150 resultados para Mimosa tenuiflora
em Scielo Saúde Pública - SP
Resumo:
Este trabalho objetivou determinar algumas caractersticas anatmicas e dimenses de fibras, elementos dos vasos, clulas do parnquima e dos raios da madeira da Mimosa tenuiflora (Willd.) Poir. Determinaram-se, ainda, a frao parede das fibras e o porcentual das fibras, dos vasos, dos raios e das clulas parenquimatosas, bem como a densidade, rendimento e propriedades do carvo vegetal. Conclui-se que a madeira de Mimosa tenuiflora possui poros predominantemente solitrios, geminados e mltiplos em agrupamento radial; poros distribudos em porosidade difusa uniforme; parnquima axial paratraqueal vasicntrico, vasicntrico confluente, aliforme e aliforme confluente; raios multisseriados, bisseriados e, menos freqentemente, unisseriados; e fibras de parede espessa e muito curtas. Obteve-se um rendimento de 39,68% em carvo vegetal, com teor de carbono fixo de 71,70%, densidade igual a 0,51g/cm, carbono fixo de 71,79 e poder calrico de 6.866 cal/g.
Resumo:
Para determinar a teratogenicidade de Mimosa tenuiflora, 15 ovelhas, distribudas em dois grupos, foram introduzidos em rea invadida pela planta. O Grupo 1, com seis ovelhas prenhes, foi introduzido na rea experimental 20 dias aps o acasalamento. O Grupo 2, formado por nove ovelhas no prenhes e um carneiro, foi introduzido na rea experimental no incio do experimento. O experimento comeou no ms de outubro de 2009, perodo de estiagem, quando M. tenuiflora estava sementando. Nesse perodo as plantas foram rebaixadas a 40 cm de altura e os galhos com folhas e sementes foram disponibilizados para os ovinos na mesma rea onde M. tenuiflora foi rebaixada. M. tenuiflora comeou a rebrotar ainda na estao seca antes do perodo de chuvas. No perodo de rebrota, as ovelhas ficavam livres para pastar M. tenuiflora e recebiam concentrado em quantidade equivalente a 1% do peso vivo. Aps as primeiras chuvas, em meados de janeiro do ano seguinte, quando o estrato herbceo apareceu, essas ovelhas foram confinadas em baias, onde M. tenuiflora foi fornecida at o fim do experimento. A cada 15 dias eram realizados exames ultrassonogrficos para acompanhamento da gestao. No Grupo 1, trs ovelhas abortaram, cada uma um feto sem malformaes. Outra ovelha pariu dois cordeiros, um com hiperflexo na articulao inter-falangeana proximal no membro torcico direito e outro sem malformaes. Outra ovelha pariu um cordeiro com hiperflexo dos dois membros plvicos na regio da articulao tarso-metatrsica. No grupo formado pelas ovelhas que foram acasaladas na rea experimental, uma ovelha abortou um feto sem malformaes e cinco pariram cordeiros normais. Trs das ovelhas desse grupo no emprenharam durante todo o perodo experimental, mostrando retornos repetidos ao cio, sugerindo perda embrionria. Trinta e duas ovelhas e um carneiro, que permaneceram numa rea vizinha a rea experimental e foram utilizados como controle, pariram cordeiros normais. Conclui-se que M. tenuiflora, alm de causar malformaes causa, tambm, mortalidade embrionria e abortos em ovelhas.
Resumo:
O excesso de sais e de sdio no solo um dos fatores que mais contribuem para a degradao qumica dos solos de permetros irrigados, em regies ridas e semiridas. Por essa razo, objetivou-se, com este trabalho, avaliar o efeito de corretivos, na recuperao de um solo degradado por excesso de sais e sdio, e o crescimento inicial de cinco arbreas nativas do bioma Caatinga, em solo salino-sdico. Dois experimentos foram conduzidos, em casa de vegetao, no CCTA/UFCG, utilizando-se amostras de um solo salino-sdico. O primeiro experimento constou de cinco tratamentos de correo do solo: sem corretivo, gesso agrcola na dose de 100% da necessidade de gesso (NG), gesso agrcola na dose de 50% NG mais matria orgnica (MO), enxofre elementar (S) na dose de 100% NG e S na dose de 50% NG + MO, com 15 repeties. No segundo experimento, os tratamentos foram constitudos por um esquema fatorial 5 x 5, sendo cinco espcies arbreas: tamboril (Enterolobium contortisiliquum), sabi (Mimosa caelsalpiniifolia), jurema-preta (Mimosa tenuiflora), craibeira (Tabebuia aurea) e pereiro (Aspidosperma pyrifolium) e cinco tratamentos referentes correo do solo do primeiro experimento, com trs repeties. A aplicao de gesso agrcola ou S com ou sem MO melhorou quimicamente o solo salino-sdico estudado, especialmente diminuindo a PST. Estes tratamentos proporcionaram incrementos no crescimento e acmulo de massa de matria seca das espcies arbreas, principalmente jurema-preta, sabi e tamboril, e diminuram o estresse provocado pelo solo salino-sdico sobre as plantas, aumentando a taxa fotossinttica.
