44 resultados para Endocarpo
em Scielo Saúde Pública - SP
Resumo:
O taperebá (Spondias mombin L.) é uma espécie frutífera bastante apreciada no Norte e Nordeste do País. Porém, alguns problemas fitotécnicos ainda persistem, dentre os quais a germinação irregular e distribuída ao longo do tempo. O objetivo deste trabalho foi estudar as características de germinação das sementes, indicando algumas causas que contribuem para a baixa germinação das sementes, além de contribuir com a produção de mudas de boa qualidade. O trabalho foi desenvolvido sob condições ambientais no Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Amazonas. Os endocarpos foram colocados para secar ao ambiente e, após 24 horas, foram determinadas as massas de 20 endocarpos e, posteriormente, colocados para germinar; a cada cinco dias, este procedimento foi repetido por um período de 135 dias. As sementes de taperebá não perdem a viabilidade quando colocadas para secar ao ambiente por 135 dias. O período de dessecamento das sementes diminuiu o tempo médio de germinação. Os endocarpos de taperebá são euricárpicos, cada endocarpo contém 1 a 4 sementes viáveis. A germinação do taperebá é do tipo epígeo fanerocotiledonar. A protrusão da raiz primária e do hipocótilo ocorre na parte truncada do endocarpo. De cada endocarpo, pode germinar mais de uma semente ao mesmo tempo, porém apenas uma raiz principal se desenvolve.
Resumo:
As características viscoelásticas da casca da castanha de caju in natura dificultam a sua decorticação por compressão. Para facilitar a abertura da casca e a liberação da amêndoa, as castanhas são submetidas à hidratação e tratamento térmico em banho de líquido da casca da castanha (LCC) a 210 ºC. Com o objetivo de conhecer o comportamento do produto, para futuros desenvolvimentos de mecanismos decorticadores, procurou-se caracterizar a castanha do clone 'CCP 76' por meio das principais dimensões, massa, volume e ensaios mecânicos do endocarpo e da amêndoa, antes e após o tratamento térmico. Os tratamentos consistiram em várias combinações de tempo de hidratação e tempo de residência em banho de LCC. Aplicou-se a metodologia de superfície de resposta para identificar o melhor tratamento. Construíram-se dispositivos de abertura manual da castanha, cisalhamento do endocarpo e penetração da amêndoa para a realização dos ensaios mecânicos. Observaram-se alterações no comprimento, na largura e na espessura, assim como na massa e no volume, antes e após os tratamentos. Os resultados do ensaio de cisalhamento do endocarpo e da rigidez da amêndoa indicam diferença entre o material in natura e o tratado termicamente. As alterações nas dimensões de massa e de volume apontam para a necessidade de uma classificação após o tratamento térmico, quando essas constituírem parâmetros relevantes no processo de decorticação. A tendência da superfície de resposta mostrou que o ensaio com 79 h de hidratação e 165 s de residência em LCC a 210 ºC foi o mais próximo da região de ótimo.
Resumo:
Objetivou-se estudar combinações entre concentrações de hipoclorito de sódio e tempos de pré-embebição que proporcionem maior velocidade de germinação das sementes de cafeeiro com graus de umidade entre 13 e 33% em base úmida. As sementes da variedade Catuaí Vermelho IAC 44 foram secadas à sombra até atingirem as umidades desejadas. Foram realizados cinco ensaios, um para cada grau de umidade das sementes (13, 18, 23, 28 e 33%). Cada ensaio foi constituído por 12 tratamentos, formados pelas combinações de 5 concentrações de hipoclorito de sódio na solução de pré-embebição (3, 4, 5, 6 e 7% de cloro ativo) e 2 tempos de pré-embebição (3 e 6 horas), além de sementes com pergaminho e sem pergaminho, removido manualmente (testemunha). As sementes foram avaliadas por meio dos testes de primeira contagem de germinação, germinação, índice de velocidade de germinação e classificação do vigor das plântulas. Os resultados mostraram que a pré-embebição das sementes de cafeeiro em hipoclorito de sódio na concentração de 6% de cloro ativo, durante 3 horas, além de degradar o pergaminho eficientemente, proporcionou germinação e índice de velocidade de germinação semelhantes ao tratamento testemunha, quando as sementes apresentavam grau de umidade inicial entre 23 e 33%. Nas sementes com grau de umidade de 18 e 13%, a pré-embebição em hipoclorito de sódio proporcionou desempenho germinativo inferior às sementes sem pergaminho, removido manualmente, independente da combinação entre concentração e tempo de embebição utilizada.
