328 resultados para Obesidade Teses
em Scielo Saúde Pública - SP
Resumo:
A Sndrome da apnia/hipopnia obstrutiva do sono (SAHOS) apresenta estreita correlao com a obesidade, porm no est estabelecida uma relao linear de gravidade principalmente em relao aos extremos como na obesidade mrbida. OBJETIVO: Avaliar os achados clnicos e polissonogrficos em pacientes com obesidade classe III e correlacionar esses achados com a presena da SAHOS. MATERIAIS E MTODOS: Foram selecionados consecutivamente 45 pacientes com ndice de massa corprea superior a 40Kg/m2. Todos foram submetidos a anamnese, exame fsico antropomtrico e polissonografia. Os achados foram comparados entre os pacientes com e sem SAHOS. RESULTADOS: 68,9% dos pacientes eram do sexo feminino e 31,1% do masculino. A idade mdia foi de 46,5 DP 10,8 anos, a mdia do IMC foi 49 DP 7Kg/m2 e a mdia da circunferncia cervical foi 43,4 DP 5,1cm. Todos os pacientes eram roncadores habituais e 48,9% tinham queixa de hipersonolncia diurna. Os achados polissonogrficos mostraram que 77,8% apresentaram ndice de apnia/hipopnia superior a cinco. Apresentaram correlao com a presena da SAHOS: idade mais jovem (p=0,02) e maior circunferncia cervical (p=0,004). CONCLUSO: A prevalncia de SAHOS foi elevada, ressaltando a importncia da sua investigao em pacientes referenciados para cirurgia baritrica. O principal marcador da SAHOS foi a circunferncia cervical.
Resumo:
O artigo tem o objetivo de discutir a relao orientador-orientando e suas influncias no processo de produo de teses e dissertaes dos programas de ps-graduao stricto sensu em Contabilidade na cidade de So Paulo. O campo de estudos foi o do ensino e pesquisa em Administrao e Contabilidade. Como abordagem metodolgica foi utilizada a avaliao qualitativa, com coleta de dados por meio de entrevistas estruturadas. Foram entrevistados orientadores e orientandos dos programas de ps-graduao em Contabilidade da USP, PUC-SP e FECAP. Os resultados indicaram que, no processo de escolha, orientadores valorizaram caractersticas tcnicas dos orientandos, enquanto os orientandos enfatizaram as caractersticas afetivas e pessoais dos orientadores. Verificou-se tambm que a atividade de orientao qualifica os orientandos para a autoria e que muitos problemas surgidos durante o processo de construo do trabalho estariam ligados relao orientador-orientando.
Resumo:
Foram estudados dois grupos de gestantes, sendo um de grvidas normais e outro de obesas, com a finalidade de reconhecer algumas caractersticas da evoluo da gravidez, em mulheres obesas, e suas repercusses sobre o concepto. Foram relacionadas as seguintes variveis: status scio-econmico familiar, idade, altura, permetro braquial, peso habitual, nmero de gestaes anteriores, paridade materna, ganho de peso durante a gestao, idade gestacional, intercorrncias durante a gestao, peso ao nascer e vitalidade do recm-nascido. Pelos resultados concluiu-se que as gestantes obesas so diferentes das normais e apresentam maior incidncia de complicaes obsttricas. Os recm-nascidos, filhos de obesas, registraram ndice maior de mortalidade, principalmente no perodo perinatal. Houve maior incidncia de prematuridade e de fetos macrossmicos, sendo a curva de distribuio de peso ao nascer diferente da dos recm-nascidos das gestantes normais. A mdia de peso ao nascer das crianas das gestantes obesas maior que o das normais. Concluiu-se ainda que toda vez que a gestante obesa sofre restrio alimentar, com ganho de peso inadequado, o crescimento intra-uterino afetado; no sendo, portanto, a poca da gravidez a melhor para a obesa perder peso, mas, ao contrrio, ela deveria receber uma orientao alimentar adequada. A obesidade pois um fator de aumento do risco gravdico, que pode afetar tanto a me como o concepto.
