50 resultados para Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders
em Scielo Saúde Pública - SP
Resumo:
The diagnosis of avoidant disorder was deleted from the Diagnostic and Statistical Manual of Mental disorders - fourth edition (DSM-IV) based on a `committee decision' suggesting that avoidant disorder is part of the social phobia spectrum. The objective of the present study was to examine the nature of this clinical association in a referred sample of Brazilian children and adolescents. We assessed a referred sample of 375 youths using semi-structured diagnostic interview methodology. Demographic (age at admission to the study and sex) and clinical (level of impairment, age at onset of symptoms and pattern of comorbidity) data were assessed in subsamples of children with avoidant disorder (N = 7), social phobia (N = 26), and comorbidity between both disorders (N = 24). Although a significant difference in the male/female ratio was detected among groups (P = 0.03), none of the other clinical variables differed significantly among subjects that presented each condition separately or in combination. Most of the children with avoidant disorder fulfilled criteria for social phobia. Thus, our findings support the validity of the conceptualization of avoidant disorder as part of the social phobia spectrum in a clinical sample.
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OBJETIVO: Avaliar o papel dos transtornos mentais e da dependência ao álcool como possíveis fatores de risco para o abuso/dependência de cocaína. MÉTODOS: Utilizou-se o desenho caso-controle e a técnica de bola-de-neve (snowball technique) para selecionar uma amostra de usuários de cocaína não tratados na comunidade (casos) e parear casos e controles por sexo, idade e amizade. A coleta de dados foi feita através da utilização do questionário CIDI (Composite International Diagnostic Interview) que gera diagnósticos de acordo com os critérios do Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders-III-R. A análise dos dados foi feita através de regressão logística condicional. RESULTADOS: O estudo incluiu 208 indivíduos. Os principais resultados mostraram que história passada de dependência ao álcool era o principal fator associado a um aumento no risco de desenvolvimento de abuso de cocaína (OR=15,1; IC 95% 3,8-60,2); nenhum outro transtorno mental isolado manteve-se significativamente associado ao aumento deste risco após a análise multivariada. Aumento no risco de abuso de cocaína também foi encontrado entre os indivíduos que relataram pensamentos suicidas (OR=3,1; IC 95% 0,91-10,8), sugerindo associação entre quadros mais graves de depressão e abuso de cocaína. CONCLUSÕES: Esses achados sugerem que os programas voltados para a prevenção e tratamento do abuso de cocaína devem estar preparados para o manejo de questões relacionadas à co-morbidade do abuso de drogas com o álcool e outros distúrbios psiquiátricos.
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OBJETIVO: Discutir aspectos metodológicos da estratégia de identificação de casos psiquiátricos, em duas etapas, em estudos epidemiológicos. MÉTODOS: Analisa-se a metodologia utilizada no Estudo Multicêntrico de Morbidade Psiquiátrica do Adulto realizado em três cidades brasileiras, entre 1990-1991. Na primeira etapa do citado estudo, uma amostra aleatória (6.740 indivíduos) da população foi selecionada e submetida a um rastreamento com o Questionário de Morbidade Psiquiátrica do Adulto -- QMPA. Na segunda etapa, uma subamostra (775 indivíduos) foi selecionada e submetida ao Inventário de Sintomas do DSM-III (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders), aplicado por psiquiatras e psicólogos treinados, para confirmação-diagnóstica. RESULTADOS: São descritos os procedimentos empregados para a estimativa das prevalências, mostrando que o fraco desempenho da escala de rastreamento não compromete o método. CONCLUSÃO: A vantagem da metodologia é a de corrigir as distorções apresentadas pelos instrumentos atuais de identificação de casos psiquiátricos.