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O objetivo deste trabalho foi analisar, por meio de mtodos de anlise de varincia multivariada, o comportamento de 16 espcies de leguminosas arbreas, introduzidas em pastagem estabelecida de Brachiaria decumbens, a partir de mudas pequenas e em presena de animais, em quatro pocas do ano, em Seropdica, RJ. Nove variveis relacionadas ao comprimento e ao nmero de brotos das mudas, antes e aps o pastejo dos animais, foram utilizadas nas avaliaes. As diferenas estatsticas entre as mdias da varivel cannica principal, pelo teste de Scott-Knott, indicaram a formao de quatro agrupamentos, tendo-se destacado o grupo formado pelos tratamentos Mimosa tenuiflora nas 3 e 4 avaliaes. Diferenas entre as mdias dos tratamentos, para cada varivel, calculadas por meio de intervalos de confiana de Bonferroni, mostraram que o maior comprimento e o maior nmero de brotos na muda, aps o pastejo, foram encontrados na M. tenuiflora. Esta leguminosa indicada para ser introduzida, com maior probabilidade de sucesso, nas pastagens de B. decumbens na regio, sem a proteo das mudas e em presena de gado.
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The objective of this work was to compare forage production and quality of thorny and thornless "jurema-preta" (Mimosa tenuiflora (Willd.) Poiret) in a dense planted stand, subjected to annual pruning of fine branches, in Patos, PB, Brazil. The experiment consisted of two treatments (thornless and thorny "jurema-preta") in a complete randomized block design, with ten replicates of two linear plots subdivided in time. Forage mass and chemical composition of fine branches and the basal diameter of plants were measured during five years. Pruning decreased (p<0.05) increments in basal diameter and forage production. Annual dry matter yields reached 4,108 and 5,833 kg ha-1, respectively, for thornless and thorny plants, and forage quality was similar (p>0.05) for both genotypes. This roughage fodder (minimum NDF and ADF averages were 56±1.1% and 43±1.0%, respectively) had low P and K concentrations. Its average crude protein content was greater than 9.9±0.5%, which exceeds the minimum necessary for animal maintenance. Both "jurema-preta" genotypes tolerated pruning of fine branches and contributed with a significant amount of roughage fodder for animal maintenance in the dry season.
Resumo:
Em uma encosta reflorestada h sete anos com leguminosas arbreas (Acacia auriculiformis, A. mangium e Mimosa tenuiflora) em Angra dos Reis, RJ, foi avaliada a composio florstica e fitossociolgica da regenerao natural, comparando-as com as de um fragmento de Mata Secundria situado a 200 m de distncia. Foram considerados os trs teros da encosta, com declividades decrescentes. Em 12 parcelas de 200 m, quatro em cada tero da encosta, foram amostrados 699 indivduos vegetais a partir de 40 cm de altura, distribudos em 25 famlias e 50 espcies. As famlias com maior n de indivduos foram Meliaceae (298), Euphorbiaceae (70), Piperaceae (64) e Lauraceae (41). J as famlias com maior n de espcies foram Solanaceae (7), Melastomataceae (5) e Myrtaceae (5). As leguminosas plantadas no estavam regenerando na prpria rea. A evoluo da sucesso natural apresentou um gradiente de desenvolvimento em razo da menor declividade e menor distncia dos remanescentes florestais, com maior densidade de indivduos e maior riqueza de espcies na rea de menor declividade.
