169 resultados para Desenvolvimento organizacional.
em Scielo Saúde Pública - SP
Resumo:
Os enfoques da administração de empresas baseados em uma perspectiva meramente econômica carecem de um fundamento teórico capaz de sustentar um management dirigido à viabilidade e ao desenvolvimento organizacional. O autor propõe um quadro analítico novo para o design e o (auto)controle de empresas, baseado na cibernética organizacional e voltado para um fitness organizacional abrangente. Esse quadro focaliza um management de complexidade, que implica uma (auto)pilotagem integral, recorrendo às noções de pré-controle e de viabilidade além da sobrevivência. A argumentação é corroborada mediante evidência empírica.
Resumo:
O objetivo neste trabalho foi propor uma perspectiva de análise do ambiente propício à inovação com a incorporação da variável cultura organizacional. A base da análise recai sobre a adaptação da metodologia proposta por Van de Ven, Angle e Poole (2000). A contribuição proposta neste trabalho situa-se na adaptação da metodologia, retirando o foco do processo de inovação para o ambiente de inovação. Para que fosse contemplado todo o ambiente, foi necessária a inclusão de uma análise dos comportamentos coletivos organizacionais. Incorporaram-se questões que envolvem aspectos relacionados com a cultura organizacional, sob a perspectiva dos estudos de Bates et al. (1995). O questionário proposto pelo Minnesota Innovation Research Program (MIRP), com 45 questões adaptadas para o levantamento do ambiente de inovação, foi aplicado a 349 empregados de uma empresa de grande porte do setor metal-mecânico. Com a técnica de modelagem de equações estruturais (MEE), testou-se o modelo apresentado pelo MIRP, considerando as dimensões externas e internas ao grupo de inovação e os resultados decorrentes do ambiente de inovação. Em um segundo momento, um novo teste com a incorporação da variável cultura organizacional foi realizado. Os resultados apontaram que o segundo teste obteve um melhor ajuste, em torno de 27%, indicando que a variável impactou o resultado da modelagem. Convém ressaltar que o construto apresentado foi baseado em um levantamento teórico e para sua validação necessita de gama maior de resultados empíricos.
Resumo:
A metodologia desenvolvida pelo Minnesota Innovation Research Program para avaliação dos processos de inovação, denominada Minnesota Innovation Survey (MIS) serviu de base para a proposição de um modelo de análise de ambiente propício ao desenvolvimento de inovações. A necessidade da proposição de um novo modelo surgiu a partir da observação dos resultados de pesquisas que utilizaram a mesma metodologia, em que questões e dimensões se apresentavam altamente correlacionadas, gerando redundância de medição de construtos e pouca precisão nos resultados. Com isso buscou-se, por meio de embasamento teórico e estatística multivariada, reduzir o número de construtos afins no intuito de evitar a multicolinearidade e os resultados dúbios. A metodologia utilizada para o desenvolvimento do modelo proposto caracteriza-se como descritiva com método quantitativo. Foram aplicados questionários da metodologia MIS a 349 empregados de uma empresa metal mecânica. A aplicação do modelo original obedeceu a todos os passos prescritos, mostrando a aderência por meio de modelagem de equações estruturais. Como resultado verificou-se que a redução de dados proveniente dos testes estatísticos impactou significantes alterações na metodologia de base, caracterizando o surgimento de uma nova metodologia de análise pela diminuição de 70% dos dados multivariados. Conclui-se que a nova metodologia, apesar de eliminar 65 questões do instrumento de coleta de dados, não reduz seu poder de explicação e eficácia quanto às relações dos ambientes organizacionais com os resultados da inovação. Em termos de execução de pesquisa, o novo modelo facilita a coleta de dados, minimiza a dispersão do respondente no momento do preenchimento do questionário, aumentando a confiabilidade dos dados, fornece informações acuradas sobre o ambiente inovador e garante robustez de análise. Empresas podem beneficiar-se desse instrumento de pesquisa por ser de fácil aplicação, entendimento e análise.
Resumo:
Administração da Qualidade começa a ser discutida na área de saúde, no Brasil. Por isto, a discussão a respeito da aplicabilidade dos conceitos ao setor, bem como de suas limitações, parece oportuna. Qualidade enquanto conceito é indissociável de alterações na cultura organizacional e de desenvolvimento de recursos humanos, além de precisar considerar aspectos técnicos e parâmetros específicos da gestão setorial. O pequeno número de experiências existentes em serviços de saúde no Brasil e seu curto tempo de desenvolvimento permitem trabalhar mais com dúvidas que com certezas a respeito das perspectivas futuras para este campo de conhecimento.
Resumo:
O artigo mostra que a ecologia organizacional é um dos domínios teóricos mais em evidência no atual panorama das ciências organizacionais. Ele está estruturado em torno da análise teórica de duas questões centrais: a) Quais as razões do desenvolvimento súbito da ecologia organizacional e de seu elevado consenso paradigmático? b) É a ecologia organizacional uma abordagem realmente anti-management? Apresentam-se as razões que conduziram à emergência da ecologia organizacional, seguindo-se a exploração de algumas de suas implicações para a gestão de empresas, concluindo-se com algumas pistas para a superação de seu caráter anti-management.
Resumo:
O presente estudo analisa os principais conceitos, princípios e práticas de aprendizagem organizacional como um meio de se tratar a questão da gestão de competências gerenciais a partir da especificidade de cada organização. Trata-se de uma pesquisa exploratória, desenvolvida com base em um estudo comparativo entre seis empresas (três brasileiras e três australianas). Os resultados sugerem a importância das práticas informais e a necessidade de se estabelecer uma estratégia articulada no que se refere à gestão de competências gerenciais. As experiências significativas relatadas pelos gestores entrevistados focalizam práticas organizacionais e práticas que extrapolam o âmbito organizacional. Destaca-se a importância da construção de uma consciência social. Os principais elementos de aprendizagem organizacional que representam uma potencial contribuição para a gestão de competências gerenciais referem-se às questões da interação entre as pessoas (reflexões que privilegiam o coletivo), visão processual (desenvolvimento contínuo) e a ênfase na questão pragmática (práticas de trabalho).