233 resultados para Música Instrução e estudo
em Scielo Saúde Pública - SP
Resumo:
Este ensaio pretende esboar, de forma introdutria, alguns campos de interesse da etnomusicologia, disciplina, que apesar de percebida durante longo tempo como de natureza hbrida -- ou seja, pertencente musicologia quanto a seus contedos e antropologia quando se trata de seus mtodos de pesquisa -- cresceu consideravelmente nas ltimas dcadas levando constituio de centros de estudos e de pesquisa nas principais universidades americanas e europias, firmando-se, cada vez mais, com expresso prpria tambm no Brasil. Os comentrios sobre o estudo dos instrumentos musicais ao final do texto servem de argumento s imagens que constituem o bloco temtico do caderno de fotografias deste nmero da Revista de Antropologia.
Resumo:
Foi feito um estudo sobre as inter-relaes existentes entre a lactao, fertilidade e variveis scio-econmicas em uma amostra de mulheres do Distrito de So Paulo, Brasil. Constatou-se que o tempo de amamentao rana com a paridade, com a idade e a instrução da mulher e com o gasto mensal da famlia; e tambm existir relao entre o tempo de amamentao e o intervalo entre duas gestaes subsequentes para as mulheres que no usam mtodos anticoncepcionais.
Resumo:
Realizou-se estudo em um hospital infantil do Rio de Janeiro, em crianas hospitalizadas por diarria, no perodo de janeiro/87 a fevereiro/88, com o objetivo de destacar a percepo materna dos sinais e sintomas da desidratao em crianas menores de trs anos de idade, confrontando-a com o diagnstico mdico. Os sinais e sintomas mais identificados pelas mes foram o nmero de evacuaes, nmero de vmitos, estado da sede e dos olhos. As mes tiveram dificuldade em perceber a quantidade de urina, o estado de umidade da boca e lngua e turgor da pele. Identificaram estes sinais quase sempre como normais ou no mximo, moderadamente alterados. As mes que tenderam a subestimar a gravidade da desidratao apontada pelo mdico tem nvel de escolaridade baixo, filhos desnutridos e maior dificuldade de acesso ao hospital. J as que tenderam a superestimar a gravidade, tm melhor nvel de instrução, filhos melhor nutridos, maior facilidade de acesso ao hospital, bem como passaram por um menor nmero de servios de sade antes de chegar ao hospital estudado. As mes que concordaram com o diagnstico mdico classificaram-se em uma situao intermediria, embora se aproximando mais das que subestimaram a gravidade. Aquelas mes que j haviam vivenciado um episdio de desidratao anterior no seu filho no apresentaram maior concordncia com o diagnstico do mdico, mostrando que o repasse de informao no servio de sade foi nulo ou inadequado.
Resumo:
OBJETIVO: Avaliar a cobertura efetiva da deteco da infeco pelo HIV durante a gestao, em mbito nacional. MTODOS: A cobertura efetiva do teste de HIV na gestao foi definida como a proporo de gestantes que teve atendimento pr-natal (pelo menos uma consulta), pedido de teste de HIV e conhecimento do resultado antes do parto, sendo estimada por processo de amostragem, utilizando-se as informaes coletadas no Estudo-Sentinela Parturiente, 2002. As desigualdades da cobertura efetiva foram analisadas por: grande regio; tamanho populacional do municpio de ocorrncia do parto; e grau de instrução da me. RESULTADOS: A cobertura efetiva do teste de HIV durante a gestao foi estimada em 52%. As enormes desigualdades socioespaciais ficaram evidenciadas na comparao entre as regies Nordeste (24%) e Sul (72%); entre parturientes analfabetas (19%) com as que tm o ensino fundamental completo (64%); entre as que realizaram o parto em municpios pequenos (36%) com as que o realizaram em municpios com mais de 500 mil habitantes (66%). As recomendaes do Ministrio da Sade foram atendidas, completamente, por somente 27% parturientes. CONCLUSES: Os resultados estabelecem a necessidade de haver medidas voltadas para maior cobertura da deteco do HIV na gestao, e indicam que os programas do Programa Nacional de DST e Aids e os programas de sade da mulher devem ser intensificados, com estratgias conjuntas entre eles.