Resumo:
Com o objetivo de avaliar a produo e distribuio de biomassa de algumas espcies arbreas de mltiplo uso em condies de sequeiro do submdio do So Francisco, instalou-se um experimento no Campo Experimental da Caatinga da Embrapa Semi-rido, Municpio de Petrolina, PE. Foram realizadas medies de altura e dimetro altura do peito (DAP) de 16 rvores centrais, em trs parcelas de cada espcie: Leucaena diversifolia, Caesalpinia velutina, Caesalpinia coriaria, Mimosa tenuiflora e Ateleia herbert-smithii. A biomassa foi estimada com base na rvore de altura mdia de cada parcela, avaliando-se, separadamente, cada componente (folhas, galhos, cascas e lenho). A biomassa nos diferentes componentes arbreos das espcies foi distribuda na seguinte ordem: folha<casca<galho<raiz<lenho, excetuando-se A. herbert-smithii, que produziu mais folha do que casca. A produo de biomassa total foi superior em C. velutina (51,6 kg ha-1), seguida por L. diversifolia (36,6 kg ha-1), A. herbert-smithii ( 26,4 kg ha-1), Caesalpinia coriaria (23,0 kg ha-1) e Mimosa tenuiflora (21,6 kg ha-1). Entretanto, a matria seca foliar, que o principal componente forrageiro das espcies, foi maior em C. velutina (3,7 kg ha-1), vindo em seguida A. herbert-smithii (2,8 kg ha-1) e C. coriaria (2,2 kg ha-1), L. diversifolia (2,0 kg ha-1) e M. tenuiflora (1,3 kg ha-1), representando, respectivamente, 7,2; 10,7; 9,5; 5,3; e 6,3% da biomassa total. C. velutina destacou-se por ser a mais produtiva, tanto como madeireira (lenho=30,8 t ha-1) quanto forrageira (folhas = 3,7 t ha-1), enquanto a M. tenuiflora foi a de menor potencial forrageiro.
Resumo:
Os estudos de florstica e fitossociologia contribuem significativamente para o conhecimento das formaes florestais, visto que evidenciam a riqueza e heterogeneidade dos ambientes avaliados. O trabalho foi realizado em um fragmento de Caatinga hipoxerfila no Municpio de Arcoverde, PE, e teve como objetivo verificar a composio florstica e parmetros fitossociolgicos das espcies arbreas e arbustivas que compem o fragmento. O estudo foi realizado em 40 parcelas de 10 x 25 m, sendo o nvel de incluso a circunferncia a 1,3 m do solo com CAP > 10 cm. Foram estimados a densidade absoluta e relativa, a frequncia absoluta e relativa, a dominncia absoluta e relativa e o valor de importncia; a diversidade especfica foi dada pelo ndice de diversidade de Shannon - Weaver (H') e equabilidade de Pielou, sendo determinada a distribuio hipsomtrica em intervalos de 1 m e distribuio diamtrica em intervalos com amplitude de 3 cm. No levantamento florstico das adultas, foram encontrados 1.491 indivduos vivos, distribudos em 36 espcies arbreo-arbustivas, 19 famlias e 31 gneros. As famlias que mais se destacaram foram Mimosaceae, Euphorbiaceae, Anacardiaceae, Caesalpiniaceae e Rhamnaceae. O ndice de diversidade de Shannon-Weaver foi de 2,05 nats/ind. e a equabilidade de Pielou, de 0,57. Nos sete parmetros fitossocilogicos avaliados, as espcies que mais se destacaram foram Mimosa ophthalmocentra, Poincianella pyramidalis, Senegalia bahiensis, Senegalia paniculata, Croton blanchetianus e Mimosa tenuiflora, indicando ser essas espcies as mais bem adaptadas ao ambiente avaliado, tanto nas condies edafoclimticas quanto na competio com as demais espcies presentes no fragmento de Caatinga em Arcoverde, PE.
