273 resultados para Crianças Linguagem
em Scielo Saúde Pública - SP
Resumo:
OBJETIVO: Apresentao do perfil epidemiolgico das patologias fonoaudiolgicas de fala e linguagem, de causa idioptica, especificamente relacionado prevalncia dessas desordens na populao infantil de 1 a 11 anos de idade. MTODO: As crianças foram avaliadas nos aspectos de fala, linguagem e sistema miofuncional oral. Estabelecido o diagnstico fonoaudiolgico, foram os mesmos classificados segundo a manifestao predominante. Aps agrupadas as categorias das desordens, foram diferenciadas as idades e aplicados os clculos de prevalncia. RESULTADOS: De um total de 2.980 crianças, 125 delas eram portadoras de desordens fonoaudiolgicas (prevalncia de 4,19). A prevalncia geral mais elevada foi referente faixa etria de 3 a 8 anos, sendo a fase crtica dos 4 aos 5 anos. As patologias de manifestao primria mais prevalentes foram, em ordem de freqncia: distrbios articulatrios, defasagens na aquisio e desenvolvimento da linguagem oral e desordens miofuncionais orais e de funes neuro vegetativas. CONCLUSO: As desordens fonoaudiolgicas constituem importante segmento nos agravos sade infantil, sendo necessrio que sejam urgentemente estruturados programas fonoaudiolgicos preventivos e curativos. Em sua precariedade, o sistema de sade brasileiro no oferece uma rede de apoio para o atendimento aos portadores de patologias da comunicao, existindo apenas esforos isolados em algumas unidades de sade.
Resumo:
O transtorno fonolgico uma alterao de manifestao primria de causa indefinida que torna a fala ininteligvel. A anlise de parmetros vocais torna-se importante no processo do diagnstico deste transtorno, pois distrbios de voz poderiam interferir na produo dos sons da fala. OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi verificar as caractersticas vocais relacionadas intensidade e freqncia fundamental - F0 - e seus ndices de perturbao - jitter e shimmer - em crianças com transtorno fonolgico. FORMA DE ESTUDO: clnico prospectivo com coorte transversal. MATERIAL E MTODO: Foram sujeitos 40 crianças distribudas em dois grupos: 20 com transtorno fonolgico e 20 sem alterao de fala e linguagem. Foram aplicadas provas de fonologia do Teste de Linguagem Infantil ABFW e de fala espontnea. Utilizou-se o Computer Speech Lab, para gravao e anlise acstica das vogais /a/, /e/, /i/, por meio dos parmetros vocais: freqncia fundamental, intensidade, jitter e shimmer. RESULTADOS: F0 - vogal /e/ menor, em mdia, para o Grupo com Transtorno Fonolgico (126Hz) e 237Hz no Grupo Controle. Para o shimmer e jitter no h evidncia de que as mdias do Grupo com Transtorno Fonolgico sejam diferentes das do Grupo Controle (p= 0,191, p=0,865 respectivamente). Quanto intensidade, h evidncia de que a mdia diferencia os dois grupos (p= 0,002). CONCLUSO: A freqncia da vogal /e/ menor no Grupo com Transtorno Fonolgico. Existe diferena entre grupos para as mdias da intensidade das vogais /a/, /e/ e /i/, sendo estas menores no Grupo com Transtorno Fonolgico. No foram encontradas diferenas entre grupos para as mdias do jitter e do shimmer.
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A audio representa a principal fonte para aquisio das habilidades de linguagem e fala da criana. A criana portadora de deficincia auditiva nos primeiros meses de vida privada de estimulao sonora no perodo mais importante de seu desenvolvimento, e conseqentemente, poder apresentar alteraes emocionais, sociais, e lingsticas. Neste contexto de suma relevncia conhecer os principais fatores etiolgicos que ocasionam a leso auditiva para se traar um perfil nosolgico fidedigno, e serem tomadas as medidas cabveis de preveno e orientao as famlias sobre as repercusses da deficincia auditiva na infncia. OBJETIVOS: Caracterizar o perfil etiolgico da deficincia auditiva em um centro de referncia para atendimento a crianças e adolescentes deficientes auditivos. METODOLOGIA: Foram realizadas entrevistas, triagem fonoaudiolgica e avaliao de pronturios de 87 crianças deficientes auditivas cadastradas na Associao de Pais e Amigos dos Deficientes Auditivos do Estado da Bahia(APADA-BA), buscando-se determinar a etiologia, distribuio por sexo, idade do diagnstico, grau de deficincia, idade de protetizao e da reabilitao fonoaudiolgica. RESULTADOS: Dentre as 87 crianças e adolescentes que passaram pela triagem fonoaudiolgica, selecionamos uma amostra de 53 sujeitos, cujos pais compareceram as trs sesses de anamnese e avaliao. O principal fator etiolgico responsvel pela deficincia auditiva na populao avaliada foi a rubola materna responsvel por 32% dos casos de surdez, seguida pela meningite piognica com 20%, causa idioptica com 15%, prematuridade com 9%, hereditariedade (pai ou me surdo) e ictercia neonatal tambm apresentaram incidncia de 6%; otite mdia crnica representou 4%, uso de misoprostol na gestao, sarampo, ototoxicidade e caxumba apareceram na amostra, cada fator, com 2%. CONCLUSO: O presente estudo demonstrou a heterogeneidade de fatores que ocasionam o comprometimento auditivo, e como as duas principais causas (rubola e meningite piognica) ainda apresentam uma incidncia alta na populao em estudo. Acreditamos que medidas de preveno devem ser tomadas, principalmente na profilaxia da rubola materna e na vacinao ampliada de neonatos e lactentes contra a meningite bacteriana.
