5 resultados para Ostrom, Elinor
em Scielo Saúde Pública - SP
Resumo:
Este artigo visa abordar o embate do uso e da conservação dos recursos naturais e de acesso comum, principalmente remanescentes florestais em áreas protegidas. O uso e o manejo desses recursos são temas de diversas teorias, sendo apresentados neste artigo os teóricos Garrett Hardin e Elinor Ostrom. Numa visão antagônica, Garrett Hardin aborda a problemática da coletividade no uso dos recursos, apontando a necessidade de um controle externo para evitar a superexploração, e Elinor Ostrom vê a possibilidade da autonomia da comunidade para o uso sustentável. São contrapontos entre a indução do comportamento por meios coercitivos legais e o controle pela própria comunidade para conservação ambiental. A partir da análise de princípios elencados por Elinor Ostrom é feita a avaliação do desempenho institucional em dois estudos de casos no Parque Estadual da Serra do Mar, nos bairros Cota.
Resumo:
Analisou-se o comportamento da LTA em crianças e adolescentes na faixa etária de 0-15 anos, provenientes das áreas endêmicas de Buriticupu (MA) e Corte de Pedra (BA). Nestas regiões, foram cadastrados 214 pacientes no periodo de 1982 a 1993, sendo 78 (36,4%) oriundos de Corte de Pedra e 136 (63,6%) de Buriticupu. Em Corte de Pedra a faixa etária predominante foi de 0-5 anos com 29 (37,2%) casos. Destes, 62% pertenciam ao sexo masculino. Na região de Buriticupu, 88 (64,7%) casos ocorreram na faixa etária de 11-15 anos, sendo 73,8% do sexo masculino. Nas regiões estudadas, houve predomínio da cor parda com 65,4% em Corte de Pedra, e 75% em Buriticupu. Vinte e seis (33,3%) crianças provenientes de Corte de Pedra eram lavradores, sendo o sexo masculino maioria (57,7%), existindo diferença estatística significante (c2 = 11,21 p = 0,05). Vinte e um (80,8%) casos da ocupação lavrador pertenciam a faixa etária de 11-15 anos. Em Buriticupu 37,5% das crianças eram estudantes, destes 30,2% foram lavradores, todos do sexo masculino (c2 = 32,3 p = 0,05). A maioria dos lavradores, 39 (44,3%) casos eram da faixa etária de 11-15 anos. Tanto em Buriticupu como Corte de Pedra houve predomínio da lesão única, 57,7% e 53,7% dos casos, respectivamente. A duração das lesões destacou-se no período de 1 a 3 meses, com 54 (69,2%) casos em Corte de Pedra e 83 (61%) em Buriticupu (c2 = 11,82 p = 0,05). Quanto a localização das lesões, observou-se que nas duas regiões estudadas os MMII foram predominantes com 58,9% em Corte de Pedra e 77,2% em Buriticupu (c2 = 27,9 p = 0,05), havendo maior ocorrência de lesão ulcerada nas duas regiões. IDRM foi positiva em 61 (78,2%) crianças provenientes de Corte de Pedra, não havendo diferença estatística significativa entre as faixas etárias e a positividade do teste (c2 = 0,0669 p = 0,05).
Resumo:
INTRODUÇÃO: a transmissão vertical constitui a principal via de infecção infantil pelo vírus HIV-1 (vírus da imunodeficiência humana). A presente pesquisa tem como objetivo estudar a evolução clínica e laboratorial de crianças vivendo com HIV/AIDS decorrente da transmissão vertical. MÉTODOS: trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo, realizado a partir da coleta de dados em prontuário médico de todas as crianças atendidas em um Serviço de Assistência Especializada, no período de janeiro de 1998 a junho de 2006. RESULTADOS: foram avaliadas 80 crianças que preencheram critérios de inclusão. Observou-se que em 56 (70%) crianças, o diagnóstico da infecção pelo HIV na mãe deu-se após o parto e que em 44 (55%) o parto foi via vaginal. Amamentação ao seio materno foi documentada em 56 (70%) crianças e esta variou de um mês até mais de 12 meses. A não utilização ou uso incompleto do Protocolo ACTG 076 foi documentado em 63 (78,5%) casos. CONCLUSÕES: os dados observados em nosso estudo são bastante preocupantes e revelam falha na assistência materno-infantil, especialmente voltada para prevenção da transmissão.
Resumo:
Introduction The relationship between severe clinical manifestations of visceral leishmaniasis (VL) and immune response profiles has not yet been clarified, despite numerous studies on the subject. This study aimed to investigate the relationship between cytokine profiles and the presence of immunological markers associated with clinical manifestations and, particularly, signs of severity, as defined in a protocol drafted by the Ministry of Health (Brazil). Methods We conducted a prospective, descriptive study between May 2008 and December 2009. This study was based on an assessment of all pediatric patients with VL who were observed in a reference hospital in Maranhão. Results Among 27 children, 55.5% presented with more than one sign of severity or warning sign. Patients without signs of severity or warning signs and patients with only one warning sign had the highest interferon-gamma (IFN-γ) levels, although their interleukin 10 (IL-10) levels were also elevated. In contrast, patients with the features of severe disease had the lowest IFN-γ levels. Three patients who presented with more than two signs of severe disease died; these patients had undetectable interleukin 2 (IL-2) and IFN-γ levels and low IL-10 levels, which varied between 0 and 36.8pg/mL. Conclusions Our results showed that disease severity was associated with low IFN-γ levels and elevated IL-10 levels. However, further studies with larger samples are needed to better characterize the relationship between disease severity and cytokine levels, with the aim of identifying immunological markers of active-disease severity.
Resumo:
The subclinical form of visceral leishmaniasis (VL) shows nonspecific clinical manifestations, with difficulties being frequently met in its clinical characterization and diagnostic confirmation. Thus, the objective of the present study was to define the clinical-laboratory profile of this clinical form. A cohort study was conducted in the state of Maranhão, Brazil, from January/1998 to December/2000, with monthly follow-up of 784 children aged 0-5 years. Based on the clinical-laboratory parameters reported in the literature, four categories were established, with the children being classified (according to their clinical-evolutive behavior) as asymptomatic (N = 144), as having the subclinical form (N = 33) or the acute form (N = 12) or as subjects "without VL" (N = 595). Multiple discriminant analysis demonstrated that the combination of fever, hepatomegaly, hyperglobulinemia, and increased blood sedimentation rate (BSR) can predict the subclinical form of VL as long as it is not associated with splenomegaly or leukopenia. Subjects with the subclinical form did not show prolonged or intermittent evolution or progression to the acute form of VL. Subclinical cases have a profile differing from the remaining clinical forms of VL, being best characterized by the combination of fever, hepatomegaly, hyperglobulinemia, and increased BSR.