234 resultados para Doenças Cardiovasculares, prevenção
em Scielo Saúde Pública - SP
Resumo:
FUNDAMENTO: Duas perspectivas, a econmica (doena causando empobrecimento) e a social (pobreza causando adoecimento), tm disputado internacionalmente a justificao de polticas pblicas de sade. OBJETIVO: Investigar a relao entre mortalidade precoce por doenças cardiovasculares (DCV) e condies socioeconmicas (SE) em Porto Alegre (PA), e discutir fundamentos e estratgias para a prevenção das DCV. MTODOS: Anlise ecolgica da associao entre mortalidade por DCV aos 45-64 anos e condies SE de 73 bairros de PA. Estimou-se o risco relativo (RR) e a frao do risco atribuvel (FRA) s desigualdades entre bairros agrupados em 4 estratos SE. RESULTADOS: A mortalidade precoce por DCV foi 2,6 vezes maior nos bairros classificados no pior comparado ao melhor de 4 estratos SE. Entre bairros extremos, o RR chegou a 3,3 para as DCV e 3,9 para as doenças cerebrovasculares. Comparada mortalidade no melhor estrato, 62% dos bitos precoces do pior estrato e 45% dos da cidade como um todo seriam atribuveis desigualdade socioeconmica. CONCLUSO: Quase a metade da mortalidade por DCV antes do 65 anos pode ser atribuda pobreza. A doena, por sua vez, contribui para a pobreza e reduz a competitividade do pas. preciso reduzir o adoecimento e recuperar a sade dos mais pobres com investimentos que resultem em desenvolvimento econmico-nacional e melhoria das condies sociais da populao.
Resumo:
A Faculdade de Medicina da Universidade de So Paulo, ao cumprir as prerrogativas da universidade quanto ao ensino, pesquisa e prestao de servios comunidade, tem desenvolvido programas direcionados graduao e coletividade, abrangendo diversos aspectos do trauma e das doenças cardiovasculares. Respeitando protocolos internacionais, cursos terico-prticos so organizados e ministrados por instrutores reconhecidos pela American Heart Association e American College of Surgeons. A comparao entre pr e ps-testes demonstrou resultado melhor quando os alunos eram profissionais da rea da sade, o que foi atribudo a seu melhor preparo em relao comunidade leiga. Entretanto, como a finalidade era a capacitao de todos, profissionais da sade ou no, uma reavaliao da metodologia tornou-se necessria, salientando-se como principal preocupao uma durao maior das atividades prticas e maior possibilidade de discusses.
Resumo:
OBJETIVO: Conhecer o comportamento da mortalidade por doenças cardiovasculares em idosos residentes em Maring-PR. MTODOS: Foram analisadas as causas de morte num perodo de 20 anos, segundo sexo, idade e agrupamentos da Classificao Internacional de Doenças, 9 e 10 Revises, utilizando-se banco de dados de mortalidade do Ministrio da Sade. RESULTADOS: Em relao ao total de bitos em idosos, a mortalidade proporcional por doenças cerebrovasculares e doena isqumica do corao diminuiu 42,5% e 34,4% e aumentou de 119% para a hipertenso que passou de 2,1% para 4,6%. Houve queda do risco de morte por doena cerebrovascular, doena isqumica do corao e outras formas de doenças do corao de 51,2%, 44,6% e de 12,5%, respectivamente. Para a doena cerebrovascular e doena isqumica do corao, a queda na estimativa do risco de morte foi maior para as mulheres e, para as outras formas de doenças do corao, a queda foi maior para os homens. Em relao s faixas etrias observou-se que os riscos de bito so crescentes medida que avana a idade para cada uma das doenças cardiovasculares, em ambos os sexos. CONCLUSO: As doenças cardiovasculares continuam sendo importantes na morbimortalidade da populao idosa, exigindo ainda maiores esforos dos servios de sade para sua prevenção e tratamento.