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OBJETIVO: Investigar os componentes dos PEAMLs em crianças saudveis para determinar suas propriedades. MATERIAL E MTODOS: 32 crianças, de ambos os sexos, 10 a 13 anos de idade, sem doenas neurolgicas, participaram do estudo. Os dados foram analisados pela estatstica descritiva (mdia e desvio padro) e por anlise de varincia (teste F). PEAMLs foram pesquisadas usando estmulo tom burst nas intensidades de 50, 60 e 70 dB NA. RESULTADOS E CONCLUSO: A mdia de latncia dos componentes foi Na = 20.79ms, Pa = 35.34ms, Nb = 43.27ms e Pb = 53.36ms, a 70dB NA. A mdia dos valores de amplitude NaPa variou de 0.2 a 1.9 uV (M = 1.0 uV). A amplitude aumentou e a latncia diminuiu com o aumento da intensidade sonora. A inclinao do complexo de ondas NaPa esteve presente em alguns casos, o que merece ateno em estudos semelhantes ou em mesmo em populaes de crianças com dificuldade de fala e linguagem e do processamento auditivo. CONCLUSO: O presente trabalho trouxe informaes adicionais sobre as AMLRs e pode servir como referncia para outros estudos clnicos ou experimentais em crianças.
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A ateno seletiva importante para o aprendizado da leitura e escrita. OBJETIVO: Estudar os processos de ateno seletiva de crianças com e sem distrbio de aprendizagem. MATERIAL E MTODO: O Grupo I foi constitudo de quarenta indivduos com idades entre nove anos e seis meses a dez anos e 11 meses, que apresentavam baixo risco para alterao no desenvolvimento das habilidades auditivas, linguagem e aprendizagem. O Grupo II foi constitudo de 20 indivduos com idades entre nove anos e cinco meses a 11 anos e dez meses, diagnosticados como portadores de distrbio de aprendizagem. Foi realizado estudo prospectivo atravs do Teste Peditrico de Inteligibilidade de Fala (PSI). RESULTADO: O teste PSI com mensagem competitiva ipsilateral, orelha direita, na relao fala/rudo 0 e -10 foi apropriado para diferenciar o Grupo I e o Grupo II de forma estatisticamente significante. Ateno ao desempenho do Grupo II na performance da primeira orelha testada deve ser dada, por subsidiar caractersticas importantes de desempenho e reabilitao. CONCLUSO: O PSI foi adequado para diferenciar os grupos, havendo uma associao com o grupo com distrbio de aprendizagem, que revelou alterao nos processos de ateno seletiva.
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Existe uma grande dificuldade para determinar precocemente crianças que se beneficiariam ou no com o implante coclear, at porque devido pouca idade so muito sutis as respostas apresentadas. OBJETIVO: Comparar os resultados obtidos atravs da vdeo-gravao de situaes de interao de crianças candidatas ao implante coclear com os resultados obtidos atravs de protocolos de avaliao. MTODO: Fizeram parte da amostra 7 crianças com idade mdia de 39,7 meses, portadores de perda auditiva neurossensorial profunda. Foram aplicados os questionrios IT-MAIS e MUSS aos pais e os resultados foram comparados com a observao da vdeo-gravao destas crianças. RESULTADOS: Foi possvel observar que os dados so compatveis no que se refere s etapas auditivas. No entanto, no que se refere ao questionrio MUSS, os dados obtidos na observao ldica so bastante diferentes. O questionrio leva em considerao apenas a uso da linguagem oral e, portanto, a maioria das crianças apresentou um escore muito baixo. CONCLUSO: A observao ldica permitiu traar um perfil mais amplo do comportamento lingstico e de aspectos relativos linguagem apresentando diferenas do questionrio.
