15 resultados para Neurite
em Scielo Saúde Pública - SP
Resumo:
A neurite na hanseníase é responsável pelas deformidades e incapacidades. O objetivo desta coorte histórica foi investigar os fatores de risco associados ao tempo até a ocorrência da neurite. Foram acompanhados 595 pacientes, no período de 1993 a 2003. Empregou-se a técnica de tabela de vida e o método de Kaplan-Meier para a curva de sobrevida. Para testar diferenças entre os grupos quanto ao tempo até a ocorrência de neurite, foi usado o log-rank e para estimar as razões de risco, o modelo de regressão de Cox. Pouco mais da metade (54%) da amostra teve neurite, sendo o principal intervalo de tempo de zero a 11,9 meses. O grau de incapacidade na admissão e o índice baciloscópico associaram-se fortemente à ocorrência de neurite, confirmando a necessidade do diagnóstico precoce da hanseníase, bem como do acompanhamento neurológico regular e intervenções adequadas.
Resumo:
Cell migration occurs extensively during mammalian brain development and persists in a few regions in the adult brain. Defective migratory behavior of neurons is thought to be the underlying cause of several congenital disorders. Knowledge of the dynamics and molecular mechanisms of neuronal movement could expand our understanding of the normal development of the nervous system as well as help decipher the pathogenesis of neurological developmental disorders. In our studies we have identified and characterized a specific ganglioside (9-O-acetyl GD3) localized to the membrane of neurons and glial cells that is expressed in regions of cell migration and neurite outgrowth in the developing and adult rat nervous system. In the present article we review our findings that demonstrate the functional role of this molecule in neuronal motility.
Resumo:
Com o objetivo de conhecer o tempo de ingestão freqüente de bebidas alcoólicas (ingestão média de mais de 100 ml de etanol por dia, pelo menos três dias por semana), até o aparecimento de sinais e sintomas de doenças orgânicas conseqüentes ao hábito, estudamos 95 mulheres tratadas entre 1978 e 1982 no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, portadoras de doenças orgânicas associadas ao alcoolismo. Foi feito diagnóstico clínico e laboratorial de cirosse hepática em 32 pacientes, de pancreatite crônica em 13 e de outras doenças (pelagra, desnutrição, neurite periférica e hepatite alcoólica) em 50. Pacientes com apenas sintomas psiquiátricos não foram estudadas. A obtenção das informações ocorreu após alguns dias de tratamento. Em média a idade em que começaram a ter sinais e sintomas das doenças que motivaram a procura de hospital para tratamento foi de 35,30 ± 7,72 anos na pancreatite crônica, 36,53 ± 8,39 anos na cirrose hepática e de 33,90 ± 11,27 anos nas outras doenças. O tempo de ingestão da bebida foi de 15,92 ± 7,15 anos na pancreatite crônica, 14,62 ± 8,70 anos na cirrose hepática e 13,24 ± 9,58 anos nas outras doenças. Antecedentes familiares de alcoolismo estiveram presentes em 64,2% dos casos, geralmente marido ou companheiro. Nenhuma delas tinha outras mulheres na família com problemas de alcoolismo. A média do tempo de alcoolismo para o aparecimento de cirrose hepática nas mulheres (14,62 anos) foi menor do que a encontrada para homens da mesma população (21,10 anos), estudados em trabalhos anteriores.
Resumo:
OBJETIVO:Analisar os fatores preditivos na evolução do grau de incapacidade em pacientes com hanseníase. MÉTODOS:Foram analisados dados de coorte retrospectiva, que acompanhou 595 pacientes com incapacidades, registrados em uma unidade de saúde de Belo Horizonte (MG), de 1993 a 2003. Informações sociodemográficas e clínicas dos pacientes foram coletadas dos respectivos prontuários. Comparou-se o grau de incapacidade na admissão e no final do tratamento por meio do teste de homogeneidade marginal. Para identificar os fatores associados à evolução do grau de incapacidade foram utilizadas as análises univariada (teste qui-quadrado de tendência linear) e multivariada pelo algoritmo Chi-square Automatic Interaction Detector. RESULTADOS:Dos casos com registro de grau de incapacidade na admissão e na alta, observou-se que 43,2% que tinham grau 1 na primeira avaliação evoluíram para grau 0. Dos que apresentavam grau 2, 21,3% passaram a ter grau 0 e 20% passaram a grau 1. Na análise univariada as variáveis que se mostraram estatisticamente associadas à evolução no grau de incapacidade foram: neurite, tempo até a ocorrência de neurite, número de nervos acometidos, tipo de tratamento fisioterápico e maior dose de prednisona. Na análise multivariada, o principal fator que se associou à evolução do grau de incapacidade foi o grau de incapacidade na admissão. CONCLUSÕES:Os resultados mostraram a importância do diagnóstico precoce de neuropatia, assim como da eficiente associação das intervenções medicamentosas e não-medicamentosas por meio das técnicas de prevenção de incapacidade e dosagens adequadas de corticoterapia.
