoistoquímico pode ser empregado com sucesso na detecção de células neoplásicas em linfonodos previamente considerados livres pelo exame histopatológico convencional. O acometimento dos linfonodos regionais por micrometástases não influenciou a sobrevivência dos doentes com carcinoma colorretal extirpado.
Resumo:
Fez-se o registro, pela primeira vez, do isolamento de Leishmania (V.) lainsoni de um mamífero silvestre, o roedor Agouti paca (Rodentia: Dasyproctidae), no Estado do Pará, Brasil. As amostras do parasita foram isoladas da pele, aparentemente íntegra, de 3 espécimes desse roedor, capturados no município de Tucuruí (ilha de Tocantins), em área que seria inundada pela formação do lago da hidrelétrica construída naquele município. Nenhum isolamento foi obtido de vísceras de qualquer dos animais. A identificação das amostras de L. (V.) lainsoni baseou-se na morfologia de amastigotas e promastigotas, no comportamento da infecção em "hamsters", na análise bioquímica de isoenzimas e, ainda, através de testes com anticorpos monoclonais. A natureza inaparente da infecção nos animais faz supor que o mamífero em questão possa representar um hospedeiro definitivo do parasita na região Amazônica.
Resumo:
Uma epidemia de dengue tipo 1 se iniciou em Novembro de 1990 na Região de Ribeirão Preto, Norte do Estado de São Paulo. Foram confirmados por exames laboratoriais cerca de 3.500 casos até fevereiro de 1991. A Unidade de Pesquisa em Virologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP, estudou soros de 502 pessoas suspeitas de apresentarem dengue. Fez-se o diagnóstico sorológico através do método da inibição da hemaglutinação (HAI) para dengue tipo 1 em 19% dos analisados. Passou-se a utlilizar um teste imuno-enzimático para dengue em culturas celulares infectadas (EIA-ICC), que permite identificação simultânea de IgG e IgM. O EIA-ICC embora menos sensível quando comparado ao HAI (89%), mostrou-se mais eficiente, porque: dispensou a obtenção de segundas amostras séricas para o diagnóstico; trata-se de técnica simples, podendo ser efetuada em apenas 5 horas. O vírus dengue tipo 1 foi isolado do sangue de 21 pacientes, por inoculação em células de mosquitos C6/36. Fez-se a identificação dos vírus isolados por método de imunofluorescência indireta, utilizando anti-soro contra todos os flavivirus e anticorpos monoclonais tipo-específicos de dengue. Os sintomas mais freqüentemente observados em 71 indivíduos com diagnóstico de dengue confirmado foram febre (90% dos casos), mialgias (57%) e artralgias (41%)
Resumo:
Registramos a ocorrência de epidemia de dengue causada pelo sorotipo 2 (DEN 2) na cidade de Araguaina, estado do Tocantins (TO) situado no Brasil central. Quatrocentos indíviduos de 74 famílias, residentes nos bairros S. João, Araguaina Sul e Neblina foram entrevistados e sangrados, independentemente de terem adoecido ou não. Os soros tanto de adultos quanto de crianças de ambos os sexos foram usados para pesquisa de anticorpos inibidores da hemaglutinação (IH) e IgM através de ensaio imunoenzimático (MAC ELISA). Nas casas onde haviam doentes no momento do inquérito, sangue total também foi colhido para tentativa de isolamento de vírus. O quadro clínico apresentado pelos pacientes foi caracterizado por febre, cefaléia, mialgias, artralgias e exantema do tipo máculo-papular não pruriginoso. A infecção foi mais frequente em mulheres (33.9%) do que nos homens (23.8%), ocorrendo em todas as faixas etárias, inclusive em crianças com menos de um ano de idade, bem como em maiores de 70 anos. Um total de 1105 mosquitos (56 fêmeas e 45 machos de Culex quinquefasciatus e 567 fêmeas e 437 machos de Aedes aegypti) foram obtidos a partir de larvas coletadas em Araguaina. As fêmeas de Ae. aegypti obtidas das larvas fizeram repasto sangüíneo em 8 pacientes febris. O diagnóstico laboratorial foi feito por isolamento de vírus (cultura de células de Aedes albopictus, clone C6/36) e por sorologia (IH e MAC ELISA). Foram isoladas 5 amostras de DEN 2 de pacientes febris e tipadas por imunofluorescência indireta usando anticorpos monoclonais de dengue. Nenhuma amostra viral foi isolada de mosquitos. Outrossim, comprovou-se infecção em 111 pessoas sangradas, o que revelou um índice de positividade de 27.75% (111 em 400), sendo que 66.2% das famílias estudadas apresentaram pelo menos um indivíduo positivo. Ocorreram ainda, 26.1% de infecções assintomáti-cas. Por outro lado, a correlação de positividade entre os dois testes usados (IH e MAC ELISA) foi de 94.6%. Estimamos que ocorreram aproximadamente 83.250 casos da doença, entre 15 de março a 31 de maio de 1991. Esta é a primeira epidemia de DEN 2 em um estado da Amazônia Brasileira, portanto em área endêmica de febre amarela, e a primeira evidência da interiorização do DEN 2, até então restrito ao Rio de Janeiro.