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Crianças com SAVA podem ter deficincias auditivas moderadas a severas durante fases precoces da infncia, porm sua audio residual permite que elas desenvolvam linguagem oral com aparelhos auditivos convencionais e possam estar completamente integradas a condies escolares regulares. Contudo, estas crianças apresentam uma deteriorao de sua habilidade auditiva com o decorrer do tempo e o implante coclear est sendo utilizado como uma opo para manter a habilidade auditiva. OBJETIVO: Avaliao da habilidade auditiva de 3 crianças com SAVA submetidas a implante coclear. MATERIAIS: Estudo retrospectivo baseado em reviso de pronturios. RESULTADOS: Em reconhecimento de palavras em campo aberto paciente 1, 80%, paciente 2, 87,5%, paciente 3, 4%. CONCLUSO: Os pacientes com aqueduto vestibular alargado so considerados bons candidatos para implante coclear pelos principais centros de implante coclear do mundo, por desenvolverem, em sua maioria, bons resultados de percepo de fala, o que leva estes pacientes a uma boa insero social.
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A resoluo temporal essencial na percepo acstica da fala, podendo estar alterada nos distrbios auditivos gerando prejuzos no desenvolvimento da linguagem. OBJETIVO: Comparar a resoluo temporal de crianças com audio normal, perda auditiva condutiva e distrbios do processamento auditivo. CASUSTICA E MTODO: A amostra foi de 31 crianças de 07 a 10 anos, divididas em trs grupos: G1: 12 com audio normal, G2: sete com perda auditiva condutiva e G3: 12 com distrbio do processamento auditivo. Os procedimentos de seleo foram: questionrio aos responsveis, avaliao audiolgica e do processamento auditivo. O procedimento de pesquisa foi o teste de deteco de intervalos no silncio realizado a 50 dB NS acima da mdia de 500, 1000 e 2000Hz na condio binaural em 500, 1000, 2000 e 4000Hz. Na anlise dos dados foi utilizado o Teste de Wilcoxon, com nvel de significncia de 1%. RESULTADO: Observou-se que houve diferena entre os G1 e G2 e entre os G1 e G3 em todas as freqncias. Por outro lado, esta diferena no foi observada entre os G2 e G3. CONCLUSO A perda auditiva condutiva e o distrbio do processamento auditivo tm influncia no limiar de deteco de intervalos.
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Indivduos com transtornos psiquitricos podem apresentar distrbios perceptuais, de ateno e memria, questionando-se a presena de perdas auditivas perifricas e/ou centrais. Assim, o objetivo deste trabalho descrever os resultados obtidos nas avaliaes audiolgica e eletrofisiolgica, verificando a ocorrncia de alteraes auditivas perifricas e/ou centrais nesta populao. CASUSTICA E MTODOS: Foram avaliados 20 indivduos com autismo e sndrome de Asperger, e 20 indivduos em desenvolvimento tpico, entre oito e 19 anos. RESULTADOS: Todos os indivduos apresentaram resultados normais na avaliao audiolgica. No PEATE, 50% dos indivduos com autismo e 30% com sndrome de Asperger apresentaram alteraes, havendo diferena estatisticamente significante na anlise dos dados quantitativos em ambos os grupos. Em todos os grupos verificaram-se alteraes no PEAML e P300. No PEAML, no houve diferena estatisticamente significante entre os grupos na anlise dos dados quantitativos e qualitativos. No P300, observou-se diferena estatisticamente significante quando comparados os grupos controle e sndrome de Asperger na anlise dos dados quantitativos. CONCLUSO: Verificou-se grande ocorrncia de alteraes nos potenciais evocados auditivos em crianças autistas e com sndrome de Asperger, embora em algumas anlises realizadas no tenha sido constatada diferena estatisticamente significante. Enfatiza-se a importncia da investigao minuciosa da funo auditiva em indivduos com transtornos psiquitricos.
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Com o objetivo de caracterizar a sade da populao atendida pelo Programa Creche, desenvolvido em trs unidades conveniadas com a Prefeitura do Municpio de So Paulo (Brasil), foi feito um inqurito junto a essa populao. Foram aplicados 133 questionrios com perguntas abertas e fechadas relativas identificao e antecedentes pessoais, desenvolvimento e sade. Os resultados mostraram que crianças residentes em moradias desfavorveis, com umidade e grande nmero de pessoas na casa apresentaram maior nmero de infeces respiratrias e de otite. A maioria das crianças foi aleitada naturalmente, passando para amamentao artificial com dois meses. Os alimentos salgados e de texturas variadas foram introduzidos na idade adequada e bem aceitos. Atraso de linguagem referido predominantemente dos 3 aos 7 anos. Os pais atuam adequadamente em situaes de comunicao. Conclui-se que a aplicao sistemtica do questionrio proposto permitir no somente obter maior conhecimento das condies de sade das crianças, favorecendo o atendimento multidisciplinar e integrado da criana, como otimizar condutas preventivas e possibilitar a realizao de vigilncia de distrbios da comunicao.
