157 resultados para Coletivismo e individualismo metodológico
em Scielo Saúde Pública - SP
Resumo:
This paper aims at presenting and discussing some of behavioral models developed by Economic Psychology which is considered an irrelevant field of research for many economists yet. On highlighting the multidisciplinary convergence notably from economists' interests by psychology, it is done emphasis to the discussion of the role played by methodological individualism in the psychological reduction of the homo economicus. Such a reduction has, on the one hand, made harder the conciliation between the individual and the collective level of analysis. On the other hand, it made closer economists and psychologists in the common interest of developing methods capable of understanding the economic behavior under a perspective which allows the integration of the complexity of collective dimension in which the individual makes part.
Resumo:
Neste artigo, são discutidas as possibilidades de delimitação das unidades de análise na ciência da informação, a partir da utilização de categorias teórico-metodológicas provenientes das ciências sociais. Na primeira parte do artigo, são apresentadas estas categorias, na forma de dicotomias: individualismo versus coletivismo metodológico e ação versus estrutura. Na segunda parte, procura-se responder principalmente à seguinte questão: estas dicotomias podem nortear a delimitação e a investigação das unidades de análise em ciência da informação? Para responder a esta questão, analisam-se dissertações de mestrado no campo da ciência da informação.
Resumo:
O presente trabalho apresenta uma reflexão teórica sobre a relação objetividade-subjetividade e sua presença no campo de estudos organizacionais, visando a analisar as perspectivas abertas a partir das sínteses teóricas de Giddens e Bourdieu. Expõe algumas contribuições clássicas da teoria organizacional, aprofunda a análise das correntes subjetivistas nos estudos e pesquisas empíricas do campo organizacional, destacando o individualismo metodológico, de forma a considerar a presença significativa dessa corrente nos estudos organizacionais. As contribuições sociológicas de Giddens e Bourdieu são analisadas, sendo que apresentam duas tentativas de síntese no debate objetividade-subjetividade. E, por fim, destaca algumas aplicações dessas perspectivas teóricas no campo de estudo e pesquisa organizacional a partir da visão crítica do pós-modernismo, visando a apontar possíveis perspectivas e limitações.
Resumo:
Clastres promove uma "dessubstancialização" do Estado, que não é "o Eliseu, a Casa Branca, o Kremlin", mas um "acionamento efetivo da relação de poder". Não há por que acreditar, então, que ele tenha, num pudor durkheimiano, reificado a sociedade. Ainda que não recorra ao conceito, parece-nos que existe já socialidade em Clastres: a socialidade contra o Estado, portanto. Ao explorar, nas três partes deste estudo, a maneira como Clastres encara a "sociedade", o "Estado" e o "contra", acreditamos que, com o auxílio de sua etnografia, encontramos indicações de como enfrentar alguns dos impasses da antropologia; como o de abandonar o individualismo metodológico sem cair num holismo transcendental e vice-versa; o de construir modelos de intencionalidade sem sujeitos; o de pensar a relação social sem, por esta démarche, implicar necessariamente a existência da "sociedade"; e, finalmente, o de mostrar como a "objetividade" da socialidade pode operar por meio da "subjetividade" das pessoas-em-interação.
Resumo:
Uma visão transdisciplinar da área significa buscar novas posturas epistemológicas e metodológicas que não sejam apenas justaposição de ideias e métodos, mas sim uma tentativa na busca de insights e abordagens múltiplas que possam dar conta da essência dos fenômenos da área, que de alguma maneira estão conectados com o universo amplo das ciências sociais nos seus diferentes domínios e corpo multidisciplinar. Este artigo busca, no enfoque da complexidade, fundamentação para o desenvolvimento de um pluralismo metodológico sustentado pela transdisciplinaridade, e desenvolve um questionamento às racionalidades dominantes, que, de alguma maneira, têm servido de referências teóricas e epistemológicas para justificativa de uma administração onde não há espaço para emancipação e criatividade. O artigo desenvolve novas perspectivas epistemológicas que podem significar análises mais adequadas e fecundas dos fenômenos individuais e coletivos que caracterizam o universo das organizações, nos seus conflitos, nas suas contradições e na sua própria razão de ser e na da sociedade.