Resumo:
Este trabalho teve como objetivo avaliar o perfil de decomposio trmica da madeira de oito espcies utilizando as tcnicas de termogravimetria (TGA) e calorimetria diferencial exploratria (DSC), bem como a consistncia desses mtodos para decidir quais espcies devem ser indicadas para produo de energia e carvo vegetal, comparando-os com os rendimentos gravimtricos da carbonizao obtidos a partir de carbonizaes em mufla de laboratrio. Para as anlises por TGA e DSC, amostras de serragem foram aquecidas taxa de 10 C min-1, sob atmosfera de nitrognio, em vazo de 50 ml min-1 at a temperatura final de 600 C. Foram determinados os valores de densidade bsica e poder calorfico superior da madeira. As carbonizaes foram realizadas em mufla de laboratrio taxa de 50 C h-1 at a temperatura mxima de 450 C, obtendo-se os rendimentos em carvo vegetal. Tambm foram determinados os valores de densidade aparente do carvo das oito espcies aps a carbonizao. Os resultados das anlises trmicas indicaram perfis de decomposio piroltica das madeiras e evidenciaram aquelas mais estveis ao trmica. O comportamento da estabilidade trmica das madeiras das oito espcies foi confirmado pela anlise dos rendimentos da carbonizao em mufla, em comparao com a anlise por TGA e DSC. As madeiras de Aspidosperma pyrifolium e Mimosa tenuiflora apresentaram maior estabilidade trmica e, portanto, maiores rendimentos em carvo vegetal, bem como maiores densidades aparentes. As tcnicas de termogravimetria e calorimetria diferencial exploratria so satisfatrias para avaliao da decomposio trmica das madeiras e garantem consistncia na escolha de madeiras que resultam em maior rendimento e maior qualidade do carvo vegetal.
Resumo:
As causas de mortalidade perinatal em ovinos foram estudadas de maro de 2002 a outubro 2004 em 27 fazendas da regio semi-rida da Paraba. De 90 cordeiros necropsiados, 41,1% morreram de infeces neonatais, 23,3% por malformaes, 10% por inanio/hipotermia, 10% por distocia, 2,2% por predao e 4,4% foram abortos sem causa identificada. Em relao ao momento da morte, 4,4% dos cordeiros morreram antes do parto, 10% durante o parto, 30% no primeiro dia de vida, 20% entre o 2 e 5 dia e 35,6% entre o 4 e 28 dia aps o parto. A assistncia das ovelhas durante o parto, a desinfeco do umbigo dos cordeiros, a ingesto de colostro 2 a 6 horas aps o parto, e a manuteno das ovelhas em locais adequados durante e aps o parto contribuiriam para diminuir as mortes perinatais por distocia e infeces neonatais. A alta freqncia de malformaes, em diferentes raas, sugere que esses defeitos sejam causados por uma planta txica. Os principais defeitos observados foram a flexo permanente dos membros anteriores, braquignatismo, fenda palatina e outras alteraes dos ossos da cabea. Recentemente foi demonstrado o efeito teratognico de Mimosa tenuiflora ("jurema-preta"), uma planta muito comum na regio semi-rida, nas reas de caatinga, que aparentemente responsvel pelas malformaes. Os cordeiros mortos por inanio/hipotermia tiveram baixo peso ao nascimento (1,37 0,7kg) o que sugere que a principal causa dessas mortes a deficiente nutrio da me durante o ltimo tero da gestao. Considerando-se que na regio nordeste, na maioria das fazendas, os carneiros permanecem com as ovelhas durante todo o ano, a adoo de uma estao de monta definida contribuiria para a diminuio da mortalidade perinatal.
Resumo:
Foi realizado um levantamento das intoxicaes por plantas em 20 municpios do Serto Paraibano, onde foram entrevistados 50 produtores e 11 mdicos veterinrios. De acordo com o levantamento realizado, Ipomoea asarifolia e Mascagnia rigida so as intoxicaes mais importantes. Indigofera suffruticosa, as plantas cianognicas (Sorghum vulgare, Piptadenia macrocarpa e Manihot spp.), Mimosa tenuiflora, Aspidosperma pyrifolium e Crotalaria retusa so plantas importantes como causa de intoxicaes na regio. Os entrevistados relataram casos espordicos de intoxicao por Ricinus communis, Enterolobium contortisiliquum, Prosopis juliflorae Brachiaria decumbens. Ziziphus joazeiro, Passiflora sp., Caesalpina ferrea e Crescentia cujete foram mencionadas como causa de abortos em ruminantes. Frutos de Crescentia cujete foram administrados a duas cabras prenhes causando mortalidade perinatal e abortos. As cascas de feijo (Phaseolus vulgaris e Vigna unguiculata) e as folhas de Licania rigida (oiticica) so associadas sobrecarga ruminal em bovinos. As frutas de Mangifera indica (manga)e Anacardium occidentale (caj) so responsabilizadas por causarem intoxicao etlica. Dalechampia sp. e Croton sp. foram citadas pelos entrevistados como possveis plantas txicas, que ainda no tiveram sua toxicidade comprovada.
