416 resultados para Dengue, prevenção
em Scielo Saúde Pública - SP
Resumo:
O Estado do Rio de Janeiro viveu uma grande epidemia de dengue com um nmero expressivo de casos de Febre de Dengue Hemorrgica durante o primeiro trimestre do ano de 2002. Na ocasio, o poder pblico conclamou a participao da populao nas aes de combate aos focos domsticos do vetor, na tentativa de controlar a situao. Para essa mobilizao, uma grande gama de informaes sobre a doena foi veiculada com intuito de esclarecer e orientar a sociedade. Neste trabalho, buscou-se analisar os contedos informativos dos materiais produzidos pelas campanhas de esclarecimento, focando a ateno nos trs folhetos maciamente distribudos poca no municpio do Rio de Janeiro, considerando que essas informaes contribuem para a construo da representao social da doena e sua prevenção. Pde-se concluir que mesmo j to repetidamente divulgadas essas informaes precisam ser repensadas.
Resumo:
Com a finalidade de aprimorar a vigilncia entomolgica dos vetores de Dengue e Febre Amarela - Aedes aegypti e Aedes albopictus - no Estado de So Paulo, Brasil, realizou-se estudo comparativo de eficcia de larvitrampas (armadilhas de larvas), e ovitrampas (armadilhas de ovos). A regio estudada infestada somente pelo Aedes albopictus, espcie que conserva hbitos silvestres, mas tambm coloniza criadouros artificiais. A primeira parte do estudo foi realizada em rea periurbana de Trememb-SP, onde foram comparados trs ocos de rvore, 23 ovitrampas e 5 larvitrampas. A segunda parte dos experimentos desenvolveu-se no Municpio de Lavrinhas-SP, no distrito de Pinheiros, onde 20 ovitrampas foram instaladas (uma por quadra) e 5 larvitrampas foram localizadas em pontos estratgicos (comrcios, depsitos e postos). Os resultados obtidos mostraram que a ovitrampa, alm da capacidade de positivar-se mesmo em presena de criadouros naturais, possui eficincia superior larvitrampa. Constatou-se que para avaliao de efeitos da termonebulizao as ovitrampas apresentaram uma significativa reduo na mdia de ovos, o que no se verificou em relao ao ndice de Breteau.
Resumo:
Com objetivo de estimar o nmero mnimo de varreduras para coletar uma amostra representativa das larvas presentes em um grande recipiente, foram adicionadas 200 larvas de quarto estdio em um tambor de 80 litros de gua. Com auxlio de peneira plstica, foram feitas dez varreduras em cada rplica do experimento. Os resultados indicaram que oito varreduras foram suficientes para coletar at 72% do total de 200 larvas de quarto estadio presentes no criadouro, ou seja, uma mdia de 143±1,97. A tcnica mostrou ser de fcil e eficiente execuo quanto inspeo de criadouros com grande volume de gua. Isto refora sua utilizao como instrumento com grande potencial para vigilncia vetorial na rotina dos programas de controle de vetores do dengue e febre amarela.
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OBJETIVO: Saber como "cuidadores" representam as relaes entre vasos de plantas e criadouros de vetores da dengue, para a reformulao da atividade educativa. MTODOS: O estudo foi realizado junto a "cuidadores" de vasos de plantas de trs municpios do Estado de So Paulo onde h presena da dengue e foi desenvolvida intensa atividade educativa. Selecionaram-se 20 residncias de cada municpio estudado, classificadas em positivas e no positivas para larvas de Aedes aegypti, em vasos de plantas. Os endereos foram retirados dos boletins de avaliao de densidade larvria utilizados pela Superintendncia de Controle de Endemias (Sucen). Os participantes da pesquisa, em nmero de 60, encontravam-se na faixa etria dos 20 aos 65 anos. Foram feitas entrevistas por meio de questionrio semi-estruturado, com gravao em fita magntica. Utilizou-se para a tabulao dos dados a tcnica do discurso do sujeito coletivo. RESULTADOS: Foram encontradas como representaes negativas: informaes errneas no imaginrio da populao; descrena de que um simples "mosquitinho" possa causar tanto problema; crena na doena apenas quando ela se manifesta concretamente e descrena na atividade educativa de um modo geral. Quanto s representaes positivas, verificou-se: entendimento do mecanismo bsico de transmisso da doena; valorizao do papel e da presena constante da autoridade sanitria; entendimento da parcela de responsabilidade que cabe populao no enfrentamento da doena. CONCLUSES: No que diz respeito s aes de controle do vetor da dengue, as mensagens educativas demasiadamente sintticas emitidas pelas autoridades sanitrias no permitiram a sua assimilao pela populao na escala em que seria desejvel. Tais atividades educativas devem fazer sentido para as populaes s quais se destinam, para que ocorram mudanas de comportamentos.
