751 resultados para Trypanosoma cruzi. Doença de chagas humana. Troponina T. Miosina. Autoanticorpos. Imunopatogenia
em Scielo Saúde Pública - SP
Resumo:
Estoques de tripanossomas isolados de pacientes na fase aguda da doença de Chagas foram injetados em grupos de camundongos albinos não isogênicos nas doses de 10³, 10(4) e 10(5) parasitas/camundongos. O curso da infecção foi seguido por três meses. A pctrasitemia foi em geral baixa, com picos recorrentes, na maioria das vezes os animais evoluiam para cronicidade. Somente um estoque induziu alto Ãndice de mortalidade. Os parasitas e as lesões apesar de detectadas no pico da parasitemia e restritos ao coração estavam ausentes aos três meses. Nesta época os perfis de Igs apresentaram diferenças marcantes. Grupos de animais que foram inoculados com estes estoques foram desafiados com doses letais da cepa Y ou CL. Em alguns casos obteve-se uma parasitemia, mas patente.
Resumo:
Pesquisou-se a ocorrência, na parede das veias do plexo pampiniforme de chagásicos crônicos, de acúmulos intracelulares de Trypanosoma cruzi e sinais inflamatórios (flebite). Para tal fim, colheram-se, à necropsia, 23 pares de funÃculos espermáticos, epidÃdimos e testÃculos, sendo 17 de chagásicos crônicos e 6 de controles (não chagásicos). Em cada caso, foram feitos múltiplos cortes das gônadas e dos vasos; fez-se pesquisa de T. cruzi por imuno-histoquÃmica nos funÃculos espermáticos de todos os casos. Não se observaram parasitos nas paredes vasculares. Notou-se flebite crônica inespecÃfica, focal e discreta, em cinco chagásicos (bilateral em três pacientes) e dois controles; havia infiltração mononuclear discreta do interstÃcio funicular em treze chagásicos e cinco controles. A análise estatÃstica dos resultados (chi2) não revelou diferenças significativas. Conclui-se que o ambiente hormonal devido à testosterona não parece favorecer a infecção da parede dos vasos gonadais por Trypanosoma cruzi, embora, segundo a literatura, o referido hormônio pareça ter ações imunodepressoras.
Resumo:
In paralel with several other epidemiologic and entomologic data of 19 Municipalities of EspÃrito Santo State, Brazil, the feeding pattern of 222 Triatoma vitticeps is studied through precipitin tests. Very high levels of natural infection with Trypanosoma cruzi are observed in adult insects, in contrast with the abscence or minimum degrees of infection among nymphs and human individuals. The precipitin tests showed the contact of the insects with multiple blood sources, chiefly human and birds, followed by rodents and marsupials. The data suggest that T. vitticeps in spite of being highly antropophilic, become infected by T. cruzi in sylvatic ambient and occasionally invade houses. The species doesn't seem to be - at least until now - a good vector in the domestic cycle of Chagas' disease. Several factors seem to be involved in this conclusion, mainly the low density of the insect in the houses, its hardness to coloniza them, its slowness concerning to suction and defecation and possibly its low susceptibility to different T. cruzi strains.
