12 resultados para Educação Física Estudo e Ensino
em Scielo Saúde Pública - SP
Resumo:
OBJETIVO: Avaliar a intensidade e a duração dos esforços fÃsicos em aulas de Educação FÃsica no ensino fundamental e médio. MÉTODOS: Estudo transversal de base escolar por meio de observação de 218 aulas de Educação FÃsica, incluindo um total de 272 estudantes (avaliados três vezes cada um). O estudo foi realizado em Pelotas, RS, de agosto a setembro de 2009. Para a intensidade dos esforços, foram utilizados acelerômetros e adotados os pontos de corte (em counts por minuto): atividades sedentárias (0 a 100), leves (101 a 2.000), moderadas (2.001 a 4.999), vigorosas (5.000 a 7.999) e muito vigorosas (> 8.000). RESULTADOS: O tempo médio de duração das aulas foi de 35,6 minutos (dp 6,0). A proporção média de tempo das aulas em atividades fÃsicas de intensidade moderada a vigorosa foi de 32,7% (dp 25,2). Os meninos (44,1%) envolveram-se significativamente mais em atividades fÃsicas moderadas a vigorosas do que as meninas (21,0%; p < 0,01). Estudantes que se envolvem em atividade fÃsica fora das aulas tiveram maior participação em atividades fÃsicas moderadas a vigorosas nas aulas de Educação FÃsica. CONCLUSÕES: Além de o tempo da aula de Educação FÃsica ser reduzido, os estudantes praticam atividades fÃsicas de intensidade moderada a vigorosa um terço da aula, com pouca contribuição significativa para o nÃvel de atividade fÃsica dos estudantes.
Estudo comparativo do perfil pró-aterosclerótico de estudantes de Medicina e de Educação FÃsica
Resumo:
FUNDAMENTO: Estudos recentes indicam forte associação entre inatividade fÃsica, baixo nÃvel de condicionamento cardiorrespiratório e presença de fatores de risco cardiovascular. OBJETIVO: Comparar o nÃvel de atividade fÃsica, o nÃvel de condicionamento cardiorrespiratório e o risco cardiovascular entre estudantes de medicina e de educação fÃsica. MÉTODOS: Em uma primeira etapa aplicou-se o International Physical Activity Questionnaire (IPAQ) para quantificar a atividade fÃsica em 126 alunos dos 7os e 8os perÃodos dos cursos de educação fÃsica e medicina. Em uma segunda etapa, selecionou-se, por intermédio de randomização, 40 alunos, 20 de cada curso, para avaliação de fatores de risco cardiovascular e avaliação do condicionamento cardiorrespiratório. Foram mensurados: 1) pressão arterial; 2) Ãndice de massa corpórea (IMC); 3) percentual de gordura (bioimpedância elétrica); 4) circunferência de cintura (CC); 5) testes bioquÃmicos laboratoriais; e 6) condicionamento cardiorrespiratório (Teste de Kline). RESULTADOS: Comparando estudantes de medicina a estudantes de educação fÃsica, respectivamente, foi observada maior frequência de indivÃduos apresentando: baixo nÃvel de atividade fÃsica (55% vs 15,0%; p = 0,008); pré-hipertensão pela PAS (80% vs 25,0%; p = 0,000) e pela PAD (45% vs 5,0%; p = 0,003); sobrepeso (50% vs 10,0%; p = 0,006); circunferência de cintura aumentada (25% vs 0,0%; p = 0,017); colesterol total elevado (165 ± 28 vs 142 ± 28 mg/dl; p = 0,015); LDLc elevado (99 ± 27 vs 81 ± 23 mg/dl; p = 0,026); glicemia elevada (81 ± 8,0 vs 75 ± 7,0 mg/dl; p = 0,013); menor condicionamento cardiorrespiratório (48 ± 8,0 vs 56 ± 7,0 ml/kg/min; p = 0,001). CONCLUSÃO: Estudantes de medicina apresentam menor quantitativo de prática de atividade fÃsica, menor nÃvel de condicionamento cardiorrespiratório e maior frequência dos fatores de risco cardiovascular, comparados aos de educação fÃsica.