Resumo:
Foi estudada a prevalncia de obesidade na populao urbana de 18-74 anos residente em 1987 no Municpio de Araraquara, SP, Brasil, cidade mdia agro industrial de 150.000 habitantes, situada a 250 km a noroeste da Capital do Estado. Foram estudados 1.126 habitantes, 502 do sexo masculino e 624 do feminino, selecionados por uma amostragem equiprobabilstica por conglomerados. A prevalncia de sobrepeso (Quetelet 25-29,9 kg/m) foi de 26,9% para o sexo masculino e de 27,7% para o feminino. A prevalncia de obesidade (Quetelet maior ou igual a 30,0 kg/m) foi de 10,2% para o sexo masculino e de 14,7% para o feminino. Estas percentagens so bastante elevadas quando se as compara com as de pases afluentes anglo-saxes. Discutem-se as causas do fenmeno, j que a cidade um Municpio afluente de economia agroindustrial. Quando se definiram critrios prprios para Araraquara (P85 e P95 do Quetelet para a idade de 20-29 anos por sexo) verificou-se que o padro "magro" para o Municpio mais magro do que o similar norte-americano, o que torna criticvel a extenso de critrios de corte oriundos de outras localidades para regies de caractersticas diferentes.
Resumo:
Foi realizado estudo epidemiolgico sobre os seguintes fatores de risco de doenas cardiovasculares aterosclerticas: dislipidemias, obesidade, hipertenso, diabetes melito e alguns elementos definidores do estilo de vida (sedentarismo, etilismo, tabagismo e hbitos alimentares) em populao pertencente rea Metropolitana de So Paulo. Os objetivos da pesquisa foram os seguintes: a) desenvolver uma linha de base epidemiolgica para o estudo das doenas cardiovasculares aterosclerticas e os fatores de risco representados pelas dislipidemias, obesidades, hipertenso e diabetes melito e de suas relaes com caractersticas pessoais, familiares e sociais; b) encaminhar para tratamento clnico-educativo os indivduos doentes ou portadores de risco. A metodologia empregada a primeira parte de uma srie destinada divulgao dos resultados da pesquisa. Tendo em vista os objetivos, optou-se por se trabalhar integradamente com os centros de sade e associaes comunitrias locais na fase de coleta de dados em campo. Por isso, a metodologia empregada foi a de trabalhar em pequenas reas geogrficas, homogneas do ponto de vista socioeconmico, denominadas "reas de estudo". A caracterizao de grupos sociais foi feita atravs do conceito de classes sociais, operacionalizado por meio de indicadores como renda, escolaridade, ocupao, posio na ocupao, posse de propriedade e respectiva dimenso e emprego de mo-de-obra. Foram estabelecidas as seguintes classes sociais: burguesia, pequena burguesia tradicinal, proletariado e sub-proletariado. Foram realizados inquritos clnicos, bioqumico, alimentar e entrevistas para se obter informaes de carter demogrfico, socioeconmico e de estilo de vida. O inqurito clnico constou de tomada de medidas antropomtricas, presso arterial, eletrocardiograma e informaes sobre antecedentes pessoais e familiares de hipertenso, obesidade, cardiopatias e outras morbidades. O inqurito bioqumico constou da medida dos seguintes constituintes sangneos: colesterol total, HDL colesterol, LDL colesterol, triglicrides, magnsio, glicose, sdio, potssio, clcio e fsforo. O inqurito alimentar envolveu informaes sobre a histria alimentar do indivduo. A interveno clnico -educativa foi feita com a participao de associaes comunitrias e centros de sade, que criaram programas locais de atendimento aos doentes e portadores de risco.
Resumo:
Objetivou-se caracterizar a prevalncia de dislipidemias e outros fatores de risco em grupos populacionais, do Municpio de Cotia, "rea Metropolitana" de So Paulo, Brasil. Os grupos populacionais foram definidos a partir de caractersticas socioeconmicas e de localizao geogrfica no Municpio. Foram abordados os seguintes fatores de risco: hbitos alimentares aterognicos (consumo de protenas de origem animal, gorduras saturadas e de colesterol), tabagismo, etilismo, sedentarismo, dislipidemias, obesidade, hipertenso e diabetes melito. Os resultados encontrados foram os seguintes: 1 - O nmero mdio de fatores de risco foi significantemente maior nos homens (p<0,01), comparado s mulheres, para as faixas etrias menores de 50 anos; entre 50-55 anos as mdias se igualam para ambos os sexos, atingindo o valor mximo aos 60 anos com reduo acentuada aps essa idade, no que se refere aos homens e apresentando um aumento constante e gradativo nas mulheres; 2 - O nmero mdio de fatores de risco aumentam com a idade (p<0,01), para ambos os sexos; 3 - As prevalncias de hipercolesteolemia de "alto risco" mais hipertrigliceridemia foram significantemente maiores nas classes de maior nvel socioeconmicos; 4 - Os perfis lipmicos associados s dislipidemias demonstraram que raramente os desarranjos lipmicos ocorreram com um constituinte isoladamente; 5 - Somando-se as hipercolesterolemias de "alto risco", as "limtrofes acompanhadas de dois ou mais fatores de risco" e as hipertrigliceridemias tm-se que 39,2% dos homens e 32,8% das mulheres, ou seja, 35,4% da populao amostrada necessitaria de imediata interveno clnico-educativa.