Bases para a avaliação do tratamento especÃfico da doença de Chagas humana segundo a parasitemia
Resumo:
Os Autores propõem a padronização de métodos para se avaliarem os resultados de ensaios de terapêutica especÃfica da doença de Chagas, a fim de se firmarem critérios seguros de interpretação. Discutem as experiências terapêuticas, com controle estatÃstico, no ser humano, sobretudo o problema ético, e concluem serem elas indispensáveis para se estabelecer a eficácia do medicamento, definir-lhe o modo de emprego, a posologia e os perigos, mas precisam reger-se por normas bem definidas. Relatam uma metodologia para o ensaio clÃnico na tripanossomÃase americana, partindo do princÃpio de que só devem ser selecionados pacientes de "alta parasitemia". Submetendo chagásicos crônicos a xenodiagnósticos mensais consecutivos, por perÃodos até de três anos, verificaram ser variável a positividade: enquanto uns exibem todos os exames positivos (100%), outros mostram graus menores de positividade, havendo até os que nunca apresentam xeno positivo (0%). Explicam o fenômeno admitindo a existência de nÃveis diferentes de parasitemia e recomendam evitarem-se os pacientes de "baixa parasitemia", pela dificuldade de interpretação, ligada ao fato de eles apresentarem, espontâneamente, sem qualquer tratamento, xenodiagnósticos negativos durante anos. Descrevem os procedimentos correspondentes à fase pré-tratamento, para selecionar os pacientes que apresentem positivos pelo menos 60% de uma série de, no mÃnimo, seis xenodiagnósticos sêxtuplos quinzenais, cuja padronização é dada. Na fase de tratamento os doentes são internados no Hospital e examinados diariamente, para se verificar a tomada do medicamento e a tolerância, que também se aprecia por exames de laboratório prévios, e coincidentes com a última quinzena. A fase pós-tratamento, em regime ambulatório, é prevista para um ano, submetendo-se o paciente, de 15 em 15 dias, ao xenodiagnóstico e à s reações imunológicas. Os Autores dão exemplos de casos retirados de um ensaio, ainda em desenvolvimento, com um nitrofurânico (Bayer 2502), no qual a avaliação da eficácia repousa no xenodiagnóstico e nas reações imunológicas quantitativas, de fixação do complemento (R.F.CJ, de hemoaglutinação (R.H.A.) e de imunofluorescência (T.I.F.). Finalmente, discutem e definem o eventual critério de cura da tripanossomiase americana humana.
Resumo:
Os autores apresentam os primeiros casos autóctones da forma aguda da doença de Chagas no Estado do Maranhão. Três casos originários da Ilha de São LuÃs e o outro procedente da localidade de Bacurituba, municÃpio de Cajapió na região da Baixada Maranhense. O resultado do inquérito sorológico, utilizando-se a reação de imunofluorescência indireta em 213 habitantes das localidades de Rio Grande e Caúra, onde foram diagnosticados os casos autóctones na Ilha de São LuÃs, revelou 3 (1,4%) positivos.
Resumo:
O método imunocitoquÃmico de peroxidase anti-peroxÃdase é aplicado, pela primeira vez, em tecidos de natimorto macerado de II-III graus para coloração especÃfica de amastigotas do Trypanosoma cruzi, em caso de doença de Chagas congênita. Os resultados mostram que o encontro de ninhos de amastigotas é muito facilitado pelo método, mesmo em tecidos autolisados, onde a morfologia dos parasitas geralmente se mostra muito alterada; o método é recomendável, também nestes casos, para a avaliação mais precisa da intensidade do parasitismo.
Resumo:
Foram analisados os aspectos das células musculares parasitadas pelo Trypanosoma cruzi, na veia da supra-renal de chagásicos crônicos, através de exame ao microscópio óptico de lâminas coradas pela hematoxilina-eosina (HE), PAS, Feulgen e peroxidase-antiperoxidase (PAP) para antigenos do T. cruzi. Além das modificações nucleares descritas anteriormente, os leiomiócitos parasitados exibem alterações citoplasmáticas que podem ser vistas mesmo em células que albergam poucos parasitas. As formas amastigotas geralmente estão envoltas por halo claro e o citoplasma restante adquire aspecto granuloso ou reticular, basófilopelo HE, sendo sempre PAS e Feulgen negativos. Estes dados sugerem que o material basófilo no citoplasma deve ser RNA ribossômico. A periferia dos ninhos que mostram uma "membrana" com reação do PAP para antigenos do T. cruzi fortemente positiva, poderia ser devida a reação cruzada de material celular rechaçado para a periferia ou a difusão de antigenos do T. cruzi e sua adsorção à periferia celular. O material citoplasmático PAP positivo poderia resultar de artefato, de reação imunocitoquimica cruzada, de antigenos tripanossomóticos difundidos ou de antigenos tripanossoma-simile resultantes de interações entre o leiomiócito e o parasita.
Resumo:
Os autores apresentam os resultados do estudo epidemiológico de um caso autóctone da fase aguda da doença de Chagas na ilha do Mosqueiro, Estado do Pará, aproximadamente 75km da capital, Belém. 0 caso já havia sido objeto de uma publicação anterior. Agora são apresentadas informações epidemiológicas. Nas proximidades da casa do paciente foram capturados em duas palmeiras de Inajá ('Maximilian regi ay e em uma de Mucajá (Acrocomia sclerocarpia) 114 triatomÃneos: Rhodnius pictipes, R. robustus, Panstrongylus lignarius, P. geniculatus e Microtriatoma trinidadensis, com tripanossomas em 31 deles. Na casa do paciente foram encontrados exemplares de Rhodnius pictipes, infectados com formas metacÃclicas do Trypanosoma cruzi. Em 14 marsupiais, capturados na localidade, haviam 3 infectados com organismos semelhantes ao T. cruzi. A eletroforese dos isoenzimas nos tripanossomas isolados do paciente, de R. pictipes e de Didelphis marsupialis os classificou como zimodema 1. Os autores concluem que a doença de Chagas do paciente teve origem silvestre.