Resumo:
OBJETIVO: Analisar a associao entre a proporo de imveis prediais positivos para larvas de Aedes aegypti, por meio do ndice de infestao predial, e a taxa de incidncia da dengue. MTODOS: Foram selecionados casos autctones de dengue e valores de infestao predial verificados nas reas de abrangncia dos distritos sanitrios de Belo Horizonte, MG, no perodo de outubro de 1997 a maio de 2001. Aps grupamento dos valores de infestao predial segundo sua distribuio em quartis, as mdias das taxas de incidncias da dengue (referentes ao ms subseqente realizao dos levantamentos de infestao predial) foram comparadas pelo teste ANOVA. RESULTADOS: Observou-se uma correlao fraca, porm estatisticamente significativa, entre a taxa de incidncia mensal da doena e os valores de infestao predial para os distritos sanitrios (r=0,21; p=0,02) e reas de abrangncia (r=0,14; p=0,00) no perodo analisado. Aps grupamento dos valores de infestao predial em quartis, as reas de abrangncia com infestao predial entre 0,46% e 1,32% (2º quartil) apresentaram, em relao s reas com infestao predial, menor ou igual a 0,45% (1º quartil), taxa de incidncia mensal mdia da doena duas vezes maior. Para as reas com infestao predial entre 1,33% e 2,76% (3º quartil) e maior ou igual a 2,77%, as taxas de incidncias mensais mdias foram, respectivamente, cinco e sete vezes maiores em relao s reas com 0,45% ou menos. CONCLUSES: Apesar das conhecidas limitaes do ndice de infestao predial para estimar a infestao vetorial e predizer a ocorrncia de epidemias de dengue, os resultados indicam que maiores ndices se associaram a maior risco de transmisso da doena nos distritos sanitrios e reas de abrangncia de Belo Horizonte.
Resumo:
OBJETIVO: Analisar como se estabelece a comunicao sazonal nos grupos socioeducativos das equipes de Sade da Famlia para prevenção e controle da dengue. PROCEDIMENTOS METODOLGICOS: Estudo qualitativo, descritivo e exploratrio com 25 coordenadores de grupos socioeducativos, distribudos em oito unidades bsicas de sade de Belo Horizonte, MG. A coleta de dados ocorreu de maro a julho de 2009, por meio de observao no participante e entrevista semi-estruturada com os coordenadores. Na interpretao dos dados, empregaram-se a anlise de contedo e os referenciais tericos sobre comunicao e sade. ANLISE DOS RESULTADOS: Foram encontrados trs ncleos temticos: comunicao sazonal; contedos discutidos e canais veiculadores de informaes sobre a dengue; e informao versus comunicao para a ao. As aes de prevenção e controle da dengue nos grupos eram abordadas principalmente em pocas de surto, baseando-se em aes previamente programadas pelo Ministrio da Sade. Os temas abordados referiam-se a epidemiologia, ciclo de vida, modos de transmisso, sintomatologia, prevenção, visita domiciliar da equipe de zoonose e vacinao contra a dengue. CONCLUSES: A prtica comunicativa predominante o repasse de informaes pelo coordenador, centrado no discurso comportamentalista e prescritivo. Recomendam-se prticas comunicativas pautadas no dilogo, permitindo ao coordenador e membros da equipe a liberdade em relao s situaes emergentes do grupo e que aprendam a reconhec-la e problematiz-la reflexivamente em seu contexto.
