410 resultados para Lesão periférica de células gigantes. RANK
em Scielo Saúde Pública - SP
Resumo:
O granuloma reparador de células gigantes é lesão óssea rara, correspondendo a cerca de 7% de todos os tumores ósseos benignos da mandíbula, com maior incidência no sexo feminino. Embora seja considerada resposta a um trauma, este antecedente nem sempre está presente. O aspecto radiológico característico é de lesão lítica, uni ou multiloculada, com afilamento da cortical, podendo apresentar calcificações no seu interior. Neste trabalho relatamos os aspectos clínicos e radiológicos de cinco casos de granuloma reparador de células gigantes envolvendo a mandíbula e o maxilar, e as principais características que permitem o diagnóstico diferencial com outras lesões fibro-ósseas que acometem a face.
Resumo:
OBJETIVO: Analisar os aspectos clínicos e radiográficos em pacientes com diagnóstico de tumor de células gigantes ósseo, confirmado por histopatologia. MATERIAIS E MÉTODOS: Os dados clínicos e radiológicos (quando disponíveis) de 115 pacientes com diagnóstico de tumor de células gigantes ósseo foram analisados no presente estudo. RESULTADOS: Dos casos avaliados, 57,4% (66) eram do sexo feminino e 80% (92) eram da raça branca. A média de idade dos pacientes foi de 30 anos e a topografia mais freqüente das lesões foi a metáfise distal do fêmur, em 22,6% (26) dos casos. O aspecto radiográfico mais comum foi o de lesão puramente lítica, em 63,7% (51) dos casos. CONCLUSÃO: O tumor de células gigantes é uma neoplasia óssea relativamente comum, com predomínio em indivíduos da raça branca e com aspecto radiológico bem definido.
Resumo:
O tumor de células gigantes é a sexta neoplasia óssea primária mais comum. Acomete a metáfise de ossos longos, sendo mais comum em adultos jovens. Na radiologia mostra-se como lesão lítica, excêntrica e de limites definidos. Os autores relatam um caso de tumor de células gigantes benigno em paciente que apresentou metástases pulmonares cinco anos após a retirada do tumor primário.
Resumo:
O granuloma reparativo de células gigantes é um tumor ósseo não-neoplásico incomum que representa menos que 7% dos tumores mandibulares, sua localização mais freqüente. Porém, já foi descrito em seios paranasais, ossos temporais e órbita. O presente trabalho descreve um paciente com granuloma reparativo de células gigantes em seios maxilar e etmoidal, comprometendo também, em menor extensão, os seios esfenoidal e frontal, e um outro paciente com acometimento circunscrito ao seio maxilar. Clinicamente, apresentam-se com proptose acentuada e macromala unilaterais, respectivamente. Os achados clínicos, tomográficos, histopatológicos e terapêuticos são descritos, ao lado de uma revisão da literatura com ênfase no diagnóstico diferencial, sobretudo com o tumor de células gigantes.
Resumo:
Arterite de Células Gigantes (ACG) é uma vasculite sistêmica, granulomatosa, mediada por fatores imunitários, envolvendo artérias de grande e médio calibre e afetando preferencialmente idosos. A morte decorrente da ACG é rara e resulta principalmente da ruptura da aorta. Neste trabalho é relatado o caso de paciente de 83 anos, que faleceu inesperadamente, durante tratamento de ACG. A necropsia revelou envolvimento inflamatório das artérias coronárias, com trombose da artéria descendente anterior esquerda, infarto do miocárdio, ruptura da parede anterior do ventrículo esquerdo, hemopericárdio e tamponamento cardíaco. Infarto do miocárdio determinando morte súbita é uma complicação excepcional da ACG.