Resumo:
INTRODUO: Foi realizado estudo transversal em uma amostra representativa da populao adulta de Pelotas para determinar a prevalncia de obesidade e os fatores a ela associados, tendo em vista o acentuado aumento de excesso de peso no Brasil, entre 1974 e 1989. MATERIAL E MTODO: Foram estudadas 1.035 pessoas com idade entre 20 e 69 anos, residentes na zona urbana do municpio. A obesidade foi definida a partir do ndice de massa corporal (IMC) igual ou superior a 30 kg/m. A anlise multivariada foi realizada considerando um modelo hierrquico das variveis associadas com obesidade em ambos os sexos. RESULTADOS: A prevalncia de obesidade foi de 21% (IC95% 18 - 23), sendo de 25% (IC95% 22 - 29) entre as mulheres e 15% (IC95% 12 - 18) entre os homens. A relao entre as variveis socioeconmicas e a obesidade foi inversa entre as mulheres e direta entre os homens. Entre as mulheres, as variveis que se mantiveram associadas significativamente com obesidade foram: obesidade dos pais, ocorrncia de diabete ou hipertenso, no fumar, menor nmero de refeies dirias e no ter realizado exerccio fsico no lazer durante o ltimo ano. Para os homens somente a ocorrncia de obesidade nos pais e a hipertenso arterial sistmica estiveram significativamente associadas, enquanto a proteo do maior nmero de refeies apresentou uma associao quase significativa (p = 0,07). CONCLUSO: Os resultados indicam que os determinantes de obesidade so diferentes entre os sexos, ocorrendo em maior freqncia entre as mulheres e com o aumento da idade.
Resumo:
OBJETIVO: Analisar a prevalncia da hipertenso, segundo sexo e grupo etrio, em grupamentos sociais, estabelecidos de acordo com critrios socioeconmicos e caracterizadar as prevalncias, segundo tipo de ocupao. MATERIAL E MTODO: A amostra utilizada, formada por 1.041 indivduos de ambos os sexos, maiores de 20 anos, corresponde soma das amostras representativas de "reas de estudo", estabelecidas por critrios socioeconmicos e geogrficos, levando-se em conta a forma de insero do grupo no meio urbano. Foram definidos estratos sociais, obedecendo um gradiente de nveis socioeconmicos, a partir do estrato I (alto) at o IV (baixo). Os padres de referncia utilizados para a definio da hipertenso foram os Joint National Committee (JNC), 140/90 mmHg, e da Organizao Mundial da Sade (OMS), 160/95 mmHg. RESULTADOS: De acordo com os padres do JNC, e da OMS, respectivamente, nos estratos, conforme a idade, as prevalncias foram as seguintes: estrato (I+II), mais ou menos 60 e 47%; estrato III, 50 e 39%; e estrato IV, 55 e 46%. Entre as mulheres os percentuais foram: no estrato (I+II), 40 e 38%; no estrato III, 56 e 48%; e no estrato IV, 55 e 46%. As prevalncias entre os homens pertencentes populao economicamente ativa (PEA), quando classificados segundo tipo de ocupao, tiveram o seguinte comportamento: profissionais autnomos, formados por microempresrio, pequenos comerciantes e profissionais liberais apresentaram uma prevalncia de mais ou menos 60 e 37%; operrios especializados e empregados em indstrias e oficinas, cerca de 47 e 37%; os assalariados do setor de servios, mais ou menos 35 e 14%; os autnomos-diaristas, trabalhadores no especializados e desempregados, cerca de 50 e 40%. Esses diferenciais foram estatiscamente significantes em relao ao conjunto, p<0,05 para o padro JNC, e p<0,005, para o padro OMS. Quando comparados dois a dois os empregados em servios, setor menos atingido pela crise econmica, apresentou prevalncia significativamente menor que os demais (p<0,05). Entre as mulheres, pertencentes e no pertencentes PEA, as prevalncias, segundo o padro da JNC, foram de 39 e 47%, respectivamente (P<0,025). De acordo com o padro da OMS os percentuais foram de 27% para as pertencentes PEA e de 45% para as no pertencentes (P<0,005). CONCLUSO: Os resultados contrariam a hiptese de que a mulher integrada ao mercado de trabalho torna-se mais exposta aos fatores de risco de doenas notransmissveis. Conclui-se, que, nessa populao a hipertenso grave problema de sade pblica, com importante determinao social. Tem peculiaridades prprias no que se refere aos homens e s mulheres.