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OBJETIVOS: Descrever a prevalência de transtorno de ansiedade generalizada (TAG) em uma população de idosos residentes em uma comunidade e com idade acima de 80 anos e comparar os padrões de sono, a função cognitiva e a taxa de prevalência de outros diagnósticos psiquiátricos entre controles normais e sujeitos com TAG. MÉTODOS: Para o diagnóstico de TAG, foram utilizados os critérios do "Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders" (DSM-IV). Selecionou-se uma amostra randômica e representativa de 77 sujeitos (35%), residentes em uma comunidade, entre todos os idosos com idade acima de 80 anos do município Veranópolis, RS. Os padrões de sono foram aferidos pelo índice de qualidade de sono de Pittsburgh e pelo diário sobre sono/vigília a ser preenchido ao longo de duas semanas. Cinco testes neuropsicológicos foram usados na avaliação cognitiva: teste das lembranças seletivas de Buschke-Fuld; lista de palavras da bateria CERAD (Consortium to Establish a Registry for Alzheimer's Disease); teste de fluência verbal e dois subtestes da escala de memória Wechsler. RESULTADOS: A prevalência estimada de TAG foi de 10,6%, cuja presença estava associada a uma maior ocorrência de depressão clinicamente diagnosticável, com um significativo maior número de sintomas depressivos, quando medidos pela escala de depressão geriátrica, e com uma maior ocorrência de depressão menor. Os padrões de sono e o funcionamento cognitivo, entre sujeitos com TAG, não estavam afetados. A gravidade das doenças físicas não variava entre sujeitos com TAG e os controles normais. A presença de TAG estava associada a um significativo pior padrão de qualidade de vida relativa à saúde. CONCLUSÃO: Em comparação com os estudos prévios, a prevalência de TAG é alta entre a população de idosos mais velhos. Esse transtorno ocorre em freqüente associação com a sintomatologia depressiva e também está associado a um pior padrão de qualidade de vida relativa à saúde.
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OBJETIVO: A Escala de Depressão Geriátrica, utilizada para o rastreamento de sintomas depressivos em idosos, ainda não teve suas características de medida avaliadas em ambulatórios gerais no Brasil. O objetivo foi estudar a validade da Escala, com 15 itens (EDG-15), na identificação de episódio de Depressão Maior ou Distimia em idosos atendidos em ambulatório geral. MÉTODOS: A Escala foi aplicada em 302 indivíduos com 65 anos ou mais, que em seguida foram examinados, de maneira independente, por um geriatra que não tinha conhecimento dos resultados da Escala. Os diagnósticos de Depressão Maior ou Distimia foram feitos utilizando-se os critérios do Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders-IV. A sensibilidade e a especificidade nos vários pontos de corte foram expressas pela curva Receiver Operating Characteristic. RESULTADOS: O ponto de corte de melhor equilíbrio foi 5/6, obteve sensibilidade de 81% e especificidade de 71%; e o valor da área sob a curva Receiver Operating Characteristic foi de 0,85 (IC 95%: 0,79-0,91). CONCLUSÕES: A Escala de Depressão Geriátrica pode ser utilizada para o rastreamento de sintomas depressivos na população geriátrica ambulatorial brasileira. O ponto de corte 5/6, sugerido inicialmente por outros autores, mostrou-se adequado.
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OBJETIVO: Avaliar como a população identifica os sintomas de depressão e suas causas. MÉTODOS: Foi realizado inquérito domiciliar em 2002 com amostra probabilística de 500 indivíduos residentes em São Paulo, com idade entre 18 e 65 anos. Foi aplicado questionário estruturado que incluía dados sociodemográficos e apresentação de vinheta que descrevia uma pessoa com depressão, segundo o Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders-IV e a Classificação Internacional de Doenças-10. A seguir, eram respondidas duas questões sobre a identificação dos sintomas da vinheta. A atribuição de causas foi avaliada mediante apresentação de 18 possíveis causas. Os resultados foram analisados por meio de regressão logística e análise de variância. RESULTADOS: Os sintomas apresentados foram identificados como "depressão" por menos da metade da amostra. Cerca de 20% dos entrevistados acreditaram tratar-se de doença mental. Baixa escolaridade foi a única variável associada à identificação como doença mental (OR=2,001, IC 95%: 1,275;3,141, p=0,003). As causas consideradas mais relevantes foram "desemprego" e "isolamento". Causas biológicas, espirituais e morais foram tidas como menos relevantes. Os determinantes associados às respostas sobre causas foram escolaridade, sexo, experiência pessoal com problemas mentais e identificação como doença mental. CONCLUSÕES: A população de São Paulo em geral e as pessoas com maior escolaridade em particular apresentam um modelo psicossocial de depressão que se afasta do modelo biomédico.