Resumo:
Foi realizado um levantamento dos surtos de intoxicaes por plantas em ruminantes e equinos diagnosticados no Laboratrio de Patologia Veterinria (LPV), do Hospital Veterinrio da Universidade Federal de Campina Grande, Campus de Patos, Paraba, no perodo de 2000-2007. Em bovinos 7,4% dos diagnsticos realizados pelo LPV foram intoxicaes por plantas. Foram diagnosticadas intoxicaes por Centhraterum brachylepis (um surto), Brachiaria spp. (um surto), Crotalaria retusa (dois surtos), Ipomoea batatas (um surto), Marsdenia sp. (um surto), gramneas contendo nitratos e nitritos (um surto por Echinochloa polystachya e dois surtos por Pennisetum purpureum), Palicourea aeneofusca (um surto), Prosopis juliflora (trs surtos), Nerium oleander (um surto) e Mimosa tenuiflora (sete surtos). Na espcie ovina 13% dos diagnsticos foram intoxicaes por plantas. Os surtos foram causados por Ipomoea asarifolia (quatro surtos), Brachiaria spp. (trs surtos), Crotalaria retusa (dois surtos), Tephrosia cinerea (dois surtos), Panicum dichotomiflorum (um surto), Mascagnia rigida (um surto) e malformaes associadas ingesto de Mimosa tenuiflora (20 surtos). Nos caprinos, 6,4% dos diagnsticos corresponderam intoxicao por plantas. Sete surtos foram causados por Mimosa tenuiflora, um por Ipomoea asarifolia, um por Ipomoea carnea, um por Ipomoea riedelli, trs por Prosopis juliflora, um por Arrabidaea corallina, dois por Aspidosperma pyrifolium, dois por Turbina cordata e um por Opuntia ficus-indica. Na espcie equina 14% das doenas diagnosticadas foram devidas a intoxicaes por plantas, sendo 12 surtos por Crotalaria retusa e um por Turbina cordata. As perdas na Paraba por plantas txicas so estimadas em 3.895 bovinos, 8.374 ovinos, 6.390 caprinos e 366 equinos, que representam uma perda econmica anual, por morte de animais, de R$ 2.733.097,00. So relatados alguns aspectos epidemiolgicos, sinais clnicos e patologia de surtos de intoxicao por Crotalaria retusa em bovinos, Brachiaria spp. em ovinos, Prosopis juliflora em bovinos e caprinos, Nerium oleander em bovinos, Opuntia ficus-indica em caprinos e Turbina cordata em equinos e caprinos.
Resumo:
Malformaes congnitas causadas pela ingesto de Mimosa tenuiflora tm sido observadas em ruminantes no semirido do Nordeste Brasileiro. Neste trabalho foram estudadas as malformaes congnitas em ruminantes diagnosticadas entre 2000 e 2008, em municpios da Paraba, Pernambuco e Rio Grande do Norte. Durante o perodo foram recebidos 1.347 materiais de ruminantes para diagnstico, desses 47 (3,48%) foram dignosticados como malformaes congnitas. Com base no tipo de malformao e na procedncia do animal as malformaes foram divididas em: 1) causadas pelo consumo de M. tenuiflora; e 2) malformaes espordicas, sem causa conhecida. De 418 materiais de ovinos, 21 corresponderam a malformaes, sendo 18 (4,3% do total de materiais) de malformaes causadas por M. tenuiflora e 3 (0,71%) de malformaes espordicas. De 434 materiais de bovinos, 14 foram diagnosticados como malformaes, sendo 8 (1,84%) causadas por M. tenuiflora e 6 (1,38%) malformaes espordicas. De 495 materiais de caprinos, 12 apresentaram malformaes, sendo 9 (1,81%) causadas pela ingesto de M. tenuiflora e 3 (0,6%) malformaes espordicas. As principais malformaes causadas por M. tenuiflora foram artrogripose, micrognatia, palatosquise, microftalmia e hipoplasia ou aplasia unilateral ou bilateral dos ossos incisivos. As malformaes espordicas incluiram: acefalia e hermafroditismo, dicefalia e malformaes de vasos intestinais em ovinos; atresia anal em trs caprinos; e hidranencefalia, atresia anal, malformaes de costelas com eventrao, hipoplasia cerebelar e hidrocefalia, coristoma pulmonar e meningocele, e gmeos siameses em bovinos. O caso de hipoplasia cerebelar com hidrocefalia foi negativo pela imuno-histoqumica para o vrus da diarreia viral bovina. Malformaes congnitas causadas por M. tenuiflora ocorreram durante todo o ano. A maior frequncia em ovinos est aparentemente associada ao consumo da planta, na primeira fase da gestao, aps as primeiras chuvas, quando as ovelhas esto sendo suplementadas e a planta o principal volumoso disponvel. As malformaes ocorrem principalmente nas reas mais degradadas, onde existe maior disponibilidade da planta e menor variedade de plantas da caatinga.