Resumo:
A interao a um s tempo complementar e conflitiva de trs temas: linguagem, cultura e alteridade, constituem o eixo de um debate sobre a infncia e a criana portadora de marcas sociais e tnicas. Na medida em que a percepo do social se prende a princpios e a valores considerados universais, verdadeiros, legtimos e nicos, que precisam ser relativizados, questiona-se o fato de a cultura e a alteridade se expressarem por linguagens nem sempre visveis e explcitas, que exigem um olhar atento e aprofundado nas muitas realidades do campo social e no seu cotidiano como meio de compreender-lhes seus muitos significados. Crianças pobres de periferia urbana e do meio rural, crianças brancas, negras e mestias e, ainda, crianças de rua, emprestam-nos suas falas e imagens construdas com desenhos, para expressar a sua percepo do meio em que vivem. Tais expresses referem-se tambm escola que a est, a seus processos e agentes para dizer, por meio de outras linguagens, como olham seu mundo e como so olhados por ele.
Resumo:
Esta pesquisa analisa o desenvolvimento da habilidade de produzir textos dissertativos em crianças da 4. srie, relacionando com o contexto em que foram produzidos. Este estudo justifica-se devido escassez de trabalhos lingsticos na rea, bem como ao alto ndice de fracasso dos alunos nesta modalidade de texto. Coletou-se a produo escrita de crianças de rede pblica, durante um perodo de trs meses. O material foi analisado buscando-se identificar os operadores argumentativos, os tipos de argumentos utilizados e o estgio da capacidade argumentativa dessas crianças. O estudo sugere que a introduo do texto argumentativo nas sries iniciais do 1 grau, alm de proporcionar mais chances de sucesso aos alunos na produo deste tipo de texto ao trmino do 2 grau, certamente facilitar o desenvolvimento de uma postura crtica, possibilitando aos alunos refletirem sobre a realidade social onde vivem.
Resumo:
O artigo apresenta um estudo do processo de produo de textos escritos vivenciado por dez crianças de 6 anos em uma classe de alfabetizao. O trabalho pedaggico realizado pela professora tem relevncia terica e metodolgica para este estudo. Dois objetivos foram definidos: (i) caracterizar as estratgias utilizadas pelas crianças para se aproximarem das convenes do sistema de escrita, notadamente, o princpio alfabtico e a segmentao do texto em palavras; e (ii) caracterizar a atividade de elaborao e reelaborao do conhecimento lingstico, evidenciando a atividade epilingstica das crianças e deixando emergir o sujeito da/na linguagem. So analisados 115 textos, produzidos ao longo de um semestre. utilizada uma metodologia de investigao indiciria, com base em Ginzburg (1989). A anlise dos dados apontou estratgias singulares e estratgias comuns de aproximao do sistema de escrita pelas crianças. Os saberes advindos dos textos escritos a que as crianças tm acesso, principalmente, organizaram as suas produes. A atividade epilingstica se manifestou durante todo o perodo estudado, em vrios nveis. Concluo que o percurso de produo dos textos escritos prprio de cada sujeito: o processo funda-se na escrita social e converge para a escrita social por caminhos singulares.
Resumo:
Esta pesquisa teve como objetivo investigar a relao entre o desempenho em leitura e escrita de palavras e de texto de 110 crianças de 2 srie de escolas pblicas e o julgamento do professor sobre tais habilidades. Foram encontradas correlaes significativas entre o desempenho dos alunos e a percepo do professor sobre essas habilidades. A avaliao do professor sobre a competncia em leitura do aluno ao final do ano letivo mostrou-se um fator sensvel na determinao de diferenas de desempenho dos alunos. Apesar das correlaes positivas encontradas, houve algumas discrepncias entre o julgamento do professor e as avaliaes. O estudo sugere que o professor tem um conhecimento que o habilita a classificar as habilidades de leitura e escrita de seus alunos de forma relacionada ao desempenho deles, do ponto de vista da avaliao com base na psicologia cognitiva.
Resumo:
Este texto discute a importncia da brincadeira infantil para o desenvolvimento da linguagem oral nas crianças. o desdobramento de pesquisa que investigou o trabalho com a linguagem em uma instituio educativa infantil que atende crianças de 2 a 6 anos de idade. O estudo de caso utilizou como tcnica de coleta dos dados a observao participante. Conclui que as crianças recriam, nas brincadeiras, situaes vivenciadas nas diversas esferas de comunicao humana das quais participam e, portanto, que as brincadeiras so de natureza cultural. Acentua, ainda, a importncia do trabalho colaborativo para o desenvolvimento infantil