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OBJETIVO: Identificar fatores associados à falta de envolvimento ativo do pai nos cuidados de crianças aos quatro meses. MÉTODOS: Estudo transversal envolvendo famílias de 153 crianças aos quatro meses de vida, entrevistadas em suas casas por dois terapeutas de famílias. Além do envolvimento do pai nos cuidados do lactente foram examinadas características sociodemográficas, saúde mental dos pais (utilizando a escala Self Report Questionnaire-20 e avaliação com os critérios do Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders-IV) e qualidade do relacionamento conjugal (usando a escala Global Assessment of Relational Functioning do Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders-IV). Utilizou-se regressão de Poisson para avaliar a associação entre falta de envolvimento do pai nos cuidados do filho e variáveis selecionadas. A magnitude das associações foi estimada pela razão de prevalências. RESULTADOS: Os pais de 13% dos lactentes não tinham qualquer contato com seus filhos. Entre as famílias em que os pais coabitavam (78% do total), 33% dos pais relataram não participar ativamente nos cuidados de seus filhos. Relação conjugal problemática e mãe ser "do lar" mostraram-se associadas à falta de envolvimento dos pais nos cuidados do filho. CONCLUSÕES: É alta a prevalência de famílias nas quais o pai não tem envolvimento ativo no cuidado de seu filho, ocorrendo em especial quando a relação conjugal é problemática e a mãe não tem trabalho remunerado
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OBJECTIVE: To evaluate the prevalence of mental disorders in convicted sex offenders admitted to the Psychiatric Custody and Treatment Hospital (Forensic Psychiatric Facility). METHOD: 89 patient records of males admitted from March 2005 to August 2006 were analyzed. The analysis included evaluation of two study groups: Group I comprised subjects who had committed sex offenses (sexual offenders) while Group II contained subjects convicted for other crimes (non-sexual offenders). Variables studied were: age bracket, years of schooling, marital status, skin color, place of birth, previous psychiatric admissions and psychiatric diagnosis. RESULTS: Mental retardation and personality disorders were the mainly diagnoses in Group I (sexual offenders) (61,76% and 29,41% respectively). In the other hand, schizophrenic subjects predominated in Group II (non-sexual offenders) (82,93%). CONCLUSION: Different from international data, we have found low prevalence of personality disorders among Brazilian forensic population and we believe that it's due to a distinguishing characteristic of the Brazilian legal system, which does not consider personality disorder a mental disease, thus, not prompting these patients to civil commitment.
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Diagnostic and therapeutic aspects of human infection with Leishmania (Viannia) braziliensis found in the littoral forest of the state of Bahia are reviewed. There is pressing need for alternative cheap oral drug therapy.
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Two high performance liquid chromatography (HPLC) methods for the quantitative determination of indinavir sulfate were tested, validated and statistically compared. Assays were carried out using as mobile phases mixtures of dibutylammonium phosphate buffer pH 6.5 and acetonitrile (55:45) at 1 mL/min or citrate buffer pH 5 and acetonitrile (60:40) at 1 mL/min, an octylsilane column (RP-8) and a UV spectrophotometric detector at 260 nm. Both methods showed good sensitivity, linearity, precision and accuracy. The statistical analysis using the t-student test for the determination of indinavir sulfate raw material and capsules indicated no statistically significant difference between the two methods.
