40 resultados para Hume, David, 1711-1776
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Resumo:
O objetivo do texto é propor uma interpretação da obra de Hume que permita uma outra maneira de refutação ao contratualismo, diversa da refutação "oficial", baseada, aquela interpretação, no conceito de artifício, significativamente diferente do artifício criado pelos contratualistas, oposição esta a que a tradição de comentaristas da filosofia política humeana, de maneira geral, não faz referência, quando se trata da refutação ao contratualismo.
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O presente artigo analisa o uso abundante por Hume de ficções que relatam o que significaria para nós a ausência de experiência - ou porque esta ainda não existiria, ou porque, por algum motivo, ela não existira mais. Sugerimos que essas ficções, além de seu objetivo mais imediato de prestar o devido reconhecimento à experiência e ao hábito como únicos fundamentos possíveis de nossas inferências de causa e efeito, revelam a tensão permanente de nossa existência entre duas forças de atração: uma força que nos puxa em direção à regularidade e uniformidade das leis da natureza e da natureza humana, afastando-nos da singularidade, da pura diferença entre percepções atômicas e da indiferença original da imaginação; e uma outra, que apenas entrevemos, mas que se mantém como uma ameaça constante por trás de todas as associações, inferências, crenças e mecanismos de paixões: o reino da pura singularidade, a recaída na indiferença, a ruína da natureza humana.
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RESUMOEste artigo examina a análise de David Hume realizada em seu livro História da Inglaterra, da luta entre o parlamento e o rei James I sobre as finanças da coroa durante o primeiro trimestre do século XVII. Inicialmente, são apresentados os principais elementos políticos por trás da briga no coração do poder político da Inglaterra, seguidos por comentários do escritor escocês sobre as finanças reais, com ênfase nos seus pontos de vista sobre as receitas e despesas da Coroa durante o reinado de James I. No final são recuperados os fatores de longo prazo elencados como determinantes da nova postura parlamentar.
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O presente trabalho aborda a concepção de causalidade apresentada pelo filósofo escocês David Hume no Tratado da natureza humana (TNH) e propõe, como argumento central, que a ideia de relação causal deriva de uma impressão reflexiva e toma a forma de uma crença imaginária cujo objeto é uma conjunção constante. Começando por analisar os conceitos de impressões e ideias, sobre os quais Hume elabora sua teoria da percepção, o texto explora, em seguida, os fundamentos do processo de associação de ideias, do qual a noção de causalidade é um modo; um breve estudo dos efeitos políticos decorrentes de uma concepção de causalidade assentada na crença e nos hábitos de percepção põe termo a este artigo.
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Of the several theories of causation current in our days, Hume is said to be the inspiration of two of the most influential and accepted: the regularity theory, first clearly formulated by Thomas Brown in 1822, and the counterfactual theory, proposed by David Lewis in 1973. After a brief outline of the comparative merits and difficulties of these two views, I proceed to examine whether Hume's own treatment of causation actually corresponds to any of them. I will show that his first definition of cause, coupled with his rules by which to judge about causes and effects, contains elements that, properly developed, allow us to address successfully some traditional difficulties of the regularity view of causation, without resorting to the conceptual resources employed in the counterfactual approach. Therefore, we can properly classify Hume as an advocate of the conception of causation as regularity, noting however that his primary goal in his research and definitions of the concept was to provide not so much an analysis of causation as such, but of causation as we apprehend it, in the form of our ability to make causal inferences and refine them to reach the more sophisticated causal reasonings that are required in the theoretical and practical issues of life.
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Este artigo busca uma compreensão da trajetória do antropólogo britânico, radicado nos EUA, David Maybury-Lewis. Aborda aspectos de sua formação intelectual, que envolveram uma longa pesquisa entre os Xavante e um estudo comparativo sobre os povos de língua jê e bororo do Brasil Central. Maybury-Lewis é um nome central para o desenvolvimento de um "americanismo tropical". Entre suas contribuições etnográficas e teóricas, pode-se citar a elaboração de um modelo analítico jê e bororo, a renovação dos estudos de parentesco e a reflexão sobre a relação entre povos indígenas e o Estado. Um tema parece, com efeito, permear a sua obra: o das organizações dualistas. Não por menos, esse foi o motivo de um longo debate com a obra de Lévi-Strauss, que será aqui destacado.