Resumo:
OBJETIVOS: Detectar a real prevalncia de hipertenso arterial sistmica em Campo Grande, MS, e fatores freqentes. MTODOS: Estudo transversal com amostra randomizada da populao adulta da cidade de Campo Grande, MS, num total de 892 pessoas. Foi aplicado questionrio sobre idade, sexo, escolaridade, tabagismo, etilismo, aspectos sobre o tratamento. Foram colhidos dados antropomtricos (peso e altura). Segundo a OMS, foi considerado peso normal: IMC<25 kg/m²; sobrepeso: 25>IMC<30; obeso: IMC> 30. Os critrios para hipertenso foram baseados no VII Joint, com valores de corte de Presso Arterial de 140 x 90 mmHg. RESULTADOS: A prevalncia de hipertenso foi de 41,4%, variando conforme idade (at 29 anos: 11,8%; 30-39: 24,8%; 40-49: 43,3%; 50-59: 42,4%; 60-69: 48,6% e > 70: 62,3%). Houve maior prevalncia nos homens (51,8%), enquanto nas mulheres foi de 33,1%. As pessoas com formao escolar de 1 grau primrio tendem a apresentar maiores ndices pressricos. Nos indivduos com sobrepeso e obesidade, observou-se maior prevalncia de presso elevada: IMC normal (27,9%), sobrepeso (45,6%) e obesidade (58,6%). A partir dos 60 anos existe um maior porcentual de hipertenso sistlica isolada, representado por 16,4% (60-69 anos) e de 24,6% (>70 anos). Etilismo dirio ou semanal tambm est relacionado a maior incidncia, respectivamente, de 63,2% e 47,2%. Apenas 59,7% eram sabidamente hipertensos. Das pessoas que apresentaram hipertenso, 57,3% fazem algum tratamento. Dos que fazem tratamento regularmente, 60,5% apresentaram hipertenso. CONCLUSO: A prevalncia de hipertenso foi de 41,4%, ultrapassando a mdia detectada em alguns trabalhos, alertando para piora epidemiolgica e repercusses cardiovasculares, o que evidencia necessidade de maior investimento pblico no que tange ao esclarecimento e instrução desses grupos populacionais quanto preveno.
Resumo:
Estudo qualitativo que analisou a percepo dos msicos sobre a atividade musical junto a idosos institucionalizados (Portugal e Frana). Empregaram-se um questionrio e o Discurso do Sujeito Coletivo para organizao dos dados. Os msicos percebem sua atuao como uma experincia relacional; buscam intencionalmente a proximidade e a comunicao; reconhecem a realidade dos idosos institucionalizados e desejam transform-la; apresentam algumas dificuldades de comunicao interpessoal, de aprimoramento profissional e adotam critrios musicais, pessoais e intuitivos na escolha do repertrio. Os resultados indicam o comprometimento social, humano e profissional dos msicos analisados e podem ser utilizados como fonte de reflexo aos profissionais de sade.
Resumo:
A música tem sido aplicada para o equilbrio de energias alteradas pelo stress do mundo moderno. Este estudo objetivou verificar o efeito da música no trabalho de parto e no recm-nascido, quando submetido s mesmas melodias ouvidas por suas mes na gestao. Gestantes, usurias de Unidades Bsicas de Sade, foram submetidas a sesses de sensibilizao musical a partir do quinto ms de gestao. Durante o trabalho de parto, a parturiente foi submetida s melodias selecionadas por ela, com interrupes de 30 minutos a cada duas horas. Os dados foram coletados em trs entrevistas realizadas aps o parto, em diferentes momentos, e o discurso obtido foi analisado qualitativamente. Constatou-se, pelo contedo das falas, que a música minimizou os desconfortos do trabalho de parto e facilitou a adaptao do beb nos primeiros meses de vida.
Resumo:
Estudo qualitativo que utilizou a estratgia metodolgica do estudo de casos mltipos e a fenomenologia existencial heideggeriana para analisar os dados. O objetivo foi compreender como os familiares percebem a influncia das vivncias musicais na sade fsica e mental de um familiar que experiencia a terminalidade. Os dados foram coletados junto a sete indivduos pertencentes a duas famlias por meio de entrevista e observao em maio e junho de 2009. Os resultados mostraram que a utilizao da música no cuidado dos seres que vivenciam o cncer pode proporcionar bem-estar aos pacientes e cuidadores. Considerando-se o dficit de lazer e a monotonia do ambiente domiciliar, a utilizao da música contempla os preceitos filosficos e humanitrios dos cuidados paliativos, caracterizando-se como um recurso complementar no cuidado de enfermagem, pois alm de constituir um recurso de comunicao, promove melhor relacionamento interpessoal entre o doente e sua famlia.
Resumo:
O presente estudo prope-se questionar a alegada musicofobia de Kant comparando-a com a bem conhecida musicofilia de Nietzsche. A partir da anlise das consideraes, primeira vista to dspares, de ambos os filsofos sobre a música, procurar-se- mostrar que tal disparidade apenas aparente, pois, quer para Kant, quer para Nietzsche, a experincia de ouvir música relaciona-se de modo profundo com a experincia de pensar.