Resumo:
As doenas do sistema digestrio de caprinos e ovinos na regio semi-rida do nordeste do Brasil foram avaliadas atravs de um estudo retrospectivo de 2.144 atendimentos de pequenos ruminantes no Hospital Veterinrio da Universidade Federal de Campina Grande, Patos, Paraba, no perodo de janeiro de 2000 a dezembro de 2011. Os registros foram revisados para determinar a ocorrncia e as principais caractersticas clnicas, epidemiolgicas e patolgicas dessas enfermidades. De um total de 512 casos (23,9%) de distrbios digestivos, 367 (71,7%) ocorreram em caprinos e 145 (28,3%) em ovinos. As helmintoses gastrintestinais e a coccidiose foram as doenas mais frequentes, com um total de 330 casos. Os distrbios da cavidade ruminoreticular (acidose, indigesto simples, timpanismo, e compactao ruminal) totalizaram 94 casos. O abomaso foi afetado primria e secundariamente por lceras. Casos de obstruo e compresso do trato gastrointestinal tambm foram observados. Malformaes como atresia anal e fenda palatina foram registradas em ambas as espcies, sendo esta ltima associada ingesto de Mimosa tenuiflora. Entre as doenas infecciosas foram observados cinco casos de ectima contagioso, dois casos de paratuberculose e dois casos de pitiose gastrointestinal. Em sete animais suspeitou-se de enterotoxemia e 31 casos foram diagnosticados como enterite inespecfica. A no utilizao de prticas de controle integrado de parasitas e a utilizao de alimentos inadequados durante o perodo de escassez de forragem contribuiu para a ocorrncia de um grande nmero de doenas. A prtica de conservao de forragens poderia reduzir substancialmente a ocorrncia de distrbios digestivos na regio semirida.
Resumo:
A importncia econmica, epidemiologia e controle das intoxicaes por plantas em animais domsticos no Brasil so revisadas. Com os dados dos laboratrios de diagnstico de diferentes regies do pas, as perdas anuais por mortes de animais foram estimadas em 820.761 a 1.755.763 bovinos, 399.800 a 445.309 ovinos, 52.675 a 63.292 caprinos e 38.559 equinos. No Brasil, atualmente, o nmero de plantas txicas de 131 espcies e 79 gneros e aumenta permanentemente. No entanto, a maioria das perdas so causadas por poucas plantas, incluindo Palicourea marcgravii, Amorimia spp., Senecio spp., Pteridium aquilinum, Ateleia glazioviana e Cestrum laevigatum em bovinos, Brachiaria spp em bovinos e ovinos, Nierembergia veitchii, Mimosa tenuiflora e Ipomoea asarifolia em ovinos, plantas que contm swainsonina (Ipomoea carnea, Turbina cordata e Sida carpinifolia) em caprinos e Brachiaria humidicola e Crotalaria retusa em equinos. Os principais fatores epidemiolgicos relacionados s intoxicaes por plantas incluem palatabilidade, fome, sede, facilitao social, desconhecimento da planta, acesso a plantas txicas, dose txica, perodo de ingesto, variaes de toxicidade e resistncia/susceptibilidade dos animais s intoxicaes. Quanto aos mtodos de controle e profilaxia descrevem-se os resultados obtidos no Brasil com mtodos recentemente desenvolvidos, incluindo controle biolgico, averso alimentar condicionada, utilizao de variedades no txicas de forrageiras, utilizao de animais resistentes s intoxicaes e tcnicas de induo de resistncia.