Resumo:
O estudo histológico do plexo nervoso autonômico do coração de ratos albinos, na fase aguda da infecção pelo Trypanosoma cruzi, mostrou ganglionite, periganglionite e neurite de intensidades variáveis. Entretanto, a contagem dos neurônios dos gânglios não revelou redução (denervação) significativa dos mesmos.
Resumo:
Durante o curso da hanseníase, o edema comumente descrito como um sintoma de estados reacionais, pode ocorrer. Tanto o diagnóstico como a terapêutica adequada são, freqüentemente, difíceis de conseguir e assim podem acarretar permanente dano aos membros inferiores. Em um ano de acompanhamento, pacientes hansenianos - 10 multibacilares e 1 paucibacilar -, que foram submetidos a um protocolo clínico para o diagnóstico e classificação histopatológica, apresentaram clinicamente edema, localizado ou sistêmico. Entre estes pacientes, cinco apresentaram simultaneamente outros sintomas de reação, 4 foram classificados como reação Tipo I e um como reação tipo II. Por outro lado, três pacientes não apresentaram reação no momento do diagnóstico, mas desenvolveram alguns aspectos de reação posteriormente (2 tiveram neurite e um teve reação tipo I). Os edemas observados precedendo ou associados a quadros reacionais apresentaram ótima resposta clínica às drogas de ação anti-inflamatória (corticóide, talidomida e pentoxifilina) utilizadas para o tratamento dos estados reacionais, na ausência de qualquer outro tratamento normalmente usado para edema. Embora necessitem ser confirmados por estudos controlados, estes dados sugerem fortemente que mecanismos imunológicos estejam envolvidos na fisiopatologia dos edemas na hanseníase.
Resumo:
O eritema nodoso hansênico é evento inflamatório agudo no curso crônico da hanseníase. É considerado evento de base imunológica e importante causa de morbidade e incapacidade física. Avaliou-se o perfil clínico, sorológico e histopatológico de 58 pacientes com eritema nodoso hansênico recrutados sequencialmente entre julho-dezembro de 2000, em área urbana hiperendêmica do Brasil Central (Estado de Goiás). A metade dos pacientes apresentava quadro reacional grave, e em 66% dos casos o primeiro episódio reacional ocorreu durante tratamento específico. A maioria dos casos com eritema nodoso hansênico e dos controles apresentaram reatividade para IgM anti-PGL I. Os achados histopatológicos mais freqüentes no eritema nodoso hansênico foram infiltrado neutrofílico, paniculite, vasculite e agressão neural. Dos pacientes com eritema nodoso hansênico, 96% usaram corticosteróide sistêmico no primeiro episódio. Os casos de eritema nodoso hansênico estavam associados à neurite e raramente usaram talidomida como medicação isolada nos serviços de saúde.
Resumo:
O episódio reacional tipo 1 ou reação reversa é ocorrência inflamatória aguda que atinge a pele e nervos periféricos, encontrada em até 30% dos pacientes com hanseníase, sendo causa comum de incapacidade física. Fatores de risco associados incluem uso de poliquimioterapia e infecções virais. Neste estudo, foram avaliados 620 pacientes com hanseníase. Reação reversa foi diagnosticada em 121 (19,5%) casos, sendo mais freqüente nos indivíduos borderlines (48%). Início da poliquimioterapia foi considerado fator de risco para reação reversa, com 52% dos casos apresentando o primeiro episódio neste momento. Neurite foi documentada em 73% dos casos. A presença de vírus B ou C da hepatite foi documentada em 9% de 55 pacientes com reação reversa e em nenhum dos 57 pacientes sem reação (p = 0, 026; teste exato de Fisher), sugerindo possível papel destes agentes como fatores de risco para desenvolvimento de reação reversa na hanseníase.