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OBJECTIVE: To evaluate musculoskeletal disorders among active industrial workers. METHODS: The study was carried out in São Carlos, Southeastern Brazil, in 2005. One hundred and thirty-four female workers were physically evaluated and answered questions about their physical symptoms, filled out a pain scale and gave responses in the Oswestry Disability Questionnaire, and the Work Ability Index questionnaire. The data were analyzed descriptively, and in correlation tests and through applying logistic regression. The outcome was evaluated in relation to the perceptions of pain, symptoms, physical assessment, ability to work and disability. RESULTS: Clinical evaluations and sick leave presented positive correlations with the subjective variables. The Work Ability Index presented a negative correlation with the physical disability index (r=-0.69). Symptoms reported at the time of the assessment presented a good correlation with the results from the pain scale and the clinical findings. Previous sick leave showed an association with disability (OR=1.13; 95% CI:1.08;1.18). CONCLUSION: Symptom reports and pain scales may be useful for assessing current conditions at the time of evaluating individuals with work-related musculoskeletal disorders, as they are easier to apply. In more severe cases of such injuries, clinical and functional evaluations and questionnaires such as those relating to ability to work and disability are preferable. Precise and specific evaluations of these disorders may contribute towards fairer legal and administrative decisions.
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Three distinct syndromes caused by schistosomiasis have been described: cercarial dermatitis or swimmer's itch, acute schistosomiasis or Katayama fever, and chronic schistosomiasis. Complications of acute schistosomiasis have also been reported. The absence of a serological marker for the acute stage has hindered early diagnosis and treatment. Recently, an ELISA test using KLH (keyhole limpet haemocyanin) as antigen, has proved useful in differentiating acute from chronic schistosomiasis mansoni. Clinical and experimental evidence indicate that steroids act synergistically with schistosomicides in the treatment of Katayama syndrome. In this paper, clinical, diagnostic and therapeutic features of acute schistosomiasis are updated.
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ABSTRACT OBJECTIVE To analyze if maternal mental health is associated with infant nutritional status at six month of age. METHODS A cross-sectional study with 228 six-month-old infants who used primary health care units of the city of Rio de Janeiro, Southeastern Brazil. Mean weight-for-length and mean weight-for-age were expressed in z-scores considering the 2006 World Health Organization reference curves. Maternal mental health was measured by the 12-item General Health Questionnaire. The following cutoff points were used: ≥ 3 for common mental disorders, ≥ 5 for more severe mental disorders, and ≥ 9 for depression. The statistical analysis employed adjusted linear regression models. RESULTS The prevalence of common mental disorders, more severe mental disorders and depression was 39.9%, 23.7%, and 8.3%, respectively. Children of women with more severe mental disorders had, on average, a weight-for-length 0.37 z-scores lower than children of women without this health harm (p = 0.026). We also observed that the weight-for-length indicator of children of depressed mothers was, on average, 0.67 z-scores lower than that of children of nondepressed women (p = 0.010). Maternal depression was associated with lower mean values of weight-for-age z-scores (p = 0.041). CONCLUSIONS Maternal mental health is positively related to the inadequacy of the nutritional status of infants at six months.
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OBJECTIVE: To assess the frequency of comorbidities of mental and behavioral disorders (CMBD) in psychoactive substance (PAS)-dependent patients with different periods of abstinence cared for at Alcohol and Other Drug Psychosocial Care Centers (CAPS-ad). METHOD: All patients under treatment in the two CAPS-ad of the city of Uberlândia-MG, between April and September 2010, were consecutively assessed. The ICD-10 symptom checklist was used to diagnose CMBD; additional information was obtained from interviews and medical records. The patients were divided according to duration of abstinence: < 1 week (Group 1); 1-4 weeks (Group 2); and > 4 weeks (Group 3). RESULTS: Of all patients assessed, 62.8% were diagnosed with CMBD, which were more frequent (p < 0.05) in Group 1 (72%) than Group 3 (54.2%), and both groups were similar to Group 2 (61%). Depressive and anxiety disorders were more frequent among patients of Group 1. Mood disorders were more frequent (p < 0.05) in women [22/34 (65%) vs. 54/154 (35.1%)], whereas psychotic disorders were more frequent (p = 0.05) in men [16/154 (10.4%) vs. 0]. The presence of CMBD was associated with more severe clinical conditions. CONCLUSIONS: The higher frequency of diagnosis of CMBD in patients of Group 1 may have resulted from the difficulties in distinguishing mental disorders that are due to PAS intoxication or withdrawal from those that are not. However, to make the diagnosis of CMBD, even during detoxification, can increase the likelihood of better response to treatment.