165 resultados para Escolha da carreira
em Scielo Saúde Pública - SP
Resumo:
RESUMOA escolha da carreira é uma decisão importante e em geral é feita em um ambiente repleto de incertezas por pessoas relativamente jovens e inexperientes. Neste estudo, buscou-se analisar a decisão de escolha entre uma carreira em uma empresa privada e outra em um órgão público, considerando que existe flexibilidade para migrar do setor privado para o público por meio de concurso. Para tanto, utilizou-se a metodologia das opções reais para modelar essa opção de troca, assumindo-se que os ganhos futuros no setor privado são incertos. Os resultados sugerem que a opção de ingressar na carreira pública pode ter valor significativo em relação à privada.
Resumo:
A Estratégia Saúde da Família é responsável por reorganizar o Sistema Único de Saúde brasileiro por meio da Atenção Primária. O aumento substancial de programas e vagas para residência em Medicina de Família e Comunidade, ocorrido desde 2002, é uma das estratégias para suprir o crescente mercado de trabalho correspondente. Entretanto, menos da metade dessas vagas são ocupadas. A literatura brasileira apresenta poucas evidências sobre o motivo desta baixa procura. Alguns países que optaram pelo fortalecimento da Atenção Primária em seu sistema de saúde também experimentam uma crise aparente na escolha desta carreira pelos egressos médicos. Neste ensaio, revisamos algumas questões envolvidas nesta escolha, apontando sua complexidade e a necessidade de investigações sistematizadas sobre as motivações dos alunos de graduação em optarem ou não por esta especialidade médica, particularmente no Brasil.
Resumo:
O objetivo do presente trabalho foi a realização de um estudo quantitativo-descritivo piloto, que apoiará a futura validação de constructo de um instrumento de coleta de dados para analisar a percepção de alunos do terceiro ano do ensino médio sobre a Enfermagem. O instrumento de coleta de dados teve como base a literatura de História da Enfermagem, Psicologia Social e Escolha de Carreira e foi submetido à validação de conteúdo por juízes. A amostra de conveniência foi constituída de 46 alunos, sendo 28 do sexo feminino. A Enfermagem ficou em 8º lugar no status social em um ranking de 14 profissões. Com relação à percepção salarial à Enfermagem caiu para o 9º lugar. A associação da Enfermagem com aspectos que denotam conhecimento científico sugere a atualização da imagem do Profissional de Enfermagem junto aos estudantes no município de Ribeirão Preto-SP.
Resumo:
O artigo analisa a demanda pelo ensino de graduação da Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG - na década de 90, considerando os seguintes aspectos: perfil socioeconômico dos candidatos; fatores que influenciaram a demanda e as preferências por áreas e cursos; o papel da oferta dos cursos noturnos sobre a demanda e as diferenças existentes entre os cursos que oferecem, ou não, a habilitação licenciatura. A demanda cresceu exponencialmente a partir de 1995, crescimento este centrado em candidatos da escola pública e pertencentes a famílias de baixo poder aquisitivo. O aumento mais acentuado da procura ocorreu nos cursos de mais baixo prestígio social da área biológica e em todos os de licenciatura. Verificou-se, também, uma nítida seletividade social associada à escolha da carreira: alguns cursos, de elevado prestígio social, para os quais a aprovação exige notas elevadas, são preferidos pelos candidatos da classe média alta, enquanto os pertencentes aos estratos sociais menos favorecidos optam geralmente por outros nos quais a aprovação pode ser alcançada com desempenho mediano. A abertura de cursos noturnos caracteriza-se como um aspecto da democratização do acesso ao ensino superior.
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OBJETIVO: Analisar a influência do estágio voluntário em Medicina no Pronto Socorro do Hospital do Trabalhador (PS-HT) na escolha da especialidade médica e sua importância na formação acadêmica. MÉTODOS: Análise do questionário aplicado a médicos e estudantes que estagiaram no Pronto Socorro por 500 horas ou mais, no período de março de 2000 a março de 2012. RESULTADOS: Dos 765 acadêmicos que realizaram mais de 500 horas de atividades práticas no PS-HT, 390 responderam ao questionário - 37,9% com inclinação para especialidade cirúrgica e 24,1% para clínica. O estágio foi determinante na escolha da carreira em 82,3% dos casos, sendo em 83,8% uma influência positiva. Quanto ao incremento das relações interpessoais, 61% dos participantes deu nota e" oito para o relacionamento com outros profissionais da área da saúde, por 71% para o relacionamento com colegas e por 63% no relacionamento com pacientes. O estágio possibilitou aumento da autoconfiança para 92% dos entrevistados e 75% afirmaram incremento no conhecimento técnico. O treinamento foi considerado útil e necessário para a formação acadêmica por 80% dos participantes. CONCLUSÃO: A contribuição do estágio em PS é inegável para a formação médica de qualidade e, na maioria das vezes, uma influência para a escolha da especialidade médica. As diversas situações a que os acadêmicos se deparam os fazem desenvolver inteligências em diversas áreas que não a puramente técnica e aplicada, o que se reflete na prática médica, independente da área ou especialidade.
