13 resultados para Prosa lírica
em Scielo Saúde Pública - SP
Resumo:
A new species of South American planorbid snail, Biomphalaria occidentalis, is described. It is indistinguishable from B. tenagophila (Orbigny, 1835), by the characteristics of the shell and of most organs of the genital system. In B. tenagophila there is a pouch on the ventral wall of the vagina (Fig. 4A, vp), absent in B. occidentalis (Fig. 3A), and on the ventral wall of the vagina (Fig. 4A, vp), absent in B. occidentalis (Fig. 3A), and the prepuce is much wider than the penial sheath, its width increasing distalward (Fig. 4, ps,pp), whereas in B. occidentalis the prepuce is wider than the penial sheath but keeps about the same width all along (Fig.3, ps, pp). The two species are biologically separate by absolute reproductive isolation. The geographical distribution of B. occidentalis is shown in Fig. 14. So far it has been found in the Brazilian states of Acre, Amazonas (?), Mato Grosso, Mato Grosso do Sul and Paraná, and in Paraguay. Its type-locality is Campo Grande, state of Mato Grosso do sul, where it was collected from several biotopes related to affluents of the Aquiduana river, chiefly Córrego Prosa and Córrego Ceroula. Specimens were deposited in the following malacological collections: Instituto Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro; Academy of Natural Sciences, Philadelphia; Museum of Zoology, University of Michigan; and British Museum (Natural History).
Resumo:
O propósito da presente investigação foi identificar a percepção dos pacientes que tiveram Síndrome de Fournier (SF) sobre esta afecção, bem como sobre seus cuidadores. Os dados foram coletados através de entrevista com roteiro estruturado e a análise baseada na Análise de Prosa de André. Segundo os entrevistados, a SF causa dor intensa, edema, febre e ferida, necessitando tratamento cirúrgico, curativos e que traz problemas físicos, econômicos e familiares. Sobre seus cuidadores descreveram demonstração de atitudes e comportamentos mais negativos que positivos. A necessidade de melhor treinamento de seus cuidadores tanto nos aspectos cognitivos e psicomotor quanto afetivo, ficou evidente.
Resumo:
Este estudo descritivo e exploratório objetivou descrever e analisar a vulnerabilidade de casais sorodiscordantes ao HIV, e foi realizado em um Serviço Ambulatorial Especializado em aids de um município do estado de São Paulo. Os dados foram coletados através de entrevistas individuais com 11 portadores do HIV/AIDS, que convivem com parceria sabidamente sorodiscordante. Para organização e análise dos dados, empregamos o método de análise de Prosa e o conceito de vulnerabilidade como referencial teórico. A naturalização da infecção do HIV/aids como doença controlável por medicamentos, crença na impossibilidade de transmissão do HIV relacionadas com carga viral indetectável, sentimento de invencibilidade que surge com o tempo de convívio entre o casal, e sua influência na manutenção do sexo seguro são fatores de vulnerabilidade para a parceria sexual soronegativa. Serviços especializados no atendimento a indivíduos com HIV/aids necessitam incluir a parceria sexual nas ações educativas/preventivas promovidas pelos profissionais de saúde.
Resumo:
Este estudo descritivo exploratório e qualitativo objetivou descrever e analisar o impacto da sorodiscordância na vida afetivo-sexual de indivíduos com HIV/AIDS que convivem em parceria heterossexual e soronegativa ao HIV. Foram entrevistados 11 portadores do HIV/AIDS que realizavam acompanhamento clínico ambulatorial em um hospital universitário-referência do interior paulista. Os dados foram coletados através de entrevista individual gravada, e analisados segundo análise de Prosa. A vivência com a sorodiscordância ao HIV/AIDS impõe a esses casais o manejo de muitas dificuldades relacionadas à sua intimidade, diante da possibilidade de transmissão do HIV para o parceiro soronegativo, com impacto negativo na vivência da sexualidade entre parceiros sorodiscordantes, repercutindo em alterações da resposta sexual humana, favorecendo até mesmo a abstinência sexual. Apontamos a necessidade de atendimento por equipes interdisciplinares junto aos portadores do HIV/AIDS, e também de sua parceria sexual, proporcionando assistência integral, contemplando a sexualidade e as dificuldades advindas com a sorodiscordância.
Resumo:
O artigo visa a examinar o tratamento dado ao lírico na obra estética do jovem Lukács. Em A alma e as formas o autor examina a poesia de Stefan George, encontrando nela elementos formais que apontam para o surgimento de um novo lirismo. Tal "forma significativa" possibilita ao autor introduzir uma abordagem do conceito de modernidade, em viés crítico e fenomenológico. Empreendimento que será completado em A teoria do romance, quando a tendência lírica se apresentará exacerbada, contaminando e alterando as configurações dos demais gêneros.
Resumo:
A dificuldade em admitir-se o antropomorfismo dos deuses aparece na Grécia a partir da época arcaica, com os primeiros textos em prosa dos pensadores pré-socráticos. Neste estudo definirei as principais características dessa reflexão crítica sobre os limites do antropomorfismo, bem como a recusa dos intérpretes modernos em aceitar o antropomorfismo grego como uma experiência religiosa autêntica. Alguns fragmentos de Heráclito de Éfeso serão citados como exemplo da sabedoria dos jônios na época arcaica.