Resumo:
OBJETIVO: Analisar o nÃvel de ruÃdo no ambiente de trabalho do professor de educação fÃsica durante as aulas de ciclismo indoor e sua associação com alguns aspectos da saúde. MÉTODOS: Estudo transversal conduzido com 15 professores de educação fÃsica de diferentes academias de ginástica, na cidade do Rio de Janeiro (RJ), em 2007. As caracterÃsticas do processo e da organização do trabalho e as queixas de saúde relatadas pelos professores foram coletadas por meio de questionário padronizado. Para verificação dos transtornos psiquiátricos menores foi usado o SRQ-20 (Self-Report Questionnaire). As medidas de pressão sonora foram realizadas em um aparelho portátil. O nÃvel de pressão foi medido em dB(A) no nÃvel equivalente de energia em diferentes pontos da sala e momentos da aula. As análises estatÃsticas utilizadas foram a ANOVA, o qui-quadrado e a correlação de Pearson. RESULTADOS: Os nÃveis de pressão sonora variaram entre 74,4 dB(A) e 101,6 dB(A). Os valores médios encontrados durante as aulas foram: a) aquecimento (média= 88,45 dB(A)); b) parte principal (média= 95,86 dB(A)); e, fechamento (média= 85,12 dB(A)). O ruÃdo de fundo apresentou o valor médio de 66,89 dB(A). Houve diferenças significativas (p<0,001) entre os valores médios de ruÃdo de fundo e as fases da aula. O ruÃdo não se correlacionou aos transtornos psiquiátricos menores. CONCLUSÕES: Os profissionais de educação fÃsica que trabalham com ciclismo indoor estão sujeitos a nÃveis elevados de pressão sonora em suas aulas. Este agente fÃsico tem sido associado a diversos problemas de saúde e, portanto, requerer um controle mais amplo.
Resumo:
OBJETIVO: Caracterizar práticas alimentares e possÃveis fatores de risco associados a transtornos do comportamento alimentar entre estudantes de Educação FÃsica em uma universidade pública do municÃpio do Rio de Janeiro. MÉTODO: Estudo seccional, elegendo-se como população-alvo um segmento de risco para o surgimento de transtornos alimentares. Foram aplicados os questionários Bulimic Investigatory Test Edinburgh (BITE), Eating Attitudes Test (EAT-26), Body Shape Questionnaire (BSQ) e uma variável que considera os dois instrumentos associados. RESULTADOS: Detectou-se resultado positivo em 6,9% (IC95%: 3,6-11,7%) no EAT-26. No BITE, para sintomas elevados e gravidade intensa, foram encontradas prevalências de 5% (IC95%: 2,4-9,5%) e 2,5% (IC95%: 0,7-6,3%), respectivamente. Constatou-se que 26,29% das estudantes apresentavam comportamento alimentar anormal. CONCLUSÃO: Os resultados deste estudo indicam que se deve atentar para comportamentos alimentares de risco nesse grupo, justificando-se um olhar diferenciado em relação a esses futuros educadores.
Resumo:
A incontinência urinária (IU) é vista como um problema que afeta mulheres mais velhas e multÃparas. Pouca atenção tem sido dada para identificá-la em grupos mais jovens ou nulÃparas. Este estudo verificou a prevalência da IU e as caracterÃsticas da perda urinária entre mulheres jovens e nulÃparas, estudantes de Educação FÃsica. Os dados foram coletados através de um questionário. Dentre 95 estudantes, 61,1% responderam ao questionário. A idade média foi 21,4 anos e 20,7% afirmaram já ter apresentado perda involuntária de urina. Em 75% dos casos a perda de urina ocorreu durante as atividades esportivas. As estudantes que tiveram perda urinária quantificaram, em média, o problema com a nota 2,3 (variando de 0 a 6), sendo 0 nenhum problema e 10, problema grave. Conclui-se que a perda urinária durante o exercÃcio, embora seja relativamente freqüente, não é considerada um problema relevante para as estudantes de Educação FÃsica.