Resumo:
OBJETIVO: Este estudo teve como objetivo avaliar os principais aspectos radiográficos e epidemiológicos das lesões de células gigantes (granulomas centrais de células gigantes e tumores marrons do hiperparatireoidismo). MATERIAIS E MÉTODOS: A amostra consistiu de 26 lesões de células gigantes diagnosticadas em 22 pacientes divididos em dois grupos, um deles composto por 17 pacientes que não tinham hiperparatireoidismo (grupo A) e o outro formado por cinco pacientes portadores de tal distúrbio (grupo B). RESULTADOS: O sexo feminino (72,7%) foi o mais acometido. As lesões ocorreram mais freqüentemente na segunda década de vida, com média de idade de 27 anos. A mandíbula (61,5%) foi o arco mais envolvido. Radiograficamente, 57,7% das lesões eram multiloculares e 42,3% eram uniloculares com limites definidos. Todas as 26 lesões provocaram expansão óssea, 15,4% produziram reabsorção radicular, 50% causaram deslocamento dentário e 11,5% produziram dor. Na mandíbula, 18,7% das lesões cruzavam a linha média. O grupo A apresentou 66,7% das lesões na mandíbula e o grupo B mostrou igualdade na distribuição das lesões entre os arcos. O grupo A apresentou 66,7% das lesões multiloculares e 33,3%, uniloculares. O grupo B apresentou 62,5% das lesões uniloculares e 37,5%, multiloculares. CONCLUSÃO: As lesões de células gigantes podem manifestar-se, radiograficamente, com um amplo espectro, desde pequenas lesões uniloculares de crescimento lento até extensas lesões multiloculares. Elas apresentam características de benignidade, embora algumas lesões possam demonstrar um comportamento localmente agressivo.
Resumo:
Os autores apresentam 69 casos de afecções respiratórias em crianças que atribuem a agentes não bacterianos, provavelmente virais. Usam para isto um critério clínico, outro morfológico, em uma revisão de 372 pneumopatias infecciosas em casos de autópsias. Caracterizaram morfologicamente a resposta à agressão viral pela presença de: infiltrado mononuclear intersticial, predominantemente peribronquilar; alterações degenerativas ou mesmo necrose e hiperplasia do epitélio respiratório; membrana hialina; descamação epitelial; células gigantes sinciciais alveolares e bronquiolares; inclusões nucleares e citoplasmáticas; edema proteináceo alveolar e septal, proliferação intersticial conjuntiva incipiente. Criticam o erro por excesso de diagnósticos de "pneumonia mononuclear intesticial" e o erro por falta quando o acometimento bacteriano dificulta o diagnóstico de lesão atribuível a vírus. Além disso realçam a importância de achado de bonquiolite aguda como fundamental para o diagnóstico. Estas lesões - ao lado de achados clínicos-radiológicos e epidemiológicos - cosntituem o que a experiência adquirida julga como reação do pulmão a vários vírus conhecidos (Adenovírus, Influenza, Parainfluenza, Vírus Sincicial Respiratório e Sarampo).
Resumo:
O carcinoma renal sarcomatóide é uma neoplasia agressiva cujas características clínicas e radiológicas são similares às do carcinoma de células renais convencionais (células claras). O tumor é composto por camadas de células fusiformes malignas com aspectos imuno-histoquímicos e ultra-estruturais de células epiteliais e estromais, também podendo conter áreas mixóides de células gigantes osteoclasto-símile, células pleomórficas rabdomioblasto-símile, bem como outros componentes sarcomatóides raros. Os autores relatam um caso de carcinoma renal sarcomatóide em paciente do sexo masculino, com 54 anos de idade, apresentando a clássica tríade clínica do carcinoma de células renais. Ressaltam, também, as características macroscópicas e microscópicas típicas da lesão, e discutem os achados dos métodos de imagem e seu diagnóstico diferencial com sarcomas renais verdadeiros.
Resumo:
Descrevem-se os achados clínicos e patológicos da paratuberculose em uma criação intensiva de bovinos de leite no município de Capela de Santana, RS. Sinais clínicos foram observados em oito de um total de 345 bovinos e consistiam em diarréia crônica refratária ao tratamento, emagrecimento progressivo e queda da produção de leite. As principais lesões macroscópicas, observadas nos oito animais eutanasiados e necropsiados, incluíam intestino delgado com acentuado espessamento da parede e superfície mucosa de aspecto reticulado, semelhante às circunvoluções cerebrais, lesão essa perceptível através da serosa. A luz intestinal estava preenchida por conteúdo fluido e de aspecto leitoso. Os vasos linfáticos do mesentério mostravam-se mais evidentes, sendo que alguns tinham aspecto varicoso. Os linfonodos mesentéricos estavam aumentados de volume e, ao corte, fluía grande quantidade de líquido leitoso. Focos de mineralização foram observados na íntima das artérias, nas válvulas cardíacas e na serosa do rúmen. Havia também edema das dobras do abomaso e do mesentério e atrofia do lobo caudado do fígado. As principais lesões microscópicas incluíam enterite, linfadenite e linfangite granulomatosas que se caracterizavam por infiltrado inflamatório composto por macrófagos, células epitelióides e células gigantes de Langhans que continham grande quantidade de bacilos álcool-ácido resistentes. As lesões vasculares consistiam em degeneração e mineralização das túnicas íntima e média das artérias de grande calibre associadas à proliferação de colágeno. Havia calcificação da serosa do rúmen, atrofia hepatocelular difusa e hepatite granulomatosa multifocal. Mycobacterium paratuberculosis foi cultivado em meio de Herrold enriquecido com micobactina a partir de raspados do intestino em todas as oito amostras enviadas para exame bacteriológico.