Resumo:
O carcinoma epidermide da laringe a sexta neoplasia mais comum, sendo uma das neoplasias malignas mais freqentes na cabea e pescoo, ocupando o segundo lugar imediatamente aps o cncer da cavidade oral. FORMA DE ESTUDO: Estudo clnico retrospectivo. MATERIAL E MTODO: Entre os anos de 1991 e 2003, 24 pacientes portadores de leses glticas envolvendo a comissura anterior foram submetidos a laringectomia frontal anterior com epiglotoplastia descrita por Tucker e colaboradores no ano de 1979. RESULTADO: Nossos resultados confirmam aqueles encontrados em outras publicaes. No ocorreram mortes no ps-operatrio e o seguimento foi relativamente simples. Todos os pacientes foram decanulizados e recuperaram um efetivo trato digestivo e areo. CONCLUSO: Nossos achados mostram que a laringectomia pela tcnica de Tucker uma cirurgia efetiva para o tratamento dos carcinomas glticos que acometem a comissura anterior e a poro membranosa das cordas vocais com a motilidade preservada, pois tais leses no devem ser tratadas pela resseco endoscpica trans-oral ou por uma laringectomia fronto lateral.
Resumo:
Em funo do processo de envelhecimento, surge a perda auditiva, conhecida como presbiacusia que, alm da perda auditiva, acompanhada por um declnio do funcionamento auditivo. OBJETIVO: caracterizar o aspecto da interao de sons verbais e no-verbais em idosos com e sem perda auditiva por meio dos testes de Localizao Sonora em Cinco Direes, Fuso Binaural e do Teste Peditrico de Inteligibilidade de Fala em escuta Montica (Pediatric Sentence Identification - PSI-MCI), levando em conta cada procedimento e o grau da perda auditiva. FORMA DE ESTUDO: Estudo clnico com coorte transversal. MATERIAL E MTODO: 110 idosos, na faixa etria dos 60 a 85 anos com audio normal ou com perda auditiva neurossensorial de grau at moderadamente-severo simtrica foram includos neste estudo. O comportamento auditivo comum a todos os testes selecionados foi denominado de interao. A anlise foi feita por procedimento isolado e pelo grau da perda auditiva. RESULTADOS: Ocorreram mais indivduos com inabilidade no teste de Fuso Binaural. Os procedimentos que apresentaram uma dependncia estatisticamente significante com o grau da perda auditiva foram o teste de Localizao Sonora e PSI-MCI (-10). CONCLUSO: Idosos apresentam dificuldade no processo de interao binaural quando a informao auditiva no est completa. O grau da perda auditiva interferiu principalmente no comportamentos auditivo de localizao.
Resumo:
A Otite Externa Aguda uma doena extremamente comum em pases tropicais, especialmente no vero. Vrios fatores predisponentes so identificveis e o quadro clnico pode ser bastante variado, principalmente com relao intensidade da otalgia. OBJETIVO: Avaliar, atravs de um estudo prospectivo no maior hospital de Emergncias do Rio de Janeiro, a incidncia e as caractersticas da otite externa no perodo de vero. FORMA DE ESTUDO: Estudo clnico com coorte transversal. MATERIAL E MTODO: 391 pacientes com otite externa atendidos no Servio de ORL do Hospital Souza Aguiar foram avaliados em uma srie de parmetros clnicos e de tratamento, incluindo anlise de possveis fatores predisponentes. RESULTADOS: Os principais sintomas referidos foram otalgia, otorria discreta e plenitude auricular. Os principais fatores predisponentes foram banho de mar e piscina e uso de cotonetes. CONCLUSO: A otite externa aguda uma doena extremamente comum em pases tropicais, especialmente no vero. A possvel contaminao da gua de praias e piscinas, embora descartada por vrios autores como fatores predisponentes, pode ter alguma influncia na sua patognese.
