238 resultados para Consulta de enfermagem de saúde mental
em Scielo Saúde Pública - SP
Resumo:
Trata-se de um ensaio sobre o processo de trabalho da enfermagem em saúde mental. Diversas concepções têm fundamentado a assistência psiquiátrica, assim como as propostas de reorientação dessas práticas; a enfermagem tem suas práticas referidas a esse processo. É a visão de mundo dos profissionais que determina a escolha de uma determinada tendência e o entendimento do processo saúde-doença. A necessidade de rever o seu objeto de trabalho, assim como sua prática frente às transformações na assistência em saúde mental, tem apontado para novas posturas profissionais frente ao sujeito com transtornos psíquicos, assim como para a aquisição de conhecimento para além dos adquiridos nos cursos de graduação.
Resumo:
Estudo teórico acerca do processo de formação em Enfermagem Psiquiátrica e Saúde Mental, frente às crescentes mudanças no mundo globalizado e seu acelerado processo de modernização científica e tecnológica. Objetiva discutir o fazer pedagógico no ensino da Enfermagem Psiquiátrica e Saúde Mental, e sua interface com os princípios da Reforma Psiquiátrica e das Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Graduação em Enfermagem. Para sua sustentação teórica, adota como referência alguns construtos da Reforma Psiquiátrica e das Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Enfermagem, e sua relação com fatores constituintes do fazer pedagógico na Enfermagem Psiquiátrica e Saúde Mental. Evidencia que não basta apontar questões técnicas relativas a conteúdos e ensino, procedimentos didáticos, métodos e técnicas pedagógicas; é necessário superar desafios e implementar as mudanças, pautando-se numa nova perspectiva, e ousando colocar em questão a natureza do saber e das práticas institucionais psiquiátricas.
Resumo:
Diagnóstico de situação utilizando metodologia científica de natureza exploratória e descritiva (observação participada com tratamento estatístico descritivo) com objectivo de identificar as práticas de enfermagem na área da promoção de saúde durante uma consulta de enfermagem de saúde infantil. Das 31 consultas observadas (n=31) a maioria das observações ocorreu em crianças com idade inferior a 2 anos sendo os temas mais abordados a alimentação com utilização predominante de metodologia expositiva. Verificou-se ainda pouca utilização de suporte informacional e quando são utilizados reportam-se aos temas segurança e alimentação. A maioria dos prestadores de cuidados colocou questões e houve um reduzido registo da interacção prestador/criança existindo um dispêndio médio de 23 minutos por consulta. Face aos resultados e reflexão sobre os mesmos destaca-se como intervenção a elaboração de um manual de promoção de saúde com integração de aspectos teóricos e evidência científica de boas práticas nesta área.
Resumo:
Pesquisa de abordagem qualitativa articulada com o referencial metodológico de Paulo Freire, consistindo de três momentos: investigação temática; codificação e descodificação; desvelamento crítico. Objetivou compreender se a Consulta de Enfermagem promove a autonomia das mulheres em um Centro de Saúde. Constituíram-se seis Círculos de Cultura com duas horas de duração e média de nove participantes, ocorridos entre maio e julho de 2011. A investigação revelou oito temas, que foram desvelados em dois, necessidade de escuta e diálogo sobre violência doméstica, relação do enfermeiro e partícipes na Consulta de Enfermagem. Os resultados indicam que a Consulta pode constituir-se como espaço para o desenvolvimento de ações de Promoção, que ocorrem ainda timidamente no Centro de Saúde. Como possibilidades e limitações destacam-se a necessidade de capacitações multiprofissionais para compreender questões conceituais e estratégias de Promoção, intensificando suas práticas em todos os espaços do Sistema Único de Saúde.