Resumo:
OBJETIVO : Avaliar o desempenho do agente comunitário de saúde após incorporação do controle da dengue nas suas atribuições. MÉTODOS : Comparou-se a evolução de indicadores selecionados da Estratégia Saúde da Família e do Programa Nacional de Controle da Dengue do município São Gabriel do Oeste com o de Rio Verde de Mato Grosso, município vizinho com características populacionais, socioeconômicas e estrutura de serviços de saúde semelhantes de 2002 a 2008. Os dados foram coletados dos bancos de dados municipais do Sistema de Informação da Febre Amarela e Dengue e do Sistema de Informação da Atenção Básica da Secretaria Estadual de Saúde de Mato Grosso do Sul. As variáveis selecionadas para as atividades dos agentes na Estratégia Saúde da Família foram: visitas domiciliares mensais, gestantes com o pré-natal iniciado no primeiro trimestre, crianças menores de um ano com vacinas em dia e hipertensos. Para o Programa Nacional de Controle da Dengue foram: imóveis inspecionados com Aedes aegypti e imóveis existentes não inspecionados. RESULTADOS : Os dois municípios mantiveram evolução semelhante nos indicadores do controle da dengue no período. São Gabriel do Oeste apresentava melhor situação em relação à Estratégia Saúde da Família em 2002 em três dos quatro indicadores estudados. No entanto, esta situação se inverteu no final do período, quando o município foi superado por Rio Verde de Mato Grosso em três dos quatro indicadores analisados, entre os quais a média mensal de visitas de agente comunitário de saúde por família cadastrada, principal atividade de um agente da Estratégia Saúde da Família. CONCLUSÕES : A incorporação do Programa Nacional de Controle da Dengue na Estratégia Saúde da Família é viável e se desenvolveu sem prejuízo das atividades do controle da dengue, excetuando as atividades da saúde da família em São Gabriel do Oeste. A carga adicional de trabalho dos agentes comunitários de saúde pode ser a hipótese mais provável do declínio do desempenho desses agentes nas atividades da Estratégia Saúde da Família.
Resumo:
OBJETIVO: Propor alteraes simplificadoras em plano de amostragem para estimar a densidade larvria de Aedes aegypti, partindo da avaliao de sua eficincia e simplicidade. MTODOS: Avaliou-se o plano de amostragem utilizado pela Superintendncia de Controle de Endemias do Estado de So Paulo, para estimar a densidade larvria de Aedes aegypti pelo ndice de Breteau, utilizando amostragem por conglomerados (quadras) em uma nica etapa. Foram avaliadas 111 amostras obtidas em seis municpios da regio de So Jos do Rio Preto, e pesquisadas, em mdia, 35 quadras e 14 edificaes por quadra, num total de 510 edificaes por amostra. RESULTADOS: As estimativas do ndice de Breteau superiores a 3 apresentaram coeficientes de variao menores que 30% em 71% das amostras. O efeito do delineamento foi de 1,19 e de 1,79 para ndices menores e maiores que 5, respectivamente. As estimativas foram obtidas em menos de trs dias, envolvendo, em mdia, 5,5 homens na coleta de dados por dia. CONCLUSES: O plano de amostragem apresentou caractersticas de mtodo simplificado: rapidez, economia e fcil operacionalizao. Tais resultados se devem principalmente utilizao de conglomerados em uma nica etapa, dispensando elaborao de listagem de endereos, sorteio e localizao de edificaes na segunda etapa. O efeito do delineamento indicou perda de preciso em nveis aceitveis com a utilizao de uma s etapa. A determinao do tamanho da amostra e a estimao dos erros amostrais das estimativas mereceram alteraes simplificadoras.
Resumo:
Os reservatrios domiciliares de gua, comumente conhecidos como caixas d'gua, constituem fonte de desenvolvimento do Aedes aegypti. Em reas com edificaes precrias existe tendncia para situar essas caixas sobre a laje das casas. Todavia, observa-se na arquitetura moderna a mesma situao em relao a esses recipientes, mesmo em condomnios de luxo. Assim sendo, chama-se a ateno para a necessidade de, na vigilncia entomolgica, ter cuidado especial para tais reservatrios domiciliares de gua.
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Relata-se a importncia da bactria entomopatognica Bacillus thuringiensis israelensis para o controle de Aedes aegypti. So abordados a utilizao e potencial de B. thuringiensis israelensis contra o mosquito vetor da dengue. Outros aspectos so discutidos como a evoluo da resistncia dos insetos em relao aos inseticidas qumicos e as vantagens e desvantagens do controle microbiano como estratgia de controle. dada nfase importncia da utilizao desta bactria no Brasil como alternativa para resolver o problema em questo sem afetar o ambiente, o homem e outros vertebrados nas reas de risco.