Resumo:
Este trabalho teve como objetivo determinar a prevalência e distribuição de lesões da linfadenite caseosa em ovinos deslanados abatidos no município de Mulungu, Paraíba. Dos 1466 ovinos abatidos, 236 (15,9%) apresentaram lesões macroscópicas semelhantes à linfadenite caseosa. A prevalência foi maior em fêmeas, 17.9% (135/754) que em machos, 13,8% (101/732). As principais lesões estavam localizadas nos linfonodos pré-escapulares em 36,3% (97/268) dos ovinos, nos parotídeos em 22,4% (60/268) e no pré-crural em 20,9% (56/268). Somente 70 (26,1%) de um total de 268 lesões foram detectadas no exame ante mortem. Foram encontradas lesões em todos os lotes provenientes de diversos municípios da Paraíba, Pernambuco e Bahia. Das 51 amostras em que foi feito o cultivo bacteriológico, em 74,5% (43/51) foi isolado Corynebacterium pseudotuberculosis. Em 7,8% (4/51) foi isolado Staphylococcus aureus, em 2% (1/51) Escherichia coli e 5,9% (3/51) amostras foram negativas. No exame histológico, em 11 linfonodos havia lesões da linfadenite caseosa caracterizadas por área de necrose central formada por lamelas concêntricas, com presença de grandes colônias bacterianas e focos de mineralização, rodeada por uma faixa de infiltrado inflamatório com macrófagos epitelióides e poucos neutrófilos. Na camada adjacente observaram-se linfócitos e plasmócitos e toda a lesão era delimitada por tecido conjuntivo fibroso. Nas outras 32 amostras foram observadas a maioria, mas não todas as lesões características da doença. Em 21 amostras foram encontradas células gigantes. As lesões histológicas dos linfonodos que foi isolado S. aureus foram semelhantes as da linfadenite caseosa. Conclui-se que as lesões histológicas de linfadenite caseosa são características, mas não patognomônicas, pois podem ser confundidas com lesões causadas por outros organismos piógenos e com tuberculose; portanto o isolamento bacteriológico é imprescindível para o diagnóstico definitivo da linfadenite caseosa.
Resumo:
Lesões exacerbadas à vacina contra a febre aftosa foram observadas em 1.815 de um total de 5.000 bovinos abatidos em frigorífico com inspeção federal. Essas lesões resultaram na condenação de parte das carcaças de acordo com o Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal. Os bovinos haviam sido vacinados em maio de 2012 e abatidos em setembro do mesmo ano e divididos em Lotes 1 e 2 constituídos respectivamente por 1.500 e 315 bovinos. As lesões de reação vacinal eram caracterizadas por nódulos protuberantes, circunscritos, bem delimitados, firmes e de tamanhos variáveis, distribuídos multifocalmente na musculatura do aspecto lateral do pescoço; ao corte apresentavam exsudato purulento. Amostras da lesão de 28 bovinos foram avaliadas histologicamente e os principais achados foram piogranulomas com espaços claros circulares de tamanhos variados no centro, circundados por intenso infiltrado de neutrófilos íntegros e necróticos, circundados por macrófagos epitelioides com citoplasma vacuolizado, ocasionais células gigantes multinucleadas e, mais externamente, por abundante tecido conjuntivo em meio observavam-se linfócitos e plasmócitos. Culturas bacterianas realizadas em amostras do exsudato da lesão de seis bovinos resultaram negativas. Quando as carcaças afetadas foram submetidas ao toalete foi retirado em média 1,8 e 2,0 kg de músculo da área afetada, respectivamente dos Lotes 1 e 2. O prejuízo econômico da propriedade de origem dos bovinos afetados foi de R$ 20.424,00, considerando o preço pago pela arroba do boi no mês e ano da ocorrência. Esses valores à época seriam suficientes para adquirir 29,17 bezerros desmamados para engorda. Se considerarmos 5.000 bovinos vacinados forem considerados como população sob risco o coeficiente de morbidade seria de 0,36%. Os resultados deste estudo demonstram que perdas por reação vacinal, mesmo quando não provocam sinais clínicos marcantes, podem ocasionar importantes prejuízos econômicos.