Resumo:
Trata-se de reflexão teórica sobre cuidado clínico de enfermagem em saúde mental dado à família. Diante da existência de um membro em sofrimento psíquico, a família delegava ao manicômio o cuidado do seu parente, cabendo à enfermagem colaborar com o trabalho médico, organizando o ambiente e garantindo o isolamento familiar e social. Com o advento da Reforma Psiquiátrica, pautada na proposta de atenção psicossocial, a família passa a ser alvo de atenção dos profissionais de saúde. Enquanto subsídios para o cuidado clínico de enfermagem em saúde mental, acredita-se na necessidade de mudança conceitual, na implementação da educação em saúde, no trabalho interdisciplinar e na clínica ampliada, garantindo a integralidade e a autonomia dos sujeitos. Compreende-se que o cuidado clínico de enfermagem deve permear a politização dos sujeitos, na qual os atores militam em busca da produção de autonomia e as práticas envolvem dignidade, criatividade, acolhimento, interdisciplinaridade, escuta e compartilhamento de saberes.
Resumo:
As políticas de Saúde Mental vigentes no país confirmam necessidade de estimular práticas de ensino, pesquisa e extensão que favoreçam novas atitudes profissionais. Estudo anterior revelou que a representação de alunos sobre competências necessárias na saúde mental, conforma categorias sobre conceitos de competência, recursos cognitivos, sentimentos expressos e conceito de saúde e doença, não se depreendendo temas relacionados à Cidadania ou à Reabilitação Psicossocial dos usuários, conceitos centrais no ensino da disciplina. Neste estudo, analisou-se a representação sobre estes conceitos, sobre os saberes e habilidades identificados como necessários para a prática da Reabilitação. Os entrevistados cursaram a disciplina de Enfermagem em Saúde Mental de uma universidade pública e os resultados mostram valorização das demandas dos usuários, no entanto, as representações sobre cidadania e reabilitação psicossocial sustentam-se no senso comum relacionado à periculosidade e à direitos básicos como à saúde e lazer.
Resumo:
A inclusão das ações de saúde mental no contexto do Sistema Único de Saúde (SUS) contribuiu para a consolidação da Reforma Psiquiátrica Brasileira bem como demanda a reorientação da prática das equipes de saúde da família junto aos usuários com necessidades do campo da saúde mental. Este estudo tem por objetivo identificar e analisar na produção científica as ações realizadas pelos profissionais da equipe de saúde da família na atenção à saúde mental. Mediante análise sistemática emergiram os seguintes temas: visita domiciliar ao doente mental e seus familiares; vínculo e acolhimento; encaminhamento; oficinas terapêuticas. Concluiu-se que as ações de saúde mental desenvolvidas na atenção básica não apresentam uniformidade em sua execução e ficam na dependência do profissional ou da decisão política do gestor indicando que os profissionais devem apropriar-se de novas práticas para desenvolverem uma assitência integral e, portanto, há necessidade de investimentos para qualificação dos profissionais.
Resumo:
Este estudo teve como objetivo identificar as percepções de Agentes Comunitários de Saúde acerca de saúde e transtorno mental, bem como verificar o preparo desses agentes para atuar na área. Trata-se de uma pesquisa qualitativa que utilizou como técnica de coleta de dados a entrevista semiestruturada e, para interpretação dos dados, a técnica de análise de conteúdo. Foram entrevistados 45 Agentes Comunitários de Saúde da Estratégia Saúde da Família, pertencentes às 21 unidades básicas de saúde do município de Maringá, PR. Os resultados obtidos demonstram os preconceitos em relação ao transtorno mental desses profissionais, que reconhecem a importância de se trabalhar tanto com o portador quanto com a família, mas não se sentem capacitados para prestar uma assistência adequada. Por compartilharem o mesmo contexto social e por conhecerem de perto a dinâmica da comunidade, vislumbramos os agentes como importantes facilitadores no cuidado à saúde mental.
Resumo:
Atualmente, observa-se que os enfermeiros ainda não consolidaram uma nova identidade profissional na maioria das instituições de saúde mental, comprometidas com a implementação da Reforma Psiquiátrica. Por isso, o presente artigo tem por objetivo caracterizar o trabalho de enfermagem realizado em dois serviços-dia do município de Campinas-SP, por meio de um estudo exploratório e descritivo de natureza qualitativa. Depreende-se da análise dos dados que as atividades de enfermagem visam principalmente as necessidades de cuidado dos clientes relacionadas ao campo da Reabilitação Psicossocial, embora sua implementação apresente certas contradições que evocam a presença de traços compatíveis com o modelo assistencial anterior.