Resumo:
OBJETIVO: Conhecer a ocorrncia e associao de hipertenso arterial com algumas variveis relacionadas ao estilo de vida. MTODOS: Estudo transversal, base populacional, amostra aleatria em indivduos (7 a 14 anos) de escolas (rede pblica e particular). Investigados o estado nutricional, presso arterial e hbitos de vida (tabaco, lcool, atividade fsica e hbito alimentar). RESULTADOS: Dos 3.169 escolares avaliados, destacaram-se 5,0% de hipertenso arterial e 6,2% de presso normal-alta. A categorizao por sexo mostra 6,4% meninos e 6,0% meninas com presso normal-alta e 4,3% meninos e 5,7% meninas com hipertenso arterial. O ndice de massa corporal (IMC) identificou 16,0% com excesso de peso, dos quais 4,9% j obesos. Houve associao significante (p = 0,01) entre hipertenso arterial e excesso de peso. Dentre os investigados, 11,6% no faziam aulas de educao fsica e 37,8% eram sedentrios no lazer. O tabagismo foi informado por vinte 0,6% escolares, e a experimentao de bebida alcolica por 32,7%. Nenhuma dessas variveis apresentou significncia estatstica em relao aos valores pressricos e estado nutricional. CONCLUSO: Diante do encontro de escolares com valores mdios de presso arterial e IMC com freqncia acima da esperada, associado a hbitos de vida que tendem a favorecer o desenvolvimento das doenças cardiovasculares, sugere-se a proposio de medidas de interveno cujo foco seja o escolar, como elemento capaz de disseminar as informaes no ncleo familiar. Essa possibilidade nos mobiliza para uma proposta de atuao nas escolas como parceiras na promoo da sade.
Resumo:
Mortality from all causes as well as from the great groups of cardiovascular diseases for the residents of the city of S.Paulo, Brazil, of the ages-group 40-69, for the years 1970 to 1983, has been analysed by means of the specific death rates. During this period a statistically significant decline was observed (28% on the average for ischemic heart diseases and 16% for cerebrovascular diseases). The death rates for the group 40-69 years old for both sexes were age-standardized and compared with those of 27 industrialized countries. The S.Paulo standardized death rates ranked almost always very high in the comparisons.
Resumo:
No estudo de populao constituda de 3.792 indivduos, procurou-se caracterizar o estado dos nveis lipmicos, segundo sexo, idade e a presena ou ausncia de fatores de risco de doenças cardiovasculares, expressos pelo hbito de fumar, obesidade, antecedentes diabticos e uso de contraceptivos orais. Os indivduos que no apresentaram nenhuma patologia e qualquer dos fatores de risco considerados foram denominados "isentos". Os dados foram submetidos anlise de varincia constatando-se que a obesidade apresentou-se como o fator de risco mais relevante, para todos os grupos etrios de ambos os sexos. Entretanto, para as mulheres encontraram-se diferenas menores, embora significantes, ao se comparar as mdias dos nveis sricos lipmicos, entre "isentas" e portadoras de fatores de risco. Para o grupo etrio acima de 50 anos, sexo feminino, os nveis lipmicos foram altos independentemente dos fatores de risco abordados.
Resumo:
Dando seqncia investigao de fidedignidade da certificao da causa bsica da morte de mulheres em idade frtil (10-49 anos) residentes no Municpio de So Paulo, em 1986, so apresentadas as principais causas de morte encontradas para o conjunto da populao e segundo idade. Destacam-se, pela ordem, as doenças do aparelho circulatrio (doenças cardiovasculares - DCV), os neoplasmas malgnos e as causas externas. As DCVs foram responsveis por 23,6% das mortes ocorridas nesse grupo etrio, com destaque para as doenças cerebrovasculares (51,1% destas mortes por DCV) e para a doena isqumica do corao (18,2% destas mortes, a maioria por infarto agudo do miocrdio). Comparando-se os resultados com o de investigao de mesma metodologia ocorrida no mesmo local para a dcada de 60, notou-se um declnio da mortalidade por doena reumtica crnica de corao, aumento da mortalidade por doena cerebrovascular e por doena isqumica do corao, mas com uma reduo global dos coeficientes, ajustados por idade para o conjunto das DCVs. Houve tambm grande nmero de menes de hipertenso arterial ligadas s doenças cerebrovasculares (78,3% dos bitos por estas causas eram de hipertensas) e doena isqumica do corao (onde esta proporo era de 63,4%). Discute-se a importncia desta possvel alta prevalncia de hipertenso arterial em populao em idade frtil e o uso de anticoncepcionais orais de forma indiscriminada.