Resumo:
Gyges foi o primeiro tirano a reinar na Lídia pela casa dos Mermenadae por volta do séc. VII a. C. Ele foi também o primeiro grande bárbaro com o qual os gregos estabeleceram contato. Seu caráter complexo fez com que se desenvolvessem diversas histórias a seu respeito, sendo a mais famosa aquela que conta a maneira como ele chegou ao poder. Sua fama percorreu o mundo grego e influenciou a poesia lírica de sua época e, posteriormente, a história, a filosofia e a retórica, principalmente no que diz respeito ao seu poder e riqueza. Em Platão, Gyges aparece ligado à narrativa de Glaúcon no Livro II da República (359b-360b), onde este conta os feitos daquele para se tornar o soberano da Lídia. No entanto, uma dificuldade na passagem 359d faz com a identificação direta de Gyges com a narrativa seja prejudicada. Pretendemos através deste trabalho apresentar algumas propostas para a passagem, utilizando-se para isso não só do texto de Platão como das fontes líricas e históricas anteriores a ele.
Resumo:
Montaigne insiste ao longo dos Ensaios em seu desprezo pela retórica. Mas como procuraremos mostrar aqui, sua "forma natural" inscreve-se em grande medida dentro dos termos da própria retórica, sob uma mobilização particular dos preceitos e convenções tradicionalmente apropriados à escrita em primeira pessoa, especialmente aqueles que regulavam o sermo familiaris, gênero recuperado pela primeira vez na Renascença por Petrarca. Retomamos assim, para desenvolvê-la, a fecunda intuição de Hugo Friedrich que, em sua clássica obra sobre os Ensaios de Montaigne, aponta o seu parentesco com a forma epistolar de Petrarca, sem, porém, acompanhá-lo quando distancia o ensaio da epístola familiar, por entendê-lo como marco de ruptura com os procedimentos da retórica e, assim, com toda a prosa artisticamente trabalhada do humanismo.
Resumo:
Este trabalho desenvolve a concordância estética e a diferença política entre Hegel e o jovem Lukács da "Teoria do romance". O jovem autor húngaro se apropria da estrutura conceitual da "Estética" de Hegel, pois entende as formas poéticas em sua relação com o desenvolvimento do conteúdo histórico. Lukács e Hegel concebem, desse modo, as duas formas da grande épica (epopeia e romance) em estreita conexão com o momento histórico que as fundamenta: a Grécia arcaica configurada por Homero e a experiência da fragmentação e da consolidação da subjetividade lírica que a modernidade traz consigo. Não obstante a assunção da herança estética de Hegel, o jovem Lukács se afasta das conclusões positivas de Hegel acerca da modernidade, a saber: da suspensão da liberdade fragmentada e lírica da sociedade civil burguesa pela liberdade objetiva na unidade e totalidade da forma Estado, unidade e totalidade verdadeiramente apreendidas pela forma filosófica. Lukács, ao contrário de Hegel, entende a modernidade a partir do ponto de partida negativo, isto é, não a vê como a consumação da liberdade do homem, mas a compreende como a experiência do sujeito fragmentado e separado das estruturas sociais.
Resumo:
A presença marcante de uma prosa-poética na produção ficcional de Clarice Lispector possibilitou-nos exemplificar algumas noções centrais (tempo vertical e instante poético) na rica e sugestiva reflexão de Gaston Bachelard acerca do universo poético
Resumo:
O texto salienta a importância da sátira lucianesca no pensamento das Luzes, em especial nos textos de Voltaire. Ao mesmo tempo, ele busca criticar a carência de humor na filosofia de nossa época, a partir de uma análise comparativa da prosa iluminista com a fala sibilina das correntes filosóficas irracionalistas, em especial as de Martin Heidegger e de seus epígonos.
Resumo:
A partir de un poema póstumo de Paul Celan, el presente artículo analiza el dictum de Theodor W. Adorno sobre la imposibilidad de la lírica después de Auschwitz y busca determinar el impacto de tal proposición en la obra de Celan. Al mismo tiempo, indaga la recepción de la poesía de Celan en las ideas mismas de Adorno, particularmente en Negative Dialektik y Ästhetische Theorie. Por último, explora las paradojas de cualquier lenguaje poético que pretenda dar cuenta del Holocausto artísticamente.
Resumo:
O presente artigo busca explicitar o conceito de ironia na Teoria do romance. A explicitação do conceito de ironia se desdobrará num desenvolvimento duplo: como exigência normativo-composicional e como radicalização subjetiva que excede a normatividade. No primeiro sentido, a ironia configura subjetivamente uma totalidade na obra épica, partindo da sua fragmentação objetiva nas relações sociais modernas. Nessa acepção, a ironia se apresenta como uma manobra subjetiva a serviço da normatividade épica do romance, pois sua finalidade é harmonizar o ideal subjetivo com a objetividade histórica burguesa. Seu paradigma é representado, neste artigo, por Goethe. O outro sentido pelo qual a ironia romântica aparece é demarcado pela forma extremada da subjetividade. Esta, reconhecendo uma impossibilidade de realização de seu ideal harmônico na modernidade, porque o mundo moderno se lhe apresenta como uma efetividade oposta aos anseios subjetivos, refugia-se na própria interioridade e se distancia do mundo presente, buscando refúgio em tempos e lugares mais propícios à realização poética. Novalis é o modelo dessa ironia radicalizada. Essa forma irônica, ao contrário da "cadência irônica" de Goethe, aniquila a forma romance, uma vez que o aspecto subjetivo da pura reflexão, a lírica, se sobrepõe à objetividade histórica presente que o romance também necessariamente deve encerrar.