25 resultados para Violent crimes

em Scielo Saúde Pública - SP


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Neste artigo, analisamos comentários de internautas postados em notícias sobre crimes corporativos veiculadas na imprensa eletrônica nacional. Concentramos nossa análise em reportagens sobre um tipo específico de crime corporativo, o trabalho escravo, com o objetivo de identificar as concepções em torno do assunto, partindo da análise da dinâmica intertextual entrelaçada na sua produção. Como resultados, evidenciamos temas discursivos, discursos e ideologias imersos nos comentários analisados, sinalizando para a importância de se compreender a produção intertextual sobre a atuação das corporações.

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Escândalos corporativos têm sido comuns na sociedade contemporânea. Nesse contexto, os crimes cometidos nas e por corporações também tomam vulto e, frequentemente, tomamos conhecimento de um tipo de crime corporativo, um tema não explorado em pesquisas nos estudos organizacionais. Neste estudo, realizamos uma síntese de pesquisas sobre crimes corporativos com o objetivo de buscar uma aproximação do tema com o campo dos estudos organizacionais. Desenvolvemos o artigo sinalizando para a predominância da abordagem moderna em estudos sobre o tema e, ao final, propomos perspectivas alternativas para a análise da criminalidade corporativa no âmbito dos estudos organizacionais.

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OBJETIVO: Analisamos prevalência, intensidade e duração dos sintomas da síndrome pré-menstrual (SPM) entre as reeducandas condenadas por crimes violentos contra pessoas do presídio feminino Santa Luzia de Maceió. MÉTODOS: Foi aplicado um questionário baseado nos critérios diagnósticos para SPM presentes na Classificação Internacional de Doenças (CID-10) a 29 reeducandas. Foram avaliados os seguintes sintomas: depressão, dor nas costas, dor ou inchaço nas pernas, cefaléia, dor abdominal, mastalgia e irritabilidade. RESULTADOS: Vinte reeducandas (67%) apresentavam sintomas pré-menstruais de grave intensidade, que causavam prejuízos em suas atividades diárias, sendo caracterizadas como portadoras de SPM. Dessas, 80% relataram irritabilidade, 70% mastalgia, 66,6% cefaléia e 56,6% depressão. Dor e/ou inchaço nas pernas foram assinalados por 40%, dor abdominal por 33,3% e dor nas costas por 20%. Os sintomas duravam de dois a cinco dias em 85% das entrevistadas. Apenas 20% acreditavam que a SPM poderia ter influenciado no cometimento de seus delitos. CONCLUSÕES: A maioria das entrevistadas (67%) relatou pelo menos um sintoma de grave intensidade na fase pré-menstrual, sendo consideradas portadoras de SPM.

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OBJECTIVES: The current study set out to investigate alcohol availability in a densely populated, residential area of suburban São Paulo associated with high levels of social deprivation and violence. Gun-related deaths and a heavy concentration of alcohol outlets are notable features of the area surveyed. Given the strong evidence for a link between alcohol availability and a number of alcohol-related problems, including violent crime, measures designed to reduce accessibility have become a favored choice for alcohol prevention programs in recent years. METHODS: The interviewers were 24 residents of the area who were trained for the study. It was selected an area of nineteen streets, covering a total distance of 3.7 km. A profile of each alcohol outlet available on the area was recorded. RESULTS: One hundred and seven alcohol outlets were recorded. The number of other properties in the same area was counted at 1,202. Two measures of outlet density may thus be calculated: the number of outlets per kilometer of roadway (29 outlets/km); and the proportion of all properties that sold alcohol (1 in 12). CONCLUSIONS: The results of this study is compared with others which are mainly from developed countries and shown that the area studied have the highest density of alcohol outlet density ever recorded in the medical literature. The implication of this data related to the violence of the region is discussed. By generating a profile of alcohol sales and selling points, it was hoped to gain a better understanding of alcohol access issues within the sample area. Future alcohol prevention policy would be well served by such knowledge.