Resumo:
Este artículo discute la noción de individualismo en Louis Dumont, partiendo sobretodo de una reconstitución del encuentro entre sus perspectivas metodológica -- que tiene como base el estudio antropológico de la civilización indiana -- y teórica, referida a la relación entre individuo y sociedad en una llave propiamente maussiana. Por el hecho de saberse que Dumont se utiliza de un abordaje al mismo tiempo comparativo y estructural, lo que se busca es mostrar que el individualismo, al mismo tiempo que se presenta ideologicamente como opuesto a la jerarquía típica de sistemas como las casta indianas, mantiene propiedades lógicas semejantes, en lo que se refiere a la relación entre los valores y las prácticas sociologicamente "englobadas" y veladas. De este modo es posible entender, a partir de este pensamiento, como en el interior del mismo sistema individualista -- liberal e igualitario -- hay espacio para ideologías totalitarias y racistas, como perversiones jerárquicas que trabajan la desigualdad en planos sociologicamente asimétricos como la "naturaleza".
Resumo:
Em qualquer programa social, de parte de órgãos públicos ou privados, coloca-se a questão de como coordenar as relações agência-clientela, de maneira a harmonizar a política e os objetivos da agência com os interêsses e necessidades da clientela. LITWAK & MEYER, ¹ postularam que essa coordenação é função da distância social correta entre agência-clientela. Assim, para que os objetivos da agência sejam alcançados, tendo em vista uma «resposta» da clientela, é necessário criar e manter entre ambas uma distância tal que nem venham a se confundir (identificação), nem percam de todo o contacto (isolamento). Essa distância «ideal» seria criada e mantida pela aplicação, discriminada, de uma série de mecanismos de enlace, diferentes em iniciativa, intensidade, perícia e cobertura (perito participante, líder natural, agência local, associação voluntária, mensageiro comum, meios de comunicação social, autoridade formal e função delegada). Assim, conforme a distância social pré-existente (que implica em definir o grau de acôrdo ou desacôrdo entre a agência e a clientela, no tocante a atitudes e valores), os objetivos do programa (que implica em analisar o conteúdo da mensagem a ser levada à clientela, que pode ir de simples informação até a mudança de padrões culturais) e, ainda, as características burocráticas da agência interessada (que devem ser adequadas ao tipo de trabalho a ser realizado, dado às limitações inerentes às diferentes estruturas), poderemos aplicar determinados mecanismos de coordenação, com probabilidades de êxito previstas para os diferentes casos. Acreditamos que a preconizada integração das Ciências Sociais, Educacionais e Administrativas encontra na «teoria de equilíbrio» para coordenação agência-clientela, proposta pelos autores citados, estimulante contribuição para conseguir resultados práticos. Em relação à metodologia da Educação Sanitária, representam os mecanismos de enlace diferentes métodos, cuja escolha, na implementação do componente educativo dos programas de saúde pública, fica bastante facilitada pelos critérios propostos por LITWAK & MEYER ¹.
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Estudando-se uma epidemia de sarampo ocorrida na Região de Ribeirão Preto, SP (Brasil), em 1984, identificou-se, pela elevada proporção de casos em maiores de 15 anos, uma característica epidemiológica particular na ocorrência desta enfermidade, representada pelo acometimento de trabalhadores rurais. Realizou-se um exercício metodológico de síntese entre a fase descritiva da epidemiologia clássica e o referencial teórico-metodológico da epidemiologia social, procurando-se incorporar aspectos do processo social da região, de forma a explicar aquela forma particular de ocorrência do sarampo como um modo de expressão daquele processo social. Ressaltou-se a necessidade de se rever a conceituação dos processos patológicos específicos ocorridos em diferentes grupos humanos tomando-se como referencial os processos sociais nos quais se inserem, de modo a permitir a captação de sua historicidade.