Resumo:
Um inquérito em cães realizado na região de Três Braços, Bahia, mostrou que 3,0% de 98 animais tinham amastigotas em lesões de pele. Parasitos não foram encontrados em pele normal da orelha. De uma amostra selecionada de 13 cães, portadores de lesão cutânea ativa, nove (69,2%) deles estavam comprovadamente infectados. Sete amostras de lesão produziram infecção em hamsters. O estudo biológico (crescimento em meio de cultura, evolução da lesão em hamster e desenvolvimento no tubo digestivo de Lutzomyia longipalpis) identificou o parasito como pertencente ao complexo L. braziliensis. A caracterização bioquímica (mobilidade eletroforética de enzimas em placas de acetato de celulose) e o estudo imunotaxonômico (anticorpos monoclonais) definiram as amostras como L. braziliensis braziliensis. O papel do cão como um possível reservatório de L. b. braziliensis na região de Três Braços é discutido.
Resumo:
Foi investigada a presença de Leishmania, através da cultura de leucócitos circulantes, no sangue periférico de 60 pacientes portadores de leishmaniose tegumentar americana, nas suas diferentes formas clínicas, assim como nas principais fases evolutivas da doença. Biópsias de lesões cutâneas e/ou de mucosa desses pacientes foram obtidas com a finalidade de isolar e caracterizar os parasitas, através da técnica de anticorpos monoclonais. Dos 60 pacientes examinados, foram isoladas 40 amostras de Leishmania das lesões biopsiadas, sendo 5 de Leishmania (V.) brasiliensis, 3 de L. (V.) guyanensis, 1 de L. (V.) lainsoni, 13 de L. (L.) amazonensis e 18 não puderam ser caracterizados a nível específico, porém, reagiram com anticorpos monoclonais do grupo braziliensis. Quanto àpesquisa através das culturas de leucócitos circulantes, esta revelou resultados completamente negativos. Com base nesses achados, os autores concluíram ser pouco consistente atribuir valor à cultura de leucócitos para o diagnóstico da leishmaniose tegumentar.
Resumo:
Os autores relatam o caso de um paciente procedente do Município de Barreirinhas, MA, portador de leishmaniose cutânea disseminada, que apresentava 58 lesões distribuídas pelo corpo, sob os mais variados aspectos com predominância da lesão ulcerada. Discutem a dificuldade do diagnóstico laboratorial na fase inicial da investigação e suas implicações com a terapêutica. O parasita isolado e caracterizado pela técnica de anticorpos monoclonais foi a Leishmania viannia braziliensis. Esta forma da doença é diferente da leishmaniose cutânea difusa, encontrada no Maranhão, cujo agente etiológico é a Leishmania (Leishmania) amazonensis, responsável pela grande maioria dos casos de leishmaniose tegumentar naquele Estado. Os possíveis mecanismos de disseminação das lesões são também discutidos neste trabalho.