Resumo:
INTRODUÇÃO: As reações são frequentes e importantes no contexto da hanseníase, representando uma significativa parcela de pacientes com incapacidades e submetidos ao retratamento da hanseníase. A caracterização clínico-epidemiológica dos padrões reacionais é primordial para o manejo dos pacientes. O objetivo desse trabalho é descrever as características epidemiológicas e clínicas das reações hansênicas em indivíduos paucibacilares e multibacilares. MÉTODOS: Estudo transversal onde foram avaliados 201 pacientes com história de quadro reacional, atendidos em dois centros de referência para tratamento da hanseníase. Variáveis como baciloscopia inicial, sexo, idade, fototipo, procedência, forma clínica, tipo de tratamento e de reação, índice baciloscópico final e período de surgimento da reação em relação ao tratamento foram avaliados. A análise estatística foi realizada usando-se frequências simples. Para cálculo dos fatores de risco para as formas multibacilares, foram realizadas análises univariada e multivariada. RESULTADOS: Sexo masculino, idade entre 30-44 anos, fototipo V, a forma clínica borderline, tratamento regular, reação tipo I, neurite, presença de 10 a 20 nódulos e surgimento da reação hansênica durante o tratamento foram os achados mais frequentes. CONCLUSÕES: Predominaram os indivíduos do sexo masculino que se associaram a um maior risco de desenvolvimento da forma multibacilar. As reações hansênicas foram mais frequentes durante o tratamento, os pacientes multibacilares foram mais propensos ao retratamento da hanseníase e aqueles com reações tipo I e II, apresentaram maior frequência de neurite, linfadenopatia, artrite e irite do que aqueles com reação isolada.
Resumo:
O complexo heterogêneo de tecidos formado pelo gânglio de Gasser, rete mirabile carotídea e hipófise (GRH) de 199 bovinos foram macro e microscopicamente avaliados. Vinte e um GRH eram de casos confirmados de raiva, 19 com diagnóstico de meningoencefalite por herpesvírus bovino-5 (BoHV-5), 11 casos de febre catarral maligna (FCM), 7 tinham abscesso de pituitária, 17 apresentaram lesões de encefalopatia hepática (status spongiosus) atribuído à fibrose crônica por intoxicação por Senecio sp; e os 124 GRH restantes eram provenientes de bovinos que não apresentaram sinais neurológicos e que morreram ou foram eutanasiados por causas diversas. Nenhuma alteração histológica significativa foi observada no GRH dos 124 bovinos que não tinham sinais neurológicos, nos 17 bovinos com encefalopatia hepática, nem nos 19 bovinos afetados por meningoencefalite por BoHV-5. Alterações inflamatórias foram encontradas em 20 dos 21 casos de raiva e consistiam de proliferação de células satélites, nódulos gliais e infiltrado linfo-plasmocitário; alterações degenerativas incluíam cromatólise central, vacuolização neuronal e necrose neuronal com neuronofagia. Corpúsculos de inclusão eosinofílicos intracitoplasmáticos (de Negri) foram encontrados em 19 dos 21 casos de raiva; neurite do nervo trigêmeo em 11 casos e neuroipofisite em 4 casos. O complexo GRH de 9 de 11 casos de FCM apresentava arterite necrosante, que afetava as artérias da rete mirabile carotídea. Em 7 dos 199 GRH examinados havia abscessos de pituitária caracterizados por agregados de neutrófilos e detritos celulares circundados por infiltrado mononuclear e cápsula fibrosa. Vários achados incidentais foram observados nos 199 GRH examinados histologicamente e não foram correlacionados com alterações ligadas a doenças. Estes incluíam cistos na cavidade hipofisária, agregados de fibrina e neutrófilos no seio cavernoso da rete mirabile carotídea, leve aumento do número de células satélites ao redor dos neurônios do gânglio de Gasser e ocasional vacuolização e lipofuscinose neuronal. O exame histológico do complexo GRH é uma ferramenta importante e confiável no diagnóstico das principais encefalites em bovinos no Brasil.
Resumo:
Leech neurons in culture have provided novel insights into the steps in the formation of neurite outgrowth patterns, target recognition and synapse formation. Identified adult neurons from the central nervous system of the leech can be removed individually and plated in culture under well-controlled conditions, where they retain their characteristic physiological properties, grow neurites and form specific chemical or electrical synapses. Different identified neurons develop distinctive outgrowth patterns that depend on their identities and on the molecular composition of the substrate. On native substrates, the patterns displayed by these neurons reproduce characteristics from the adult or the developing neurons. In addition, the substrate may induce selective directed growth between pairs of neurons that normally make contact in the ganglion. Upon contact, pairs of cultured leech neurons form chemical or electrical synapses, or both types depending on the neuronal identities. Anterograde and retrograde signals during membrane contact and synapse formation modify the distribution of synaptic terminals, calcium currents, and responses to 5-hydroxytryptamine.