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O artigo traz os resultados de pesquisa cujo objetivo foi investigar a atratividade da carreira docente no Brasil pela ótica de alunos concluintes do ensino médio, uma vez que se tem divulgado a perda de interesse pela opção profissional pelo magsitério por parte dos adolescentes. O estudo foi realizado em escolas públicas e particulares de cidades de grande ou médio porte das diferentes regiões do país. Os dados utilizados para as análises têm origem em duas fontes: questionário e grupos de discussão. Nos resultados, a rejeição à carreira docente é recorrente entre os jovens pesquisados. As justificativas dos estudantes para a falta de atratividade da carreira se relacionam à ausência de identificação pessoal com a docência, às condições sociais e financeiras de exercício da profissão, à própria experiência escolar dos alunos e à influência familiar.
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Analisa-se a escolha de residência médica em Ginecologia e Obstetrícia (GO) em função de características pessoais dos graduandos, eventos curriculares e contexto temporal da instituição. O estudo incluiu 792 egressos do curso de Medicina da Universidade de Brasília, formados no período 1994-2006. Os dados abrangeram descritores demográficos e de aprendizagem, preferência inicial por carreira, monitorias, rendimento acadêmico, estágio seletivo no internato e inscrição para residência médica ao término do curso. Análises de contingência e de regressão logística foram realizadas com os egressos agrupados segundo a escolha ou não de GO. No conjunto, 8% dos egressos escolheram GO, dentre os quais 33% manifestaram atração inicial pela área. Não houve tendência temporal consistente na escolha ou na atração inicial, mas no qüinqüênio 1997-2001 a proporção de escolha foi menor do que a de atração inicial, em correspondência a mudanças na ambiência do curso. A análise de regressão logística identificou seis fatores preditivos da escolha: estágio seletivo, monitoria e incremento de rendimento em GO, preferência inicial, sexo feminino e época de graduação. Em conclusão, fatores associados à escolha de GO numa série histórica de 13 anos incluíram características pessoais, eventos curriculares e fase da conjuntura institucional.
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Os autores analisaram a escolha de residência médica em Pediatria dentre 877 egressos do curso de Medicina da Universidade de Brasília, formados no período 1994-2007. Os dados abrangeram descritores demográficos e de aprendizagem, preferência inicial por carreira, monitoria, rendimento acadêmico, estágio seletivo no internato e inscrição para residência médica. Efetuaram-se análises de contingência e de regressão logística agrupando-se os egressos por escolha de Pediatria ou não. Do total, 9,7% escolheram Pediatria, dentre os quais 44,7% mostraram atração inicial e 45,9% expressaram interesse pela área já na fase clínica. No período 2002-2007, houve declínio significante da escolha, em conexão com menor procura por monitoria e estágio seletivo na área, mas sem tendência temporal na atração inicial. A regressão logística identificou cinco fatores preditivos, nesta ordem decrescente de magnitude de efeito na escolha: estágio seletivo, rendimento global, estilo de aprendizagem reflexivo, ordem de preferência inicial e época da graduação. Os efeitos independentes de sexo e monitoria não foram significantes. Concluindo, os fatores preditivos da escolha de Pediatria incluíram indicadores pessoais e curriculares em vertentes distintas de interesse e influência, num quadro de queda recente da opção pela área.
Resumo:
A escolha da especialidade define a carreira profissional de um médico. Pesquisas que visem analisar os fatores que impulsionam os alunos nessa decisão são importantes para entendermos os anseios dos estudantes e planejar estratégias educacionais correspondentes à necessidade do sistema de saúde brasileiro. O presente estudo analisou os fatores que influenciam a escolha da especialidade, correlacionando-os ao ano letivo e com aspectos socioeconômicos dos estudantes de Medicina da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP) . Trata-se de um estudo transversal, realizado com 456 alunos do primeiro ao sexto ano da FCMSCSP que responderam a um questionário, divididos em três grupos: primeiro ciclo (primeiro e segundo anos) , segundo ciclo (terceiro e quarto anos) e terceiro ciclo (quinto e sexto anos) . Os fatores estatisticamente significantes na comparação entre os ciclos foram: horas de trabalho, qualidade de vida, tempo livre para lazer, enriquecimento precoce, recompensa financeira, relação médico-paciente, conteúdo cognitivo da especialidade, conselhos de amigos e de parentes. Qualidade de vida, retorno financeiro e influências de terceiros foram os mais importantes para a escolha das especialidades.
Resumo:
Para entender a carência de pediatras em certas regiões do País, objetivamos identificar fatores associados à escolha da Pediatria e a intenção de retorno à cidade de origem. Aplicamos um questionário em uma universidade privada do Rio de Janeiro que usualmente tem metade dos estudantes de Medicina oriundos de outros Estados. Analisaram-se associações entre escolha da Pediatria e características sociodemográficas, intenção de retorno à cidade de origem, influência de terceiros e motivações para a carreira médica, classificadas como "indispensabilidade", "ajuda às pessoas", "ser respeitado" e "interesse científico". Dos 244 internos respondentes, 99 (41%) optaram pela Pediatria. Dos 110 naturais de outros Estados, 56% dos que escolheram Pediatria não tinham intenção de retornar à cidade natal, comparados aos 35% na Clínica Médica (OR = 2,41, IC 95% = 1,04 - 5,59). As motivações "indispensabilidade" (r s = - 0,23; p < 0,000) e "respeito" (r s = - 0,21; p = 0,001) foram negativamente correlacionadas à escolha da Pediatria. O cenário alerta para a possível manutenção da má distribuição de pediatras no País e sugerimos medidas de incentivo ao retorno à cidade natal, já que motivações autocentradas movem menos os candidatos à especialidade.