Resumo:
Com o objetivo de se conhecer a prevalência da infecção por leishmaniose tegumentar americana, e caracterização da população atingida, em área de transmissão recente, na localidade de Boa Sorte, município de Corguinho, MS, procedeu-se ao estudo, no período de março/91 a março/94, tia população residente, compreendendo 150 habitantes. Destes, 12 apresentavam lesões suspeitas de leishmaniose tegumentar. Em 8 deles foi possível a confirmação por meio de exames parasitológicos. Apenas um paciente apresentou a forma mucosa, os demais manifestaram as formas cutâneas, sendo: ulcerada (3), úlcero-verrucosa (1), úlcero- vegetante (1), placa-infiltrada (1) e lesão nodular com exuberante adenopatia regional (1). Os pacientes responderam bem ao tratamento com antimoniato de N-metil- glucamina (glucantime), 10 a 20mg Sbv/kg/dia durante 20 dias, com cicatrização das lesões e raros efeitos colaterais. O parasito isolado de todos os pacientes foi identificado como Leishmania (Viannia) braziliensis, através de anticorpos monoclonais. O teste de Montenegro aplicado em 150 moradores revelou 32 reagentes. Destes, 6 eram portadores da doença, 21 mostraram seqüelas sugestivas da parasitose e 5 não apresentaram sitiais da infecção. A faixa etária atingida pela parasitose compreendia de 22 a 78 anos com predomínio de homens (75%). A transmissão até o momento revelou-se de caráter extradomiciliar.
Resumo:
A análise histopatológica e imunohistoquímica de 25 biópsias cutâneas e da mucosa oral de portadores da associação AIDS e histoplasmose mostrou o seguinte: 1) em 18 casos as lesões cutâneas eram múltiplas e se apresentavam sob a forma de pápulas (eritematosas, violáceas ou acastanhadas), úlceras, vesículo-pústulas e eram distribuídas por todo tegumento cutâneo; Em sete casos as lesões se localizavam na mucosa da língua, palato, úvula e eram do tipo ulcerado ou moruliforme; 2) histologicamente as lesões apresentavam quatro aspectos distintos: macrofágico difuso; granulomatoso; vasculítico com leucocitoclasia; e com escassa reação inflamatória; 3) a tipagem dos linfócitos T e B e dos macrófagos através dos anticorpos monoclonais mostrou que a resposta imunológica ao Histoplasma capsulatum é predominantemente do tipo celular nos quatro tipos histológicos; 4) o teste imunohistoquímico para o fungo nas lesões confirmou o diagnóstico morfológico de H. capsulatum.
Resumo:
Relatamos aqui 11 casos de leishmaniose tegumentar americana (LTA) em pacientes que residem no DF e que não saíram da sua área durante um tempo que variou de seis meses a dois anos antes do início da doença. Seis dos 11 pacientes, residem na cidade satélite de Planaltina. Todos têm a intradermorreação de Montenegro positiva. Dez deles têm presença de leishmânia nas lesões. Nas lesões de dois pacientes foram identificadas, pelo método de anticorpos monoclonais, Leishmania (V) braziliensis. Nove deles, foram tratados com antimonial pentavalente e dois com pentamidina. Houve duas ocorrências de recidiva, ambas, após o uso do antimonial. Constatada a presença de vetores e de pacientes infectados no Distrito Federal, acredita-se que possa estar ocorrendo infecção por leishmânia em Brasília e em suas áreas periurbanas.
Resumo:
Setenta e nove pacientes com leishmaniose tegumentar americana, forma cutânea, foram divididos em dois grupos: o grupo experimental (I), formado por 38 pessoas que receberam isotionato de pentamidina, 4mg/kg/dia, três aplicações, IM, durante uma semana, e o grupo controle (II), formado por 41 doentes tratados com N-metilglucamina, 20mgSbV/kg/dia por 20 dias, EV. Foram identificados, por técnica de anticorpos monoclonais, 21 isolados com predominância de Leishmania (Viannia) braziliensis. Encontrou-se cura clínica em 71,05% do grupo experimental e 73,17% do grupo controle (p=0,47). Alterações de ECG foram mais freqüentes utilizando antimonial pentavalente, com significância (p<0,05). O tratamento com a pentamidina mostrou eficácia semelhante quando comparado ao antimonial e apresenta vantagens como duração reduzida de tratamento e baixa toxicidade cardiológica.