Resumo:
Neste texto problematiza-se o enraizamento escolar da educação fÃsica, cotejando-se dois momentos históricos importantes da educação: um em Minas Gerais (a reforma do ensino de 1906) e o outro no Brasil (os novos ordenamentos legais). Ancorado em procedimentos da história cultural da educação, indica-se que a educação fÃsica, no princÃpio do século XX, foi inicialmente representada como recurso de regeneração da raça e de preparação para o trabalho, contribuindo para o projeto social republicano. Ao final do século, novas maneiras de representar a educação e a sociedade colocam desafios para a permanência da educação fÃsica nas práticas escolares, e neste artigo defende-se sua inserção como área do conhecimento responsável pela escolarização da cultura corporal de movimento.
Resumo:
OBJETIVO: Avaliar a QV de professores de educação fÃsica. MÉTODO: Quantitativo e de corte transversal. Uma amostra de 200 professores preencheu voluntariamente o termo de consentimento, o questionário sociodemográfico e o MOS (SF-36). Foi aplicado o teste não paramétrico da mediana de Mood, com 95% de confiabilidade. RESULTADOS: Os domÃnios que tiveram associação significativa com o sexo foram dor, capacidade funcional e saúde mental. As dimensões correlacionadas com a idade foram a capacidade funcional e os aspectos fÃsicos. CONCLUSÃO: A presença de quadra na escola foi um fator positivo para a QV dos professores, ao contrário do tempo de docência.
Resumo:
Neste texto focalizamos a crise da Educação FÃsica, situando-a na crise pela qual passa a modernidade. Destacamos, inicialmente, o embate entre razão e corpo (racionalidade e sensibilidade), argumentando que tal dicotomia é causa central da crise. A seguir, procuramos distinguir os aspectos identitários do oblato e do trânsfuga, com base em considerações de Ricardo Vieira, aplicando essa distinção à dicotomia mente/corpo. Em um terceiro momento, ressaltamos a importância do trabalho docente para o aprofundamento do processo de formação do professor de Educação FÃsica. Por fim, apresentamos e analisamos, com base em nossas experiências acadêmicas e profissionais, exemplos de reais situações do trabalho docente, relacionando-as à falta de identidade epistemológica que afeta a profissão docente, assim como à s perspectivas do oblato e do trânsfuga. Destacamos, ainda, desafios a serem superados pelos professores da disciplina escolar no contÃnuo processo de autoformação, insistindo no ponto de vista de que a maior compreensão do trabalho docente pode favorecer tal processo.
Resumo:
The goal of this study was to examine the means used by textbook authors to introduce, define, and explain the electronegativity concept in high school and introductory college chemistry textbooks. Results obtained showed that most textbooks lacked history precedence and did not deal with the conceptual understanding and manifesting a strong standardization of characteristics that, from our point of view, do not favor the teaching-learning of the electronegativity concept.
Resumo:
Neste texto discute-se o gênero como construção social que uma dada cultura estabelece em relação a homens e mulheres, mostrando que essa construção é relacional, tanto no que se refere ao outro sexo quanto a outras categorias, tais como raça, idade, classe social e habilidades motoras. Analisa as expectativas corporais em relação a meninos e meninas e suas manifestações na cultura escolar, o esporte como conteúdo genereficado da educação fÃsica e as possibilidades de intervenção docente na construção das relações entre meninos e meninas.
Resumo:
O presente ensaio analisa o processo de construção das teorias pedagógicas da educação fÃsica no Brasil, buscando demonstrar como elas refletem a concepção e o significado humano de corpo engendrados na e pela sociedade moderna. O texto apresenta as teorias pedagógicas que no âmbito da educação fÃsica se colocam numa perspectiva crÃtica em relação aos usos e aos significados atribuÃdos pela sociedade capitalista à s práticas corporais. E, finalmente, problematiza a possibilidade de estarmos diante de uma ruptura da visão moderna de corpo, refletindo sobre os desafios que essa transição coloca para a educação/educação fÃsica.