Resumo:
Na região produtora de pêssegos do sul do Brasil, não é rara a ocorrência de geadas nos meses de julho, agosto e, em alguns anos, até setembro. Este período coincide com a floração do pessegueiro e com o início do desenvolvimento dos frutos. Com a finalidade de testar possíveis diferenças entre cultivares quanto à tolerância a baixas temperaturas foram conduzidos experimentos, em delineamento inteiramente casualizado, nos anos de 2009 e 2010. Foram testados dois fatores (genótipo e estádio da gema floral), com três repetições e 20 botões forais por parcela. Os genótipos testados foram os cultivares 'Chimarrita', 'Coral' e 'BR-1' e a seleção Cascata 730. Em 2010, foi acrescentado o cv. 'Charme'. Os estádios fenológicos testados foram: o de botão prateado, botão rosado, balão e flor aberta. Ramos destacados dos genótipos a serem testados foram submetidos, por 16 horas, a temperaturas entre -2,2 e -5,5 ºC. Ramos com frutos, antes e após o endurecimento do caroço, foram testados em outro experimento. As diferenças entre genótipos foram pequenas e parecem estar mais ligadas ao pré-condicionamento das gemas. A seleção Cascata 730 mostrou ser das mais sensíveis ao frio. As gemas florais são, geralmente, menos sensíveis a temperaturas negativas (próximas a -3 ºC), nos estádios de botão rosado e balão. Frutos com endocarpo macio são sensíveis a danos de frio, independentemente do genótipo. Temperaturas próximas a 2 ºC negativos não causam problemas em frutos com endocarpo já endurecido.
Resumo:
São descritos aspectos morfológicos e estruturais dos frutos e sementes, em desenvolvimento, de Platonia insignis(Clusiaceae), visando principalmente esclarecer a origem da camada comestível presente no fruto. Concluiu-se que a camada carnosa branco-amarelada, que envolve as sementes, é de origem endocárpica e começa a se diferenciar já nos estádios iniciais do desenvolvimento do fruto, através de um acentuado alongamento radial das camadas mais internas do endocarpo. Estas, juntamente com as células dos septos, que também se alongam à medida que o fruto se desenvolve, vão se aderindo à testa por meio de interdigitações. Posteriormente, no fruto maduro, o endocarpo destaca-se do restante do pericarpo, permanecendo firmemente ligado à semente.
Resumo:
O fruto de Platonia insignisé uma baga uniloculada cuja forma varia de oblata a oblonga. O exocarpo é unisseriado; o mesocarpo é parenquimático, contendo numerosos dutos secretores e feixes vasculares ramificados; o endocarpo constitui a camada pulposa que envolve as sementes no fruto maduro, quando se destaca do restante do pericarpo. As camadas celulares mais internas do endocarpo são radialmente alongadas e permanecem firmemente aderidas às camadas mais externas da testa, por meio de interdigitações. As sementes são anátropas e se tornam unitegumentadas e exalbuminosas. A testa é multisseriada e apresenta numerosos feixes vasculares que partem do feixe rafeal único como ramos pós-calazais; o tégmen encontra-se colapsado, sendo distintos apenas alguns braquisclereídes dispersos. O embrião, do tipo conferruminado, consta de um espesso eixo hipocótilo-radícula, rico em reservas lipídicas, em cujo meristema fundamental estão presentes abundantes dutos secretores.
Resumo:
A pesquisa teve como objetivo avaliar a influência da extração e da embebição das sementes sobre a germinação de tucumã (Astrocaryum aculeatum Meyer, Arecaceae). Após limpeza e secagem dos pirênios, o endocarpo foi quebrado e removido para liberação das sementes que, antes da semeadura, foram submetidas à embebição em água por 0, 3, 6, 9, 12 e 15 dias. A germinação foi superior a 58%, independentemente do período de embebição, confirmando a possibilidade de retirar o endocarpo sem agravar prejuízos à viabilidade das sementes. As sementes submetidas a nove dias de embebição, com 30% de água, tiveram maior germinação (70%) e índice de velocidade de germinação, com tempo médio de germinação de 104 dias. A remoção do endocarpo e a embebição das sementes aceleram e aumentam a germinação.