Resumo:
Os autores descrevem 8 casos autóctones de doença de Chagas ocorridos em Macapá. Os pacientes pertencem a duas famÃlias, residindo em bairros distantes. Apresentaram sintomatologia comum como febre, cefaléia, mal-estar geral. A sorologia resultou positiva com tÃtulos de IgM mais elevados que de IgG em 75% dos casos apresentados. Outros exames especÃficos para a doença foram realizados. Os xenodiag- nósticos foram positivos em 25% dos casos quando foi isolada a cepa de Trypanosoma cruzi. Os autores demonstram ainda que uma das formas infectadas do T. cruzi pertence ao zimodema 3 e sugerem a possibilidade de transmissão "per os".
Resumo:
A new Trypanosoma cruzi stock isolated from a patient in the chronic phase of Chagas' disease with the digestive and cardiac fortn of the disease was characterized by experimental infection in isogenic, susceptible, A/Sn strain mice. Parasitemia curves showed up to 1.7x10(6) parasites/ml and no mortality was observed up to 300 days post infection. Specific IgM was found in mice in the acute phase up to 40 days and also in the chronic phase. IgG antibodies yvere detected in the acute and chronic phase. Histopathology examination demonstrated myotropism to the digestive tract muscle layers and to the heart.
Resumo:
Objetivou-se, com este estudo, evidenciar os sinais clÃnicos e laboratoriais desta enfermidade para auxiliar na caracterização da doença de forma natural na área semi-árida da região nordeste. Foram avaliados 10 cães positivos para Trypanosoma cruzi, identificados mediante análises sorológicas de reação de imunofluorescência indireta (RIFI) e enzyme linked immunosorbent assay (ELISA); análise molecular pela Reação em Cadeia Polimerase (PCR), microscopia direta e hemocultura. Os cães chagásicos foram submetidos à avaliação fÃsica, verificação da pressão arterial, exames eletrocardiográficos, radiográficos, hematológicos (eritrograma e leucograma) e bioquÃmicos (ureia, creatinina, ALT, AST, PT, albumina, globulina, CK, CK-MB e cTnI). O exame fÃsico e os valores das pressões arteriais dos cães apresentaram dentro dos parâmetros de normalidade, enquanto que na eletrocardiografia observou-se FC normal com ritmo sinusal, com exceção de um cão, que apresentou taquicardia sinusal (168 bat/min). No ECG de oito cães houve aumento da duração de P (47±6,5ms) sugestivo de aumento atrial, não confirmado radiograficamente. Foi observado supradesnivelamento do segmento ST em um cão. Nos resultados hematológicos constatou-se trombocitopenia (187,4x10³ ±137,2x10³) e anemia (5,0x10(6) ±1,39x10(6)/uL). Os valores médios da hemoglobina (11±2,7g/dL) e do hematócrito (34±10,5%) estavam abaixo dos limites de normalidade. A série branca apresentou-se dentro dos limites de normalidade, com exceção da eosinofilia observada em três cães. Individualmente, registrou-se em dois cães, leucocitose, linfocitose e neutrofilia. Na avaliação bioquÃmica, registrou-se hiperproteinemia (7,2±0,9g/dL), hipoalbuminemia (2,2±0,4g/dL), hiperglobulinemia (5,1±1,0g/dL) e aumento da CK (196±171U/L). Não houve alteração nas enzimas ALT e AST. A isoenzima CK-MB e o cTnI alteraram somente em três cães. Os cães infectados naturalmente no semiárido nordestino apresentam caracterÃsticas relacionáveis à forma crônica indeterminada, ou seja, cães assintomáticos. A identificação dos cães infectados naturalmente sem caracterÃsticas patognomônicas da doença de Chagas ressalta a importância desta enfermidade no processo diagnóstico com as demais que manifestam perfis inespecÃficos associados ou não à s doenças cardiovasculares.