Resumo:
Este estudo apresenta um panorama sobre a inserção da temática do relacionamento terapêutico e da comunicação terapêutica no ensino de graduação em enfermagem, mais particularmente nas universidades públicas do Estado de São Paulo. Trata-se de uma pesquisa qualitativa e descritivo-analítica. O instrumento de coleta de dados foi um questionário aplicado a professores da área de enfermagem psiquiátrica e saúde mental das nove escolas do Estado, sendo que oito devolveram o questionário preenchido. Os dados foram agrupados levando-se em consideração a instituição, as disciplinas, os conteúdos abordados, os objetivos das atividades práticas e campos práticos. Verificamos que a maioria das escolas aborda o relacionamento terapêutico em suas propostas de ensino, configurando-se como uma possibilidade de se resgatar a enfermagem enquanto profissão que se preocupa com o ser humano em sua complexidade, em que o saber-fazer preconizado é direcionado ao respeito das limitações, potencialidades, necessidades e relações interpessoais dos pacientes.
Resumo:
Objetivou-se, neste estudo, averiguar os aspectos contemplados na consulta de enfermagem ao portador de hipertensão arterial (HA). É um estudo descritivo, desenvolvido em três unidades de saúde de Fortaleza. Os sujeitos foram 13 enfermeiros. A coleta de dados ocorreu por observação de três consultas de cada enfermeiro e, posteriormente, de uma entrevista com este profissional. Foi observado que, durante a anamnese, houve identificação do tratamento prévio, da ingestão de substâncias hipertensoras e da existência de fatores de risco associados. No exame físico, constatou-se a ocorrência de inspeções da aparência do paciente e verificações da pressão arterial e peso. As categorias identificadas foram: nuances do papel do enfermeiro na atenção básica; tratamento da HA e dificuldades cotidianas das pessoas com esta enfermidade. Concluímos que muitos aspectos não vêm sendo abordados durante a consulta de enfermagem, o que pode acarretar um atendimento deficiente das pessoas acompanhadas pelo programa de HA em tais unidades de saúde.
Resumo:
O elo entre as práticas de saúde mental e a Estratégia Saúde da Família está alicerçado no vínculo, na corresponsabilidade, no envolvimento e conhecimento do grupo familiar. Estudo do tipo analítico, com abordagem qualitativa, utilizando a técnica de história oral temática. Foi realizado com dez enfermeiros pertencentes a três unidades de saúde da família do Distrito Sanitário Oeste da cidade de Natal/RN. Seu objetivo foi descrever as atividades voltadas para a atenção ao portador de transtorno mental na Estratégia Saúde da Família e identificar se os profissionais encontram-se preparados para atender a essa clientela específica. De acordo com as falas pôde-se constatar que não há atividades para o portador de transtorno mental na rede básica, e que a falta de capacitação das enfermeiras emerge como um desafio a ser superado.
Resumo:
Pesquisa qualitativa exploratória desenvolvida em 2008, num Centro Municipal de Urgências Médicas/Curitiba. Objetivos: conhecer a concepção da equipe de enfermagem sobre emergências em saúde mental e analisar como se desenvolve a abordagem da equipe de enfermagem ao usuário com transtorno mental em situação de emergência. Participaram 6 enfermeiros e 7 técnicos em enfermagem que atuam na emergência e internamento. Os dados foram obtidos mediante entrevista semi-estruturada e organizados em categorias temáticas. Para os participantes, emergências psiquiátricas são situações que apresentam risco de vida para a pessoa ou a terceiros. Como características de emergência citaram: comportamento agressivo e agitado, tentativa de suicídio e abuso de substâncias. A primeira impressão do comportamento do paciente e a tentativa de diálogo determinam quais condutas os profissionais adotam. Reconhecem dificuldade e despreparo na abordagem ao paciente. Conclui-se que há necessidade de educação permanente sobre novos serviços e adaptações dos existentes para o atendimento nessa área.