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INTRODUÇÃO: Existem muitas críticas à qualidade dos dados criminais existentes no Brasil, mas há pouco estudo sistemático para corroborar essas críticas. Nesse sentido, foi feito estudo com o objetivo de comparar o número de homicídios registrados entre dois sistemas públicos de informação. MÉTODOS: Foram analisados os óbitos registrados pelo Sistema de Informações de Mortalidade do Ministério da Saúde (SIM/MS) e pela Polícia Militar (PMMG), de 1979 a 1998. A comparação entre os dois sistemas foi feita pela razão entre os números absolutos, categorizando os municípios em cinco grupos de acordo com o tamanho da população em 1998, e pelas taxas de homicídio. Foram ajustados dois modelos de regressão linear das taxas no tempo, um para cada sistema. RESULTADOS: Nas cidades de menos de 100.00 habitantes, as informações de homicídios da PMMG são mais completas do que as do SIM/MS. Nas cidades de mais de 100.000 habitantes, o SIM/MS é capaz de recuperar mais eficientemente os óbitos, embora possam ser incluídos indevidamente óbitos de homicídios cometidos em outros municípios e óbitos por arma branca e de fogo de intenção indeterminada que não tenham sido devido a homicídio. O sub-registro da PMMG pode ser devido às mortes hospitalares tardias, que não são acompanhadas pela PMMG. CONCLUSÕES: Os sistemas do SIM/MS e PMMG representam limites superiores e inferiores do número real de homicídios ocorridos nas grandes cidades. Sugere-se que, quando disponíveis, as duas fontes sejam analisadas e comparadas; quando apenas uma delas estiver disponível, propõe-se que a análise deva considerar as diferenças.

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OBJETIVO: Descrever o processo de adaptação de escalas de medida de características de vizinhança para o português brasileiro.MÉTODOS: As dimensões abordadas foram coesão social, ambiente propício para atividade física, disponibilidade de alimentos saudáveis, segurança em relação a crimes, violência percebida e vitimização. No processo de adaptação foram avaliados aspectos de equivalência entre as escalas originais e respectivas versões para o português. A confiabilidade teste-reteste foi avaliada em submostra de 261 participantes do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil) que responderam ao mesmo questionário em dois momentos distintos em um intervalo de tempo de sete a 14 dias entre as duas aplicações.RESULTADOS: Os aspectos de equivalência avaliados mostraram-se adequados. O coeficiente de correlação intraclasse variou entre 0,83 (IC95% 0,78;0,87) para Coesão Social e 0,90 (IC95% 0,87;0,92) para Ambiente para Atividade Física. As escalas apresentaram consistência interna (alfa de Cronbach) que variaram entre 0,60 e 0,84.CONCLUSÕES: As medidas autorreferidas de características de vizinhança tiveram reprodutibilidade muito boa e boa consistência interna. Os resultados sugerem que essas escalas podem ser utilizadas em estudos com população brasileira que apresente características similares àquelas do ELSA-Brasil.

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OBJECTIVE To investigate the association between social capital and social capital and self-perception of health based on examining the influence of health-related behaviors as possible mediators of this relationship.METHODS A cross-sectional study was used with 1,081 subjects, which is representative of the population of individuals aged 40 years or more in a medium-sized city in Southern Brazil. The subjects who perceived their health as fine, bad or very bad were considered to have a negative self-perception of their health. The social capital indicators were: number of friends, people from whom they could borrow money from when needed; the extent of trust in community members; whether or not members of the community helped each other; community safety; and extent of participation in community activities. The behaviors were: physical activity during leisure time, fruits and vegetable consumption, tobacco use and alcohol abuse. The odds ratios (OR) and confidence intervals (CI) 95% were calculated by binary logistic regression. The significance of mediation was verified using the Sobel test.RESULTS Following adjustment for demographic and clinical variables, subjects with fewer friends (OR = 1.39, 95%CI 1.08;1.80), those who perceived less frequently help from people in the neighborhood (OR = 1.30, 95%CI 1.01;1.68), who saw the violent neighborhood (OR = 1.33, 95%CI 1.01;1.74) and who had not participated in any community activity (OR = 1.39, 95%CI 1.07;1.80) had more negative self-perception of their health. Physical activity during leisure time was a significant mediator in the relationship between all social capital indicators (except for the borrowed money variable) and self-perceived health. Fruit and vegetable consumption was a significant mediator of the relationship between the extent of participation in community activities and self-perceived health. Tobacco use and alcohol abuse did not seem to have a mediating role in any relationship.CONCLUSIONS Lifestyle seems to only partially explain the relationship between social capital and self-perceived health. Among the investigated behaviors, physical activity during leisure time is what seems to have the most important role as a mediator of this relationship.