Resumo:
OBJETIVO: Estudar o potencial de produtividade de criadouros artificiais, permanentes e naturais de Aedes albopictus, espcie considerada vetor potencial de dengue. MTODOS: O estudo foi desenvolvido nos municpios de Trememb e Pindamonhangaba, Estado de So Paulo, em trs locais selecionados: a) imvel com atividades comerciais de compra e venda de materiais e recipientes descartveis, em rea urbana; b) chcara de lazer; c) mata de carter residual. Realizou-se levantamento dos criadouros existentes em cada local, classificados quanto ao seu tamanho (volume de gua) - pequeno (at um litro), mdio (acima de um at 10 litros) e grande (acima de 10 litros) - e quanto ao tipo: artificial, natural e permanente. Foram executadas coletas em intervalos quinzenais por um perodo de 12 meses, retirando-se larvas de quarto estdio e pupas em cada tipo de criadouro existente. Para anlise dos resultados, foram usados os testes de Kriskal-Wallis, t de Student e o clculo de emergncia. RESULTADOS: Segundo as anlises estatsticas e o clculo de emergncia (E), os criadouros artificiais grande e o permanente mdio foram, em mdia, mais produtivos para Aedes albopictus, contribuindo com 2,8 fmeas por dia, cada. E os criadouros naturais pequenos e mdios tiveram produo mdia diria de 0,5 e 0,6 fmeas, respectivamente. CONCLUSES: Os resultados indicam a necessidade de se realizarem estudos sobre o potencial de produtividade de criadouros no somente de Ae. albopictus, mas sobretudo de Aedes aegypti, principal vetor de dengue, o que poderia contribuir para o aprimoramento das avaliaes das densidades populacionais, nos programas de vigilncia e controle.
Resumo:
Avaliou-se em laboratrio a eficcia de um prottipo de capa de tela de polister (evidengue) destinada a vedar o acesso de fmeas do mosquito Aedes aegypti a pratos de vasos de planta. Dois pratos de vasos com gua foram envolvidos individualmente com a capa e colocados com os seus respectivos vasos em duas gaiolas entomolgicas, um em cada gaiola. Numa terceira gaiola foi colocado um conjunto idntico de prato e vasos sem a capa. Cada gaiola recebeu 20 fmeas copuladas do mosquito, alimentadas com sangue de camundongo. Os resultados mostram que a capa foi eficaz como barreira ao acesso de fmeas. Novos testes so necessrios para se avaliar a eficcia da capa como dispositivo de prevenção da ovipostura nos pratos.
Resumo:
Trata-se de um inqurito amostral (502 entrevistas) realizado na regio de Campinas SP, em Santa Brbara D'Oeste (170.000 habitantes), por ser o primeiro municpio a registrar casos de dengue autctone na regio, desde 1995. Avaliou-se o conhecimento da populao sobre o dengue, seu vetor e prevenção em 3 bairros da cidade. Estas informaes foram comparadas com a presena de criadouros no ambiente domiciliar, em reas com e sem transmisso. O bairro com melhores condies sociais e urbanas apresentaram conhecimento mais adequado sobre a doena, embora os bairros perifricos tenham sido priorizados em atividades educativas devido ocorrncia de casos. Observou-se criadouros em todas as reas examinadas, em quantidades semelhantes. Constatou-se a distncia entre conhecimento e mudanas de comportamento. Identificou-se as fontes de informaes mais referidas e os criadouros predominantes nos domiclios. Os resultados deste inqurito podem servir como subsdios para (re)orientar aes educativas das equipes de controle de vetores, bem como avaliar um instrumento simplificado para acompanhamento do impacto do programa local de controle do dengue.
Resumo:
Ainda pouco se conhece sobre as condies socioambientais que favorecem a permanncia do Aedes aegypti em reas urbanas e sua capacidade de transmisso de dengue. A proposta desse trabalho localizar os casos da doena e a presena do vetor, e identificar fatores scio-ambientais que caracterizam esses locais, atravs de tcnicas de geoprocessamento, procurando desenvolver um modelo de prevenção de dengue. O vetor foi encontrado principalmente nas zonas sul e leste da cidade, apresentando uma grande disperso no municpio, enquanto a maior parte dos casos est localizada na parte central da cidade. Os setores que apresentaram casos possuem caractersticas de alta renda. Por outro lado, nos setores com a presena de vetor so verificadas a predominncia de casas e boa infraestrutura de saneamento. A diferena dos padres de distribuio de casos e vetor assegurou para o ano de 2002 a ausncia detransmisso do vrus no municpio.