Resumo:
INTRODUO: A obesidade na adolescncia um fator preditivo da obesidade no adulto. Assim, foram avaliados os fatores associados obesidade e o uso do ndice de massa morporal (IMC). MTODO: Foram avaliados 391 estudantes aferindo-se: consumo de alimentos, hbitos alimentares, caractersticas antropomtricas dos pais e atividade fsica. O IMC foi a varivel dependente utilizada na regresso linear multivariada. RESULTADOS: A prevalncia de sobrepeso foi 23,9% para meninos e 7,2% para meninas. Fazer dieta para emagrecer foi 7 vezes mais freqente entre meninas do que entre meninos com sobrepeso. Nos meninos, idade, uso de dieta, omisso de desjejum, horas de televiso/"vdeo-game" e obesidade familiar apresentaram associao positiva e significante com IMC. Nas meninas, associaram-se positivamente: uso de dieta, omisso de desjejum e obesidade familiar e negativamente idade da menarca. A correlao do IMC com medidas antropomtricas foi maior que 0,7. CONCLUSES: Um padro esttico de magreza parece predominar entre meninas e elas o atingem com hbitos e consumo alimentar inadequados.
Resumo:
OBJETIVO: Estimar a prevalncia e a distribuio social da desnutrio e da obesidade na infncia, estabelecer a tendncia secular dessas enfermidades e analisar sua determinao, com base nos dados coletados por trs inquritos domiciliares, realizados na cidade de So Paulo em 1974/75, 1984/85 e 1995/96. MTODOS: Os trs inquritos estudaram amostras probabilsticas da populao residente na cidade com idades entre zero e 59 meses (1.008 crianas em 1973/74; 1.016 em 1984/85 e 1.280 em 1995/96). O diagnstico da desnutrio foi feito com base nos ndices altura/idade e peso/altura adotando-se, como nvel de corte, dois desvios-padro da mdia esperada para idade e sexo segundo a referncia internacional de crescimento. O diagnstico da obesidade correspondeu a ndices peso/altura, alm de dois desvios-padro da mdia esperada segundo a mesma referncia. O estudo da distribuio social dos eventos de interesse levou em conta tercis da renda familiar per capita em cada um dos inquritos. A estratgia analtica, para estudar os determinantes da tendncia secular dos eventos de interesse, empregou modelos hierrquicos de causalidade, anlises multivariadas de regresso e procedimentos anlogos aos utilizados para calcular riscos atribuveis populacionais. RESULTADOS/CONCLUSES: No perodo de 22 anos coberto pelos trs inquritos, a desnutrio na infncia foi controlada na cidade de So Paulo, tornando-se relativamente rara mesmo entre as famlias mais pobres. O risco de obesidade permaneceu baixo e restrito s crianas pertencentes s famlias mais ricas. Mudanas positivas em determinantes distais (renda familiar e escolaridade materna) e intermedirios (saneamento do meio, acesso a servios de sade e antecedentes reprodutivos) do estado nutricional justificaram parte substancial do declnio da desnutrio observado entre meados das dcadas de 80 e 90.