Resumo:
Tectona grandis L.f. é uma essência florestal exótica de importância econômica e social para o Brasil. As mudas dessa espécie são produzidas através de diásporos constituídos dos frutos com endocarpo e mesocarpo rígidos. O objetivo do presente trabalho foi avaliar o efeito de métodos de quebra de dormência na germinação das sementes desta espécie. Para superar a dormência do endocarpo e mesocarpo, os diásporos de teca foram submetidos à imersão em água quente, imersão em ácido sulfúrico (33,5%) e imersão em água corrente. Os diásporos foram distribuídos em substrato constituído de areia, e o teste de germinação foi realizado em câmara de germinação com temperatura de 30 ºC, sob luz branca durante oito horas por dia. As avaliações foram feitas diariamente, durante 60 dias. O método de imersão dos diásporos em ácido sulfúrico por três minutos, foi o tratamento mais eficiente, apresentando 73% das sementes germinadas.
Resumo:
Estudamos neste trabalho a morfologia do fruto e da semente de Euterpe edulis, Mart., o palmito-doce ou palmito-branco. O mesocarpo possui duas camadas de lâminas fibrosas, estreitas, inseridas no endocarpo e que diferem entre si pela forma, largura e pouco no tamanho, apresentando a base ramificada por dicotomia. As lâminas externas medem 0,5 mm de largura por 2,3 cm de comprimento; as internas são mais finas e as últimas são filamentosas. Em sua estrutura, identificamos fibras lenhosas, esclereidos e elementos vasculares espiralados. Hilo lateral, com forma de canaleta, coberto por um feixe de filamentos fibrosos. Endocarpo membranoso, mais ou menos consistente, com 0,3 mm de espessura; nele notamos o hilo, a área opercular com seu opérculo, o qual mede 1,8 mm de diâmetro. Na estrutura do endocarpo há predominância de esclereidos sobre as fibras, raramente elementos vasculares ou braquiesclereidos. Semente globosa, aderente ao endocarpo. Endosperma homogêneo, córneo, com cavidade esférica central e uma câmara cilíndrica que abriga o embrião. Embrião basilar, cilíndrico-cônico, medindo 3,5 mm de comprimento por 1,8 de diâmetro, possui uma região cônica que corresponde à porção mediana do cotilédone e uma porção cilíndrica que corresponde à bainha do cotilédone. Na germinação, a peça mediana do cotilédone desenvolve em sua extremidade um haustório globoso que digere o endosperma por ação enzimática. Com o aumento de volume, o haustório assemelha-se a um cogumelo. A bainha invaginante do cotilédone envolve a plúmula e o eixo hipocótílo-radicular. A extremidade da radícula é envolvida por uma coleorriza membranácea e delgada. A plúmula, por sua vez, é envolvida por um coleóptilo de forma cônica, mais espesso e mais resistente que a coleorriza.
Resumo:
Foram estudados aspectos morfológicos dos endocarpos de cinco plantas de cajazeira (Spondias mombin L.): Planta 1, de Caucaia, CE; Planta 2, de Itaitinga, CE; Plantas 3, 4 e 5, de Areia, PB. Coletaram-se 500 frutos por planta. Após despolpados, os endocarpos foram secados à sombra e armazenados em sacos de papel. Em amostras aleatórias de 50 endocarpos de cada planta, foram avaliadas as seguintes características: peso, comprimento e diâmetro na parte mediana e número de lóculos e de sementes normais. O número de lóculos e de sementes por endocarpo variou de dois a cinco e de zero a cinco, respectivamente, e as maiores freqüências foram de quatro lóculos e de uma semente por endocarpo. Os endocarpos de cajá possuem alta freqüência de mais de uma semente e baixa esterilidade.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi avaliar a técnica de tomografia de ressonância magnética na análise de castanhas de cajueiro, em relação ao método tradicional, visando sua aplicação na seleção de clones. Amostras de castanhas de 40 clones de cajueiro comum, colhidas na safra de 2002, foram analisadas por ambos os métodos. Pelo método tradicional, a maioria dos clones apresentou altos e médios valores dos indicadores industriais massa de castanha, massa de amêndoa e rendimento industrial e baixos índices de quebra das amêndoas. Pela tomografia, a maioria dos clones apresentou castanhas com espaços vazios entre a amêndoa e o endocarpo, que podem proteger a amêndoa durante a decorticação. Os resultados dos dois métodos foram complementares, e a tomografia, além de alternativa promissora na avaliação da qualidade de castanha, pode subsidiar outras áreas de pesquisa relacionadas ao estudo da castanha.