Resumo:
Foi realizado estudo epidemiolgico sobre os seguintes fatores de risco de doenças cardiovasculares aterosclerticas: dislipidemias, obesidade, hipertenso, diabetes melito e alguns elementos definidores do estilo de vida (sedentarismo, etilismo, tabagismo e hbitos alimentares) em populao pertencente rea Metropolitana de So Paulo. Os objetivos da pesquisa foram os seguintes: a) desenvolver uma linha de base epidemiolgica para o estudo das doenças cardiovasculares aterosclerticas e os fatores de risco representados pelas dislipidemias, obesidades, hipertenso e diabetes melito e de suas relaes com caractersticas pessoais, familiares e sociais; b) encaminhar para tratamento clnico-educativo os indivduos doentes ou portadores de risco. A metodologia empregada a primeira parte de uma srie destinada divulgao dos resultados da pesquisa. Tendo em vista os objetivos, optou-se por se trabalhar integradamente com os centros de sade e associaes comunitrias locais na fase de coleta de dados em campo. Por isso, a metodologia empregada foi a de trabalhar em pequenas reas geogrficas, homogneas do ponto de vista socioeconmico, denominadas "reas de estudo". A caracterizao de grupos sociais foi feita atravs do conceito de classes sociais, operacionalizado por meio de indicadores como renda, escolaridade, ocupao, posio na ocupao, posse de propriedade e respectiva dimenso e emprego de mo-de-obra. Foram estabelecidas as seguintes classes sociais: burguesia, pequena burguesia tradicinal, proletariado e sub-proletariado. Foram realizados inquritos clnicos, bioqumico, alimentar e entrevistas para se obter informaes de carter demogrfico, socioeconmico e de estilo de vida. O inqurito clnico constou de tomada de medidas antropomtricas, presso arterial, eletrocardiograma e informaes sobre antecedentes pessoais e familiares de hipertenso, obesidade, cardiopatias e outras morbidades. O inqurito bioqumico constou da medida dos seguintes constituintes sangneos: colesterol total, HDL colesterol, LDL colesterol, triglicrides, magnsio, glicose, sdio, potssio, clcio e fsforo. O inqurito alimentar envolveu informaes sobre a histria alimentar do indivduo. A interveno clnico -educativa foi feita com a participao de associaes comunitrias e centros de sade, que criaram programas locais de atendimento aos doentes e portadores de risco.
Resumo:
Objetivou-se caracterizar a prevalncia de dislipidemias e outros fatores de risco em grupos populacionais, do Municpio de Cotia, "rea Metropolitana" de So Paulo, Brasil. Os grupos populacionais foram definidos a partir de caractersticas socioeconmicas e de localizao geogrfica no Municpio. Foram abordados os seguintes fatores de risco: hbitos alimentares aterognicos (consumo de protenas de origem animal, gorduras saturadas e de colesterol), tabagismo, etilismo, sedentarismo, dislipidemias, obesidade, hipertenso e diabetes melito. Os resultados encontrados foram os seguintes: 1 - O nmero mdio de fatores de risco foi significantemente maior nos homens (p<0,01), comparado s mulheres, para as faixas etrias menores de 50 anos; entre 50-55 anos as mdias se igualam para ambos os sexos, atingindo o valor mximo aos 60 anos com reduo acentuada aps essa idade, no que se refere aos homens e apresentando um aumento constante e gradativo nas mulheres; 2 - O nmero mdio de fatores de risco aumentam com a idade (p<0,01), para ambos os sexos; 3 - As prevalncias de hipercolesteolemia de "alto risco" mais hipertrigliceridemia foram significantemente maiores nas classes de maior nvel socioeconmicos; 4 - Os perfis lipmicos associados s dislipidemias demonstraram que raramente os desarranjos lipmicos ocorreram com um constituinte isoladamente; 5 - Somando-se as hipercolesterolemias de "alto risco", as "limtrofes acompanhadas de dois ou mais fatores de risco" e as hipertrigliceridemias tm-se que 39,2% dos homens e 32,8% das mulheres, ou seja, 35,4% da populao amostrada necessitaria de imediata interveno clnico-educativa.