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Prions have been extensively studied since they represent a new class of infectious agents in which a protein, PrPsc (prion scrapie), appears to be the sole component of the infectious particle. They are responsible for transmissible spongiform encephalopathies, which affect both humans and animals. The mechanism of disease propagation is well understood and involves the interaction of PrPsc with its cellular isoform (PrPc) and subsequently abnormal structural conversion of the latter. PrPc is a glycoprotein anchored on the cell surface by a glycosylphosphatidylinositol moiety and expressed in most cell types but mainly in neurons. Prion diseases have been associated with the accumulation of the abnormally folded protein and its neurotoxic effects; however, it is not known if PrPc loss of function is an important component. New efforts are addressing this question and trying to characterize the physiological function of PrPc. At least four different mouse strains in which the PrP gene was ablated were generated and the results regarding their phenotype are controversial. Localization of PrPc on the cell membrane makes it a potential candidate for a ligand uptake, cell adhesion and recognition molecule or a membrane signaling molecule. Recent data have shown a potential role for PrPc in the metabolism of copper and moreover that this metal stimulates PrPc endocytosis. Our group has recently demonstrated that PrPc is a high affinity laminin ligand and that this interaction mediates neuronal cell adhesion and neurite extension and maintenance. Moreover, PrPc-caveolin-1 dependent coupling seems to trigger the tyrosine kinase Fyn activation. These data provide the first evidence for PrPc involvement in signal transduction.
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Extracellular matrix (ECM) molecules play important roles in the pathobiology of the major human central nervous system (CNS) inflammatory/demyelinating disease multiple sclerosis (MS). This mini-review highlights some recent work on CNS endothelial cell interactions with vascular basement membrane ECM as part of the cellular immune response, and roles for white matter ECM molecules in demyelination and remyelination in MS lesions. Recent basic and clinical investigations of MS emphasize axonal injury, not only in chronic MS plaques, but also in acute lesions; progressive axonal degeneration in normal-appearing white matter also may contribute to brain and spinal cord atrophy in MS patients. Remodeling of the interstitial white matter ECM molecules that affect axon regeneration, however, is incompletely characterized. Our ongoing immunohistochemical studies demonstrate enhanced ECM versican, a neurite and axon growth-inhibiting white matter ECM proteoglycan, and dermatan sulfate proteoglycans at the edges of inflammatory MS lesions. This suggests that enhanced proteoglycan deposition in the ECM and axonal growth inhibition may occur early and are involved in expansion of active lesions. Decreased ECM proteoglycans and their phagocytosis by macrophages along with myelin in plaque centers imply that there is "injury" to the ECM itself. These results indicate that white matter ECM proteoglycan alterations are integral to MS pathology at all disease stages and that they contribute to a CNS ECM that is inhospitable to axon regrowth/regeneration.
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Proteoglycans are abundant in the developing brain and there is much circumstantial evidence for their roles in directional neuronal movements such as cell body migration and axonal growth. We have developed an in vitro model of astrocyte cultures of the lateral and medial sectors of the embryonic mouse midbrain, that differ in their ability to support neuritic growth of young midbrain neurons, and we have searched for the role of interactive proteins and proteoglycans in this model. Neurite production in co-cultures reveals that, irrespective of the previous location of neurons in the midbrain, medial astrocytes exert an inhibitory or nonpermissive effect on neuritic growth that is correlated to a higher content of both heparan and chondroitin sulfates (HS and CS). Treatment of astrocytes with chondroitinase ABC revealed a growth-promoting effect of CS on lateral glia but treatment with exogenous CS-4 indicated a U-shaped dose-response curve for CS. In contrast, the growth-inhibitory action of medial astrocytes was reversed by exogenous CS-4. Treatment of astrocytes with heparitinase indicated that the growth-inhibitory action of medial astrocytes may depend heavily on HS by an as yet unknown mechanism. The results are discussed in terms of available knowledge on the binding of HS proteoglycans to interactive proteins, with emphasis on the importance of unraveling the physiological functions of glial glycoconjugates for a better understanding of neuron-glial interactions.
Resumo:
Myosin Va is an actin-based, processive molecular motor protein highly enriched in the nervous tissue of vertebrates. It has been associated with processes of cellular motility, which include organelle transport and neurite outgrowth. The in vivo expression of myosin Va protein in the developing nervous system of mammals has not yet been reported. We describe here the immunolocalization of myosin Va in the developing rat hippocampus. Coronal sections of the embryonic and postnatal rat hippocampus were probed with an affinity-purified, polyclonal anti-myosin Va antibody. Myosin Va was localized in the cytoplasm of granule cells in the dentate gyrus and of pyramidal cells in Ammon's horn formation. Myosin Va expression changed during development, being higher in differentiating rather than already differentiated granule and pyramidal cells. Some of these cells presented a typical migratory profile, while others resembled neurons that were in the process of differentiation. Myosin Va was also transiently expressed in fibers present in the fimbria. Myosin Va was not detected in germinative matrices of the hippocampus proper or of the dentate gyrus. In conclusion, myosin Va expression in both granule and pyramidal cells showed both position and time dependency during hippocampal development, indicating that this motor protein is under developmental regulation.