MARTÍN MARCOS, David. Península de recelos. Portugal y España, 1668-1715. Madri: Marcial Pons, 2014.
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As folhas de Myrcia multiflora (Lam.) DC, Myrcia guianensis (Aubl.) Urb. e Eugenia punicifolia (H. B. K.) DC. são anatômica c morfologicamentc descritas. As espécies revelaram diversos elementos histológicos universais para a família, bem como peculiares das mesmas e importantes para orientar a diagnose desses vegetais e para o reconhecimento de fraudes, que ocorrem através de substituições intencionais ou não. Entre os elementos histológicos característicos, destacam-se: ornamentações de cutícula foliar, tipos de estômatos, tipos de contornos celulares das células epidérmicas em vista facial, tipo e abundância relativa de inclusões celulares inorgânicas.
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The present paper reports acuarioid nematodes recovered from avian hosts. A new species of the genus Schistorophus Railliet, 1916 is proposed based mainly on findings referring to ptilina, spicules and vagina. Ancyracanthopsis coronata (Molin, 1860) Chabaud & Petter, 1959 is referred again in Brazil since its proposition in 1860, from specimens recovered from a Brazilian bird. A revised key to the species of the genus Schistorophus is also presented.
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Philosophers have long disagreed about whether poetry, drama, and other literary arts are important to philosophy; and among those who believe that they are important, explanations of that importance have differed greatly. This paper aims to explain and illustrate some of the reasons why Hume found literature to be an important topic for philosophy and philosophers. Philosophy, he holds, can help to explain general and specific literary phenomena, to ground the science of criticism, and to suggest and justify ";principles of art,"; while at the same time literature can provide valuable ";experiments"; for philosophical theorizing and provide it with a model for the science of morals and (in some ways) for philosophy itself. Moreover, the literary arts can not only help one to write better philosophy, in Hume's view; they can also help one to write philosophy better.
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Hume's project concerning the conflict between liberty and necessity is ";reconciliatory";. But what is the nature of Hume's project? Does he solve a problem in metaphysics only? And when Hume says that the dispute between the doctrines of liberty and necessity is merely verbal, does he mean that there is no genuine metaphysical dispute between the doctrines? In the present essay I argue for: (1) there is room for liberty in Hume's philosophy, and not only because the position is pro forma compatibilist, even though this has importance for the recognition that Hume's main concern when discussing the matter is with practice; (2) the position does not involve a ";subjectivization"; of every form of necessity: it is not compatibilist because it creates a space for the claim that the operations of the will are non-problematically necessary through a weakning of the notion of necessity as it applies to external objects; (3) Hume holds that the ordinary phenomena of mental causation do not preempt the atribuition of moral responsibility, which combines perfectly with his identification of the object of moral evaluation: the whole of the character of a person, in relation to which there is, nonetheless, liberty. I intend to support my assertions by a close reading of what Hume states in section 8 of the first Enquiry.
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O artigo busca comparar algumas das razões diversas subjacentes à crítica comum de Leibniz e de Hume à idéia de uma liberdade de indiferença. Em Leibniz, como a ligação harmônica entre as substâncias individuais concretas se dá exclusivamente por meio de relações intrínsecas a seus conceitos completos, só é possível haver indiferença no domínio das noções incompletas ou de razão, o único em que podemos privilegiar e isolar termos e relações uns dos outros. Em Hume, a impossibilidade de fato de escaparmos da regularidade das relações extrínsecas, que, pela aplicação das regras gerais, acabam por se estender a toda a experiência, ainda que sem garantias racionais, relega a indiferença à situação quase fictícia de um estado original da mente, anterior à experiência, ou então ao domínio restrito de situações que provocam o afloramento desse estado no interior da experiência.
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Hume foi leitor de Mandeville e, dessa leitura, retirou a tarefa de mostrar que a sociabilidade é um berço legítimo e o único possível da moralidade. Pretende-se mostrar como essa tarefa se impôs a Hume a partir de sua leitura de Mandeville e o modo como ele a levou a cabo.
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Hume e Peirce criticam o ceticismo cartesiano baseados em concepções análogas de dúvida e crença enquanto constitutivas do processo de conhecimento. Este artigo visa apresentar a teoria do conhecimento desses autores, baseada na crença, enquanto alternativa ao fundacionismo racionalista de Descartes.