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi caracterizar aspectos morfológicos externos do fruto, semente, processo germinativo e plântula de Jatropha curcas. Em frutos e sementes foram avaliadas as características: dimensões, tipo, cor, textura, deiscência e número de sementes por fruto, presença de carúncula, formato do embrião e presença do endosperma. No estudo do desenvolvimento pós-seminal e diferenciação das plântulas, as sementes foram colocadas para germinar em meio de cultura MS (Murashige & Skoog). O fruto de Jatropha curcas é seco deiscente, capsular, tricoca, geralmente com três sementes e endocarpo lenhoso. A semente é ovalada, endospérmica, com envoltório liso e presença de carúncula. O embrião possui um par de cotilédones e eixo hipocótilo-radícula cilíndrico e reto. A germinação é epígea.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi avaliar tipos de preparo de sementes de guanandi (Calophyllum brasiliense), com vistas à superação da dormência física e mecânica, e verificar a influência da temperatura e do substrato sobre a germinação. Foram avaliados três substratos (papel, areia e vermiculita), duas temperaturas de germinação (25 e 30ºC) e quatro tipos de preparo das sementes: sementes íntegras; sementes nuas, sem tegumento e endocarpo; sementes com punctura no endocarpo, na região próxima ao eixo embrionário ou na região oposta ao eixo embrionário; e sementes cortadas a 1/3 da região oposta ao eixo embrionário. Foram realizados testes de vigor (índice de velocidade de germinação e emergência de plântulas em campo), e a curva de embebição foi obtida para os diferentes tipos de preparo da semente. A retirada total do envoltório (endocarpo e tegumento) é necessária para a completa superação da dormência física e mecânica das sementes de guanandi. A germinação das sementes deve ser realizada em substrato papel à temperatura de 30ºC.
Resumo:
O pequizeiro (Caryocar spp. - Caryocaraceae) é uma planta nativa do Cerrado e da Amazônia, cujo fruto é muito rico em óleo e proteína, e bastante apreciado pelos povos que vivem nestes ecossistemas. O objetivo desse trabalho foi avaliar o potencial de produção do "pequizeiro-anão", (Caryocar brasiliense subsp. intermedium), em seu habitat. Foram realizadas duas prospecções botânicas na região Sul do Estado de Minas Gerais, em 1997 e 1998, em áreas de vegetação de cerrado, nas proximidades do município de Ingaí-MG, onde se observou a ocorrência de pequizeiro de porte baixo. Foi observado que os frutos apresentam deiscência e grande heterogeneidade em relação ao número de frutos/planta. Nas plantas com tronco, encontraram-se até 86 frutos/planta e, nas sem tronco, até 16 frutos/planta. A época de maturação dos frutos concentra-se nos meses de fevereiro e março. O fruto de cor esverdeada e polpa amarelo-alaranjada possui em média duas sementes/endocarpo, com peso médio de 8g. Em plantios realizados no Distrito Federal, foi observado que as plantas de "pequizeiro-anão", oriundas de sementes, iniciaram a frutificação com altura de 60 cm, aos 18 a 24 meses após o plantio, evidenciando que são também precoces. O "pequizeiro-anão" apresenta potencial para sua exploração em cultivos comerciais e em programas de melhoramento genético.
Resumo:
O jambo-vermelho (Syzygium malaccense (L.) Merryl et Perry), espécie pertencente à família Myrtaceae, possui frutos ricos em vitaminas, ferro e fósforo. Este trabalho teve por objetivos fornecer informações sobre aspectos morfológicos do fruto, semente e plântula e avaliar a influência do tamanho da semente na germinação dessa espécie. O fruto é uma baga piriforme, carnoso e indeiscente. O epicarpo é delgado, liso e avermelhado; o mesocarpo e o endocarpo são esbranquiçados e suculentos. Os frutos pesam, em média, 35,57g e medem 7,16cm de comprimento e 5,15cm de largura. As sementes são poliembriônicas e exalbuminosas, pesando, em média, 7,62g. Os cotilédones são maciços e esverdeados. A germinação é hipógea, e a emergência das plântulas inicia-se aos 36 dias após a semeadura. A raiz primária é longa e esbranquiçada. As raízes secundárias são curtas e filiformes. As sementes de maior tamanho são as mais vigorosas, não havendo diferença entre as de tamanho médio e pequeno. O estudo morfológico do jambo-vermelho pode ser utilizado para a identificação da espécie ou em relações ecológicas interespecíficas.