Resumo:
INTRODUO: Estudo descritivo por amostragem em muncpio do Estado de So Paulo, Brasil, em 1990, com objetivo de analisar, mediante entrevistas domiciliares, a dieta habitual e fatores de risco para doenças cardiovasculares em indivduos maiores de 20 anos. METODOLOGIA: Foram entrevistados 557 indivduos, de idade entre 20 e 88 anos, que fazem parte de subamostra de um estudo global na regio. A dieta habitual, identificada pelo histrico alimentar foi comparada s recomendaes da OMS e os fatores de risco estudados (obesidade, dislipidemias, diabetes melito) diagnosticados pelo ndice de Massa Corprea e dosagens bioqumicas. RESULTADOS E CONCLUSES: Observou-se que 60% da populao consome dieta com energia total abaixo da estimativa das necessidades e que a contribuio calrica dos carboidratos foi de 56%, dos lipdios de 29% e das protenas de 15%. Entretanto, na anlise por percentil, a contribuio calrica dos lipdios e das protenas encontra-se muito acima dos padres recomendados em detrimento dos carboidratos. A energia, distribuio calrica e quantidade de colesterol foi adequada em apenas 5% das dietas. Dentre os fatores de risco para doenças cardiovasculares estudados observou-se a prevalncia de obesidade em 38% dos indivduos, de dislipidemias em 26% e de diabetes melito em 5%. A atividade fsica leve preponderante com dieta inadequada, tanto em termos de qualitativos quanto quantitativos, agravam ainda mais esse quadro.
Resumo:
OBJETIVO: Analisar a prevalncia da hipertenso, segundo sexo e grupo etrio, em grupamentos sociais, estabelecidos de acordo com critrios socioeconmicos e caracterizadar as prevalncias, segundo tipo de ocupao. MATERIAL E MTODO: A amostra utilizada, formada por 1.041 indivduos de ambos os sexos, maiores de 20 anos, corresponde soma das amostras representativas de "reas de estudo", estabelecidas por critrios socioeconmicos e geogrficos, levando-se em conta a forma de insero do grupo no meio urbano. Foram definidos estratos sociais, obedecendo um gradiente de nveis socioeconmicos, a partir do estrato I (alto) at o IV (baixo). Os padres de referncia utilizados para a definio da hipertenso foram os Joint National Committee (JNC), 140/90 mmHg, e da Organizao Mundial da Sade (OMS), 160/95 mmHg. RESULTADOS: De acordo com os padres do JNC, e da OMS, respectivamente, nos estratos, conforme a idade, as prevalncias foram as seguintes: estrato (I+II), mais ou menos 60 e 47%; estrato III, 50 e 39%; e estrato IV, 55 e 46%. Entre as mulheres os percentuais foram: no estrato (I+II), 40 e 38%; no estrato III, 56 e 48%; e no estrato IV, 55 e 46%. As prevalncias entre os homens pertencentes populao economicamente ativa (PEA), quando classificados segundo tipo de ocupao, tiveram o seguinte comportamento: profissionais autnomos, formados por microempresrio, pequenos comerciantes e profissionais liberais apresentaram uma prevalncia de mais ou menos 60 e 37%; operrios especializados e empregados em indstrias e oficinas, cerca de 47 e 37%; os assalariados do setor de servios, mais ou menos 35 e 14%; os autnomos-diaristas, trabalhadores no especializados e desempregados, cerca de 50 e 40%. Esses diferenciais foram estatiscamente significantes em relao ao conjunto, p<0,05 para o padro JNC, e p<0,005, para o padro OMS. Quando comparados dois a dois os empregados em servios, setor menos atingido pela crise econmica, apresentou prevalncia significativamente menor que os demais (p<0,05). Entre as mulheres, pertencentes e no pertencentes PEA, as prevalncias, segundo o padro da JNC, foram de 39 e 47%, respectivamente (P<0,025). De acordo com o padro da OMS os percentuais foram de 27% para as pertencentes PEA e de 45% para as no pertencentes (P<0,005). CONCLUSO: Os resultados contrariam a hiptese de que a mulher integrada ao mercado de trabalho torna-se mais exposta aos fatores de risco de doenças notransmissveis. Conclui-se, que, nessa populao a hipertenso grave problema de sade pblica, com importante determinao social. Tem peculiaridades prprias no que se refere aos homens e s mulheres.