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OBJETIVO: Investigar variveis potencialmente associadas obesidade abdominal em mulheres em idade reprodutiva. MTODOS: Foram investigadas 781 mulheres a partir de informaes coletadas pela Pesquisa Nutrio e Sade realizada em 1996 no Municpio do Rio de Janeiro. A obesidade abdominal foi definida como circunferncia da cintura (CC) > 80 cm ou como Razo Cintura Quadril (RCQ) > 0,85. A anlise estatstica envolveu o clculo de medidas de tendncia central. A associao entre obesidade abdominal e ndice de Massa Corporal, idade, paridade e uso de tabaco foi testada por meio do clculo do "Odds Ratio" (OR), usando a tcnica de regresso logstica multivariada. RESULTADOS: As maiores freqncias de obesidade abdominal foram observadas em mulheres acima de 35 anos e com dois ou mais filhos (50,7%). Os valores de OR demonstram o efeito da interao entre paridade e idade para CC>80 cm quando controlado apenas o efeito dessas duas variveis. A partir dos modelos de regresso logstica, verificou-se que quando a populao foi estratificada em mulheres com e sem sobrepeso, apenas a escolaridade esteve associada RCQ, enquanto a associao com idade e paridade desapareceu para a CC>80 cm. CONCLUSES: A obesidade abdominal nesse grupo populacional independe da idade e da paridade quando ajustado pelo peso relativo, sendo suas maiores determinantes a adiposidade geral e a escolaridade. Ter maior escolaridade significou possuir uma RCQ menor. fundamental implementar estratgias de preveno para o desenvolvimento da obesidade, cujo enfoque sejam mulheres em idade reprodutiva.
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OBJETIVO: Tem sido sugerido que os indicadores da obesidade centralizada, representados pela relao entre as medidas das circunferncias da cintura e do quadril e pela medida da circunferncia da cintura, expressam distrbios metablicos diferentes. Assim, realizou-se estudo para verificar o potencial diagnstico da relao circunferncia cintura/circunferncia do quadril com fatores sociais, comportamentais e biolgicos, determinantes da obesidade centralizada. MTODOS: Em uma amostra da populao do Municpio de So Paulo, SP, composta por 1.042 pessoas, foram utilizados dois modelos de anlise hierrquica de regresso mltipla para se avaliar as relaes entre os indicadores e os fatores determinantes da obesidade centralizada. Foram realizados trs inquritos (clnico, bioqumico e laboratorial e comportamental), utilizando questionrio padronizado. Para avaliao, foram utilizados os instrumentos: presso arterial, medidas antropomtricas, medida de cintura e medida do quadril. RESULTADOS: A medida de circunferncia da cintura e do quadril (RCQ) mostrou associao significativa com a baixa estatura e foi fortemente relacionada ao nvel socioeconmico, no ocorrendo o mesmo com a CC. A RCQ e a medida de circunferncia da cintura (CC) foram fortemente associadas idade, sexo e sedentarismo. As mulheres tm maior risco de apresentaram obesidade centralizada: OR=5,04 e 7,27, para a RCQ e CC, respectivamente. No que se refere aos distrbios metablicos, a RCQ associou-se significativamente com as alteraes indicativas da sndrome metablica: hipertenso e baixos nveis de HDL-colesterol. A CC associou-se significativamente com a hipertenso isolada. Ambos os indicadores associaram-se intensamente com a presena concomitante de duas ou mais alteraes ligadas sndrome metablica. A CC associou-se hipercolesterolemia, o que no ocorreu com a RCQ. CONCLUSES: A RCQ relacionou-se melhor com os fatores socioeconmicos, risco de desnutrio pregressa e com as alteraes indicativas da sndrome metablica do que a CC, mais associada aos fatores de risco para doenas cardiovasculares aterosclerticas.
Resumo:
OBJETIVO: Avaliar a associao da obesidade com as prticas alimentares e conhecimentos de nutrio em escolares. MTODOS: Peso e estatura foram medidos em 573 crianas de todas as escolas municipais de Dois Irmos e Morro Reuter, RS. Obesidade foi definida como ndice de massa corporal acima do percentil 95, tendo como referncia os dados do National Center for Health Statistics. Prticas alimentares e conhecimentos em nutrio foram avaliados por questionrio auto-aplicado aos escolares. Foi realizada anlise de regresso logstica simples e ajustada para verificar associaes. RESULTADOS: A obesidade mostrou-se associada com menos conhecimento de nutrio e prticas alimentares menos saudveis. Crianas com essas caractersticas apresentaram cinco vezes mais chances de serem obesas (OR=5,3;1,1-24,9). CONCLUSES: O nvel de conhecimento modifica a relao entre obesidade e prticas alimentares, levantando a suspeita de que as crianas que sabem mais sobre nutrio relatam prticas sabidamente mais saudveis e no necessariamente as praticadas. As prticas alimentares menos saudveis, quando considerado o nvel de conhecimento em nutrio dos escolares, foram fortemente associadas obesidade.