Resumo:
Com o objetivo auxiliar profissionais médico-veterinários no reconhecimento das lesões de bovinos encontradas na linha de inspeção de carnes em matadouros frigoríficos, três condições granulomatosas de bovinos foram pesquisadas e suas semelhanças e diferenças avaliadas. Essas três condições granulomatosas foram actinobacilose (causada por Actinobacillus lignieresii), actinomicose (causada por Actinomyces bovis) e mastite estafilocócica (causada por Staphylococcus aureus). Em 505 lesões encontradas em bovinos abatidos para consumo humano, 40 eram uma dessas três lesões granulomatosas: 24 eram actinobacilose, 10 eram actinomicose e seis eram mastite estafilocócica. De um modo geral, os aspectos macro e microscópicos dessas três lesões eram bastante semelhantes, mas suas localizações ajudavam a presumir sua etiologia. A. lignieresii afetou tecidos moles, principalmente língua e linfonodos da cabeça; A. bovis afetou o tecido ósseo, principalmente o da mandíbula; e S. aureus teve a glândula mamária como o tecido alvo. Histologicamente, os granulomas resultantes da infecção por qualquer um desses três agentes continham uma estrutura amorfa, eosinofílica, com clavas irradiadas, localizada centralmente; essa estrutura era rodeada por neutrófilos íntegros e degenerados, que, por sua vez, eram cercados por um manto de macrófagos epitelioides e ocasionais células gigantes multinucleadas. Esses mantos de macrófagos eram irregularmente infiltrados por linfócitos e plasmócitos que tendiam a se acumular na periferia da lesão, que era cercada por uma cápsula de tecido conjuntivo. Dependendo da aplicação do método de coloração adequado, o agente etiológico podia ser visto em cada um dos três tipos de lesão granulomatosa. No caso da mastite estafilocócica, cocos intralesionais foram observados tanto nas colorações por HE como nas de Gram, nessa última como cocos gram-positivos. O agente da actinobacilose (bacilos gram-negativos) e da actinomicose (bacilos gram-positivos) pôde ser observado somente nas colorações de Gram. Os diagnósticos diferenciais para essas três condições são discutidos.
Resumo:
Os tumores nasossinusais são patologias pouco freqüentes na prática clínica. Aproximadamente 0,8% de todos os cânceres humanos localizam-se nessa região. Apesar de rara, a neoplasia nasossinusal manifesta-se habitualmente através de sintomas inespecíficos e comuns a inúmeras patologias inflamatórias. Este estudo se propõe a descrever uma série de casos de tumores nasossinusais não-epiteliais raros, incluindo estesioneuroblastoma, granuloma central de células gigantes, plasmocitoma extramedular, hemangiopericitoma sinonasal, neurofibroma e fibroma cemento-ossificante, diagnosticados no Hospital Geral de Fortaleza, SESA/SUS. Faz-se uma breve revisão de literatura de cada patologia, salientando-se a necessidade do diagnóstico anatomopatológico preciso para condução adequada de cada caso.
Resumo:
Através de estudo histopatológico retrospectivo de 51 lâminas de eritema nodoso (EN) comum e 39 lâminas de eritema nodoso hansênico (ENH) comprovou-se que o quadro histopatológico de ambos os grupos diferiu em diversos aspectos. Os achados que mais divergiram entre as duas afecções foram: a presença do infiltrado granulomatoso virchoviano em todos os casos de ENH; a localização predominante do infiltrado inflamatório, dermo-hipodérmica no ENH e hipodérmica no EN comum; o acometimento septal preferencial no EN comum e lobular no ENH; o encontro de células gigantes tipo corpo estranho no EN comum e sua ausência no ENH; o achado predominante de células mononucleares no EN comum e neutrófilos no ENH; a presença de infiltrado inflamatório ao redor de nervos no ENH. Comprovou-se que a pesquisa de bacilo álcool-ácido resistente (BAAR) não necessita ser realizada em todos os casos de EN, uma vez que ao exame histopatológico de rotina existem diferenças entre o EN comum e o ENH que podem orientar a realização deste procedimento. A pesquisa deve ser realizada quando ao exame de rotina nas lâminas coradas por hematoxilina-eosina forem observadas as características histopatológicas do ENH descritas no estudo.
Resumo:
Homem de 20 anos, previamente hígido, com quadro clínico de dispneia paroxística noturna e cansaço aos médios esforços com evolução em torno de dez dias, apresentou, ao exame ecocardiográfico, mixoma em átrio esquerdo funcionando como estenose mitral grave.