89 resultados para Espaço biográfico.
em Scielo Saúde Pública - SP
Importncia da invaso do espaço pr-epigltico no planejamento teraputico do cncer da laringe e faringe
Resumo:
O comprometimento do espaço pr-epigltico pode alterar a indicao de cirurgias parciais da laringe. OBJETIVO: Avaliar a concordncia inter e intra-observadores da anlise da tomografia computadorizada do envolvimento do espaço pr-epigltico (EPE) por carcinoma epidermide do trato aerodigestivo superior e sua repercusso no planejamento teraputico. MATERIAL DE MTODO: Foram analisadas retrospectivamente as tomografias computadorizadas, do perodo de 1990 a 2004, de 95 pacientes com carcinoma epidermide, sendo 87 do sexo masculino e apenas 8 eram do sexo feminino, com idade variando de 32 a 73 anos. Os exames foram avaliados duas vezes por trs radiologistas, separadamente, sem o conhecimento prvio do estadiamento clnico. Todos os pacientes no haviam recebido qualquer tratamento at o momento do exame de imagem, como cirurgia, quimioterapia ou radioterapia. Todos os casos tiveram o diagnstico confirmado por bipsia. As informaes foram obtidas baseadas na reviso de pronturios mdicos. RESULTADOS: O ndice Kappa foi calculado para estimar a concordncia entre os trs observadores. A fora de concordncia variou de boa a excelente. CONCLUSO: Aps um Kappa geral de 0,72, o resultado sugere uma concordncia geral boa na avaliao do envolvimento do espaço EPE atravs de tomografia computadorizada.
Resumo:
Este artigo focaliza a trajetria do jovem brasileiro (18-24 anos) no empreendedorismo no perodo de 2001-08. Com base em dados da Pesquisa GEM, analisa-se a participao do jovem empreendedor da Amrica Latina e do Bris (Brasil, Rssia, ndia e frica do Sul). Priorizam-se as atividades empreendedoras iniciais do jovem, sua motivao (empreender por necessidade ou oportunidade), caractersticas de renda, escolaridade, tipo de atividade e polticas pblicas. Associando mtodos quantitativos e qualitativos, descreve-se o perfil da atividade empreendedora do jovem brasileiro contextualizando-a a partir de fontes secundrias como o IBGE, BID, PNAD, OIT e OMS. Observou-se que no Brasil a maior parte dos jovens so autoempregadores, empregam poucas pessoas em seus negcios e com pouca estrutura para enfrentamento de riscos. Baixo ndice de escolaridade, entre outros fatores, encaminham o negcio no sentido de uma probabilidade maior de fracasso. Empreendimentos que sobrevivem no resultam em impactos econmicos, mantendo de forma precria a sobrevivncia de um grande nmero de jovens, excludos do mercado de trabalho formal. Por outro lado, os jovens que empreendem por oportunidade so um grupo relativamente pequeno. Eles identificam oportunidades e tm melhores habilidades para sustent-las. Por fim, destaca-se que o apoio e a sustentabilidade do jovem empreendedor dependem do contexto geral e de polticas educacionais.
Resumo:
As realizaes das organizaes sociais apresentam a natureza dual de projetarem valores sociais relevantes, associados a resultados, atravs dos quais pretendem impactar pessoas. Essa concepo da gesto social - como reprodutora de valores e produtora de bens pblicos visando o cumprimento de uma misso - sugere que a avaliao deva considerar os vnculos entre os valores e os benefcios para inferir mtricas do impacto social dos projetos. Essa vinculao e o conceito de espaço pblico permitem tratar as questes da intangibilidade dos benefcios, da escala local dos projetos e da imitao dos mtodos adaptados, que se mostram insuficientes para captar os valores sociais relevantes. Enfatizamos os trabalhos de H. Putnam e A. Sen para sugerir um referencial avaliativo como um conjunto de conceitos e instrumentos para o mapeamento dos bens pblicos e valores desenvolvidos pelas organizaes sociais. Como exemplo, apresentamos uma experincia avaliativa desenvolvida em Belo Horizonte (MG).