Resumo:
Propõe-se procedimento metodológico de abordagem qualitativa denominado pesquisa exploratória, cuja aplicação tem por finalidade a elaboração de instrumento de pesquisa adequado à realidade. Discute-se o emprego da expressão "pesquisa exploratória", de um ponto de vista tradicional e nessa nova concepção. Fundamenta-se a utilização desse procedimento metodológico para o estudo de fatores humanos e apresentam-se as etapas da sua execução. Sugerem-se indicações para aplicação desse recurso em pesquisas no campo da saúde pública.
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Propõe-se um procedimento para a estimativa da mortalidade infantil, no Brasil, na década de 80, baseado apenas na distribuição etária dos óbitos registrados, possibilitando o acompanhamento da evolução deste indicador de forma contínua, ano a ano, em diversas subáreas do País. Analisa-se a distribuição espaço-temporal das principais causas de óbito e discute-se a sensibilidade do risco de morrer entre os menores de um ano face às condições de vida da população brasileira, no período de 1979 a 1989.
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Esta reflexão teve como objetivo compreender a Epidemiologia como referencial teórico-metodológico para a prática da Enfermagem em Saúde Coletiva. O método de pesquisa foi uma investigação bibliográfica, com a análise de artigos e livros de estudiosos que apontam as possibilidades e limites das Epidemiologias clássica, social e crítica, com intuito de aproximar suas concepções à prática do enfermeiro. Discute-se que a articulação dos conhecimentos advindos das supracitadas visões de Epidemiologia possibilita a construção de intervenções de Enfermagem para a transformação de realidades de saúde. A Epidemiologia Crítica ampara-se no reconhecimento dos processos protetores e de desgastes determinantes do processo saúde-doença vividos por grupos de classes sociais distintas. Assim, cabe ao enfermeiro planejar a intervenção em saúde para além do adoecimento identificado, propondo intervenções comprometidas com a mudança de processos históricos e sociais, nas dimensões singular, particular ou estrutural, que acabam por determinar o processo saúde-doença em indivíduos ou grupos.
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The Problem Based Learning (PBL) can be used as a strategy for methodological change in conventional learning environments. In this paper, the integration of laboratory work in PBL grounded activities during an introductory organic chemistry course is described. The most decisive issues of their implementation are discussed. The results show how this methodology favours the laboratory work contextualization in subject-matter and promotes the Science-Technology-Society-Environment relationships. Besides, it contributes to competence development like planning and organization skills, information search and selection, cooperative work, etc., the same way as the tutorial action improvement.
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Este artigo busca discutir, a partir do exame de uma literatura sociológica e antropológica produzida atualmente na França, a experiência comunitária no catolicismo francês contemporâneo. Partindo da ideia de crise das grandes religiões institucionalizadas com o consequente advento de uma religião do self, que cada vez mais se consagra como chave de análise de uma sociologia da religião moderna, pergunta-se qual a pertinência das coletividades e comunidades religiosas no cenário francês. Observando as situações do quadro paroquial, das recentes tensões e mudanças no regime de laicidade francesa (cujo aspecto universalista se direciona-se uma acomodação com o comunitarismo), e da Renovação Carismática, pretende-se expor os arranjos e compromissos que, no seio do catolicismo francês atual, permitem articular individualismo e coletivismo, modernidade e tradição.
Resumo:
Nas últimas décadas, temos presenciado o surgimento de uma Antropologia do Cristianismo. Destacam-se, nesse campo emergente, as seguintes questões-chave: 1) o papel do Cristianismo em esforços de promoção de mudança social; 2) o caráter distintivo das interpretações Cristãs sobre a linguagem; 3) a tendência do Cristianismo a fomentar o individualismo. Este artigo oferece um relato sintético desses precessos considerando como as diversas interpretações cristãs da tensão entre transcendência e mundano conformam as maneiras pelas quais diversas igrejas lidam com essas questões.