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The authors observed an injury caused by the sting of a false tocandira ant in the hand of an amateur fisherman and they describe the clinical findings and the evolution of the envenoming, which presented an acute and violent pain, cold sweating, nausea, a vomiting episode, malaise, tachycardia and left axillary's lymphadenopathy. About three hours after the accident, still feeling intense pain in the place of the sting, he presented an episode of great amount of blood in the feces with no history of digestive, hematological or vascular problems. The intense pain decreased after eight hours, but the place stayed moderately painful for about 24 hours. In that moment, he presented small grade of local edema and erythema. The authors still present the folkloric, pharmacological and clinical aspects related to the tocandiras stings, a very interesting family of ants, which presents the largest and more venomous ants of the world.

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The autonomic nervous system and especially the intracardiac autonomic nervous system is involved in Chagas' disease. Ganglionitis and periganglionitis were noted in three groups ofpatients dying with Chagas'disease: 1) Those in heart failure; 2) Those dying a sudden, non violent death and; 3) Those dying as a consequence ofaccidents or homicide. Hearts in the threegroups also revealed myocarditis and scattered involvement of intramyocardial ganglion cells as well as lesions of myelinic and unmyelinic fibers ascribable to Chagas'disease. In mice with experimentally induced Chagas' disease weobserved more intensive neuronal lesions of the cardiac ganglia in the acute phase of infection. Perhaps neuronal loss has a role in the pathogenesis of Chagas cardiomyopathy. However based on our own experience and on other data from the literature we conclude that the loss of neurones is not the main factor responsible for the manifestations exhibited by chronic chagasic patients. On the other hand the neuronal lesions may have played a role in the sudden death ofone group of patients with Chagas'disease but is difficult to explain the group of patients who did not die sudderly but instead progressed to cardiac failure.

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OBJETIVO: Estudar a população de uma casa de custódia quanto a aspectos criminais, diagnóstico clínico e perfil da vítima. MÉTODOS: Foram examinados os prontuários de 269 pacientes durante o ano de 2005. Considerou-se apenas a população do gênero masculino cujos casos já tinham laudo anexado ao prontuário psiquiátrico-criminal. RESULTADOS: Foi encontrado predomínio de transtornos psicóticos (58%). O crime mais freqüente foi contra a vida (52,8%), sendo o grupo dos pacientes psicóticos o que teve maior associação com esse tipo de crime (p < 0,05). Desses crimes, 89,7% resultaram em morte e em 34,5% a vítima era um parente próximo. Os sujeitos com retardo mental cometeram proporcionalmente mais crimes sexuais quando comparados com os pacientes psicóticos e considerando somente crime sexual ou contra a vida (p < 0,05). Em 78,5% dos crimes sexuais as vítimas tinham idade inferior a 14 anos. CONCLUSÃO: A população estudada é semelhante às de outras instituições com o mesmo perfil. Os achados em relação às características das vítimas, tanto nos casos de homicídio pelos psicóticos como nos crimes sexuais dos sujeitos com retardo mental, indicam que aspectos da vítima têm papel importante no crime.