Resumo:
Neste artigo pretendo discutir um drama social ("cair na cana") que marca a passagem para uma condio ambgua, liminar. Se uma das experincias associadas ao "modernismo" a de vivermos simultaneamente em tempos e espaços diferentes, certamente os "bias-frias" so nossos contemporneos modernistas. Paradoxalmente, em se tratando de uma imagem que certamente seduziu alguns campos intelectuais durante os anos 70 e 80, teriam as tentativas de definir o "bia-fria", transformando imagem em categoria, contribuindo para a sua constituio em uma espcie de fssil recente da produo academica?
Resumo:
Com base na observao das prticas econmicas e cerimoniais desenvolvidas por um povo aruak da Amaznia meridional, os Enawene Nawe, o presente artigo prope um modelo tentativo da organizao do tempo e espaço sociais. Procuro argumentar que tais prticas devem ser entendidas em um contexto scio-cosmolgico mais amplo, que funda e organiza a sociabilidade.
Resumo:
Considerando a situao atual das pesquisas sobre organizao social no noroeste amaznico, este ensaio prope uma interpretao de como relaes baseadas na descendncia patrilinear e na aliana esto articuladas e organizadas espacialmente, para o caso dos Tuyuka do alto Tiqui (bacia do Uaups). O modelo que surge est fundamentado em distines entre duas formas de grupo local, que compem um nexo regional formado por centro e periferia. Este modelo permite vislumbrar um sistema social uaupesiano com reas em que predominam valores baseados no agnatismo, na lngua comum e na exogamia, e como estas reas esto conectadas entre si.
Resumo:
Tomando a publicao - em 1989 e 1990 - de dois folhetos "histrico-antropolgicos" como um esforo por parte da Diocese de Roraima com a finalidade tipicamente "orientalista" de impor um "consenso" sociedade roraimense quanto "realidade tnica" do estado, nosso trabalho reconstri a histria de construo deste "consenso", desde o sculo XVII at os trabalhos etnogrficos decisivos de Theodor Koch-Grnberg.
Resumo:
Foram estudados 609 casos de meningites ocorridos entre 1 de julho e 31 de dezembro de 1978 no municpio do Rio de Janeiro, RJ (Brasil). Destes, 311 foram classificados como bacterianos e 298 como virais. A maioria destes foi causada pelo vrus ECHO-9, responsvel por um surto ocorrido na Zona Sul do Municpio, a partir de setembro. Foram, apresentadas e discutidas as questes: a) contradio entre significado poltico e significado epidemiolgico dos fatos mrbidos, nem sempre homogneos; b) ausncia de notificao das doenas s autoridades de sade; c) significado do privilegiamento do espaço geogrfico na organizao dos servios de sade, fato que muitas vezes mascara a verdadeira distribuio da doena e impede um melhor equacionamento das aes no sentido de control-las.
Resumo:
OBJETIVO: Analisa-se a distribuio espacial da mortalidade neonatal e seus componentes etrios (0-23 horas, 1-6 dias e 7-27 dias) nos municpios do Estado do Rio de Janeiro, em dois perodos, 1979-1981 e 1990-1992. METODOLOGIA: Como medida de autocorrelao espacial, utilizou-se o coeficiente c de Geary, considerando-se o critrio de "vizinhana mais prxima". Para deteco de anisotropia, foram considerados vizinhos os municpios mais prximos na direo sob investigao. Buscando-se explicar as configuraes espaciais encontradas, foram construdos indicadores socioambientais e de assistncia mdica para os municpios do Estado, nos dois perodos de estudo. RESULTADOS E CONCLUSES: Encontrou-se que a mortalidade neonatal tardia (7 a 27 dias) decresceu acentuadamente no perodo, sendo que no incio dos anos 80 a configurao espacial demonstrava a presena de aglomerados de municpios de taxas muito elevadas, nas regies Leste e Sudeste, que se associavam diretamente a baixas condies de vida, caractersticas estas que desapareceram na dcada seguinte. Para 1991, foi identificada dependncia espacial para as taxas de mortalidade no primeiro dia de vida, detectando-se aglomerados em duas reas diferentes, acompanhada de uma correlao positiva com a oferta de leitos privados por habitante. Alguns dos municpios formadores dos conglomerados mostraram-se receptores de bitos dos municpios vizinhos, detendo taxas de letalidade hospitalar excessivas, quando comparadas mdia do Estado.