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Tonsilectomia a cirurgia realizada com maior frequncia na clnica otorrinolaringolgica. As modificaes e as evolues da tcnica ocorrem no sentido de simplificar o procedimento e minimizar as complicaes. O bisturi harmnico (Ultracision) comeou a ser utilizado na Otorrinolaringologia em 1999 para tonsilectomia com bons resultados. OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi comparar o tempo cirrgico, sangramento e hemostasia trans-operatrios, dor ps-operatria, aspecto cicatricial da loja tonsilar e intercorrncias no trans e ps-operatrio em pacientes submetidos a tonsilectomia pela tcnica tradicional com lmina fria e pela tcnica utilizando lmina cirrgica em ganchos de coagulao Ultracision. FORMA DE ESTUDO: Coorte transversal. CASUSTICA E MTODO: Vinte e seis pacientes foram submetidos a tonsilectomia: 13 pela tcnica tradicional com bisturi de lmina fria e 13 pela tcnica com Ultracision, avaliando os parmetros previamente estabelecidos atravs de um protocolo padro. Os pacientes foram submetidos a uma anlise da intensidade da dor atravs da escala analgica visual horizontal. RESULTADOS: O tempo cirrgico foi estatisticamente menor na cirurgia realizada pela tcnica com o bisturi harmnico comparada com a tcnica tradicional. O percentual de pontos dados na loja tonsilar tambm mostrou-se mais baixo do que pela tcnica tradicional. No houve diferena significativa em relao ao padro de dor e a evoluo ps-operatria do aspecto cicatricial da loja. CONCLUSO: O bisturi harmnico mostrou ser um excelente recurso para a realizao de cirurgias onde o tempo cirrgico e o sangramento trans-operatrio so de grande importncia.
Resumo:
Manter uma boa sade depende, entre outros fatores, de um fluxo salivar adequado1-3. Os danos causados por obstruo, traumas ou remoo cirrgica das glndulas salivares podero acarretar alterao na produo salivar. Qualquer diminuio no fluxo salivar trar conseqncias danosas ao organismo. Desenvolveu-se este trabalho com o objetivo de aprofundar o conhecimento nos mecanismos que envolvem a regenerao da Glndula Submandibular (GSM) de ratos submetida exciso parcial de um de seus lobos. FORMA DE ESTUDO: Experimental. MATERIAL E MTODO: Foram utilizadas lminas referentes ao desenvolvimento glandular de ratos aos 15, 16, 17, 18 e 19 dias de vida fetal, e 20 ratos machos de 30 ou 60 dias. Aps conveniente anestesia foi removido o tero inferior do lobo esquerdo da GSM de cada animal. Aps a remoo, foram deixados a se recuperar por 2, 3, 7 e 15 dias. Nestes tempos determinados foram eutanaziados, as glndulas removidas, fixadas em Methacarn, includas em parafina, e cortes de 5 m efetuados. Foi realizada colorao ou com hematoxilina/eosina ou com cido Peridico Reativo de Schiff (PAS). RESULTADOS: Observou-se que o processo regenerativo se instalou precocemente e em todos os espcimes estudados. Foi semelhante ao aspecto verificado no desenvolvimento glandular normal e mais acentuado no rato de 30 dias. A citodiferenciao representada pela marcao das mucinas neutras pelo PAS foi discreta inicialmente, logo aps atingindo sua produo mxima, ento finalmente reduzindo a expresso, sendo mudada a sua localizao inicial. CONCLUSO: Baseados nos resultados obtidos, concluiu-se que o processo regenerativo da GSM de ratos excisada estvel, permanente e gradual, seguindo etapas definidas.
Resumo:
Durante o perodo pr-menstrual comum a ocorrncia de disfonia, e so poucas as mulheres que se do conta dessa variao da voz dentro do ciclo menstrual (Quinteiro, 1989). OBJETIVO: Verificar se h diferena no padro vocal de mulheres no perodo de ovulao em relao ao primeiro dia do ciclo menstrual, utilizando-se da anlise perceptivo-auditiva, da espectrografia, dos parmetros acsticos e quando esta diferena est presente, se percebida pelas mulheres. FORMA DE ESTUDO: Caso-controle. MATERIAL E MTODO: A amostra coletada foi de 30 estudantes de Fonoaudiologia, na faixa etria de 18 a 25 anos, no-fumantes, com ciclo menstrual regular e sem o uso de contraceptivo oral. As vozes foram gravadas no primeiro dia de menstruao e no dcimo-terceiro dia ps-menstruao (ovulao), para posterior comparao. RESULTADOS: Observou-se durante o perodo menstrual que as vozes esto rouco-soprosa de grau leve a moderado, instveis, sem a presena de quebra de sonoridade, com pitch e loudness adequados e ressonncia equilibrada. H pior qualidade de definio dos harmnicos, maior quantidade de rudo entre eles e menor extenso dos harmnicos superiores. Encontramos uma f0 mais aguda, jitter e shimmer aumentados e PHR diminuda. CONCLUSO: No perodo menstrual h mudanas na qualidade vocal, no comportamento dos harmnicos e nos parmetros vocais (f0,jitter, shimmer e PHR). Alm disso, a maioria das estudantes de Fonoaudiologia no percebeu a variao da voz durante o ciclo menstrual.