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OBJETIVO: Estudar os aspectos do delírio que podem estar relacionados à ocorrência de crime violento por pacientes delirantes. MÉTODOS: Estudo caso-controle retrospectivo comparando dois grupos de 30 pacientes psicóticos delirantes. O grupo estudado consiste de pacientes delirantes internados em uma Casa de Custódia do estado de São Paulo, Brasil, e o grupo comparado consiste de pacientes de enfermarias psiquiátricas comuns. Foram utilizadas as escalas PANSS, MINI e MMDAS. RESULTADOS: Em relação às dimensões do delírio, o grupo-caso teve menor pontuação em "inibição de ação por causa do delírio" e "afeto negativo". CONCLUSÃO: Delírios que induzem a inibição de ações aparentemente também reduzem o potencial de ações violentas e, ao contrário do que se afirma correntemente, pacientes delirantes assustados ou com outros afetos negativos associados ao delírio parecem cometer menos atos violentos. Portanto, fatores intrínsecos inerentes a algumas dimensões do delírio podem ser relevantes na ocorrência de crimes violentos cometidos por pacientes psicóticos.

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OBJETIVOS: Estudar a população internada em um hospital de custódia no Rio de Janeiro quanto a aspectos demográficos, diagnósticos e criminais. MÉTODOS: Todos os internos cumprindo medida de segurança detentiva no Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiá­trico Heitor Carrilho, em dezembro de 2007, (n = 177) foram avaliados pelo censo sociodemográfico aplicado por psiquiatras da instituição e tiveram seus prontuários analisados quanto a diagnóstico, tratamento psiquiátrico prévio e tipo de crime. Foi avaliada a relação entre vítima e perpetrador nos homicídios. RESULTADOS: A população é preferencialmente masculina (80%), solteira (72%), com 30 a 39 anos de idade (34%), baixa escolaridade (69%) e inativa (56%). Os diagnósticos mais prevalentes foram transtornos psicóticos (67%), seguidos por retardo mental (15,2%), transtornos em virtude de uso de substâncias psicoativas (7,3%), de personalidade (4,5%) e outros (6,2%). A maioria (71%) já havia recebido tratamento psiquiátrico prévio. O homicídio foi o crime mais comum (44%), seguido por crimes contra o patrimônio (26%), crimes sexuais (11%), crimes relacionados a entorpecentes (11%) e outros. O homicídio intrafamiliar predominou entre os psicóticos e os portadores de retardo mental. Os últimos cometeram proporcionalmente mais crimes sexuais do que os primeiros. CONCLUSÃO: O perfil da população foi compatível com o descrito para outras populações de internos em hospitais de custódia no país.

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OBJETIVO: Descrever o perfil dos internos suicidas do Instituto Psiquiátrico Forense (IPF) de Porto Alegre em duas décadas. MÉTODO: Foi realizado um estudo retrospectivo dos registros dos internos com óbito por suicídio. Os dados foram analisados por meio da estatística descritiva. RESULTADOS: Dos 20 casos de suicídio, 70% cumpriam medida de segurança, 70% eram réus primários, 80% dos crimes era contra a pessoa; a maioria (45%) dos suicídios foi cometida durante a madrugada e 40% dos casos ocorreram com internos que estavam de 1 a 9 anos na instituição; 90% eram do sexo masculino, 55% tinham idade entre 20 e 39 anos, 70% eram solteiros, 60% não tinham filhos, 85% eram naturais do interior do RS, 25% não tinham profissão, 84,2% tinham até o Ensino Fundamental; 55% dos casos tinham diagnóstico de esquizofrenia. Em 75% dos casos a morte ocorreu por enforcamento. CONCLUSÕES: Os dados apontam para o seguinte perfil: homem, solteiro, sem filhos, do interior do Estado, com baixa qualificação profissional e pouca escolaridade. Os fatores psicossociais encontrados foram transtorno mental grave, uso de drogas e/ou álcool, baixo suporte social e familiar e tentativas anteriores de suicídio.